Durante a chuvosa manhã de sábado partimos de Erechim – RS rumo a Caxias do Sul – RS, festejar a Festa da Uva 2019!
A forte chuva nos acompanhou por todo o trajeto, o que explica a ausência de fotos. Nossa única parada durante a viagem foi em um posto de combustível às margens da rodovia no município de Veranópolis, onde abastecemos a Formosa, comemos um pão de queijo e aproveitamos para tirar um pouco da água acumulada em nossas botas, que eram para ser impermeáveis, mas… desde que as compramos, sempre se encheram de água em qualquer chuva, imagina em uma forte e constante.
No início da tarde, molhados e com os pés mergulhados na água acumulada nas botas, chegamos na cidade conhecida como “A Pérola das Colônias”, Caxias do Sul.
Fomos direto ao local de pernoite, onde deixamos a Formosa devidamente abrigada na garagem, colocamos roupas secas e, finalmente, nos dirigimos a bordo de um Uber aos Pavilhões da Festa Nacional da Uva.
A Festa da Uva é o maior símbolo de Caxias do Sul e uma das mais tradicionais festas do Brasil.
O evento conta com uma rica agenda cultural, shows nacionais e regionais, corsos alegóricos, grande número de expositores, a deliciosa gastronomia típica italiana e, claro, muita uva, suco e vinho.
O parque de eventos onde a festa é sediada é muito bem estruturado, organizado e seguro, proporcionando uma grande festividade familiar.
Dentre os diversos pavilhões da festa pudemos ver uma exposição de uvas regionais premiadas, um breve histórico de cada uma das famílias produtoras de uva da região e conhecer as simpáticas embaixatrizes da festa, que logo pediram uma foto ao lado do FredLee.
Em determinado local do parque haviam algumas motos expostas, dentre elas duas Harley-Davidson Road King Police FLHP.
E uma belíssima Harley-Davidson Flathead 1948, que segundo nos informaram, funciona perfeitamente.
Em uma área destinada a feira de produtos diversos, que vão desde vestimentas, calçados, artesanatos, eletrônicos e mais uma infinidade de coisas, havia um stand com uma rara Durkopp 1968 compondo a decoração.
A feira conta também com diversos expositores coloniais, onde são comercializados produtos naturais, mel, flores, queijos, salames, pães, biscoitos, geleias e mais uma centena de gostosuras.
Não resistimos às delícias ali oferecidas e nos rendemos a um prato repleto de polenta, salame e queijo, acompanhado por um saboroso vinho tinto, no melhor estilo italiano.
Dentre os expositores destacava-se a Marcopolo S.A., empresa que nasceu em Caxias do Sul com o nome de Nicola & Cia Ltda e que mais tarde foi batizada com o nome que carrega até os dias atuais, sendo este uma homenagem ao navegador italiano Marco Polo, que passou 24 anos integrando culturas e explorando novos caminhos.
A empresa abriu suas portas com oito sócios, quinze funcionários e foi uma das primeiras indústrias brasileiras a fabricar carrocerias de ônibus.
Atualmente a Marcopolo é referência no desenvolvimento de soluções para o transporte coletivo nos cinco continentes, sendo responsável por quase metade da produção nacional, a maior encarroçadora da América Latina e terceira maior do planeta.
Ainda na festa apreciamos um delicioso chopp de vinho, conversamos com artesãos que estavam produzindo peças no local e acompanhamos uma peleia disputa de bocha.
A noite avançava quando fomos até a praça de alimentação e, embalados pela empolgada música italiana, devoramos um prato típico italiano. Ma, che bel piatto!
Devidamente alimentados seguimos à Casa Della Música, onde pudemos cantar e nos embalar com o show acústico do Jota Quest.
E por fim pular no agitado show do Capital Inicial.
Assim nos despedimos da Festa da Chuva, digo, Festa da Uva.
No domingo acordamos logo cedo (mentira, não era tão cedo assim) e percorremos algumas ruas centrais de Caxias do Sul.
Passamos pelo Museu Municipal, que infelizmente não abre nos domingos.
