Brasil • Expedição 2020: Belas Rotas • Paraty • Rio de Janeiro • São Paulo
Viagem de Moto pela Rodovia Oswaldo Cruz (SP-125) e Um Charmoso Fim de Tarde no Centro Histórico de Paraty – RJ
10 de Novembro, 2020
Surpreenda-se com as paisagens da Serra do Mar em uma viagem de moto pela Rodovia dos Tamoios, percorra a Rodovia Rio-Santos, encare as curvas desafiadoras da Rodovia Oswaldo Cruz (SP-125) e finalize o dia no charmoso centro histórico de Paraty.
Após uma madrugada chuvosa, o dia amanheceu nublado em Paraibuna (SP), marcando o início de mais uma incrível viagem de moto pelo interior e litoral de São Paulo rumo ao Rio de Janeiro. Pegamos a Rodovia dos Tamoios (SP-099) em direção à Serra do Mar, apreciando as paisagens verdejantes até alcançar o litoral norte paulista. Entre Caraguatatuba e Ubatuba, percorremos trechos da cênica Rodovia Rio-Santos (BR-101) antes de enfrentar as curvas fechadas da Rodovia Oswaldo Cruz (SP-125), uma das estradas mais desafiadoras e belas do estado. Após cruzar a divisa com o Rio de Janeiro, visitamos o famoso distrito de Trindade, conhecido por suas praias paradisíacas, e encerramos o dia com uma caminhada inesquecível pelo centro histórico de Paraty, um dos destinos coloniais mais charmosos e preservados do Brasil.

A chuva que caiu durante toda a noite em Paraibuna, no interior de São Paulo, proporcionou um sono tranquilo e revigorante, embalando o início perfeito de mais um dia de viagem.

Após o café da manhã, vestimos nossos trajes de moto viajantes, organizamos os equipamentos e os acomodamos na Formosa. Ainda molhada da noite anterior, já que passou a madrugada estacionada na rua, em frente ao hotel, ela parecia pronta para mais um trecho da Moto Expedição 2020: Belas Rotas.

Sob um céu cinzento, mas sem sinal de chuva, nos despedimos da pacata Paraibuna, cidade localizada no Vale do Paraíba, cercada pela imponente Serra da Mantiqueira. Fundada em 1666, a cidade mantém o charme interiorano, com casarões históricos e tradições que remontam aos tempos do ciclo do café.

Seguimos pela Rodovia dos Tamoios (SP-099), em direção ao leste, aproveitando a pista duplicada e a boa infraestrutura que tornam o início da viagem ainda mais prazeroso.


A estrada, em excelente estado de conservação e com pouco movimento, nos conduziu rapidamente por cerca de 30 quilômetros até o início do trecho da Serra do Mar.


A partir desse ponto, a rodovia passa a ser de mão dupla. No entanto, as obras de duplicação seguem em andamento, com o objetivo de transformar toda a Rodovia dos Tamoios em uma via totalmente duplicada nos próximos anos.


O destaque desse projeto é o novo trajeto da serra, conhecido como Serra Nova, que contará com cerca de 22 quilômetros de túneis e viadutos, incluindo o maior túnel rodoviário do Brasil, com mais de 5 km de extensão.


Enquanto o futuro chega, seguimos desfrutando cada curva do trecho sinuoso da Serra Antiga da Rodovia dos Tamoios, com seus cerca de 15 quilômetros cercados pela exuberante Mata Atlântica.


O percurso é um espetáculo à parte: descemos dos 730 metros de altitude até o nível do mar, em um cenário de rara beleza natural.


Como era de se esperar em meio à Serra do Mar, uma leve garoa nos acompanhou durante a descida e permaneceu até nossa chegada a Caraguatatuba, no litoral paulista.


Caraguatatuba, carinhosamente chamada de Caraguá, é conhecida como a “Capital do Litoral Norte Paulista”. Fundada em 1857, a cidade abriga atualmente cerca de 140 mil habitantes e combina belas praias com um clima acolhedor típico das cidades litorâneas.


O nome Caraguatatuba vem do tupi e significa “lugar de muitos caraguatás”, em referência a uma espécie de bromélia abundante na região (sendo karagûatá a designação para diversas espécies de bromélias, também chamadas de gravatá, e tyba, que indica grande quantidade).


Seguimos até a Avenida Doutor Arthur Costa Filho, a famosa Avenida Beira-Mar de Caraguatatuba, que oferece uma vista encantadora da extensa Praia do Centro, com 1,8 km de areia clara, mar calmo e um belo calçadão perfeito para caminhadas.


