Brasil • Expedição 2020: Belas Rotas • Paraty • Rio de Janeiro • São Paulo
Viagem de Moto pela Rodovia Oswaldo Cruz (SP-125) e Um Charmoso Fim de Tarde no Centro Histórico de Paraty – RJ
10 de Novembro, 2020
Surpreenda-se com as curvas da Rodovia Oswaldo Cruz (SP-125), percorra a Rio-Santos e descubra a magia do centro histórico de Paraty - RJ em um encantador fim de tarde, repleto de história, cultura e beleza natural.
Após uma madrugada chuvosa, o dia amanheceu nublado em Paraibuna, SP. Logo nas primeiras horas, iniciamos nossa viagem de moto pela Rodovia dos Tamoios, descemos a Serra do Mar, conhecemos algumas praias de Caraguatatuba, percorremos a Rodovia Rio-Santos, encaramos as curvas estreitas e desafiadoras da montanhosa Rodovia Oswaldo Cruz (SP-125) e cruzamos a divisa com o estado do Rio de Janeiro. Visitamos o famoso distrito de Trindade e encerramos o dia com uma agradável caminhada pelo charmoso centro histórico de Paraty, um dos destinos mais encantadores do litoral fluminense.

A chuva que caiu durante toda a noite em Paraibuna, no interior de São Paulo, proporcionou uma noite de sono tranquila e revigorante.

Após o café da manhã, vestimos nossos trajes de moto viajantes, organizamos os equipamentos e os carregamos na Formosa, nossa companheira de duas rodas que estava toda molhada, já que havia passado a noite estacionada na rua, em frente ao hotel.

Sob um céu cinzento, mas sem sinal de chuva, nos despedimos da pacata cidade de Paraibuna, localizada no Vale do Paraíba, cercada pela imponente Serra da Mantiqueira.

Acessamos a Rodovia dos Tamoios (SP-099) e seguimos em direção ao leste pela pista duplicada, aproveitando a boa infraestrutura para iniciar com tranquilidade nossa viagem de moto do dia.


Com a estrada em excelente estado de conservação e pouco movimento, percorremos rapidamente cerca de 30 quilômetros até alcançarmos o início do trecho da Serra do Mar.


Nesse ponto, a rodovia passa a ser de mão dupla. Vale destacar, no entanto, que obras estão em andamento com o objetivo de duplicar toda a Rodovia dos Tamoios nos próximos anos.


A principal novidade será o novo percurso de serra, conhecido como Serra Nova, que contará com aproximadamente 22 quilômetros de túneis e viadutos, incluindo o maior túnel rodoviário do Brasil, com mais de 5 km de extensão.


Enquanto isso, aproveitamos cada curva do trecho sinuoso de cerca de 15 quilômetros pela Serra Antiga da Rodovia dos Tamoios, cercada pela exuberante Mata Atlântica.


Nesse trajeto, descemos dos 730 metros de altitude até alcançar o nível do mar, em um cenário de rara beleza natural.


Como já era esperado em meio à Serra do Mar, uma leve garoa nos surpreendeu durante a descida e seguiu conosco até a chegada em Caraguatatuba, no litoral paulista.


Caraguatatuba, carinhosamente conhecida como Caraguá, é considerada a “Capital do Litoral Norte Paulista”. Fundada em 1857, a cidade conta hoje com uma população de aproximadamente 140 mil habitantes.


Chegando ao centro de Caraguatatuba, nome de origem tupi que significa “lugar de muitos caraguatás” (sendo karagûatá a designação para diversas espécies de bromélias, também chamadas de gravatá, e tyba, que indica abundância), seguimos até alcançar a Avenida Doutor Arthur Costa Filho, conhecida como a Avenida Beira-Mar da cidade.


Pela avenida que acompanha o litoral, tivemos uma bela vista da extensa Praia do Centro, que se estende por cerca de 1,8 km. Com sua larga faixa de areia, mar raso e ondas tranquilas, é um dos principais cartões-postais de Caraguatatuba, SP.


Em seguida, percorremos o trecho junto à Praia do Camaroeiro, conhecida por ser o reduto dos pescadores artesanais. O cenário se destaca pelo belo visual dos barcos pesqueiros ancorados no mar, compondo uma paisagem típica e encantadora da cultura caiçara.


Após uma breve visita às duas praias e o registro de uma foto marcante das densas nuvens escuras se aproximando pelo mar, nos despedimos de Caraguatatuba, SP. Retomamos a viagem pela velha e conhecida BR-101, sentido norte.


De volta à Rodovia Rio-Santos (BR-101), fomos novamente presenteados com um cenário deslumbrante: de um lado, as belas praias do litoral paulista, do outro, a imponente cadeia montanhosa da Serra do Mar, coberta pela densa e vibrante vegetação da Mata Atlântica.


