Inesquecível Passeio de Barco pela Baía de Paraty, RJ: Mergulho na Paradisíaca Ilha da Pescaria e Praia Vermelha

Aproveitamos o ensolarado domingo para embarcar em um inesquecível passeio de barco pela Baía de Paraty, um dos destinos mais encantadores do litoral sul do Rio de Janeiro. A bordo do Barco Nícolas, navegamos por águas calmas e cristalinas, explorando lugares paradisíacos como a Ilha da Pescaria, famosa pela sua biodiversidade marinha, a tranquila Praia Vermelha, a histórica Ilha do Mantimento e a exclusiva Praia do Jurumirim. Pelo caminho, vivenciamos encontros surpreendentes com tartarugas marinhas, peixes coloridos, pássaros exuberantes, esbeltos lagartos e até uma simpática cutia.

O domingo amanheceu ensolarado em Paraty – RJ, um dia ideal para explorar as águas cristalinas da Baía de Paraty e suas ilhas paradisíacas em um inesquecível passeio de barco.

Lembra do Barco Nícolas que fotografamos ontem? Pois é! Não queríamos estragar a surpresa, mas logo após as fotos já combinamos com o simpático Ubiraci, proprietário da embarcação, um passeio pela Baía de Paraty para este domingo.

E não é que até São Pedro colaborou? O dia amanheceu ensolarado, perfeito para nossa aventura pelas águas cristalinas da Baía de Paraty!

Animados com o verdadeiro “céu de Simpsons”, deixamos a Formosa repousando no aconchego da garagem do hotel, no coração do centro histórico de Paraty, e seguimos a pé até o Cais de Turismo Amyr Klink.

O Cais Turístico de Paraty recebeu esse nome em homenagem ao navegador e escritor brasileiro Amyr Klink, que partiu daqui para algumas de suas famosas viagens solitárias ao redor do mundo.

Ao chegar ao cais, fomos recebidos pelo sorridente Ubiraci, mais conhecido como Bira, que já nos aguardava com o Barco Nícolas pronto para a aventura, conforme combinado no dia anterior.

Após alguns minutos de conversa, embarcamos e partimos rumo à exploração dos sete mares, digo, das águas da fabulosa Baía de Paraty, no litoral sul do Rio de Janeiro.

Em poucos instantes, o charmoso centro histórico de Paraty, com suas construções coloniais preservadas que parecem ter parado no tempo, foi ficando para trás, dando lugar a um cenário deslumbrante.

Enquanto o Barco Nícolas deslizava pelas águas tranquilas, ao fundo, as imponentes montanhas da Serra da Bocaina criavam um cenário natural impressionante, envolvendo o centro histórico de Paraty. Essa vista harmoniosa contrastava o verde intenso da Mata Atlântica com o azul do oceano, uma combinação perfeita entre natureza exuberante e patrimônio cultural.

A Baía de Paraty está situada dentro da Baía da Ilha Grande — isso mesmo, uma baía dentro da outra — e abriga cerca de 65 ilhas, além de inúmeras praias paradisíacas, totalizando aproximadamente 180 quilômetros de litoral.

Dito isso, fica claro que um único dia é insuficiente para conhecer todas as belezas que a região oferece. Diante de tantas opções de passeios, deixamos a escolha dos destinos nas mãos do experiente marinheiro e guia Ubiraci, que nos conduziria aos lugares mais bonitos e imperdíveis para explorar em algumas horas, aproveitando metade da manhã e toda a tarde.

Assim, nossa única e exclusiva preocupação era registrar belas fotos e cuidar do FredLee, garantindo que ele não caísse no mar antes de a embarcação ancorar com segurança.

Devido à sua localização protegida do agito do mar aberto, as águas da Baía de Paraty são extremamente calmas, com poucas ondas, que geralmente se formam apenas com a passagem de outras embarcações.

Entre as diversas ilhas que compõem a Baía de Paraty, a maioria é de propriedade particular. Algumas abrigam comunidades locais, outras possuem pequenas e isoladas praias, enquanto várias oferecem ótimos pontos para mergulho, com águas cristalinas e a presença de peixes coloridos.

