Brasil • Expedição 2021: Guartelá - Iguaçu • Paraná • Tibagi
Viagem de Moto pelo Circuito Barreiro em Tibagi (PR): Rota das Cachoeiras Salto Santa Rosa e Salto Puxa Nervos
2 de Abril, 2021
Descubra as belezas naturais de Tibagi (PR) em uma viagem de moto pelo Circuito do Barreiro. Entre paisagens rurais dos Campos Gerais, conheça o Parque Salto Santa Rosa, com sua cachoeira de 64 metros e piscinas naturais, e o imponente Salto Puxa Nervos.
Em um dia de céu azul e clima perfeito para pegar a estrada, iniciamos nossa viagem de moto saindo de Ponta Grossa (PR) rumo a Tibagi, um dos principais destinos de ecoturismo dos Campos Gerais do Paraná. O trajeto pela Rodovia Transbrasiliana (BR-153) revelou paisagens deslumbrantes e campos floridos de macela, planta típica da região. Em meio a esse cenário rural encantador, exploramos dois atrativos imperdíveis do Circuito Barreiro: o Parque Salto Santa Rosa, com suas trilhas, piscinas naturais e impressionantes 64 metros de queda d’água, e o Salto Puxa Nervos, uma cachoeira imponente que combina aventura, natureza e tradição local.

A sexta-feira amanheceu ensolarada em Ponta Grossa (PR), prometendo um dia perfeito para pegar a estrada de moto e explorar os atrativos naturais da região.

O destino mais conhecido do município é o Parque Estadual de Vila Velha, famoso por suas formações rochosas de arenito, furnas e lagoas. Esse patrimônio natural do Paraná, um dos mais antigos parques estaduais do Brasil (criado em 1953), já havia feito parte de nossa rota em 2017.

Mas Ponta Grossa vai muito além de Vila Velha. O município é considerado um verdadeiro refúgio de belezas naturais, abrigando locais impressionantes como a Cascata do Buraco do Padre, a Fenda da Freira e os cânions e cachoeiras do Rio São Jorge, destinos que atraem turistas em busca de aventura e contato direto com a natureza.

Com o céu limpo e um dia promissor, planejávamos conhecer essas maravilhas. No entanto, devido às restrições da pandemia, todos esses atrativos estavam temporariamente fechados ao público.

Diante da situação, adaptamos nosso roteiro. Vestimos os equipamentos de motociclistas, preparamos a Formosa (nossa companheira de estrada) e, sob o olhar discreto da lua que ainda brilhava no horizonte, nos despedimos do centro de Ponta Grossa pela BR-373.

Rodamos pouco mais de dez quilômetros até alcançar o entroncamento com a BR-376, conhecida como Rodovia do Café.

Seguimos por ela até cruzar a ponte sobre o Rio Tibagi, que marca a divisa entre os municípios paranaenses de Ponta Grossa e Tibagi, este último também famoso por suas formações geológicas, cânions e atividades de ecoturismo.

Após passar pela praça de pedágio, onde pagamos R$ 6,00, percorremos alguns quilômetros até reencontrar a Rodovia Transbrasiliana (BR-153).

Logo no início desse trecho, fomos presenteados por um espetáculo natural: extensos campos de macelas floridas às margens da estrada.


Essas flores (também conhecidas como marcela, macelinha, macela-de-travesseiro ou camomila nacional) tingiam a paisagem de tons dourados e perfumavam o ar com um aroma suave e agradável.



A macela é uma planta nativa do Brasil, valorizada por suas propriedades medicinais e amplamente utilizada em infusões que auxiliam no alívio de dores de cabeça, cólicas e desconfortos estomacais.

Entre os descendentes de alemães do Sul do Brasil, a planta também possui forte valor simbólico. É chamada de Karfreitachstee, expressão em alemão que significa “chá da Sexta-feira Santa”. Segundo a tradição, as flores colhidas nesse dia específico possuem propriedades terapêuticas potencializadas.

Coincidentemente, era 02 de abril de 2021, exatamente uma Sexta-feira Santa. Não resistimos à oportunidade: paramos à beira da estrada, colhemos algumas flores e as guardamos nos alforjes da Formosa para, mais tarde, preparar um chá especial.

Com a sensação de ter vivido um pequeno encontro com a cultura local, retomamos nossa viagem pela BR-153.

A rodovia se destaca pelo asfalto bem conservado, boa sinalização e pelas paisagens que revelam a simplicidade e o charme do interior paranaense, tornando o percurso extremamente agradável para quem viaja de moto.


