Brasil • Expedição 2018: Tapajós – Amazonas • Minas Gerais • São Roque de Minas
Dia 04: Parque Nacional da Serra da Canastra – Parte baixa | São Roque de Minas – MG
10 de Setembro, 2018Despertar nas primeiras horas da segunda-feira, abrir a janela do quarto e se deparar com o céu azul e o Sol iluminando o enorme paredão rochoso da Serra da Canastra é uma indicação de que teremos um excelente dia!
Tomamos o café da manhã tranquilamente e aguardamos alguns instantes até a chegada do veículo 4×4 de uma empresa de turismo que contratamos para explorar mais um pouquinho dos arredores de São Roque de Minas.
Ontem conhecemos uma parte da área alta do Parque Nacional da Serra da Canastra, o Chapadão do Diamante, e hoje vamos desbravar algumas belezas da parte baixa do parque.
A bordo do veículo 4×4 avançamos pelas estradas de terra rumo ao distrito de São José do Barreiro, pertencente ao município de São Roque de Minas.
Em instantes cruzamos uma pequena ponte sobre as cristalinas águas do Rio São Francisco.
Durante o percurso o cenário rural ao nosso redor ficava cada vez mais atraente.
Até que em determinado ponto da estrada rural conseguimos avistar de longe a primeira atração a ser visitada no dia, a parte baixa da Cachoeira Casca d’Anta.
E mesmo de longe a enorme cachoeira já demonstra toda a sua imponência e beleza.
Logo chegamos na portaria 4 do parque.
Parque Nacional da Serra da Canastra
Local: Portaria 4 | São José do Barreiro | São Roque de Minas – MG
Telefone: (37) 3433-1326 | (37) 3433-1324
E-mail: parnacanastra@icmbio.gov.br
Site: https://www.gov.br/icmbio/pt-br/assuntos/biodiversidade/unidade-de-conservacao/unidades-de-biomas/cerrado/lista-de-ucs/parna-da-serra-da-canastra/parna-da-serra-da-canastra
Funcionamento: Quarta a domingo das 8h00 às 16h00 e saída até às 18h00
Ingresso: R$ 11,00
Tempo médio de visitação: 2 dias
Além das inúmeras cachoeiras, o Parque Nacional da Serra da Canastra é um divisor natural de águas das bacias dos rios São Francisco e Paraná, contribuindo ao sul com o Rio Grande, pelo qual passamos no segundo dia da Expedição 2018: Tapajós – Amazonas, e ao norte com o Rio Paranaíba, através do Rio Araguari, que nasce dentro do parque.
Com o carro estacionado iniciamos a caminhada por uma aprazível trilha de aproximadamente 1.800 metros de extensão em meio a mata ciliar do Rio São Francisco.
Durante a caminhada conseguimos avistar o salto em vários momentos.
E alguns passos adiante chegamos em um mirante que proporciona uma vista parcial da fabulosa queda d’água.
Ali fizemos uma breve pausa para descanso, hidratação e ouvimos curiosidades relatadas pelo guia, como a origem do nome da cachoeira, que provém de uma árvore abundante ao redor da queda d’água, trata-se da árvore nativa Casca d’Anta (Drimys winteri), que contém propriedades medicinais e na qual as antas se esfregam para curar suas feridas (daí seu nome).
Na sequência avançamos pela trilha e passamos por lindas flores sempre-vivas, uma espécie de planta que após colhida e seca mantém sua aparência e coloração por um longo período.
Até que atingimos os pés da magnífica cachoeira.
A grandiosidade da Cachoeira Casca d’Anta impressiona ainda mais quando estamos em sua base, são simplesmente 186 metros de queda livre, o equivalente a um edifício com mais de 50 andares.
Ali nos sentamos, apreciamos tamanha beleza natural e nos beneficiamos da energia local.
Um lugar incrível, sem sombra de dúvidas!
Próximo do meio-dia deixamos o Parque Nacional da Serra da Canastra e voltamos a rodar pelas estradas do interior de São Roque de Minas, retornamos ao centro da cidade, onde compramos um lanche (pão de queijo, claro), e então rumamos até a Reserva Natural da Cachoeira do Cerradão.