Em seguida, percorremos o trecho junto à Praia do Camaroeiro, reduto dos pescadores artesanais e um dos pontos mais tradicionais da cidade. O cenário, com barcos coloridos ancorados no mar e o vai e vem dos pescadores, reflete com perfeição a essência da cultura caiçara.


Após uma breve parada para apreciar a vista e registrar uma foto das nuvens densas que se aproximavam pelo horizonte, nos despedimos de Caraguatatuba e retomamos a viagem pela velha e conhecida BR-101, a Rodovia Rio-Santos, em direção ao norte.


De volta à estrada, o visual era simplesmente deslumbrante: de um lado, as praias do litoral paulista, do outro, a imponente Serra do Mar, coberta pela densa e vibrante vegetação da Mata Atlântica. Um verdadeiro presente para quem viaja de moto, com curvas suaves e paisagens de tirar o fôlego.


Foi nesse cenário paradisíaco que chegamos a Ubatuba, amplamente reconhecida como a “Capital do Surfe”. A cidade é um dos destinos mais procurados do litoral paulista, com mais de 100 praias e 20 ilhas, cada uma com seu encanto particular. Grande parte do território municipal é coberto por Mata Atlântica preservada, tornando Ubatuba um verdadeiro santuário ecológico.



Entre suas áreas de preservação, destaca-se o Parque Estadual da Serra do Mar, com mais de 47 mil hectares, e o Parque Nacional da Serra da Bocaina, na região norte, ambos fundamentais para a conservação da biodiversidade local.


Ubatuba também abriga um dos primeiros parques subaquáticos do Brasil, localizado na área do Parque Estadual da Ilha Anchieta, onde é possível mergulhar entre peixes coloridos e ruínas históricas.


Além das belezas naturais, Ubatuba é lar de comunidades tradicionais (quilombolas, indígenas e caiçaras) que preservam costumes, saberes e modos de vida ancestrais, contribuindo para a rica identidade cultural da região.


O nome “Ubatuba” tem origem tupi e apresenta duas interpretações possíveis: “ajuntamento de canoas” (ubá + tyba) ou “ajuntamento de canas-do-rio” (u’ubá + tyba). Canas-do-rio é uma gramínea utilizada pelos povos nativos na confecção de flechas. Ambas remetem à forte ligação do povo originário com os rios, o mar e a natureza.


Fundada em 1637, Ubatuba (SP) tem hoje cerca de 90 mil habitantes e chega a receber, na alta temporada, mais de 300 mil turistas por dia.


Entre as curiosidades locais, uma das mais saborosas é a origem do famoso prato “camarão na moranga”, que nasceu justamente em Ubatuba, SP.


A origem do prato remonta à época em que presos japoneses cultivavam abóboras no antigo presídio da Ilha Anchieta. Os alimentos colhidos eram transportados em pequenos barcos até o continente para serem comercializados. Em uma dessas viagens, uma das abóboras caiu no mar, afundou e desapareceu.


Mais de uma semana depois, a abóbora reapareceu na Praia da Enseada, justamente em frente ao restaurante de dona Zenaide. Sem hesitar, ela aproveitou o belo fruto e o levou direto para a panela de barro, preparando um cozido.


Ao abrir a abóbora após o cozimento, teve uma surpresa: em seu interior estavam camarões sete-barbas. Inspirada pelo inusitado, acrescentou cheiro-verde, coentro em folha, tomate, alho e cebola, deu mais uma fervida no preparo, e assim nasceu o tradicional prato caiçara que conquistou o Brasil: o camarão na moranga.


O mais curioso foi descobrir como os camarões foram parar dentro da abóbora. Posteriormente, constatou-se que havia um buraco no local do talo, o que fez com que a abóbora afundasse, e foi por essa abertura que os crustáceos entraram, encontrando ali um abrigo seguro e acolhedor.


Atualmente, o camarão na moranga é um dos pratos mais emblemáticos de Ubatuba, presente nos principais restaurantes da cidade e amplamente difundido ao longo do litoral brasileiro, com variações nos ingredientes conforme as características e tradições culinárias de cada região.


Assim que chegamos ao principal trevo de acesso ao centro de Ubatuba, deixamos a Rodovia BR-101 e seguimos pela Rodovia Oswaldo Cruz (SP-125).


A Rodovia Oswaldo Cruz (SP-125) conecta os municípios paulistas de Ubatuba e Taubaté em um trajeto de aproximadamente 91 quilômetros, desempenhando um papel essencial ao ligar o litoral norte ao interior do estado de São Paulo. Essa via é uma das rotas mais belas e desafiadoras da região, especialmente apreciada por motociclistas e viajantes que buscam experiências intensas sobre duas rodas.