Em meio a esse cenário paradisíaco, chegamos a Ubatuba, no litoral de São Paulo, amplamente reconhecida como a “Capital do Surfe”, graças às suas inúmeras praias com ondas perfeitas para a prática do esporte.


Aliás, Ubatuba abriga nada menos que 102 praias, mais de 20 ilhas e possui grande parte de seu território coberto por Mata Atlântica preservada, o que a torna um verdadeiro paraíso ecológico no litoral norte paulista.


O município conta com três importantes áreas de preservação ambiental, sendo a maior delas o Parque Estadual da Serra do Mar, que abrange mais de 47 mil hectares de Mata Atlântica. Na região norte, destaca-se ainda o Parque Nacional da Serra da Bocaina, que contribui para a rica biodiversidade e os atrativos naturais da região.


Ubatuba também abriga um dos primeiros parques subaquáticos do Brasil, localizado na área de preservação ambiental do Parque Estadual da Ilha Anchieta. Além de suas belezas naturais, o município é lar de comunidades tradicionais, quilombolas, indígenas e caiçaras, que preservam com orgulho suas culturas, costumes e modos de vida ancestrais.


O nome Ubatuba tem origem na língua tupi e conta com ao menos duas interpretações. No idioma indígena, ubá significa “canoa”, enquanto u’ubá refere-se à “cana-do-rio”, uma gramínea utilizada pelos povos originários na confecção de flechas. O sufixo tyba indica “ajuntamento” ou “grande quantidade”. Assim, o termo Ubatuba pode ser interpretado tanto como “ajuntamento de canoas” quanto como “ajuntamento de canas-do-rio”.


Fundada em 1637, Ubatuba possui atualmente uma população estimada em cerca de 90 mil habitantes. O turismo é a principal atividade econômica do município, que atrai milhares de visitantes durante a alta temporada, chegando a receber, em média, 300 mil turistas por dia.


Uma curiosidade fascinante para os amantes da gastronomia é que a tradicional e sofisticada iguaria brasileira, o camarão na moranga, teve sua origem em Ubatuba, um verdadeiro orgulho local que conquistou paladares em todo o país.


A origem do prato remonta à época em que presos japoneses cultivavam abóboras no antigo presídio da Ilha Anchieta. Os alimentos colhidos eram transportados em pequenos barcos até o continente para serem comercializados. Em uma dessas viagens, uma das abóboras caiu no mar, afundou e desapareceu.

Mais de uma semana depois, a abóbora reapareceu na Praia da Enseada, justamente em frente ao restaurante de dona Zenaide. Sem hesitar, ela aproveitou o belo fruto e o levou direto para a panela de barro, preparando um cozido.


Ao abrir a abóbora após o cozimento, teve uma surpresa: em seu interior estavam camarões sete-barbas. Inspirada pelo inusitado, acrescentou cheiro-verde, coentro em folha, tomate, alho e cebola, deu mais uma fervida no preparo, e assim nasceu o tradicional prato caiçara que conquistou o Brasil: o camarão na moranga.


O mais curioso foi descobrir como os camarões foram parar dentro da abóbora. Posteriormente, constatou-se que havia um buraco no local do talo, o que fez com que a abóbora afundasse, e foi por essa abertura que os crustáceos entraram, encontrando ali um abrigo seguro e acolhedor.


Atualmente, o camarão na moranga é um dos pratos mais emblemáticos de Ubatuba, presente nos principais restaurantes da cidade e amplamente difundido ao longo do litoral brasileiro, com variações nos ingredientes conforme as características e tradições culinárias de cada região.


Assim que alcançamos o principal trevo de acesso ao centro de Ubatuba, deixamos a Rodovia BR-101 e seguimos pela Rodovia Oswaldo Cruz (SP-125).


A Rodovia Oswaldo Cruz liga os municípios paulistas de Ubatuba e Taubaté, em um trajeto de aproximadamente 91 quilômetros. Essa via desempenha um papel fundamental ao conectar o litoral norte ao interior do estado de São Paulo.


Durante o período do Brasil Colonial, esse trecho onde hoje passa a rodovia SP-125 fazia parte de um desvio do movimentado Caminho do Ouro da Estrada Real, rota histórica de grande importância que conectava as regiões mineradoras de Minas Gerais ao litoral brasileiro, facilitando o escoamento de ouro, pedras preciosas e outros recursos.


Como é característico das rodovias brasileiras que atravessam a Serra do Mar, a Rodovia Oswaldo Cruz (SP-125) apresenta um trecho bastante íngreme com inúmeras curvas fechadas. Esse cenário é envolvido pela densa e exuberante vegetação da Mata Atlântica, proporcionando uma viagem desafiadora, porém repleta de beleza natural.