E estacionamos a Formosa nos arredores da Praça Dante Alighieri.
Que fica de frente para a Catedral de Caxias do Sul.
Inspirada na Basílica de Santo Antônio de Bolonha, na Itália, a Igreja Santa Teresa D’Ávila foi inaugurada em 1899.
Iluminado por 18 vitrais multicoloridos confeccionados na Alemanha, o interior da capela abriga um belo altar-mor feito em madeira pelo escultor Francisco Meneguzzo.
Na sequência fomos até a Igreja de São Pelegrino.
O templo religioso, inaugurado em 1942, abriga em seu interior valiosas obras de arte que enaltecem a igreja e foram concebidas pelo artista italiano Aldo Locatelli.
Seu teto contempla a obra denominada Juízo Final, inspiração tomada da Capela Sistina de Roma, Itália.
Na parte externa da igreja existe uma escultura representando São Pelegrino.
E um relógio de flores.
A história de Caxias do Sul começa quando a região, na época ocupada por índios caingangues, era percorrida por tropeiros e por eles chamada de Campo dos Bugres.
Em 1875 chegaram os primeiros imigrantes italianos em busca de um lugar melhor para viver e, dois anos após o início da ocupação, o território recebeu a denominação de Colônia de Caxias, em homenagem ao Duque de Caxias.
Em 1890 veio a fundação e em 1910 a emancipação do município que atualmente conta com aproximadamente 520.000 habitantes, sendo o segundo mais populoso do Rio Grande do Sul.
Em meio a uma fina garoa deixamos o centro de Caxias e rodamos até o Vale Trentino para visitar a Forqueta, primeira cooperativa vitivinícola da América Latina.
Museu do Vinho Primo Slomp | Cooperativa Vitivinícola Forqueta
Local: Rua Luiz Franciosi Sério, 350 | Forqueta | Caxias do Sul – RS
Telefone: (54) 3535-1600
E-mail: forqueta@forqueta.com.br
Site: http://www.forqueta.com.br/
Funcionamento: Terça a domingo das 9h00 às 17h00
Ingresso: Gratuito
Tempo médio de visitação: 45 minutos
O local abriga o Museu do Vinho Primo Slomp, nome dado em homenagem a um de seus principais colaboradores.
O museu exibe um amplo acervo que retrata um pouco da história da Cooperativa Vitivinícola Forqueta, da colonização italiana e do vinho.
A cooperativa foi fundada em 1929 e atualmente são mais de 300 famílias trabalhando para produzir uvas de excelente qualidade que se transformam em vinhos, espumantes, sucos de uva e chopp de vinho.
Além do museu no local são vendidos os sucos, vinhos e chopp ali produzidos, e diversos outros itens coloniais.
Com os alforjes da Formosa carregados de sucos, vinhos e chopp de vinho, partimos de Caxias do Sul acompanhados pela chuva.
Passamos por Farroupilha, Bento Gonçalves e ao iniciar a descida do Vale do Rio das Antas a chuva finalmente deu uma trégua.
Cruzamos a ponte sobre as águas do Rio das Antas e paramos no Belvedere do Espigão, já no município de Veranópolis.
A vista do local que compreende restaurante, lanchonete, loja de artigos diversos e, claro, mirante, é de encher os olhos, conseguimos contemplar toda a beleza do Vale do Rio das Antas, a Estação Ferroviária Jaboticaba, a ponte da estrada de ferro e a Usina Hidrelétrica Monte Claro.
Aproveitamos a pausa para nos hidratar, alimentar e na sequência voltamos a rodar.
Bastaram alguns quilômetros para a chuva voltar a cair, e com ela viajamos até Erechim – RS, onde chegamos no fim do dia, sãos e molhados.
Trajeto percorrido no fim de semana:
Oba! Já são 2 comentários nesta postagem!
Valeu novamente, belas fotos e uma festa maravilhosa… PARABÉNS…
A Festa da Uva é ótima mesmo! Sempre que possível vamos festejar em Caxias :)
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