Durante o período do Brasil Colonial, o trecho onde hoje passa a SP-125 fazia parte de um desvio do antigo Caminho do Ouro da Estrada Real, rota histórica que interligava as regiões mineradoras de Minas Gerais ao litoral paulista, permitindo o transporte de ouro, pedras preciosas e outros recursos. Essa estrada foi vital para o desenvolvimento econômico da colônia e deixou marcas profundas na história e na cultura do Vale do Paraíba e do litoral norte.


Como é típico das rodovias que atravessam a Serra do Mar, a Rodovia Oswaldo Cruz apresenta um trecho íngreme, repleto de curvas fechadas, ladeado por uma vegetação densa e exuberante. A Mata Atlântica se mostra em todo o seu esplendor, com árvores centenárias, bromélias, samambaias e o canto dos pássaros que ecoa pela serra, criando um cenário de rara beleza.


Com sua pista estreita, ausência de acostamento e tráfego em mão dupla, a SP-125 é um verdadeiro paraíso para quem viaja de moto, oferecendo uma combinação perfeita entre desafio e admiração. Mas, é claro, requer total atenção e respeito aos limites da via. Condução defensiva e prudência são fundamentais para garantir a segurança em cada curva.



Após raspar as pedaleiras da Formosa nas curvas mais fechadas (algumas tão acentuadas que quase podíamos ver a própria placa da moto no reflexo do retrovisor) alcançamos o topo da serra.


Lá, fizemos o retorno e iniciamos a descida, prontos para repetir o trajeto com a mesma atenção e entusiasmo.


Vale destacar que, no trecho de serra da Rodovia Oswaldo Cruz, é proibida a circulação de veículos de carga e transporte coletivo de passageiros.


A razão é simples: as curvas extremamente fechadas e o elevado grau de inclinação poderiam fazer com que esses veículos ficassem presos ou representassem risco para os demais usuários da rodovia.


Ao longo de nossas viagens, já enfrentamos estradas de montanha com características semelhantes, como a Serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina, o Rastro da Serpente, entre o Paraná e São Paulo, e o Camino de la Cornisa, na Argentina, mas nenhuma se mostrou tão estreita e desafiadora quanto a SP-125. Suas curvas são intensas, o declive é bastante acentuado e a sensação de pilotar nesse cenário é simplesmente única.


Os cerca de 8 quilômetros que atravessam o Parque Estadual da Serra do Mar formam o trecho mais impressionante da rodovia. Além da beleza, é uma região de grande importância ambiental, abrigando uma das áreas mais preservadas de Mata Atlântica do país, com fauna e flora típicas desse bioma exuberante.


No meio da descida, aproveitamos uma das áreas de escape para dar um breve descanso à Formosa e aliviar os freios. Em trajetos de serra, é fundamental evitar o uso contínuo dos freios para prevenir o superaquecimento e a perda de eficiência, a temida falta de freio. Nessas condições, o uso do freio motor é essencial para uma pilotagem segura e controlada.


Que estrada incrível! Para os apaixonados por motociclismo, percorrer as curvas da Rodovia Oswaldo Cruz (SP-125) é uma experiência imperdível. Cada metro dessa serra combina adrenalina, desafio e paisagens deslumbrantes, um verdadeiro convite à contemplação. Valeu, SP-125! Já estamos com vontade de voltar.


De volta ao nível do mar, retomamos a BR-101, a icônica Rodovia Rio-Santos, considerada uma das estradas mais bonitas do Brasil. Seu traçado acompanha o litoral, serpenteando entre o mar e a serra em perfeita harmonia.


A cerca de 45 quilômetros do trevo principal de acesso a Ubatuba, fizemos uma parada estratégica às margens da BR-101 para visitar a deslumbrante Cachoeira da Escada, também conhecida como Cachoeira da Divisa, por estar a menos de 1 km da fronteira entre São Paulo e Rio de Janeiro.


As águas cristalinas dessa queda d’água descem entre grandes rochas cobertas de musgo, formando pequenas piscinas naturais ideais para um banho refrescante em meio à natureza. O som da água e o perfume da mata criam uma atmosfera de serenidade que encanta viajantes que passam pela região.


No local, há uma imagem de Oxum, orixá das águas doces, dos rios e cachoeiras, símbolo de amor, prosperidade, beleza e riqueza. A presença da divindade reforça a conexão espiritual e cultural que envolve o lugar, lembrando que as cachoeiras são, para muitos, templos naturais de energia e renovação.