Além disso, ao redor da Baía de Paraty, no continente, existe uma infinidade de praias, algumas habitadas, com estrutura para receber visitantes, e outras praticamente desertas, ideais para quem busca tranquilidade e contato com a natureza.

É possível explorar as águas da Baía de Paraty e da Baía da Ilha Grande por meio de passeios de escunas, lanchas privativas ou embarcações conduzidas por moradores locais.

Optamos pela última opção: o barco de um nativo. Essa escolha nos proporcionou privacidade, um roteiro personalizado, flexibilidade de horários (com passeios que partem e duram conforme a preferência do visitante), além da possibilidade de levar nossos próprios alimentos e bebidas. Tudo isso aliado à ampla experiência e ao profundo conhecimento regional do capitão, sem contar com a simpatia do Bira.

Cerca de uma hora após partirmos do Cais de Turismo Amyr Klink, no centro histórico de Paraty – RJ, chegamos ao primeiro destino tão aguardado: a Ilha da Pescaria. Nosso guia, Bira, prometia uma experiência incrível nesse ponto do passeio.

Assim que o Barco Nícolas ancorou na Ilha da Pescaria, pudemos confirmar imediatamente que Bira estava certo.

Localizada entre a Praia da Lula e a Praia Vermelha, a Ilha da Pescaria é uma das mais charmosas e populares entre os passeios de barco na Baía de Paraty. É famosa por suas águas cristalinas e rica biodiversidade marinha, especialmente pelos cardumes de peixes “Sargentinhos” que encantam os mergulhadores.

Aliás, quando percebi, a Sayo já estava se refrescando nas cristalinas águas da paradisíaca Ilha da Pescaria, com um sorriso enorme no rosto.

Não demorou muito para que ela se visse cercada por centenas, ou talvez milhares, de peixes das mais variadas cores e tamanhos. Essa enorme diversidade de espécies marinhas é o que deu nome à pequena ilha, famosa pela atividade pesqueira local.

Mergulhar em águas límpidas, com visibilidade praticamente total e cercado por uma diversidade de peixes e natureza exuberante, proporciona uma experiência verdadeiramente surreal.

Vale lembrar que a Ilha da Pescaria é de concessão privada, portanto não permite embarque ou desembarque de visitantes, mas o mergulho em suas águas ao redor é liberado.

Claro que aproveitamos cada minuto ao máximo, nos divertindo nas águas transparentes da Ilha da Pescaria. E, quando menos percebemos, já era hora do almoço.

Como tivemos a opção de levar nossa própria comida para o passeio de barco pela Baía de Paraty, durante a manhã compramos algumas delicatéssen (não sei o que essa palavra significa, mas vi ela escrita esses dias em uma padaria pela qual passamos, achei bonita e acredito que combina com a frase, além de dar um ar sofisticado ao blog de um casal de motoqueiros malvadões), muitas frutas, água e, claro, um bom vinho branco seco, mantido na temperatura ideal na caixa térmica cheia de gelo, gentilmente fornecida pelo nosso comandante Bira.

Devidamente alimentados e renovados, voltamos a mergulhar nas águas transparentes da Ilha da Pescaria, que mais parecia cenário de conto de fadas.

Incrível como o tempo voa em momentos assim (enquanto no trabalho os minutos parecem se arrastar). Quando a embarcação Belíssima ancorou ao nosso lado, trazendo um ilustre tripulante de quatro patas a bordo, nos despedimos desse paraíso. Obrigado, Ilha da Pescaria, na Baía de Paraty: que lugar mágico!

De corpo e alma lavados, nos despedimos da Ilha da Pescaria e retomamos a navegação pelas águas da Baía de Paraty, um dos maiores santuários ecológicos naturais do Brasil.

Logo avistamos nosso próximo ponto de parada: a bela Praia Vermelha de Paraty, RJ.

A Praia Vermelha de Paraty está localizada no continente, mas é cercada pela vegetação nativa da Mata Atlântica e só pode ser acessada por barco. Essa característica a mantém preservada e tranquila, tornando-a perfeita para quem busca relaxar e desfrutar de um refúgio natural.

