Brasil • Expedição 2020: Belas Rotas • Paraty • Rio de Janeiro
Dia 18: Passeio de barco pela Baía de Paraty – RJ
15 de Novembro, 2020O domingo amanheceu ensolarado em Paraty – RJ e nos fez pensar na seguinte equação: Domingo + Sol + Paraty = Passeio de barco!
Lembra do barco Nícolas que fotografamos ontem?
Então, não queríamos estragar a surpresa, mas ontem mesmo combinamos com o simpático Ubiraci, proprietário da embarcação, um passeio pela Baía de Paraty neste domingo, e não é que São Pedro fez a sua parte.
Animados com o céu de Simpsons seguimos até o cais onde Ubiraci e seu barco nos aguardavam, conforme combinado.
Após alguns minutos de conversa embarcamos e partimos explorar os sete mares parte da Baía de Paraty.
A Baía de Paraty fica dentro da Baía da Ilha Grande (isso mesmo, uma baía dentro da outra) e é formada por cerca de 65 ilhas e diversas praias em uma extensão aproximada de 180 quilômetros.
Dito isso, fica claro que um único dia é pouco para conhecer todas as belezas que a região oferece, e dentre as diversas opções de passeios, deixamos a cargo do capitão a escolha dos lugares mais bonitos possíveis de se conhecer em algumas horas (metade da manhã e toda a tarde).
Assim sendo, nossa única e exclusiva preocupação era fazer fotos (e cuidar do FredLee, para ele não cair no mar antes da embarcação ancorar).
Devido a sua localização, bem abrigada do agitado mar aberto, as águas da Baía de Paraty são bastante calmas com pouquíssimas ondas (em sua maioria formada pela passagem de outros barcos).
Dentre as diversas ilhas que compõem a baía, a maior parte são propriedades particulares, outras possuem comunidades próprias de moradores, algumas contam com pequenas praias e outras oferecem bons locais para mergulho.
Sem contar que ao seu redor, no continente, existe uma infinidade de praias, algumas habitadas e outras desertas.
Foi de Paraty que o navegador Amyr Klink partiu para algumas de suas viagens solitárias pelo planeta.
É possível explorar as águas locais através de passeios de escunas, lanchas privativas ou barcos de moradores locais.
Optamos pela última opção (barco de um nativo) visando privacidade, roteiro personalizado, disponibilidade de horários (os passeios partem e duram o tempo que for de agrado ao visitante), possibilidade de levar nossos alimentos e bebidas, e a ampla experiência e conhecimento regional do piloto, sem contar na simpatia do Ubiraci.
Cerca de uma hora após partir do cais de Paraty chegamos ao local onde nosso guia prometia ser incrível, a Ilha da Pescaria.
O barco mal ancorou e logo de cara pudemos constatar que o Ubiraci não mentia.
Quando percebi a Sayo já estava se refrescando nas cristalinas e refrescantes águas do local.
Não demorou muito para ela se ver cercada por centenas (ou milhares) de peixes, das mais variadas cores e tamanhos.
Essa enorme riqueza de espécies de peixes no local é responsável pelo nome da pequena ilha, que ganhou fama pela atividade pesqueira.
Mergulhar em águas límpidas com visibilidade praticamente total cercados por diversos peixes é algo surreal.
Que lugar mágico!
Após nos esbaldar nas águas da Ilha da Pescaria era chegado o horário do almoço.
Como tivemos a opção de levar nossa própria comida, durante a manhã compramos alguns delicatéssen (nem sei o que essa palavra significa, mas vi ela em diversas padarias no centro da cidade e achei que combinaria com essa frase, além de dar um ar sofisticado ao blog), diversas frutas, água e, claro, um vinho seco branco que estava na temperatura ideal mantido na caixa térmica repleta de gelo fornecida gentilmente por nosso comandante.
Devidamente alimentados, e mais alegres, voltamos a mergulhar nas poluídas transparentes águas do local.
Incrível como o tempo urge em momentos como esse (quando estou trabalhando tarda a passar míseros minutos), e assim que a embarcação Belíssima ancorou ao nosso lado tendo um ilustre tripulante, nos despedimos do paradisíaco local.
De corpo e alma lavada seguimos pelas águas de um dos maiores santuários ecológicos naturais do Brasil.