Pouco tempo depois, alcançamos o trevo de acesso a Tibagi (PR).


Em vez de seguir à direita em direção ao centro urbano, optamos por virar à esquerda para percorrer o Circuito Barreiro, uma rota rural que conecta diversos atrativos naturais e culturais da região.


Assim que deixamos a rodovia principal, o asfalto deu lugar a uma estrada de terra batida.


Fizemos uma breve parada diante de um antigo casarão de madeira para preparar melhor a moto. Ali, reduzi a calibragem dos pneus, uma prática essencial em estradas de chão com pedras soltas, pois aumenta a área de contato com o solo, melhora a tração e reduz o risco de cortes.



Aproveitamos o momento para comer uma banana, nos hidratar e recuperar as energias antes de seguir viagem. Logo retomamos a rota do Circuito Barreiro, agora completamente imersos no cenário rural de Tibagi (PR).


Também conhecido como Rota do Barreiro, o percurso é bastante procurado por viajantes que desejam conhecer a essência do município além da área urbana.


Entre seus principais atrativos estão o Morro da Comuna, o Morro do Jacaré, a Santa Pastorina e as impressionantes quedas d’água Salto Puxa Nervos e Salto Santa Rosa, pontos que encantam pela força da natureza e pela beleza cênica.



Um aspecto que chama a atenção no Circuito do Barreiro em Tibagi é a excelente sinalização da rota.



Em praticamente todos os entroncamentos existem placas indicativas, o que facilita muito a navegação, especialmente para quem visita o local pela primeira vez.



A estrada de chão, bem conservada, permitia trafegar com tranquilidade, mesmo levantando a poeira típica das vias rurais.



Chegamos então a uma bifurcação importante: à esquerda, o caminho levava ao Salto Puxa Nervos, à direita, ao Salto Santa Rosa. Decidimos começar por este último, uma das cachoeiras mais conhecidas de Tibagi (PR).



À medida que ganhávamos altitude, a paisagem se abria diante de nós e logo tivemos uma vista parcial, porém impressionante, do Salto Santa Rosa.


As águas cristalinas do Rio Santa Rosa despencavam em meio à vegetação nativa, criando um contraste marcante com o azul do céu e a espuma branca da cachoeira. Para completar o cenário, a lua ainda visível no horizonte dava um toque poético à cena.



Poucos metros adiante, chegamos à portaria do Parque Salto Santa Rosa, onde fomos recepcionados por Leonardo, anfitrião simpático e apaixonado por motociclismo.



Entre uma boa conversa sobre suas viagens de moto pelo Brasil, ele nos apresentou o parque e suas principais atrações.



Estacionamos a Formosa sob a sombra de uma árvore e, animados pela recepção calorosa e pela beleza do lugar, nos preparamos para explorar com calma o Parque Salto Santa Rosa.


Parque Salto Santa Rosa
O Parque Salto Santa Rosa é um verdadeiro refúgio para amantes da natureza e aventura, disponibilizando uma variedade de atrações para todos os gostos, com destaque para a magnífica Cachoeira do Rio Santa Rosa, com seus impressionantes 64 metros de altura.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar no Parque Salto Santa Rosa partindo do centro de Ponta Grossa – Paraná – Brasil:
Contatos do Parque Salto Santa Rosa
- Endereço: Circuito Barreiro | Tibagi – Paraná – Brasil
- Telefones: (42) 99842-0028
- E-mail: paa_1993@hotmail.com
Para obter informações mais detalhadas, visite a página oficial do Parque Salto Santa Rosa no Instagram.
Horários de Funcionamento
- Sexta a domingo e feriados: das 9h às 18h
- Todos os dias: das 8h às 20h | Temporada de férias
Valores de Ingresso
- Público em geral: R$ 30,00
- Crianças: R$ 15,00
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 1 dia


O Parque Salto Santa Rosa, localizado em Tibagi, no interior do Paraná, é um verdadeiro refúgio para os amantes da natureza. O local oferece experiências para todos os perfis de visitantes, desde quem busca contemplação e descanso até os que preferem aventura e contato direto com o meio ambiente.




Além da imponente cachoeira que dá nome ao parque, o espaço conta com trilhas ecológicas bem estruturadas, áreas com churrasqueiras ideais para confraternizações, piscinas naturais e artificiais (uma delas com tobogã e outra infantil, perfeita para as crianças) e um museu temático que abriga um belo acervo de carros, motos e bicicletas antigas.