Famosa por suas águas cristalinas, a Praia Vermelha recebeu esse nome devido à tonalidade avermelhada que a areia e as rochas adquirem ao longo do dia, especialmente ao pôr do sol.

No local, há lanchonetes e restaurantes que funcionam como pontos de parada para escunas e outras embarcações, oferecendo uma experiência gastronômica única à beira-mar.

Com águas calmas e transparentes, a Praia Vermelha é o destino ideal para nadar, praticar stand-up paddle, snorkeling e caiaque.

A vegetação ao redor da Praia Vermelha de Paraty proporciona sombra natural em alguns pontos, criando espaços agradáveis para descansar e apreciar a paisagem.

Na Praia Vermelha, caminhamos por suas areias douradas, nos refrescamos nas águas cristalinas e, após essa breve pausa, retomamos a navegação pela Baía de Paraty.

Passamos ao lado da Ilha do Mantimento, que abriga uma curiosa construção do período colonial, uma mistura intrigante entre castelo e forte.

Segundo nosso guia Bira, a edificação foi construída para armazenar os mantimentos trazidos de Portugal quando a maré impedia a navegação até o Porto de Paraty, o que explica o nome Ilha do Mantimento.

A Ilha do Mantimento possui uma vasta vegetação nativa e intocada, tornando-se habitat de diversas espécies silvestres, incluindo o raro mico-leão-dourado.

Com isso, Bira contornou a ilha e ancorou o Barco Nícolas em um ponto estratégico, ideal para avistarmos essas espécies silvestres.

Enquanto aguardávamos a aparição de algum serelepe mico-leão-dourado, aproveitamos para contemplar os peixinhos coloridos ao redor do barco.

E nos encantar com a vibrante plumagem vermelha de um pássaro tiê-sangue, também chamado sangue-de-boi ou tiê-fogo, que se destacava em meio ao verde das densas árvores.

Em seguida, avistamos um esbelto lagarto e nos lembramos da banana que havia sobrado da refeição. Rapidamente, a lançamos na ilha, na esperança de atrair algum miquinho para buscá-la.

Porém, esquecemos de combinar nossa estratégia com todos os habitantes locais, e não demorou para uma sapeca cutia se aproximar e se apoderar da fruta.

É, hoje não foi o dia dos micos. Afinal, seria muita sorte para um único dia. Então, seguimos rumo à Praia do Jurumirim.

Ancoramos próximo à Praia do Jurumirim, propriedade particular de Amyr Klink, quando algo se mexendo nas águas claras chamou nossa atenção.

Nas águas mansas e cristalinas da Praia do Jurumirim, entre um mergulho e outro, conseguimos avistar uma linda tartaruga marinha.

Ela me deu um verdadeiro baile e, confesso, fui mais lento que a própria tartaruga! Não consegui enquadrá-la perfeitamente para uma boa foto (provavelmente culpa do balanço do barco… ou do vinho).

Feito! Com a aparição da tartaruga marinha, o dia já estava ganho, estávamos no lucro. Agora, era hora de voltar à terra firme.

Durante o retorno, passamos ao lado do Forte da Ponta Grossa, que provavelmente cruzava fogos com o Fortim da Ilha dos Mantimentos, situado bem em sua frente.

Ao nos aproximarmos do centro histórico de Paraty, percebemos que nuvens carregadas encobriam a vista do pôr do sol e provocavam chuvas na Serra do Mar.

No fim da tarde de domingo, nos despedimos de Ubiraci, que, ao timão do Barco Nícolas, nos proporcionou um passeio inesquecível pela Baía de Paraty. Muito obrigado, Bira!

De volta à terra firme, caminhamos sob o céu cinzento pelas estreitas e charmosas ruas de paralelepípedo do centro histórico de Paraty até o hotel.

Após um banho quente, fomos jantar e, no retorno, fomos surpreendidos pela chuva que chegou com o cair da noite, como uma bênção refrescante.

Encerramos o domingo com chave de ouro, em uma animada disputa de dominó.