Asunción • Expedição 2018: Asunción - Monday • Paraguai
Dia 02: Trinidad – Itapúa – Paraguai a Asunción – Distrito Capital – Paraguai
22 de Dezembro, 2018
Bom dia Trinidad – Itapúa – Paraguai!
Uma forte chuva teve início no meio da madrugada deste sábado e persistiu até o dia amanhecer.
Aproveitamos para arrumar as bagagens, carregar a Formosa e tomar aquele café da manhã especial com bastante tranquilidade.
Segundo dia de viagem, segundo dia com chuva forte… como não somos de açúcar, vamos em frente!
Assim que deixamos a pousada onde pernoitamos notei que uma luz vermelha acendeu no painel. Isto já havia ocorrido em outra ocasião e esta luz indica que a moto está com algum problema elétrico.
Quando paramos para fazer a foto em frente ao pórtico de Trinidad fiz o teste e descobri que a lâmpada do farol traseiro havia queimado, provavelmente pela quantidade de água que estava dentro dele (incrível como os faróis das motos Harley-Davidson não possuem uma boa vedação).
Com a Formosa sem luz na traseira e sob um forte temporal seguimos viagem até a cidade de Carmen del Paraná, onde a chuva finalmente deu uma pausa.
De lá rodamos poucos quilômetros até chegar em Coronel Bogado, a “Capital de la Chipa“.
Já havíamos passado por este trajeto em 2016, durante a Expedição 2016: Missões – Cataratas, no oitavo dia da viagem, quando visitamos a Reducción Jesuítica de San Cosme y Damián, e na ocasião paramos para experimentar as tradicionais chipas paraguaias na Chipa Tía.
As chipas do local são tão deliciosas que fizemos questão de parar novamente e saborear algumas chipas quentinhas.
Devidamente alimentados seguimos adelante.
Com o tempo fechado, mas sem chuva, continuamos viagem pela Ruta Nacional 1 em direção à capital paraguaia.
Assim como a Ruta 6, a qual rodamos ontem até Trinidad, a Ruta 1 também é pedagiada, mas motos são livres da tarifa.
Estrada em bom estado de conservação, baixo fluxo de veículos e longas retas acompanhadas por curvas bem abertas passaram a compor a viagem.
Em meio a este cenário deixamos o departamento de Itapúa e acessamos o departamento de Misiones.
Onde paramos em um posto de combustíveis às margens da rodovia para abastecer o tanque da Formosa.
Na sequência cruzamos o centro de San Ignacio Guazú, cidade que se originou de uma das 33 reduções jesuíticas guaranis, atualmente abriga cerca de 50.000 habitantes e está a 225km de Assunção.
A cidade é conhecida como a “Capital do Barroco Guarani” e nela fica o Museu Diocesano de Arte Jesuítica Guarani, onde estão expostas diversas esculturas daquele período.
Como o destino de hoje é outro, deixamos para conhecer o museu e outros atrativos da cidade em uma próxima oportunidade.
Avançamos pela Ruta Nacional 1, que a partir de San Ignacio Guazú deixa de seguir em direção oeste e passa a apontar para o norte.
E pela rodovia passamos por San Juan Bautista, San Miguel e Villa Florida.
Em Villa Florida cruzamos a ponte sobre o Rio Tebicuary e adentramos em outro departamento paraguaio, desta vez Paraguarí.
Em Caapucú fizemos uma breve pausa para fotografar um monumento às margens da rodovia.
De volta à estrada percorremos mais alguns quilômetros até chegar em Quiindy, onde paramos para um lanche.
Aliás, durante o trajeto percorrido até agora passamos por vários postos de combustíveis bem estruturados e a maioria com loja de conveniência, algo bem comum no Brasil.
Tão logo deixamos o local do lanche voltamos a percorrer a Ruta Nacional 1 e passamos por diversas barraquinhas vendendo bolas.
Tinha pelotas para todos os gostos, de diversos tamanhos e cores.
Na sequência passamos pelo local onde as bolas podem ser utilizadas, o Estádio Municipal de Carapeguá.