Tudo isso aliado à pista estreita, ausência de acostamento e tráfego em mão dupla, fazem da Rodovia Oswaldo Cruz (SP-125) uma verdadeira maravilha para quem viaja de moto, oferecendo uma experiência única e empolgante sobre duas rodas. No entanto, é fundamental manter a atenção constante, adotar uma postura defensiva e respeitar os limites da via, garantindo assim a segurança de todos os que a percorrem.


Após raspar as pedaleiras da Formosa nas curvas mais fechadas, algumas tão acentuadas que quase conseguíamos ver a própria placa da moto no meio do trajeto, finalmente alcançamos o topo da serra.


Lá, fizemos o retorno e iniciamos a descida, prontos para encarar novamente cada curva com atenção e entusiasmo.


No trecho de serra da Rodovia Oswaldo Cruz (SP-125), é importante destacar que o trânsito de veículos de carga e transporte coletivo de passageiros é proibido.


O motivo é muito simples: algumas curvas são tão acentuadas e contam com um grau de inclinação tão elevado que tais veículos poderiam ficar presos nestes locais, dificultando o tráfego e representando um risco para a segurança rodoviária.


Já percorremos outras estradas com características semelhantes, como a Serra do Rio do Rastro, o Camino de La Cornisa na Argentina, o Rastro da Serpente, entre tantas outras, mas sem dúvida, essa é a que nos parece mais estreita, com curvas ainda mais fechadas e um declive extremamente acentuado, especialmente nas viradas mais desafiadoras.


Nada se compara aos cerca de 8 quilômetros da Rodovia Oswaldo Cruz que atravessam o Parque Estadual da Serra do Mar. Esse trecho é, sem dúvida, um dos mais desafiadores e impressionantes que já percorremos.


Inclusive, aproveitamos uma área de escape no meio da descida da Serra do Mar pela SP-125 para proporcionar um breve descanso à Formosa e aliviar seus freios. Em trechos de serra com declives acentuados, é fundamental evitar o uso excessivo dos freios, pois o superaquecimento do sistema pode causar a temida “falta de freio”. Adotar técnicas de condução segura, como o uso do freio motor, é essencial para preservar o equipamento e garantir uma viagem tranquila.


Que estrada incrível! Para os apaixonados por motociclismo que estiverem pela região, percorrer as curvas da Rodovia Oswaldo Cruz (SP-125) é uma experiência imperdível. Cenário desafiador, paisagens deslumbrantes e muita adrenalina sobre duas rodas. Valeu, SP-125, já estamos com vontade de voltar!


De volta ao nível do mar, retomamos a rodovia federal BR-101 e seguimos viagem pela cênica Estrada Rio-Santos, uma das estradas mais bonitas do litoral brasileiro, onde o mar e a serra seguem lado a lado em perfeita harmonia.


A cerca de 45 quilômetros do principal trevo de acesso ao centro de Ubatuba – SP, fizemos uma parada estratégica às margens da Rodovia BR-101 para visitar a deslumbrante Cachoeira da Escada, um verdadeiro refúgio natural que encanta quem passa pela Rodovia Rio-Santos.


As águas cristalinas dessa bela queda d’água, também conhecida como Cachoeira da Divisa, por estar localizada a menos de 1 km da divisa com o estado do Rio de Janeiro, percorrem a Mata Atlântica entre imensas pedras, formando diversas piscinas naturais ao longo de seu curso, perfeitas para um banho revigorante em meio à natureza.


No local, encontra-se uma imagem de Oxum, orixá associada às águas doces, rios e cachoeiras, símbolo de amor, prosperidade, beleza e riqueza. Reverenciada em tradições como o candomblé e a umbanda, sua presença ali reforça a conexão espiritual e cultural que muitos visitantes sentem ao contemplar a força e a serenidade das águas da Cachoeira da Escada.


Após explorarmos a beleza da Cachoeira da Escada, seguimos por mais alguns metros pela BR-101 até alcançarmos a divisa entre os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, um marco simbólico em nossa jornada pela Moto Expedição 2020: Belas Rotas.


Mais um estado brasileiro para a conta da Formosa: agora é a vez do Rio de Janeiro!


Com 92 municípios distribuídos por uma área de 43.750,425 km² e uma população que ultrapassa os 16 milhões de habitantes, o estado do Rio de Janeiro se destaca como a segunda maior economia do Brasil, exercendo grande influência cultural, turística e industrial no cenário nacional.


Já em solo fluminense, rodamos apenas alguns quilômetros pela Estrada Rio-Santos até acessarmos uma via estreita, asfaltada e sem acostamento, que nos levou em direção a Trindade, um dos distritos mais famosos de Paraty – RJ, conhecido por sua beleza natural e atmosfera rústica e acolhedora.


Enfrentamos um trecho sinuoso e montanhoso até sermos presenteados com a vista da Praia do Cepilho, uma verdadeira joia escondida entre as montanhas, com mar agitado, grandes pedras e um visual deslumbrante que encanta logo à primeira vista.


