Brasil • Expedição 2020: Belas Rotas • Paraty • Rio de Janeiro
Roteiro Completo pelo Centro Histórico de Paraty – RJ: Praias, Forte Defensor Perpétuo, Cultura e Gastronomia Caiçara
11 de Novembro, 2020
Descubra o centro histórico de Paraty - RJ: mergulhe na cultura local, visite praias e museus, explore o Forte Defensor Perpétuo, conheça artistas locais, experimente o drink Jorge Amado e prove o camarão casadinho.
Aproveitamos a quarta-feira para explorar em detalhes o centro histórico de Paraty – RJ, caminhando por suas encantadoras ruas de pedra. Visitamos a Praia do Pontal e a Praia do Jabaquara, conhecemos o Museu Histórico Forte Defensor Perpétuo e a Casa da Cultura de Paraty. Também acompanhamos o mestre Dalcir Ramiro dando vida a uma nova obra de arte e encerramos o dia degustando o tradicional camarão casadinho, acompanhado do refrescante drink Jorge Amado, sabores e experiências que traduzem a essência dessa cidade histórica e vibrante.

Bom dia, Paraty – RJ! Após um café da manhã revigorante, iniciamos nosso passeio pela área central da cidade, partindo da Praça Presidente Pedreira. Localizada na divisa entre o centro histórico, ao leste, e a parte mais moderna, ao oeste, a praça é embelezada por um chafariz histórico construído em 1851, um verdadeiro símbolo do passado preservado de Paraty.

De lá, seguimos em direção à Capela de Santa Cruz de Gragoatá, uma construção simples, mas carregada de significado histórico e cultural para a cidade de Paraty, RJ.

Situada às margens do Rio Perequê-Açú, a pequena Capela de Santa Cruz de Gragoatá, popularmente conhecida como Capela da Generosa, foi construída em 1901 por Dona Maria Generosa.

A edificação foi erguida em homenagem a Theodoro, um escravizado liberto que se afogou no rio durante uma Sexta-Feira Santa, tornando o local um ponto de devoção e memória na região.


Na sequência, atravessamos a Ponte do Pontal, que se estende sobre o Rio Perequê-Açú, conectando a região central de Paraty ao bairro do Pontal e proporcionando uma bela vista do rio e de seu entorno.

Seguimos nosso percurso passando em frente à sede da Prefeitura Municipal de Paraty, um dos edifícios que integram a área administrativa da cidade e que evidencia a harmonia entre o cotidiano local e o patrimônio histórico.


Poucos minutos depois, chegamos à Praia do Pontal, uma das mais acessíveis a partir do centro histórico. Com suas águas calmas e clima acolhedor, é um ponto ideal para uma pausa à beira-mar ou para apreciar a paisagem costeira de Paraty.


A Praia do Pontal de Paraty, com suas areias claras e textura suave, é emoldurada por grandes árvores que, além de proporcionarem sombra natural, conferem um ambiente tranquilo e convidativo à orla.


Ao longo da Praia do Pontal, encontram-se diversos quiosques, restaurantes e lanchonetes, que oferecem desde petiscos típicos caiçaras até refeições completas, tornando o local ideal para uma pausa gastronômica com vista para o mar.


Depois de percorrer toda a extensão da praia, subimos até o topo dos Morro da Vila Velha, que faz a divisória natural entre as praias do Pontal e do Jabaquara. No alto do morro, encontramos o histórico Forte Defensor Perpétuo, um importante marco da defesa colonial da região.

No local, fomos recebidos por um simpático guia de quatro patas: um cachorro caramelo que nos aguardava próximo ao portão de entrada, acrescentando um toque acolhedor à visita ao Forte Defensor Perpétuo.


Seguindo o animado cão-guia, percorremos uma pequena trilha pela mata, de onde, em alguns trechos, era possível avistar panoramas encantadores da cidade de Paraty, RJ.


Em poucos minutos, alcançamos o portão principal de acesso ao Forte Defensor Perpétuo, uma construção do século XVIII que passou por reformas importantes em 1822, preservando sua relevância histórica na defesa da região.