RPPN – Reserva Particular do Patrimônio Natural da Cachoeira do Cerradão
Local: Reserva Natural da Cachoeira do Cerradão | São Roque de Minas – MG
Funcionamento: Entrada todos os dias das 8h00 às 16h00 e saída até às 17h00 | Durante o verão entrada todos os dias das 9h00 às 17h00 e saída até às 18h00
Ingresso: R$ 20,00
Tempo médio de visitação: 2 horas
A área que abriga uma das maiores cachoeiras da Serra da Canastra foi transformada em RPPN – Reserva Particular do Patrimônio Natural em agosto de 2001 por ato do Ibama.
Além da cachoeira a área conta com nascentes, campos, mata ciliar e cerrado muito bem preservados.
Visando proteger o local existe um limite de 60 visitantes por período, toda vez que esse número é atingido os turistas que chegam devem aguardar na portaria ou agendar a visita para outro dia.
Quando chegamos o movimento era tranquilo, provavelmente por ser segunda-feira, então acessamos a reserva natural rapidamente.
E iniciamos a caminhada por uma trilha de aproximadamente 1.500 metros, parcialmente sombreada e muito bem demarcada, cercada por plaquinhas com a indicação das principais espécies da flora local.
Minutos depois chegamos a um ponto que proporciona uma linda vista da Cachoeira do Cerradão.
Dali foram poucos passos até atingirmos sua base.
A Cachoeira do Cerradão está dividida em três lances e ao todo a queda supera 200 metros de altura.
Justamente por ser muito alta e dividida em três quedas, não é possível avistar toda a cachoeira de sua base.
Aos pés da última queda enormes pedras circundam um profundo poço formado pelas geladas águas.
O mesmo ocorre na piscina natural formada no segundo lance da cachoeira, o qual também visitamos, apenas não fomos até a base da primeira, a maior queda d’água, pois pelo que o guia comentou a trilha até lá é bastante íngreme e perigosa.
Passamos um bom tempo curtindo o local, descansando e se hidratando, até retornar ao centro de visitantes, onde voltamos a embarcar no veículo 4×4 e rumamos ao centro de São Roque de Minas, mas antes fizemos uma paradinha estratégica em uma propriedade produtora de queijo.
Trata-se do Sítio Talismã, no qual fomos recepcionados pela simpática Dona Cida, que prontamente nos levou até os fundos de sua casa, onde demos de cara com uma mesa farta de gostosuras.
Diversos queijos, doces, e, claro, o tradicional café mineiro aguçavam nosso apetite.
Todos os produtos são produzidos por ela, seu marido Antônio e família, com muita dedicação e amor, que conseguimos sentir em cada lasca de queijo e colherada de doce.
Queijo canastra meia cura, queijo canastra curado, queijo curado no vinho, queijo curado na cerveja, queijo curado no café, queijo com cominho, queijo com especiarias e queijo mofado!
As opções de doces também eram várias, doce de leite, doce de leite com café, ambrosia, morango com manga, manga com abacaxi, entre outros.
Todos estavam deliciosos, uma parada obrigatória para quem visita a Serra da Canastra.
Após os queijos, doces e café, voltamos à pousada em São Roque de Minas, onde conseguimos avistar um belo tamanduá bandeira e um solitário tucano.
Que forma mais linda de encerrar o dia com chave de ouro! Amanhã pegamos estrada.
Oba! Já são 2 comentários nesta postagem!
Que beleza essa cachoeira e as águas super cristalinas… belo passeio, e os queijos da Dna. Cida, traga alguns para o nosso queijo e vinho.. kkkk abs e aproveitem…
A Serra da Canastra é linda, vale muito a pena conhecer, pena que ficamos apenas 2 dias. Os queijos e doces são uma delícia a parte, compramos uma rodela de queijo canastra curado no café, mas hoje a tarde já acabou hahahaha dava pra fazer um queijo e vinho só com queijos desta região mesmo. Abraços…
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