Ali, aproveitamos para fazer uma breve pausa e registrar algumas fotos desse cenário deslumbrante, eternizando o momento em meio à natureza exuberante, antes de seguirmos com nossa viagem de moto pela costa fluminense.


Em poucos minutos, chegamos ao charmoso centrinho de Trindade, onde o clima praiano recebe os visitantes com ruas estreitas, comércio local vibrante e uma atmosfera típica de vilarejo costeiro.

A pequena vila de Trindade, formada majoritariamente por comunidades de pescadores, abriga diversas praias paradisíacas e tem parte de seu território inserido no Parque Nacional da Serra da Bocaina, o que garante uma atmosfera única, rústica e preservada, ideal para quem busca contato direto com a natureza.

Com os ponteiros do relógio se aproximando das 13h, estacionamos a Formosa na região central de Trindade e seguimos a pé pela estreita rua de calçamento, explorando o movimento local até escolher um restaurante, ansiosos para experimentar os sabores típicos da culinária caiçara.

Nossa ideia inicial era passar o restante do dia em Trindade, explorando algumas trilhas, conhecendo suas praias paradisíacas e pernoitando na vila. No entanto, ao chegarmos, sentimos uma energia bastante pesada no ambiente, acompanhada de alguns sinais que nos soaram negativos. Para completar, no restaurante onde escolhemos almoçar, o atendimento foi surpreendentemente rude, arriscaria dizer até grosseiro, o que nos fez repensar os planos.

Após terminarmos rapidamente a refeição que, assim como o atendimento, ficou aquém das expectativas, seguimos caminhando até a Praia dos Ranchos, em busca de ao menos um pouco da beleza natural que tanto atrai visitantes a Trindade.

A Praia dos Ranchos, que leva esse nome por abrigar diversos ranchos em seu canto, muitos deles funcionando como bares e restaurantes, é realmente encantadora. Com uma estreita faixa de areia fofa que encontra, de forma serena, o mar calmo e protegido, quase sem ondas, o cenário é digno de cartão-postal.

No entanto, diante das experiências que tivemos, decidimos respeitar os sinais e adiar nossa estadia e a exploração das inúmeras belezas naturais de Trindade para uma próxima oportunidade.

Dentre as inúmeras lições que aprendemos ao longo dos anos viajando sobre duas rodas, sem dúvida, uma das mais importantes é prestar muita atenção aos sinais do ambiente ao nosso redor, além de valorizar nosso sexto sentido e nunca forçar situações. Respeitar essas intuições é essencial para garantir uma experiência mais leve e segura, permitindo que as viagens fluam naturalmente.


Dito isso, embarcamos na Formosa, fizemos o retorno e nos despedimos de Trindade. Voltamos pelo mesmo trajeto da ida, aproveitando a oportunidade para apreciar mais uma vez as paisagens deslumbrantes que nos acompanhavam ao longo do caminho. Cada curva, cada vista, parecia ainda mais impressionante à medida que a jornada prosseguia.


Logo chegamos novamente no entroncamento com a rodovia BR-101, a famosa Estrada Rio-Santos, e seguimos rumo ao norte, continuando nossa viagem de moto pelas paisagens cênicas que definem a beleza do litoral brasileiro.


Dali, foram apenas alguns quilômetros até alcançarmos o trevo de acesso ao centro histórico de Paraty – RJ, uma cidade que, com seu charme colonial, sempre oferece uma parada agradável e cheia de história.


Ao chegarmos no centro de Paraty, encontramos um hotel aconchegante, onde estacionamos a Formosa e nos acomodamos. Após trocar de roupa, partimos para explorar o encantador centro histórico da cidade, repleto de charme, ruas de pedras e uma atmosfera única que carrega séculos de história.


Segundo historiadores, Paraty é considerada a primeira cidade planejada do Brasil, já que suas ruas e quadras foram desenhadas antes mesmo do início de sua construção. Esse planejamento urbano pioneiro para a época reflete a visão avançada dos seus fundadores, que criaram um layout organizado e harmonioso.


As ruas do centro histórico de Paraty foram cuidadosamente traçadas de leste a oeste e de norte a sul, formando uma malha urbana organizada e harmônica que permanece intacta até os dias de hoje.


O centro histórico de Paraty preserva até hoje o traçado original de suas ruas, sendo reconhecido como Patrimônio Nacional pelo IPHAN. Além disso, é considerado pela UNESCO o conjunto arquitetônico colonial mais harmonioso do Brasil, garantindo que sua rica história e beleza arquitetônica sejam preservadas para as futuras gerações.


Além do reconhecimento de seu centro histórico, a UNESCO também destacou a importância das reservas de Mata Atlântica na Baía de Ilha Grande, em Paraty, RJ. A cidade foi, então, nomeada o primeiro Patrimônio Mundial Misto do Brasil, ressaltando a fusão única de sua riqueza cultural e natural.