Museu Forte Defensor Perpétuo
O Museu Forte Defensor Perpétuo, erguido em 1793, é o único forte ainda em pé na cidade fluminense de Paraty. Hoje, abriga uma instituição museológica dedicada à difusão, pesquisa e diálogo sobre a história e memória do município.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar no Museu Forte Defensor Perpétuo partindo do centro do Rio de Janeiro – Rio de Janeiro – Brasil:
Contatos do Museu Forte Defensor Perpétuo
- Endereço: Avenida Orlando Carpinelli, 440 – Pontal | Paraty – Rio de Janeiro – Brasil
- Telefone: (24) 98142-0081
- E-mail: equipe.forte@museus.gov.br
Para obter informações mais detalhadas, visite o site oficial do Museu Forte Defensor Perpétuo.
Horários de Funcionamento
- Quarta a sexta: das 10h às 17h
- Sábado e domingo: das 10h às 14h
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 1 hora

O Forte Defensor Perpétuo foi guarnecido por soldados e equipado com armamentos durante a guerra contra a Província Unida do Rio da Prata (atual Argentina) e em momentos de tensão, como a crise diplomática com a Inglaterra em 1850. No entanto, foi desarmado pelo Ministério da Guerra em 1856.


Na virada do século, o Forte Defensor Perpétuo passou por adaptações que refletiram a decadência econômica de Paraty. Ao longo desse período, a construção foi utilizada como moradia temporária, cadeia improvisada e, mais tarde, serviu como cenário para o filme “Azyllo Muito Louco”, dirigido por Nelson Pereira dos Santos em 1968.

O Forte Defensor Perpétuo foi restaurado e tombado como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional pelo IPHAN em 1957. Atualmente, o local funciona como museu, dedicado a preservar e apresentar a história, a memória e a cultura do município de Paraty, RJ.


Devido à pandemia, infelizmente, o único forte ainda preservado em Paraty permaneceu fechado para visitação interna, permitindo o acesso apenas ao seu pátio externo.


O pátio externo do Forte Defensor Perpétuo exibe vários canhões do modelo padrão “12 tiros”, que lançavam balas com cerca de 6 kg de peso a até 2.000 metros de distância, utilizando aproximadamente 2 kg de pólvora em cada disparo.


Esses canhões foram amplamente empregados tanto em operações marítimas quanto em combates terrestres entre os anos de 1730 e 1860.


A poucos passos da praça de armas, onde estão os canhões, encontra-se um rochedo que se projeta em direção ao mar, oferecendo uma vista privilegiada da orla e do horizonte.


Aproveitamos a vista por alguns instantes e, sob o calor intenso, nos despedimos do Museu Forte Defensor Perpétuo para seguir rumo à Praia do Jabaquara.


Assim como na Praia do Pontal, a Praia do Jabaquara é repleta de quiosques que oferecem cadeiras, bancos e espreguiçadeiras sob a sombra das inúmeras árvores, garantindo conforto e uma vista deslumbrante do mar.


Nos acomodamos em um dos bancos disponíveis, pedimos um suco natural bem gelado e, na companhia do nosso mais novo amigo, o fiel cão-guia do Forte Defensor Perpétuo, desfrutamos alguns minutos de pura tranquilidade, contemplando a beleza serena da Praia do Jabaquara.


Em seguida, caminhamos ao longo de toda a orla da Praia do Jabaquara, conhecida pelas lamas medicinais presentes em sua faixa costeira, valorizadas por suas propriedades terapêuticas e muito procuradas por visitantes em busca de bem-estar natural.


Por fim, retornamos às margens do Rio Perequê-Açú, onde nos despedimos do nosso fiel companheiro de caminhada, que nos acompanhou até a ponte.


Às margens do rio, avistamos diversos barcos atracados, prontos para realizar passeios turísticos pelas inúmeras e encantadoras ilhas da Baía de Paraty, uma experiência imperdível para quem deseja explorar a beleza natural da região por outro ângulo.

Entre as embarcações, chamou nossa atenção o Senna, o único cujo valor do passeio estava dentro do nosso orçamento.

No entanto, ao nos aproximarmos, percebemos que o barco estava praticamente submerso, o que nos levou a adiar a tão esperada experiência pelas águas da baía para uma próxima oportunidade, de preferência, a bordo de uma embarcação em melhores condições.

Cruzamos mais uma vez a Ponte do Pontal e seguimos em direção à Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, um dos principais cartões-postais de Paraty e ponto de referência no centro histórico da cidade.