Entre as cidades de Carapeguá e Paraguarí dois belos morros se destacavam na planície ao redor da rodovia.
Cruzamos por diversos ônibus um tanto quanto antigos.
E, já nas proximidades de Assunção, paramos em um Posto Petrobras.
Assim que chegamos na Grande Assunção o fluxo de veículos ficou intenso e levamos cerca de 1 hora para percorrer aproximadamente 20 quilômetros.
Tempo suficiente para uma breve pancada de chuva nos deixar encharcados.
Molhados e cansados seguimos direto até o hotel, onde deixamos a Formosa abrigada na garagem, trocamos de roupa e partimos explorar alguns atrativos da cidade.
O primeiro ponto de parada foi o Museu de Arte Sacra.
Museo de Arte Sacro de La Fundación Nicolás Darío Latourrette Bo
Local: Manuel Domínguez esquina com Paraguarí | Centro | Assunção – Distrito Capital – Paraguai
Telefone: +595 21 449 439
E-mail: secretaria@nicolasbosa.com.py
Site: https://museodeartesacro.com
Funcionamento: Sexta e sábado das 9h00 às 18h00
Ingresso: ₲ 25.000
Tempo médio de visitação: 1 hora
No local fomos muito bem recebidos pelo simpático Alfredo Alfonzo, que nos orientou sobre a visita e, ao ver o FredLee, nos contou sobre Gonzalo, o labrador que era mascote do museu e após sua transição foi eternizado através de uma bela estátua em seu túmulo, nas dependências do Museo de Arte Sacro.
Na sequência adentramos ao museu e lá recebemos uma verdadeira aula do museólogo e guia Luis Lataza sobre o local, os índios guaranis e a história do Paraguai.
O museu abriga obras que pertencem à Fundação Nicolás Darío Latourrette Bo, a qual é uma entidade sem fins lucrativos criada em 2008 com o objetivo de impulsionar e realizar atividades que contribuam, promovam e difundam a arte, a cultura e a história do Paraguai.
O Museo de Arte Sacro está dividido em seis salas e cada uma delas abriga um importante acervo de obras de arte sacra de estilo guarani, barroco e rococó, de nativos evangelizados por franciscanos e jesuítas.
A coleção permanente é composta por aproximadamente 100 peças com imagens religiosas dos séculos XVII e XVIII.
Todas as peças expostas estão muito bem preservadas e não foram restauradas, uma vez que mantém suas pinturas originais.
O rico acervo encanta não apenas pela beleza das obras expostas, mas principalmente pelo fato de contar parte da história deste lindo país.
Conhecido o Museu de Arte Sacra fomos até a Igreja da Santíssima Trindade.
Declarada Patrimônio Cultural de Assunção, a Iglesia de la Santísima Trinidad foi construída no ano de 1854 e se encontra na colina mais alta do bairro Trinidad.
A igreja serviu como capela particular da família López e com a morte de Carlos Antonio López, primeiro presidente constitucional da República do Paraguai, seus restos mortais permaneceram no interior do templo religioso até serem transferidos ao Panteón Nacional de los Héroes durante a segunda metade do século XX.
Foi projetada pelo italiano Alejandro Ravizza e conta com uma linda fachada, onde o Escudo Nacional identifica-a como uma obra do período de Don Carlos.
Seu interior abriga esculturas do período franciscano e seu teto é todo decorado com pinturas clássicas.
Da igreja fomos conhecer o Museu do Barro.
Centro de Artes Visuales Museo del Barro
Local: Grabadores del Cabichuí, 2.716 | Assunção – Distrito Capital – Paraguai
Telefone: +595 21 607 996
E-mail: info@museodelbarro.org
Site: https://www.museodelbarro.org
Funcionamento: Quarta a sábado das 14h30 às 19h00
Ingresso: Gratuito
Tempo médio de visitação: 2 horas
Considerado um dos principais museus do Paraguai, o Centro de Artes Visuales Museo del Barro abriga três seções: Museu Paraguaio de Arte Contemporânea, Museu do Barro e Museu de Arte Indígena.