O calçamento das ruas de Paraty, conhecido como “pé-de-moleque”, começou a ser realizado em 1776. Caracterizado pelas pedras irregulares, que lembram o formato do doce de amendoim que leva o mesmo nome, esse tipo de pavimento contribui para o charme e a atmosfera histórica da cidade, tornando-a ainda mais encantadora.


Entre as diversas construções imponentes e históricas do centro de Paraty, destaca-se a majestosa Igreja de Santa Rita de Cássia. Com sua arquitetura deslumbrante e rica história centenária, ela se apresenta como uma verdadeira joia, encantando todos os visitantes que têm a oportunidade de admirar sua beleza.

Igreja de Santa Rita de Cássia | Museu de Arte Sacra de Paraty
A Igreja de Santa Rita de Cássia é uma das imagens mais emblemáticas de Paraty, destacando-se não apenas pela sua arquitetura, mas também pela sua localização privilegiada.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar na Igreja de Santa Rita de Cássia partindo do centro de São Paulo – São Paulo – Brasil:
Contatos da Igreja de Santa Rita de Cássia
- Endereço: Largo de Santa Rita – Centro Histórico | Paraty – Rio de Janeiro – Brasil
- Telefone: (24) 3371-8328
- E-mail: masdp@museus.gov.br
Horários de Funcionamento
- Terça a domingo: das 9h às 12h e das 14h às 17h
Valores de Ingresso
- Público em geral: R$ 2,00
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 1 hora

Erguida em 1722, a Igreja de Santa Rita de Cássia é um dos principais cartões-postais de Paraty, RJ. Sua construção reúne elementos marcantes da arquitetura jesuítica e do estilo barroco, impressionando os visitantes pela imponência e pelos ricos detalhes que compõem sua fachada e interior.


Atualmente, a Igreja de Santa Rita de Cássia abriga o Museu de Arte Sacra de Paraty, que infelizmente estava fechado no momento de nossa visita. Este importante espaço cultural conserva e expõe um acervo significativo de arte sacra, proporcionando uma verdadeira imersão na herança religiosa e histórica da região.


Paraty é carinhosamente apelidada de “Veneza brasileira” por estar situada ao nível do mar e, durante períodos de maré alta, ter suas ruas do centro histórico parcialmente alagadas pelas águas do oceano. Esse fenômeno cria um cenário singular e mágico, remetendo à charmosa paisagem de Veneza, na Itália, e reforçando o apelo turístico e histórico da cidade fluminense.


Esse fenômeno também explica o formato peculiar das ruas do centro histórico de Paraty: com calçadas elevadas e o centro da via em nível mais baixo, em forma de “V”. Esse design engenhoso facilita o escoamento das águas durante as marés altas, minimizando os impactos das inundações e preservando tanto a funcionalidade quanto o charme da cidade. É um exemplo notável de adaptação urbana às condições naturais, que contribui para a singularidade de Paraty, RJ.


Enquanto explorávamos o centro histórico, notamos que a maré começava a recuar lentamente. Com isso, centenas de siris e caranguejos surgiam entre as pedras irregulares das ruas, protagonizando um verdadeiro espetáculo da natureza em meio ao cenário urbano. Essa integração entre a vida marinha e o cotidiano da cidade é um dos muitos encantos que tornam Paraty, um destino tão singular e fascinante.

Paraty foi fundada em 1667 e, curiosamente, a grafia de seu nome ainda gera controvérsias. Enquanto os órgãos do governo federal, com exceção do IPHAN, adotam a forma “Parati” com “i”, o governo municipal e a maior parte da população utilizam “Paraty” com “y”. Essa divergência é uma peculiaridade histórica que atravessou os séculos e permanece viva até os dias atuais, refletindo a rica e complexa trajetória cultural da cidade.

Discussões à parte, Paraty teve um papel de destaque na economia colonial brasileira graças aos seus engenhos de cana-de-açúcar, em determinado período, mais de 250 estavam em funcionamento. Essa intensa atividade fez com que a cidade se tornasse sinônimo de boa aguardente.

A cachaça de Paraty, produzida artesanalmente a partir da cana cultivada na região, não apenas abastecia o mercado interno como também era exportada, consolidando a fama da cidade como um dos berços da cachaça de qualidade no Brasil e contribuindo para sua identidade cultural e econômica.

No século XVIII, Paraty tornou-se um dos principais portos do Brasil Colonial, desempenhando papel estratégico na chamada Estrada Real. Por esse porto, o ouro e as pedras preciosas extraídos das Minas Gerais eram transportados em direção à Europa, especialmente para Portugal. A cidade servia como ponto final de uma rota terrestre que atravessava a Serra do Mar, conectando o interior minerador ao litoral.

O nome Paraty tem origem na língua tupi, derivando da palavra pirati, que significa “peixe do rio” ou “viveiro de peixes”. Era assim que os indígenas guaianás, também conhecidos como guaianases, se referiam à região onde atualmente está localizada a cidade.