Após um tempo contemplando o cenário e renovando as energias, seguimos viagem pela BR-101 até alcançarmos a divisa entre São Paulo e Rio de Janeiro, um marco simbólico em nossa Moto Expedição 2020: Belas Rotas.


Mais um estado brasileiro conquistado pela Formosa. Agora, é hora de explorar o Rio de Janeiro!


Com 92 municípios distribuídos por uma área de 43.750 km² e uma população que ultrapassa 16 milhões de habitantes, o estado do Rio de Janeiro se destaca como a segunda maior economia do Brasil, exercendo forte influência cultural, turística e industrial no país. Famoso por suas paisagens deslumbrantes, combina mar, montanha, história e uma energia vibrante que o torna um dos destinos mais procurados do mundo.


Já em solo fluminense, rodamos apenas alguns quilômetros pela Estrada Rio-Santos (BR-101) até acessarmos uma via estreita e asfaltada, sem acostamento, que nos levou até Trindade, um dos distritos mais conhecidos de Paraty, RJ. O trajeto, sinuoso e montanhoso, já anunciava o que estava por vir: uma região cercada por natureza exuberante e uma atmosfera rústica que preserva o charme das antigas vilas caiçaras.




Pouco antes de chegarmos à vila de Trindade, fomos presenteados com a vista da Praia do Cepilho, uma verdadeira joia escondida entre as montanhas. O mar agitado, as grandes pedras e o contraste com o verde intenso da vegetação criam um cenário que parece ter saído de uma pintura. Fizemos uma breve pausa ali para registrar o momento e contemplar a beleza do litoral fluminense, antes de seguirmos viagem.



Em poucos minutos, chegamos ao centrinho de Trindade, uma charmosa vila de ruas estreitas, pousadas simples e comércio local pulsante. O clima praiano, o som distante das ondas e o aroma de comida fresca nos convidavam a desacelerar.

Trindade é formada majoritariamente por comunidades de pescadores, e grande parte de seu território está inserida no Parque Nacional da Serra da Bocaina, o que garante uma atmosfera preservada e tranquila. As praias, trilhas e piscinas naturais são os principais atrativos.

Por volta das 13h, estacionamos a Formosa no centro da vila e seguimos a pé pela rua principal, observando o movimento dos turistas e o ritmo calmo dos moradores. Escolhemos um restaurante local para o almoço, ansiosos para provar os sabores típicos da culinária caiçara, marcada pela simplicidade e frescor dos ingredientes, com peixes e frutos do mar como protagonistas.

Nossa intenção inicial era passar o restante do dia em Trindade, explorando as trilhas, visitando as praias e pernoitando na vila. No entanto, ao chegarmos, percebemos uma energia pesada no ambiente, acompanhada de pequenos sinais que nos fizeram repensar os planos. Para completar, o atendimento no restaurante escolhido foi surpreendentemente rude, algo raro em destinos turísticos dessa natureza, o que reforçou nossa sensação de que talvez não fosse o momento certo para permanecer ali.

Após um almoço rápido, seguimos até a Praia dos Ranchos, uma das mais conhecidas de Trindade. O nome vem dos antigos ranchos de pescadores que ocupavam o local, muitos deles hoje transformados em bares e restaurantes à beira-mar. Com uma faixa de areia fofa e clara, águas tranquilas e um cenário cercado por montanhas, é um daqueles lugares que exalam paz e simplicidade.



Ainda assim, decidimos ouvir nossa intuição e adiar a exploração de Trindade para uma próxima oportunidade. Viajar sobre duas rodas nos ensinou que é essencial respeitar os sinais do caminho, confiar no instinto e jamais forçar situações. Quando se está em harmonia com o ambiente, tudo flui naturalmente, e as melhores experiências acontecem quando o momento é o certo.


De volta à bordo da Formosa, fizemos o retorno e nos despedimos de Trindade, levando conosco belas imagens. O caminho de volta pela estrada foi ainda mais bonito, com a luz da tarde realçando os tons da mata e do mar.


Pouco tempo depois, chegamos novamente ao entroncamento com a Rodovia BR-101, a icônica Estrada Rio-Santos, e seguimos rumo ao norte, com o vento no rosto e a sensação de liberdade que só uma viagem de moto pelo litoral brasileiro é capaz de proporcionar.


Dali, foram apenas alguns quilômetros até alcançarmos o trevo de acesso ao centro histórico de Paraty (RJ), uma cidade que, com seu charme colonial e atmosfera encantadora, sempre convida a uma parada repleta de história e beleza.