O Museo Paraguayo de Arte Contemporáneo expõe uma coleção de pinturas, desenhos, gravuras, instalações e esculturas com aproximadamente 3.000 obras.
O Museo del Barro mantém um acervo com mais de 4.000 obras produzidas do século XVII em diante, além de uma coleção de 300 peças de cerâmica pré-colombiana de todo o continente americano.
Dentre as obras estão esculturas em madeira, têxteis, rendas, cerâmica e ourivesaria.
A visita ao museu é auto guiada e deve ser feita com merecida atenção, para apreciar cada uma das peças que impressionam pelos ricos detalhes.
A coleção é constituída com base em peças adquiridas por Carlos Colombino durante vinte e cinco anos.
Ao longo dos anos o acervo cresceu com a contribuição de obras doadas por Osvaldo Salerno e outros indivíduos e instituições.
Já o Museo de Arte Indígena abriga mais de 1.700 peças feitas por diferentes grupos indígenas que povoaram e povoam o Paraguai.
Embarcações, esculturas, ornamentos, máscaras e cestos compõem o acervo.
Que tem como itens de destaque cinco trajes cerimoniais da etnia Ishir, utilizados durante o ritual anual denominado Debylyby.
No museu também estão expostas diversas peças de ñandutí, que significa “teia de aranha” em guarani, uma renda tradicional paraguaia feita com fios de seda e algodão.
Após a visita ao Museo del Barro retornamos ao centro de Assunção e assim que chegávamos no Palacio de los López encontramos Verónica Vanessa Viveros Viedma, a Miss Paraguay 2018.
Assim que viu o FredLee ela pediu para sacar una foto.
Após a tietagem, por parte da miss claro, seguimos nossa caminhada pelas ruas centrais de Asunción.
O Palacio de los López, também conhecido como Palacio de Gobierno e Palacio Presidencial, é o primeiro edifício emblemático de Assunção.
O engenheiro húngaro Francisco Wisner de Morgenstern foi o responsável pelo projeto que se iniciou sob a direção do arquiteto inglês Alonso Taylor em 1857 e se estendeu até 1867.
O palácio foi construído a mando de Francisco Solano López, que nunca pôde habitá-lo devido à Guerra da Tríplice Aliança, também conhecida como Guerra do Paraguai.
Em 1869 a frente brasileiro-argentina bombardeou o palácio, causando danos à sua estrutura. Além disso, ele sofreu saques generalizados, cujos ornamentos, estatuetas, espelhos, móveis e muitos outros pertences foram confiscados e levados para o Brasil.
Durante os sete anos em que as forças aliadas ocuparam Assunção o palácio serviu como um quartel para as forças brasileiras, e mais tarde foi abandonado e danificado.
O Palácio do Governo é a atual sede do Governo da República do Paraguai e local que abriga o despacho oficial do presidente da república.
Na noite de hoje, dia 22 de dezembro, o Palácio do Governo foi palco de um grande evento natalino: Noche de Paz, Noche de Amor.
Adentramos ao evento gratuito e lá pudemos assistir ao show de músicas e danças paraguaias.
Na sequência foi a vez da Jazz Band de la Policía Nacional apresentar algumas obras.
E por fim acompanhamos a apresentação do Coro Infanto Juvenil del MEC.
Após o grande concerto natalino voltamos a caminhar em frente ao Palácio do Governo, agora acompanhados pela Lua cheia.
E com um cenário incrível nos despedimos deste sábado.
Trajeto percorrido no dia:


Oba! Já são 2 comentários nesta postagem!
Olá viajantes do meu coração!!!
Esse dia foi realmente incrível. Amei os museus; a arquitetura do palácio e o show….ah o show foi realmente um show.
Que venham novas viagens… novos roteiros sempre tão bem planejados e programados com muito carinho para nos alegrar e deliciar com suas maravilhosas fotos e relatos.
Valeu! Obrigado por, sempre, nos acompanhar. Bjs…
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