A estrutura também surpreende pela qualidade: banheiros limpos, área de camping, sítio arqueológico de relevância histórica e, claro, a joia do parque: a Cachoeira do Rio Santa Rosa (Salto Santa Rosa), uma das mais belas do Paraná.


Assim que estacionamos a Formosa sob a sombra de uma árvore, fomos recebidos por um simpático anfitrião de quatro patas: um cão chamado Café.


Afetuoso e cheio de energia, ele logo conquistou nossa atenção. Parecia saber exatamente para onde queríamos ir e assumiu espontaneamente o papel de guia, caminhando à frente em direção à trilha que leva à base da cachoeira do Rio Santa Rosa.



A trilha ecológica do Salto Santa Rosa tem início ao lado da lanchonete do parque, que funciona principalmente nos fins de semana, e rapidamente passa por uma piscina natural formada pelas águas límpidas do Rio Santa Rosa.


De percurso curto e fácil acesso, o caminho serpenteia por trechos de mata fechada, sempre acompanhado pelo som relaxante do rio que corre ao lado, uma experiência imersiva de contato com a natureza.



Durante o trajeto, fomos presenteados pelo canto de diversas aves típicas dos Campos Gerais, entre elas um casal de curicacas que nos observava do alto de uma árvore, compondo um cenário digno de cartão-postal.




À medida que nos aproximávamos do Salto Santa Rosa, o som da natureza se intensificava. O rugido da queda-d’água se misturava ao canto dos pássaros, criando uma trilha sonora perfeita que anunciava a grandiosidade que estava por vir.


Ao chegarmos à base da cachoeira, Café, nosso fiel guia, deitou-se aos pés da Sayo, como se entendesse que havia cumprido sua missão.



A cena era de uma serenidade inspiradora. Depois de alguns minutos, conseguimos convencê-lo a dar espaço para que Sayo também encontrasse seu próprio canto, onde se sentou para contemplar, em silêncio, a força e a beleza do Salto Santa Rosa.



Ali, preparamos um tereré gelado, acompanhado de frutas frescas, e nos deixamos envolver pela energia do lugar, longos minutos de tranquilidade e gratidão diante de uma das paisagens mais impressionantes do Paraná.


Com seus 64 metros de queda livre, o Salto Santa Rosa é um espetáculo natural que figura entre os principais atrativos turísticos de Tibagi (PR).


Aos pés da cachoeira, forma-se uma ampla piscina natural de águas cristalinas, de beleza indescritível. No entanto, por razões de segurança e preservação ambiental, o banho é proibido.


A área verde em frente ao salto, porém, oferece espaço ideal para piqueniques, descanso e contemplação, em meio a uma vista privilegiada.



Após esse momento de imersão, decidimos encarar uma nova trilha, a que leva ao topo da Cachoeira do Rio Santa Rosa.


Voltamos ao estacionamento acompanhados novamente de Café, prontos para a próxima etapa de nossa aventura pelo Parque Salto Santa Rosa.


Ao reencontrarmos a Formosa no estacionamento, levamos um verdadeiro susto ao perceber com clareza a quantidade e intensidade da chuva de piche que havíamos enfrentado no dia anterior.

Sob o sol da manhã, ficou evidente o estrago: a motocicleta estava coberta por milhares de pequenos pontos pretos de piche, marcas escuras e pegajosas que denunciavam a dimensão da sujeira.

No dia anterior, ao chegar ao hotel à noite, e até mesmo pela manhã, ao partir cedo de Ponta Grossa (PR), não havíamos nos atentado ao problema.

Somente agora, diante da moto iluminada pelo sol, caiu a ficha de que o próximo banho da Formosa será longo, trabalhoso e exigirá bastante paciência para remover cada mancha de piche.


Ainda refletindo sobre como faria para limpar tudo aquilo, guardei a cuia e a garrafa térmica nos alforjes, abastecemos a mochila com água e nos despedimos do nosso amigo Café, que permanecia deitado ao lado da moto, em postura de guardião, como se cuidasse dela em nossa ausência.


Com esse carinho no coração, iniciamos a segunda trilha do Parque Salto Santa Rosa.


Logo nos primeiros metros ficou claro por que Café havia hesitado em nos acompanhar: a trilha rumo ao topo do Salto Santa Rosa é íngreme e pedregosa, exigindo um pouco mais de preparo físico e atenção.



O esforço inicial é recompensado pela boa estrutura do caminho: cordas fixadas estrategicamente ajudam na subida, garantindo mais segurança aos visitantes.