Igreja de Nossa Senhora dos Remédios | Igreja Matriz de Paraty
Inaugurada em 1873, a Igreja de Nossa Senhora dos Remédios destaca-se com seu estilo neoclássico e as torres inacabadas.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar na Igreja de Nossa Senhora dos Remédios | Igreja Matriz de Paraty partindo do centro de Florianópolis – Santa Catarina – Brasil:
Contatos da Igreja de Nossa Senhora dos Remédios | Igreja Matriz de Paraty
- Endereço: Rua da Matriz – Centro Histórico | Paraty – Rio de Janeiro – Brasil
- Telefones: (24) 3371-1467 | (24) 99949-4989
Para obter informações mais detalhadas, visite a página oficial da Igreja de Nossa Senhora dos Remédios | Igreja Matriz de Paraty no Instagram.
Horários de Funcionamento
- Quarta a domingo: das 9h às 11h e das 13h30 às 16h
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 30 minutos

Diferente do dia anterior, encontramos a Igreja de Nossa Senhora dos Remédios com as portas abertas, acolhendo tanto os fiéis quanto os visitantes interessados em conhecer seu interior e sua importância religiosa e histórica para Paraty, RJ.


Tivemos a oportunidade de explorar o interior da Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, a imponente Igreja Matriz de Paraty. Seu destaque é o altíssimo arco cruzeiro em cantaria simples, que se impõe no espaço central, acompanhado por sete belos altares laterais que enriquecem ainda mais a arquitetura e o simbolismo do templo.


Outro elemento de grande destaque é o altar principal, ricamente adornado com detalhes em ouro, o único com essa característica em toda a cidade de Paraty, o que reforça sua relevância artística e histórica.

A Igreja de Nossa Senhora dos Remédios está situada em frente à Praça Monsenhor Hélio Pires, popularmente conhecida como Praça da Matriz, o núcleo mais antigo de Paraty, onde a cidade começou a se formar e que ainda hoje preserva traços da sua origem colonial.


Saindo da arborizada e agradável Praça da Matriz, seguimos nossa caminhada até a Rua Fresca.

Na Rua Fresca, cujo nome curioso contrasta com sua localização à beira-mar, encontra-se a casa onde viveu o Príncipe Dom João de Orleans e Bragança, neto da Princesa Isabel e bisneto do Imperador Dom Pedro II.


Atualmente, o sobrado construído em 1830 serve como residência de Dom João Henrique de Orleans e Bragança, filho do príncipe, mantendo viva a ligação da família imperial com a cidade de Paraty, RJ.


Desde a independência em 1822, o verde da bandeira brasileira, assim como os detalhes dessa casa histórica, refletem a cor da Casa Real de Bragança, enquanto o amarelo presente nas portas remete à Casa de Habsburgo, da qual fazia parte a imperatriz D. Maria Leopoldina.


Após registrar imagens da histórica construção, prosseguimos nossa caminhada pelo centro histórico de Paraty – RJ, onde algumas ruas encontravam-se parcialmente alagadas devido à maré alta, um fenômeno comum e característico da região costeira.

O sistema adotado pelos portugueses na construção de Paraty – RJ consistia em deixar as ruas no nível do mar com uma inclinação em formato de “V” voltada para o centro, enquanto as casas eram erguidas em nível mais alto.

Essa técnica tinha a função de aproveitar a invasão das águas da maré alta para limpar os resíduos acumulados nas ruas, incluindo estrumes de cavalos e burros de carga, além de facilitar o escoamento do esgoto, contribuindo para a higiene urbana.


Diz a lenda que as sinhás da época, para impedir que os escravos espiassem pelas janelas muito baixas das casas, solicitaram que pedras irregulares fossem colocadas no calçamento. Dessa forma, os escravos eram obrigados a olhar para o chão para evitar tropeços e quedas, tornando impossível observar o interior das residências.


Verdade ou não, o fato é que devemos caminhar com bastante cuidado pelo calçamento de pé-de-moleque do centro histórico de Paraty, especialmente à noite, sob chuva ou depois de algumas taças de vinho, não é, FredLee?


Sem dúvida, o encantador centro histórico de Paraty é um verdadeiro museu a céu aberto, onde cada rua, edifício e detalhe conta uma parte rica da história e cultura da cidade.

Percorrer suas estreitas ruas de pedra, entre o casario colonial que ocupa 33 quarteirões, transporta-nos no tempo, despertando a imaginação para o período áureo de Paraty, RJ.

Paraty foi a primeira cidade do Brasil a conquistar sua autonomia política por meio da escolha popular. Teve seu auge durante o Ciclo do Ouro, mas, com o declínio da extração e exportação do minério, por volta de meados do século XVIII, a cidade começou a perder relevância econômica e estratégica.