Assim que chegamos ao centro, encontramos um hotel aconchegante, onde estacionamos a Formosa e nos acomodamos. Após uma breve pausa e uma troca de roupa, partimos para explorar o centro histórico de Paraty, um verdadeiro tesouro do período colonial, com suas ruas de pedras, casarões preservados e um ar de tranquilidade que parece suspender o tempo.


De acordo com historiadores, Paraty é considerada a primeira cidade planejada do Brasil, já que suas ruas e quadras foram desenhadas antes mesmo do início da construção. Esse planejamento urbano inovador reflete a visão dos fundadores, que criaram um traçado organizado e harmonioso, algo raro para o século XVII.


As ruas do centro histórico de Paraty foram cuidadosamente alinhadas de leste a oeste e de norte a sul, formando uma malha urbana simétrica que permanece praticamente intacta até hoje.


Essa preservação impressionante garantiu ao centro histórico de Paraty o título de Patrimônio Nacional, concedido pelo IPHAN, e o reconhecimento da UNESCO como o conjunto arquitetônico colonial mais harmonioso do Brasil.


Além disso, Paraty e a Baía de Ilha Grande foram declaradas Patrimônio Mundial Misto da Humanidade pela UNESCO, o primeiro título dessa categoria no Brasil, por unirem, de forma única, riqueza cultural e exuberância natural, com a preservação da Mata Atlântica ao redor da cidade.


O calçamento original das ruas centrais de Paraty, conhecido como “pé-de-moleque”, começou a ser feito em 1776. Suas pedras irregulares lembram o formato do doce homônimo e conferem à cidade um charme rústico inconfundível, tornando cada caminhada uma verdadeira viagem ao passado.


Entre as muitas construções históricas, destaca-se a Igreja de Santa Rita de Cássia, erguida em 1722. Com sua arquitetura barroca e jesuítica, é um dos principais cartões-postais de Paraty, RJ.



Igreja de Santa Rita de Cássia | Museu de Arte Sacra de Paraty
A Igreja de Santa Rita de Cássia é uma das imagens mais emblemáticas de Paraty, destacando-se não apenas pela sua arquitetura, mas também pela sua localização privilegiada.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar na Igreja de Santa Rita de Cássia partindo do centro de São Paulo – São Paulo – Brasil:
Contatos da Igreja de Santa Rita de Cássia
- Endereço: Largo de Santa Rita – Centro Histórico | Paraty – Rio de Janeiro – Brasil
- Telefone: (24) 3371-8328
- E-mail: masdp@museus.gov.br
Horários de Funcionamento
- Terça a domingo: das 9h às 12h e das 14h às 17h
Valores de Ingresso
- Público em geral: R$ 2,00
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 1 hora


A imponência de sua fachada, com detalhes em pedra e janelas emolduradas, encanta quem passa pela orla. Atualmente, a Igreja de Santa Rita de Cássia abriga o Museu de Arte Sacra de Paraty, que preserva um valioso acervo histórico e religioso, embora estivesse fechado no momento de nossa visita.


Fundada em 1667, Paraty ainda carrega uma curiosidade interessante: a grafia de seu nome. Enquanto órgãos federais, com exceção do IPHAN, adotam a forma “Parati” com a letra “i”, o município e a maioria dos moradores preferem “Paraty” com a letra “y”. A diferença persiste até hoje, como um reflexo das transformações linguísticas e culturais que marcaram a cidade ao longo dos séculos.


O nome Paraty vem do tupi “piraty”, que significa “peixe do rio” ou “viveiro de peixes”. Os indígenas guaianás, ou guaianases, usavam esse termo para designar a região, rica em peixes que migravam para os rios da Baía de Paraty, especialmente no inverno, quando desovam e depois retornam ao mar, mantendo viva uma tradição natural e simbólica da região.


Paraty é carinhosamente chamada de “Veneza Brasileira”, pois, durante as marés altas, as águas do mar invadem parte das ruas do centro histórico, criando um cenário mágico. O fenômeno acontece devido à elevação natural da maré, e o engenhoso formato em “V” das ruas, com o centro mais baixo e as calçadas elevadas, pensado justamente para facilitar o escoamento da água, preservando a funcionalidade e o charme urbano.


Durante nossa caminhada, a maré começou a baixar lentamente, revelando um espetáculo à parte: centenas de siris e caranguejos surgiam entre as pedras, dando vida às ruas históricas. Essa fusão entre natureza e arquitetura é uma das características mais singulares de Paraty, reforçando o equilíbrio entre o ambiente marinho e o urbano.