Naquela época, e ainda hoje, durante o inverno, peixes da família das tainhas migram para os rios que desaguam na Baía de Paraty para desovar e procriar. Após esse período, eles retornam ao mar, contribuindo significativamente para a rica biodiversidade marinha da região.


A maçonaria teve um papel importante na fundação e no desenvolvimento de Paraty, deixando um legado visível no centro histórico da cidade. Diversos símbolos e referências maçônicas podem ser encontrados em construções e elementos arquitetônicos, que representam a influência de seus membros na formação e na identidade cultural local. Essas marcas históricas tornam Paraty ainda mais fascinante para aqueles que se interessam pela história e pela arquitetura.


No século XVIII, muitas das portas e janelas das casas de Paraty eram pintadas de branco e azul, uma referência ao azul-hortênsia, cor simbólica associada à maçonaria. Essa característica estética não apenas embelezava as construções da cidade, mas também refletia a presença e a influência dos maçons na arquitetura e cultura local, estabelecendo uma conexão entre o simbolismo maçônico e o desenvolvimento urbano da cidade.


O centro histórico de Paraty é composto por 33 quarteirões, e na administração municipal da época, existia o cargo de Fiscal de Quarteirão, exercido por 33 fiscais, um para cada quarteirão. Esse número, 33, tem um profundo simbolismo maçônico, pois representa o grau mais elevado da Maçonaria Escocesa, o 33º grau. Associado à sabedoria e ao conhecimento profundo, o número 33 carrega um significado de perfeição e iluminação, o que reforça a forte influência da maçonaria no planejamento e na construção da cidade, refletida em seus elementos arquitetônicos e históricos.


Outro sinal evidente da presença maçônica no centro histórico de Paraty são os três pilares de pedra lavrada, conhecidos como cunhais, localizados em algumas esquinas da cidade. Esses pilares formam o triângulo, um dos símbolos mais importantes da Maçonaria, representando a sabedoria, força e beleza, princípios fundamentais dessa fraternidade. A disposição estratégica desses cunhais reflete o esmero e a influência maçônica na arquitetura local, reforçando o caráter simbólico e histórico da cidade.


Até as plantas das casas de Paraty, elaboradas na escala 1:33.33, carregam a marca da simbologia maçônica. Essa precisão na escala não é mera coincidência, mas sim uma manifestação da atenção minuciosa aos detalhes e à importância da Maçonaria na arquitetura e no planejamento urbano da cidade.


Caminhar pelas ruas irregulares e estreitas do centro histórico de Paraty nos transporta diretamente para o passado, permitindo uma imersão na vida cotidiana da época colonial. As construções antigas, os calçamentos de pedra, os casarios coloridos e as igrejas centenárias formam um cenário que nos conecta com uma história rica em cultura, comércio e tradição. Esse ambiente preservado oferece uma experiência única, onde é possível sentir a atmosfera do Brasil colonial e entender melhor o contexto histórico que moldou a cidade.


Ao contrário de nossa experiência em Trindade, em Paraty nos sentimos imediatamente envolvidos por uma sensação extremamente agradável e pacificadora. Foi, sem dúvida, um caso de amor à primeira vista. A atmosfera acolhedora da cidade, a beleza intocada do centro histórico e a tranquilidade das ruas criaram um ambiente único que nos cativou de imediato.


Maravilhados pela cidade, pelo seu centro histórico e pelas vibrações positivas que emanam de cada canto, continuamos nosso passeio pelas charmosas ruelas de Paraty. Em nosso caminho, passamos pela encantadora Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, uma construção imponente que, com sua simplicidade e beleza, é mais um exemplo da riqueza histórica e cultural de Paraty, RJ.

Construída em 1725, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos e de São Benedito é uma das mais antigas de Paraty e se destaca por abrigar o único altar de ouro da cidade.

Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos e de São Benedito
Construída em 1725, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos e de São Benedito se destaca por abrigar o único altar de ouro da cidade.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos e de São Benedito partindo do centro de Petrópolis – Rio de Janeiro – Brasil:
Contatos da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos e de São Benedito
- Endereço: Rua do Comércio – Centro Histórico | Paraty – Rio de Janeiro – Brasil
- Telefone: (24) 3371-1467
Horários de Funcionamento
- Terça a domingo: das 9h às 11h e das 14h às 17h
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 30 minutos

Infelizmente, a igreja estava fechada durante nossa visita, mas mesmo do lado de fora, sua beleza e importância histórica são inegáveis.


Com a noite se aproximando, as lâmpadas amarelas fixadas nas antigas edificações iluminam suavemente as ruas, acrescentando um charme especial ao local. A luz suave cria uma atmosfera romântica e acolhedora, convidando os visitantes a explorar ainda mais os encantos do centro histórico de Paraty, transformando cada esquina em uma nova descoberta.