Com o Ciclo do Café, a partir do século XIX, Paraty reviveu, ainda que temporariamente, os dias prósperos de sua era colonial. A produção de cachaça e outros derivados da cana-de-açúcar também impulsionou a economia local. Foi nesse período que o nome Paraty tornou-se sinônimo de pinga. No século XVIII, a cidade chegou a abrigar mais de 200 engenhos e casas de moenda dedicadas à fabricação da bebida.

Em 1870, com a inauguração de uma nova rota ferroviária ligando o Rio de Janeiro a São Paulo pelo Vale do Paraíba, a antiga trilha de burros que atravessava a Serra do Mar perdeu sua relevância. Essa mudança afetou profundamente a economia de Paraty, que entrou em um longo período de estagnação.

Outro fator decisivo para a decadência comercial e urbana de Paraty foi a Abolição da Escravatura em 1888, que provocou um êxodo em massa. Dos cerca de 16 mil habitantes registrados em 1851, restaram, ao final do século XIX, apenas “600 velhos, mulheres e crianças”, conforme relatos da época, um isolamento que manteve a cidade praticamente desconectada do restante do país por décadas.

Enquanto o restante do país avançava com a abertura de novas estradas, Paraty permanecia acessível apenas por barco, a partir de Angra dos Reis, como nos tempos coloniais. Foi somente a partir de 1950 que passou a ser possível chegar por terra, via Cunha, por uma estrada precária que aproveitava trechos da antiga rota do ouro e do café, e que só permitia tráfego em períodos de estiagem.

Esse isolamento involuntário foi, paradoxalmente, o responsável por preservar não apenas a estrutura arquitetônica urbana de Paraty, mas também muitos de seus usos, costumes e tradições culturais, hoje tão valorizados.

Um excelente local para se aprofundar na história de Paraty é um antigo sobrado situado na Rua Dona Geralda, número 194, uma construção preservada que abriga importantes registros e memórias da cidade.

O antigo casarão é o único edifício da cidade que ostenta, acima da porta de entrada, uma cartela de madeira com a data de sua construção: 1754, tendo passado por ampliações em 1761 e 1860. Ao longo dos séculos, o prédio teve diversas funções, já foi residência, armazém, escola mista e sede do Paratiense Atlético Clube no século XX, famoso por seus bailes e carnavais. Atualmente, abriga a Casa da Cultura de Paraty, um espaço dedicado à preservação e promoção da memória local.

Outra curiosidade sobre o sobrado que abriga a Casa da Cultura de Paraty está em sua fachada, no piso superior, cuja simetria incomum remete a influências maçônicas. A disposição dos vãos segue uma lógica precisa: o espaço entre a segunda e a terceira porta é o dobro do vão entre a primeira e a segunda, enquanto o vão entre a terceira e a quarta corresponde exatamente à soma dos dois anteriores, um detalhe arquitetônico que revela a riqueza simbólica do edifício.

Casa da Cultura de Paraty
Uma casa para vivenciar a história, a arte, o patrimônio cultural e a biodiversidade de Paraty. Abraçada pelo centro histórico, em um casarão de 1754, a Casa da Cultura de Paraty é o principal equipamento cultural da cidade histórica e da região da Costa Verde.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar na Casa da Cultura de Paraty partindo do centro de São Paulo – São Paulo – Brasil:
Contatos da Casa da Cultura de Paraty
- Endereço: Rua Dona Geralda, 194 – Centro Histórico | Paraty – Rio de Janeiro – Brasil
- Telefone: (24) 99238-4737
- E-mail: faleconosco@casadaculturaparaty.org.br
Para obter informações mais detalhadas, visite o site oficial da Casa da Cultura de Paraty.
Horários de Funcionamento
- Terça a sábado: das 10h às 20h
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 1 hora

Na visita à Casa da Cultura de Paraty, soubemos que, em 2019, Paraty e Ilha Grande (Angra dos Reis – RJ) foram reconhecidas pela UNESCO como Patrimônio Mundial Misto do Brasil, um título concedido em razão da combinação única entre seu rico patrimônio cultural e a notável biodiversidade da região.

Ao todo, existem apenas 38 bens mundiais mistos reconhecidos pela UNESCO em todo o planeta. No entanto, o caso de Paraty e Ilha Grande é particularmente significativo, pois representa o primeiro bem vivo dessa categoria em toda a América Latina, uma distinção que valoriza não apenas o patrimônio natural e histórico, mas também as comunidades e tradições que continuam ativas na região.