Durante o período colonial, Paraty se destacou economicamente pelos engenhos de cana-de-açúcar (chegaram a existir mais de 250) e pela produção da cachaça artesanal, que ficou famosa em todo o país. A cachaça de Paraty se tornou sinônimo de qualidade e tradição, sendo exportada para outras regiões e reforçando o papel da cidade como um dos berços da aguardente brasileira.


No século XVIII, Paraty tornou-se um porto estratégico da Estrada Real, servindo como ponto final da rota que trazia ouro e pedras preciosas das Minas Gerais até o litoral. Dali, as riquezas seguiam para a Europa, especialmente para Portugal, consolidando o papel da cidade na economia colonial.


Outro aspecto fascinante da história local é a forte influência da maçonaria no desenvolvimento urbano e arquitetônico de Paraty, RJ. Símbolos maçônicos podem ser observados em diversas construções do centro histórico, refletindo a presença e a importância de maçons entre os fundadores e líderes da cidade.


As casas pintadas de branco e azul-hortênsia, cor associada à maçonaria, são uma marca visual dessa influência. O número 33, símbolo do mais alto grau da Maçonaria Escocesa, também está presente: o centro histórico de Paraty possui 33 quarteirões, cada um supervisionado por um fiscal, os chamados “Fiscais de Quarteirão”. Associado à sabedoria e ao conhecimento profundo, o número 33 carrega um significado de perfeição e iluminação, o que reforça a forte influência da maçonaria no planejamento e na construção da cidade, refletida em seus elementos arquitetônicos e históricos.


Nas esquinas, é possível notar três pilares de pedra lavrada, chamados cunhais, dispostos em forma de triângulo, outro símbolo maçônico que representa sabedoria, força e beleza. Até mesmo as plantas originais das casas, desenhadas na escala 1:33,33, reforçam a precisão e o simbolismo adotados pelos construtores da época.


Caminhar pelo centro histórico de Paraty é se transportar ao passado, vivenciando o cotidiano de uma cidade que foi palco do ciclo do ouro, do açúcar e da cachaça, e que hoje preserva com orgulho sua história e cultura. Suas ruas estreitas, igrejas centenárias e casarões coloridos formam um cenário que combina tradição, arte e identidade.


E, ao contrário de nossa experiência anterior em Trindade, Paraty nos acolheu de imediato. Foi um verdadeiro amor à primeira vista, uma sensação de paz e harmonia que nos envolveu assim que pisamos em suas ruas de pedra. A energia acolhedora da cidade, o charme histórico e o clima sereno criaram uma conexão instantânea, daquelas que só os lugares verdadeiramente especiais são capazes de proporcionar.



Maravilhados pela cidade, por seu centro histórico preservado e pelas vibrações positivas que emanam de cada canto, seguimos nosso passeio pelas charmosas ruelas de Paraty, RJ.



Foi assim que chegamos à encantadora Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos e de São Benedito, uma construção imponente que, com sua simplicidade e beleza, representa mais um marco da rica herança histórica e cultural de Paraty, RJ.

Erguida em 1725, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos e de São Benedito é uma das mais antigas da cidade e carrega uma profunda importância simbólica. Construída por e para a irmandade dos homens pretos, formada por escravizados e libertos, o templo é um símbolo de fé, resistência e representatividade. Além disso, abriga o único altar de ouro de Paraty, um detalhe raro e precioso que reflete o valor artístico e religioso desse patrimônio.

Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos e de São Benedito
Construída em 1725, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos e de São Benedito se destaca por abrigar o único altar de ouro da cidade.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos e de São Benedito partindo do centro de Petrópolis – Rio de Janeiro – Brasil:
Contatos da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos e de São Benedito
- Endereço: Rua do Comércio – Centro Histórico | Paraty – Rio de Janeiro – Brasil
- Telefone: (24) 3371-1467
Horários de Funcionamento
- Terça a domingo: das 9h às 11h e das 14h às 17h
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 30 minutos


Infelizmente, a igreja estava fechada durante nossa visita, mas mesmo observada do lado de fora, sua imponência e serenidade impressionam. A fachada simples, as janelas simétricas e o adorno discreto revelam uma beleza autêntica, fiel ao estilo colonial brasileiro.


Com o cair da tarde, as lâmpadas amarelas que adornam as antigas edificações começaram a iluminar suavemente as ruas. Essa luz cálida transforma o centro histórico de Paraty em um verdadeiro cenário de cinema. As sombras projetadas nas paredes coloniais e o reflexo das pedras molhadas criam uma atmosfera romântica e acolhedora, perfeita para um passeio tranquilo e contemplativo.


Poucos passos adiante, encontramos mais uma joia do patrimônio religioso da cidade: a Igreja de Nossa Senhora das Dores.