Avançamos com calma até um ponto onde a trilha cruza pequenas quedas d’água. A vazão ali é forte, a profundidade é baixa, mas as pedras são escorregadias.


Usando botas de trekking que deveriam ser antiderrapantes, mas que já haviam me pregado boas peças em trilhas anteriores, redobrei a cautela. Felizmente, as cordas de apoio facilitaram a travessia, e conseguimos superar o trecho sem comprar nenhum terreno em Tibagi, ou seja, sem nenhuma queda.


Depois desse ponto, a trilha se torna mais suave, seguindo quase em linha reta e margeando um antigo canal de desvio de água, provavelmente usado no passado para movimentar uma roda d’água, vestígio da antiga presença humana na região.



Poucos minutos depois, fomos recompensados com um cenário de tirar o fôlego.



Do topo do Salto Santa Rosa, a vista panorâmica dos Campos Gerais do Paraná é simplesmente deslumbrante.



Além da sequência de pequenas quedas que antecedem o grandioso Salto Santa Rosa, o local abriga diversas piscinas naturais esculpidas naturalmente nas rochas, conhecidas como panelões.




Com o tempo, a força das águas moldou essas formações, transformando-as em verdadeiras banheiras naturais de hidromassagem, um convite irresistível ao relaxamento em meio à natureza.



Sentados à beira de uma dessas piscinas, mergulhamos os pés nas águas frias e cristalinas do Rio Santa Rosa.



Cercados por borboletas, pássaros e vegetação exuberante, celebramos o momento com as nossas “bananas da vitória”, símbolo das pequenas conquistas de viagem.



Passamos um bom tempo ali, apenas contemplando o cenário e absorvendo a energia do lugar.



Seguimos depois pela trilha que acompanha o curso do rio, observando novas quedas d’água ao longo do percurso.



Avançamos até chegar a uma pequena barragem artificial, onde decidimos encerrar a caminhada e retornar ao estacionamento, onde Formosa e Café nos aguardavam pacientemente.



Antes de nos despedirmos do Parque Salto Santa Rosa, ainda visitamos o Sítio Arqueológico Abrigo Cerradinho Santa Rosa, tombado como Patrimônio Cultural Nacional pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).


O abrigo é um dos inúmeros sítios arqueológicos de Tibagi (PR), município reconhecido por sua riqueza em vestígios pré-históricos, especialmente pinturas rupestres.


Nas rochas do Sítio Arqueológico Abrigo Cerradinho Santa Rosa, observamos figuras em tons vermelho-alaranjados, registros deixados por povos ancestrais há milhares de anos, testemunhos silenciosos da presença humana na região.


Um encerramento perfeito para nossa passagem pelo Parque Salto Santa Rosa: que une natureza exuberante, história e cultura em um mesmo lugar.


Com gratidão e admiração, nos despedimos: Valeu, Parque Salto Santa Rosa, que lugar incrível! De volta à Formosa, retomamos a estrada de terra do Circuito Barreiro, rumo às próximas descobertas no interior de Tibagi (PR).


Refizemos o trajeto que serpenteia pela paisagem rural até alcançar a bifurcação onde, mais cedo, havíamos seguido rumo ao encantador Salto Santa Rosa.


Desta vez, escolhemos o outro lado, em direção ao Salto Puxa Nervos, cujo nome curioso já despertava nossa expectativa.


Poucos minutos depois, chegamos ao local. Estacionamos a Formosa ao lado de alguns carros e seguimos até a recepção para adquirir os ingressos.



Salto Puxa Nervos
O Salto Puxa Nervos é um espetáculo da natureza, uma majestosa queda d’água que se lança de uma altura de cerca de 50 metros, batizando o local com seu nome único.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar no Salto Puxa Nervos partindo do centro de Curitiba – Paraná – Brasil:
Contatos do Salto Puxa Nervos
- Endereço: Circuito Barreiro | Tibagi – Paraná – Brasil
- Telefones: (42) 98809-6511
- E-mail: puxanervos@tibagiturismo.com.br
Para obter informações mais detalhadas, visite a página oficial do Salto Puxa Nervos no Instagram.
Horários de Funcionamento
- Todos os dias: das 8h às 18h
Valores de Ingresso
- Público em geral: R$ 10,00
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 2 horas


O Complexo Turístico Salto Puxa Nervos em Tibagi (PR) oferece uma estrutura completa para quem deseja passar o dia ou se hospedar junto à natureza. O local conta com pousada, área de camping, restaurante com comida caseira feita no fogão a lenha, lanchonete e diversas opções de lazer e aventura: desde trilhas ecológicas e tirolesa até a prática de rapel na cachoeira, também conhecida como cascading ou canyoning.