Na América, existem outros sítios reconhecidos como Patrimônio Mundial Misto, porém todos são ruínas, como é o caso de Machu Picchu, no Peru.


Paraty e Ilha Grande se destacam justamente por serem territórios vivos, com comunidades tradicionais que ainda mantêm práticas culturais e modos de vida em harmonia com a natureza.


A Casa da Cultura de Paraty oferece uma estrutura completa, com auditório, café cultural, diversas salas de exposições e uma programação ativa, repleta de projetos educativos e atividades voltadas à valorização da arte, história e cultura local.


O Salão Nobre, principal espaço expositivo da Casa da Cultura de Paraty, está localizado no segundo andar do antigo casarão, onde são realizadas mostras temporárias e exposições que destacam a riqueza artística e histórica da região.


Na ocasião, a ampla sala do Salão Nobre abrigava a exposição “Saberes e Fazeres: Armazém Paraty”, que retratava, por meio de objetos, fotografias e textos, os diversos ciclos históricos e econômicos que marcaram a trajetória da cidade ao longo dos séculos.


O segundo piso da Casa da Cultura de Paraty também oferece uma vista privilegiada dos sobrados vizinhos, revelando, de um ângulo diferente, a beleza e a harmonia arquitetônica do centro histórico da cidade.


Após mergulhar um pouco mais na rica história de Paraty, deixamos o museu e seguimos explorando as encantadoras ruas do centro histórico.


Caminhamos por mais alguns quarteirões do centro histórico, apreciando a arquitetura colonial preservada e o ambiente tranquilo que torna Paraty um destino tão singular.


E como Paraty é uma cidade que respira arte e cultura em cada esquina, logo nos deparamos com mais um espaço artístico: o Atelier do Dalcir, uma verdadeira expressão da criatividade local.

Lá, tivemos a oportunidade de acompanhar o mestre Dalcir Ramiro enquanto ele modelava e dava vida a uma nova obra de arte, revelando seu talento e dedicação artesanal em cada movimento.

Apaixonado pela arte, o escultor Dalcir Ramiro aprendeu com antigas paneleiras o tradicional processo indígena de modelagem da argila, moldagem das formas e queima da cerâmica. Reconhecido por seu talento, ele hoje desenvolve técnicas próprias, explorando uma diversidade de materiais em suas criações.


O final do dia se aproximava, e a vibrante vida noturna do centro histórico de Paraty começava a ganhar vida, quando nos despedimos do talentoso mestre Dalcir Ramiro, levando conosco a inspiração de sua arte e dedicação.


Depois de percorrer vários quilômetros pelas ruas de Paraty, retornamos à pousada onde estamos hospedados.


Tomamos um banho revigorante e nos preparamos para sair em busca das delícias gastronômicas típicas da região.

Para encerrar com chave de ouro nossa visita a essa encantadora e apaixonante cidade, fomos a um restaurante escondido nas ruelas do centro histórico de Paraty, onde saboreamos o prato típico local: o famoso camarão casadinho. Com forte influência da culinária caiçara, essa iguaria é uma deliciosa combinação de sabores e aromas frescos do mar, tão característicos da gastronomia paratiense.

O nome “casadinho” se deve ao fato de o prato ser composto por dois camarões frescos, cuidadosamente limpos e preparados, presos com um palito e recheados com farofa de camarão, uma verdadeira explosão de sabor!

E, claro, como estávamos na terra da boa aguardente, não poderia faltar o drink local: o Jorge Amado. Essa bebida combina a cachaça Gabriela (um licor de cachaça aromatizado com cravo e canela) com limão, maracujá e gelo, resultando em um coquetel refrescante e cheio de personalidade.
O nome da bebida é uma homenagem ao escritor Jorge Amado e à sua obra “Gabriela, Cravo e Canela”, que foi adaptada para uma novela da TV Globo, cujas filmagens aconteceram justamente em Paraty. Saúde e até amanhã!


Oba! Já são 2 comentários nesta postagem!
Muito bem colocado como sempre uma verdadeira aula de Cultura…belas fotos…Parabéns…
Valeu, abraços…
Estamos ansiosos para ler tudo aquilo que tu tem para dizer! É chegado o momento de abrir este coração e compartilhar tua opinião, crítica (exceto algo desfavorável à imagem da Formosa), elogio, filosofar a respeito da vida ou apenas sinalizar que chegou até aqui ;)
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