Igreja de Nossa Senhora das Dores | Capelinha
A Igreja de Nossa Senhora das Dores, também conhecida como Capelinha, foi construída em 1800 por mulheres da aristocracia local.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar na Igreja de Nossa Senhora das Dores | Capelinha partindo do centro de Aparecida – São Paulo – Brasil:
Contatos da Igreja de Nossa Senhora das Dores | Capelinha
- Endereço: Rua da Capela – Centro Histórico | Paraty – Rio de Janeiro – Brasil
- Telefone: (24) 97678-3775
Horários de Funcionamento
- Sábado: das 13h30 às 18h
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 30 minutos

Construída em 1800, essa igreja, também chamada de Capelinha, foi erguida por mulheres da aristocracia local. Sua edificação reflete a devoção e a força feminina da época, destacando o papel das mulheres na vida social e espiritual da comunidade paratiense.

Em 1901, a igreja passou por uma ampla reforma e ganhou uma irmandade própria, a Irmandade de Nossa Senhora das Dores, curiosamente composta apenas por mulheres. No entanto, como tantas outras, essa irmandade foi extinta na década de 1960, marcando o fim de um importante ciclo da história religiosa da cidade.

Um detalhe curioso da construção da Igreja de Nossa Senhora das Dores é o galo de metal que coroa sua torre, o mesmo elemento presente na Igreja de Santa Rita de Cássia. Além do valor simbólico, o galo representa vigilância e fé, ele também servia a um propósito prático: indicar a direção dos ventos, auxiliando navegadores e pescadores nas atividades marítimas, essenciais para a economia local.


A Igreja de Nossa Senhora das Dores está localizada em frente à Baía de Paraty e ao lado do Rio Perequê-Açu, oferecendo uma das vistas mais encantadoras da cidade. O contraste entre o branco de sua fachada, o verde das montanhas e o azul do mar forma um cenário de rara beleza, ideal para fotos e momentos de contemplação.



As águas próximas ao centro histórico de Paraty estão sempre repletas de barcos e escunas, prontos para levar os visitantes em passeios pelas paradisíacas ilhas da Baía de Paraty. Essas excursões revelam um verdadeiro paraíso natural, com águas cristalinas, praias desertas e enseadas escondidas cercadas pela exuberante Mata Atlântica.



A Baía de Paraty abriga cerca de 65 ilhas, cada uma com características únicas. Algumas são ideais para mergulho, outras para relaxar em praias quase intocadas, como a Ilha do Pelado, a Ilha Comprida e a Praia da Lula, destinos muito procurados por quem busca tranquilidade e beleza natural em meio à natureza preservada.



O sol já se escondia no horizonte quando chegamos à Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, a Igreja Matriz de Paraty. Com sua fachada branca, detalhes barrocos e estilo neoclássico, a igreja domina a paisagem da orla, especialmente ao entardecer, quando o dourado do sol se mistura ao branco das paredes e cria um espetáculo visual inesquecível.

Igreja de Nossa Senhora dos Remédios | Igreja Matriz de Paraty
Inaugurada em 1873, a Igreja de Nossa Senhora dos Remédios destaca-se com seu estilo neoclássico e as torres inacabadas.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar na Igreja de Nossa Senhora dos Remédios | Igreja Matriz de Paraty partindo do centro de Florianópolis – Santa Catarina – Brasil:
Contatos da Igreja de Nossa Senhora dos Remédios | Igreja Matriz de Paraty
- Endereço: Rua da Matriz – Centro Histórico | Paraty – Rio de Janeiro – Brasil
- Telefones: (24) 3371-1467 | (24) 99949-4989
Para obter informações mais detalhadas, visite a página oficial da Igreja de Nossa Senhora dos Remédios | Igreja Matriz de Paraty no Instagram.
Horários de Funcionamento
- Quarta a domingo: das 9h às 11h e das 13h30 às 16h
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 30 minutos

A Igreja Matriz de Paraty foi inaugurada em 1873 e, embora suas torres permaneçam inacabadas, é considerada uma das mais belas construções religiosas da cidade. Representa o ápice da arquitetura colonial tardia de Paraty e simboliza a prosperidade vivida na época do ciclo do ouro e da cachaça.


Ao sair dali, passamos por um prédio histórico que, na década de 1930, abrigou a agência dos Correios. Essa antiga edificação, preservada em meio às casas coloniais, é um testemunho silencioso da modernização que chegava à cidade, marcando a transição de Paraty do isolamento econômico para um novo período de desenvolvimento urbano e social.