Poucos passos adiante, chegamos a mais uma das impressionantes igrejas de Paraty: a Igreja de Nossa Senhora das Dores.

Igreja de Nossa Senhora das Dores | Capelinha
A Igreja de Nossa Senhora das Dores, também conhecida como Capelinha, foi construída em 1800 por mulheres da aristocracia local.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar na Igreja de Nossa Senhora das Dores | Capelinha partindo do centro de Aparecida – São Paulo – Brasil:
Contatos da Igreja de Nossa Senhora das Dores | Capelinha
- Endereço: Rua da Capela – Centro Histórico | Paraty – Rio de Janeiro – Brasil
- Telefone: (24) 97678-3775
Horários de Funcionamento
- Sábado: das 13h30 às 18h
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 30 minutos

A antiga Igreja de Nossa Senhora das Dores, também conhecida como Capelinha, foi construída em 1800 por mulheres da aristocracia local, refletindo a devoção e o papel importante das mulheres na sociedade paratiense da época.

Em 1901, a Igreja de Nossa Senhora das Dores passou por uma grande reforma. Nesse mesmo ano, foi criada a Irmandade de Nossa Senhora das Dores, que, curiosamente, só permitia a admissão de mulheres. No entanto, todas as irmandades de Paraty foram extintas na década de 1960, marcando o fim de uma era de práticas religiosas e sociais distintas na cidade.

A torre da Igreja de Nossa Senhora das Dores, assim como a da Igreja de Santa Rita de Cássia, é coroada por um galo que indica a direção dos ventos. Esse elemento arquitetônico, além de conferir um toque especial à estética da construção, desempenhava uma função prática crucial na época, ajudando a monitorar as condições climáticas e orientando as atividades marítimas na região.


A Igreja de Nossa Senhora das Dores está estrategicamente posicionada em frente à Baía de Paraty e ao lado do Rio Perequê-Açú, oferecendo aos visitantes uma vista deslumbrante. Enquanto apreciam sua beleza histórica, os turistas podem contemplar as águas serenas da baía e do rio, criando um cenário perfeito que combina o charme colonial com a natureza exuberante da região.


Tanto o rio quanto o mar nas proximidades do centro histórico de Paraty estão sempre repletos de barcos, que oferecem passeios turísticos pelas ilhas da Baía de Paraty.


Essas excursões proporcionam aos visitantes a chance de explorar as águas cristalinas, as praias paradisíacas e as ilhas exuberantes da região, criando experiências memoráveis em meio à natureza preservada e de tirar o fôlego.


A Baía de Paraty abriga cerca de 65 ilhas, formando um verdadeiro paraíso de águas esverdeadas e cristalinas. Esse cenário deslumbrante oferece uma ampla variedade de destinos para passeios de barco, como praias desertas, enseadas tranquilas e recantos naturais intocados.


O fim do dia se aproximava quando chegamos à imponente Igreja de Nossa Senhora dos Remédios. Com sua fachada branca e detalhes barrocos, essa majestosa construção religiosa se destaca na paisagem à beira-mar, proporcionando um visual deslumbrante que, junto ao entardecer, torna o cenário ainda mais encantador.

Igreja de Nossa Senhora dos Remédios | Igreja Matriz de Paraty
Inaugurada em 1873, a Igreja de Nossa Senhora dos Remédios destaca-se com seu estilo neoclássico e as torres inacabadas.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar na Igreja de Nossa Senhora dos Remédios | Igreja Matriz de Paraty partindo do centro de Florianópolis – Santa Catarina – Brasil:
Contatos da Igreja de Nossa Senhora dos Remédios | Igreja Matriz de Paraty
- Endereço: Rua da Matriz – Centro Histórico | Paraty – Rio de Janeiro – Brasil
- Telefones: (24) 3371-1467 | (24) 99949-4989
Para obter informações mais detalhadas, visite a página oficial da Igreja de Nossa Senhora dos Remédios | Igreja Matriz de Paraty no Instagram.
Horários de Funcionamento
- Quarta a domingo: das 9h às 11h e das 13h30 às 16h
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 30 minutos

A Igreja Matriz de Paraty, com seu estilo neoclássico e torres inacabadas, foi inaugurada em 1873, tornando-se um importante marco arquitetônico e histórico da cidade.


Da Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, passamos por uma construção histórica que abrigou a agência dos Correios na década de 1930, um verdadeiro testemunho da evolução do serviço postal em Paraty.

Esse edifício, inserido no contexto do centro histórico, relembra a importância das comunicações na época e como elas acompanharam o desenvolvimento urbano e social da cidade ao longo dos anos.

E, para encerrar nosso dia de descobertas em Paraty, chegamos ao Teatro Espaço, um ambiente voltado às artes cênicas e à expressão cultural da cidade.