Com os ingressos em mãos e todas as informações necessárias, preparamos um tereré gelado antes de iniciar a trilha que leva até o Salto Puxa Nervos.


O caminho começa em um campo aberto, de onde já se pode ouvir o som da água despencando, mesmo sem avistar ainda a queda por completo.


À medida que avançamos, a vegetação se torna mais densa e a trilha se fecha, mas o som crescente da cachoeira serve como guia natural, conduzindo-nos até o espetáculo principal.


Em poucos minutos, a imponência do Salto Puxa Nervos se revelou diante de nós.


Com aproximadamente 50 metros de altura, a queda livre do Salta Puxa Nervos impressiona pela força e pelo contraste entre as rochas e o verde intenso da mata nativa.


Diferente do Salto Santa Rosa, aqui não há uma grande piscina natural na base, mas a área é liberada para banho, tornando o local ainda mais atrativo em dias quentes.



O nome “Puxa Nervos” tem origem pitoresca: segundo os moradores locais, a temperatura extremamente fria da água do arroio que forma a cachoeira causa uma sensação tão intensa que “puxa os nervos” de quem se atreve a mergulhar.


Talvez por isso o Salto Puxa Nervos em Tibagi seja tão procurado por praticantes de rapel e esportes de aventura, que enfrentam não apenas o desagio da descida vertical, mas também o choque térmico das águas geladas.


Nós, no entanto, preferimos contemplar o cenário de forma tranquila. Escolhemos uma pedra estrategicamente posicionada diante da cascata, acomodamo-nos e saboreamos nosso tereré, deixando o olhar se perder na grandiosidade da queda d’água e na força vibrante da natureza ao redor.


Com o entardecer se aproximando, decidimos não prolongar muito a visita para evitar trafegar à noite pelas estradas de terra do Circuito do Barreiro.


Após alguns minutos de contemplação e silêncio, despedimo-nos do Salto Puxa Nervos e seguimos em direção ao centro de Tibagi (PR).



No total, percorremos cerca de 28 quilômetros de estradas rurais ao longo do Circuito Barreiro, uma rota que surpreende pela qualidade do trajeto e pela boa sinalização.



A estrada de terra e cascalho, em excelente estado de conservação, oferece uma experiência segura e prazerosa, com trechos que, em alguns pontos, se mostram até melhores que muitas rodovias asfaltadas por onde já passamos com a Formosa.



Com o retrovisor refletindo o dourado do pôr do sol, rodamos os últimos quilômetros do dia e chegamos ao centro de Tibagi antes do anoitecer.



Fizemos uma parada rápida em um mercado para reabastecer nosso estoque de água e, em seguida, buscamos um local para descansar.



Encontramos com facilidade uma pousada aconchegante, onde encerramos o dia com um banho quente revigorante e a expectativa de novas aventuras pelos encantos de Tibagi e dos Campos Gerais do Paraná no dia seguinte.

Acima o mapa com o trajeto percorrido no dia entre Ponta Grossa – PR e Tibagi – PR.
Oba! Já são 4 comentários nesta postagem!
Lindas cachoeiras e não trouxeram o cachorro? Kkkk
Lindas mesmo! Não tinha espaço na Formosa :D
Massa demais !!! Não conhecia o Circuito Barreiro.
Seu blog explora lugares e paisagens inéditas para mim, mesmo já conhecendo alguns mesmos lugares que vocês visitam.
Vamos em frente.
Grande abraço.
Valeu Fernando, ficamos muito felizes em saber que o conteúdo do blog auxilia as pessoas a descobrirem novos destinos.
E os saltos que compõem o Circuito Barreiro são sensacionais, vale muito a visita!
Abraços…
Estamos ansiosos para ler tudo aquilo que tu tem para dizer! É chegado o momento de abrir este coração e compartilhar tua opinião, crítica (exceto algo desfavorável à imagem da Formosa), elogio, filosofar a respeito da vida ou apenas sinalizar que chegou até aqui ;)
Mas atenção, os campos marcados com * são de preenchimento obrigatório, pois assim mantemos (ou tentamos manter) o blog bonitinho, livre de robôs indevidos.
Ah, relaxe, seu endereço de e-mail será mantido sob sigilo total (sabemos guardar segredos, palavra de escoteiro) e não será publicado.