E logo avistamos nosso próximo ponto de parada, a Praia Vermelha.
A praia, que só pode ser acessada de barco, conta com uma larga faixa de areia avermelhada, o que explica seu nome.
Ali existem lanchonetes e restaurantes, que são pontos de parada de escunas e outras embarcações.
Isso, aliado ao fato da praia ser cercada pela exuberante Mata Atlântica e banhada por águas limpas e transparentes, torna o local muito frequentado por turistas.
Após a breve pausa para conhecer a Praia Vermelha, voltamos a navegar.
Passamos ao lado da Ilha do Mantimento, onde existe uma curiosa construção do período colonial que parece ser a mistura de um castelo com um forte.
A edificação foi erguida para armazenar os alimentos vindos de Portugal quando a maré não permitia a navegação até o Porto de Paraty.
O local conta com uma vasta vegetação nativa e intocada, o que a faz ser habitada por diversos animais silvestres, como o raro mico-leão-dourado.
Com essa informação o piloto contornou a ilha e ancorou em um local propício para se avistar tais animais.
Enquanto aguardávamos para ver se algum mico-leão-dourado daria o ar da graça pudemos contemplar alguns peixinhos ao redor do barco.
E nos encantar com toda a beleza da plumagem vermelha viva de um tiê-sangue, também conhecido como sangue-de-boi e tiê-fogo.
Na sequência avistamos um lagarto e lembramos que restara uma banana de nossa refeição, a qual prontamente atiramos na ilha, na esperança de algum miquinho aparecer para apanhá-la.
Mas não combinamos nossa estratégia com todos os habitantes locais e não demorou muito para uma sapeca cutia se aproximar e tomar posse da fruta.
É, hoje não foi o dia dos micos, afinal, seriam acontecimentos demais para um único dia, então rumamos para a Praia do Jurumirim.
Ancoramos próximo da praia de propriedade do Amyr Klink e algo se movimentando pelas águas claras do local chamou nossa atenção.
Entre um mergulho e outro conseguimos avistar uma linda tartaruga marinha.
A qual me deu um verdadeiro baile e, devo confessar, fui mais lento do que uma tartaruga e não consegui enquadrá-la com perfeição para uma boa foto (deve ser culpa do balanço do barco, não do vinho).
Feito, com a presença da tartaruga ganhamos o dia e estamos no lucro, agora podemos voltar à terra firme.
Durante nosso retorno passamos ao lado do Forte da Ponta Grossa, que provavelmente cruzava fogos com o Fortim da Ilha dos Mantimentos, que lhe era fronteiro.
Ao se aproximar do centro histórico de Paraty notamos que carregadas nuvens encobriam a vista do pôr do Sol e ocasionavam a queda de chuva na Serra do Mar.
E no fim da tarde de domingo nos despedimos de Ubiraci, que pode ser contatado pelo telefone (24) 99999-5812, e do barco Nícolas.
Caminhamos pelas estreitas e belas ruas do centro histórico até o hotel.
Onde tomamos um banho quente, na sequência fomos jantar e no retorno nos molhamos com a chuva que veio com o cair da noite para nos abençoar.
Encerramos o domingo com chave de ouro em uma acirrada disputa de dominó.
Oba! Já são 4 comentários nesta postagem!
Olá! Estivemos em Paraty em novembro de 2021 e depois de ler suas dicas entramos em contato com o Sr. Ubiraci! Fizemos o passeio de barco em ele e foi demais!!! Ficamos encantados com as belezas de Paraty!
Que maravilha Bianca! Paraty é realmente um lugar paradisíaco, encantador, mágico!
Ficamos muito felizes ao saber que nossa postagem foi útil de alguma forma e que fizeram o passeio com o sorridente Ubiraci, que nos conduziu por um passeio incrível de forma segura e divertida.
Abraços…
Paraíso na terra, que lugar bonito, gostei muito dos peixes coloridos e a da água cristalina, além é claro do nome da Embarcação e o vinho..kkk
Sem dúvidas Paraty – RJ é um dos lugares mais bonitos que visitamos até hoje, e explorar algumas de suas paradisíacas ilhas a bordo do barco de nome Nícolas, foi sensacional hahaha
Quando tiver a oportunidade, vale reservar alguns dias para conhecer as belezas regionais.
Valeu, abraços…
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