Teatro Espaço | Paraty – RJ
O Teatro Espaço é um versátil teatro de 94 lugares, criado em 1985 para ser a sede do Grupo Contadores de Estórias. Desde então, tem sido um importante centro cultural na cidade de Paraty, RJ.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar no Teatro Espaço partindo do centro do Rio de Janeiro – Rio de Janeiro – Brasil:
Contatos do Teatro Espaço
- Endereço: Rua Dona Geralda, 42 – Centro Histórico | Paraty – Rio de Janeiro – Brasil
- Telefones: (24) 3371-1161 | (24) 98857-5495
- E-mail: ecparaty@ecparaty.org.br
Para obter informações mais detalhadas, visite o site oficial do Teatro Espaço.
Horários de Funcionamento
- Quarta e sábado: 21h
Valores de Ingresso
- Público em geral: Variável conforme o espetáculo
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 1 hora
O Teatro Espaço é um charmoso e versátil teatro com 94 lugares, fundado em 1985 para ser a sede do renomado Grupo Contadores de Estórias. Desde então, tornou-se um importante ponto de referência cultural em Paraty, acolhendo apresentações teatrais, espetáculos musicais, mostras de cinema, exposições e diversos eventos artísticos. Sua programação diversa e seu compromisso com a arte enriquecem a vida cultural da cidade, atraindo tanto moradores quanto visitantes de diferentes partes do mundo.

O Grupo Contadores de Estórias, fundado em 1971 por Marcos e Rachel Ribas, é reconhecido nacional e internacionalmente pela excelência de seu trabalho com teatro de bonecos. Com uma abordagem artística sensível e inovadora, o grupo se tornou referência na cena teatral brasileira, encantando públicos de todas as idades por meio de performances criativas, emocionantes e repletas de valor educativo.

Desde 1981, o Grupo Contadores de Estórias está radicado em Paraty, contribuindo ativamente para a cena cultural da cidade. Ao longo de sua trajetória, já emocionou plateias em mais de 15 países, levando a arte do teatro de bonecos brasileiro a diferentes partes do mundo com talento, sensibilidade e originalidade.

Todas as quartas e sábados, o Grupo Contadores de Estórias costumava encantar o público com seu espetáculo de bonecos no Teatro Espaço. No entanto, em decorrência dos impactos da pandemia, as apresentações estão acontecendo apenas aos sábados no momento, mantendo viva a tradição cultural e oferecendo uma experiência artística única aos visitantes de Paraty.

No local, fomos calorosamente recebidos pela simpática Giulia, que compartilhou conosco a história do teatro, apresentou os bonecos mais icônicos do Grupo Contadores de Estórias e despertou ainda mais nossa curiosidade e vontade de assistir ao espetáculo ao vivo, tamanha a riqueza artística e o carinho envolvidos no trabalho.

Sua hospitalidade e entusiasmo pela arte do teatro de bonecos foram contagiantes, deixando-nos ainda mais motivados a retornar a Paraty em um sábado para vivenciar essa experiência singular na plateia do Teatro Espaço. Uma atração cultural imperdível que enriquece ainda mais a visita à cidade.

Acima o mapa com o trajeto percorrido no dia entre Paraibuna – SP e Paraty – RJ.


Oba! Já são 2 comentários nesta postagem!
Bela Paraty, que cidade…
Me diz: Qual o cheiro de Paraty ?
Pergunto isso devido a cidade estar no nível do mar e também por ser a “Veneza brasileira”, então deve-se cheirar a peixe/umidade, ou não !? Certa vez, li ou assisti uma reportagem que a cidade não dispõe de esgoto, é verdade ?
Abraço e FELIZ 2021 pra vocês !!!
Cidade linda, encantadora!
Ótimo questionamento Fernando, acabei esquecendo de comentar a respeito na postagem.
Quando a cidade foi construída pelos portugueses o esgoto era despejado diretamente nas ruas, por isso elas possuem uma inclinação voltada para seu centro (formando um “V”) e também por este motivo estão no nível do mar (para que a maré alta limpasse toda a sujeira acumulada).
Atualmente, segundo nos informaram, o centro histórico de Paraty não conta com saneamento básico ou mesmo um sistema de tratamento de esgoto, porém, algumas ruas possuem rede de esgoto e outras não, e eventualmente este acaba vazando para a superfície (seja pela maré alta ou pela falta de manutenção/limpeza das fossas e sumidouros). Curiosamente, toda a rede elétrica do centro histórico é canalizada.
Com relação ao cheiro, em determinados momentos e em locais mais próximo do cais sentimos um mau cheiro (provavelmente ocasionado pela baixa da maré que alagava parte das ruas), mas nada alarmante e nem tão diferente do que presenciamos em outras cidades litorâneas pelas quais já passamos. Dentro dos restaurantes, lojas e hotéis não sentimos tal cheirinho.
Obrigado! Um ótimo 2021 para você e toda a família também ;) abraços…
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