Encerramos o dia de descobertas com uma visita ao Teatro Espaço, um ponto de referência cultural essencial na vida artística de Paraty, RJ.

Teatro Espaço | Paraty – RJ
O Teatro Espaço é um versátil teatro de 94 lugares, criado em 1985 para ser a sede do Grupo Contadores de Estórias. Desde então, tem sido um importante centro cultural na cidade de Paraty, RJ.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar no Teatro Espaço partindo do centro do Rio de Janeiro – Rio de Janeiro – Brasil:
Contatos do Teatro Espaço
- Endereço: Rua Dona Geralda, 42 – Centro Histórico | Paraty – Rio de Janeiro – Brasil
- Telefones: (24) 3371-1161 | (24) 98857-5495
- E-mail: ecparaty@ecparaty.org.br
Para obter informações mais detalhadas, visite o site oficial do Teatro Espaço.
Horários de Funcionamento
- Quarta e sábado: 21h
Valores de Ingresso
- Público em geral: Variável conforme o espetáculo
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 1 hora

Fundado em 1985, o Teatro Espaço foi criado para abrigar o Grupo Contadores de Estórias, fundado em 1971 por Marcos e Rachel Ribas, e se tornou um dos espaços culturais mais importantes da região. Com capacidade para 94 espectadores, o teatro recebe apresentações teatrais, musicais, mostras de cinema, exposições e eventos culturais que mantêm viva a efervescência artística da cidade.

O Grupo Contadores de Estórias é internacionalmente reconhecido pelo trabalho com teatro de bonecos, um estilo delicado e poético que encanta públicos de todas as idades. Ao longo de mais de cinco décadas de trajetória, o grupo já se apresentou em mais de 15 países, levando a arte brasileira para diferentes partes do mundo e conquistando prêmios e reconhecimento pela criatividade e sensibilidade de suas produções.


Desde 1981, o grupo está sediado em Paraty, e suas apresentações, tradicionalmente realizadas às quartas e sábados, tornaram-se uma das principais atrações culturais da cidade. Após a pandemia, os espetáculos passaram a acontecer apenas aos sábados, mantendo viva a tradição e oferecendo aos visitantes uma experiência artística única e intimista.

Fomos recebidos com simpatia pela Giulia, que nos contou com entusiasmo a história do teatro e apresentou alguns dos bonecos mais icônicos do grupo. Sua paixão pela arte e o carinho com que fala do trabalho do Contadores de Estórias foram contagiantes, despertando em nós uma vontade genuína de retornar a Paraty em um sábado para assistir ao espetáculo ao vivo.

Encerramos o passeio com a sensação de que Paraty vai muito além de sua beleza colonial, é uma cidade que respira cultura, história e arte, mantendo viva a essência de um Brasil que sabe preservar seu passado enquanto celebra o presente.

Acima o mapa com o trajeto percorrido no dia entre Paraibuna – SP e Paraty – RJ.
Oba! Já são 2 comentários nesta postagem!
Bela Paraty, que cidade…
Me diz: Qual o cheiro de Paraty ?
Pergunto isso devido a cidade estar no nível do mar e também por ser a “Veneza brasileira”, então deve-se cheirar a peixe/umidade, ou não !? Certa vez, li ou assisti uma reportagem que a cidade não dispõe de esgoto, é verdade ?
Abraço e FELIZ 2021 pra vocês !!!
Cidade linda, encantadora!
Ótimo questionamento Fernando, acabei esquecendo de comentar a respeito na postagem.
Quando a cidade foi construída pelos portugueses o esgoto era despejado diretamente nas ruas, por isso elas possuem uma inclinação voltada para seu centro (formando um “V”) e também por este motivo estão no nível do mar (para que a maré alta limpasse toda a sujeira acumulada).
Atualmente, segundo nos informaram, o centro histórico de Paraty não conta com saneamento básico ou mesmo um sistema de tratamento de esgoto, porém, algumas ruas possuem rede de esgoto e outras não, e eventualmente este acaba vazando para a superfície (seja pela maré alta ou pela falta de manutenção/limpeza das fossas e sumidouros). Curiosamente, toda a rede elétrica do centro histórico é canalizada.
Com relação ao cheiro, em determinados momentos e em locais mais próximo do cais sentimos um mau cheiro (provavelmente ocasionado pela baixa da maré que alagava parte das ruas), mas nada alarmante e nem tão diferente do que presenciamos em outras cidades litorâneas pelas quais já passamos. Dentro dos restaurantes, lojas e hotéis não sentimos tal cheirinho.
Obrigado! Um ótimo 2021 para você e toda a família também ;) abraços…
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