Dia 05: Cataratas del Iguazú | Puerto Iguazú – Misiones – Argentina
Deixamos o hotel no início da manhã do quinto dia da Expedição 2016: Missões – Yucumã e seguimos rumo à Argentina.
Mesmo com céu azul, os termômetros marcavam apenas 15 graus em Foz do Iguaçu, manhã gelada para os padrões da cidade.
Igreja matriz São João Batista, a mais antiga da cidade:
Em determinado momento as ruas que nos levariam até a Argentina estavam bloqueadas, então tivemos que rodar por ruas paralelas e enfrentar um trânsito pesado.
Desvio vencido retornamos à Avenida das Cataratas e entendemos o motivo da interdição de algumas ruas: acontecia neste domingo a 9ª Maratona Internacional Sesc de Foz do Iguaçu – PR.
A Avenida das Cataratas, que tem como destino as Cataratas do Iguaçu do lado brasileiro, é a mesma que nos leva até o trevo de acesso à Avenida Mercosul, a qual termina na Ponte Tancredo Neves, divisa entre o Brasil e a Argentina.
Com a maratona, apenas uma faixa da avenida de pista duplicada estava liberada, e o congestionamento era enorme.
Mas, para nossa sorte, o maior fluxo era em direção às cataratas do lado brasileiro, com isso, enfrentamos o congestionamento até a intersecção com a Avenida Mercosul.
Após cruzar a aduana brasileira sem a necessidade de parada, passamos pela fronteira entre o Brasil e a Argentina.
Ponte Internacional da Fraternidade – Ponte Tancredo Neves:
Metade da moto em solo hermano e outra metade em território brasileiro.
Pela primeira vez (esperamos que de muitas) FredLee e a Formosa estão em território internacional.
Após as fotos na ponte seguimos pelas estradas argentinas.
Assim que chegamos na aduana argentina haviam cerca de 6 carros na fila em nossa frente. Aguardamos aproximadamente 30 minutos até chegar a nossa vez.
O processo aduaneiro é simples, basta apresentar o passaporte, ou documento de identidade, documento da moto em seu nome, carteira de habilitação e carta verde.
Informamos que iríamos visitar as Cataratas do Iguaçu e no início da noite retornaríamos ao Brasil, após a etapa dos documentos um guarda revistou os alforges, que estavam praticamente vazios, e nos liberou para seguir o passeio.
Contornamos a cidade de Puerto Iguazú e seguimos pela Ruta 12.
Escuela Militar de Monte – Ejercito Argentino:
Neste trecho a Ruta Nacional 12 fica às margens do Parque Nacional Iguazú.
Alguns quilômetros adiante passamos reto em um trevo, nos despedindo da Ruta 12 que segue pela direita (direção a qual tomaremos amanhã), e seguimos pela Ruta 101 até acessar a estrada de acesso às cataratas.
Logo chegamos ao Parque Nacional Iguazú.
Formosa devidamente estacionada no local destinado à ela:
Andando pelo estacionamento encontramos este veículo com placas da Baixa Áustria, em alemão Niederösterreich, que é um estado do nordeste austríaco.
E em frente ao Parque Nacional Iguazú estacionava o Tucan Travel.
Bandeira celeste tremulando e um ônibus com adesivos do Messi chegando… é, estamos na República Argentina.
Sem mais delongas, nos dirigimos às bilheterias do parque.
Cataratas del Iguazú – Parque Nacional Iguazú
Local: Parque Nacional Iguazú | Puerto Iguazú – Misiones – Argentina
Telefone: +54 03757 491-469
E-mail: info@iguazuargentina.com
Site: https://iguazuargentina.com/
Funcionamento: Todos os dias das 8h00 às 18h00
Ingresso: $ 640,00 residentes do Mercosul
Estacionamento: $ 90,00 carros | $ 40,00 motos
Tempo médio de visitação: 1 dia
Assim que adentramos ao parque fomos direto comprar água, pois a temperatura já começava a aumentar. O valor da garrafa de 500ml de água dentro do parque é de $ 35,00 (algo em torno de R$ 7,70 na cotação do dia). Então fica a dica: leve água e comida, pois é permitido entrar com alimentos e bebidas no parque, e os valores praticados ali não são tão atrativos.
Após nos refrescar, fomos ao centro de visitantes Yvyrá Retá, local que abriga um museu.
Ali pudemos conhecer um pouco da história regional, sua fauna, flora e habitantes, além de receber um mapa com todas as trilhas e caminhos do Parque Nacional Iguazú.
Partimos para o início das caminhadas.
A primeira trilha que fizemos foi o Caminho Verde, ou, Sendero Verde.
O Sendero Verde tem 655 metros de extensão e, como seu nome indica, proporciona ao visitante o contato com uma ampla variedade de espécies vegetais.
O caminho termina no acesso à plataforma ferroviária da Estação Cataratas.
Nesta estação enfrentamos uma grande fila até embarcar no trem e seguir à Garganta do Diabo.
Enquanto aguardávamos na fila, ouvíamos pessoas falando em espanhol, português, francês, inglês, japonês e diversos outros idiomas que não conseguimos identificar.
Após uma espera de aproximadamente 30 minutos embarcamos no Trem Ecológico da Selva e seguimos em direção à Estação Garganta do Diabo.
Estacion Garganta Del Diablo:
Desembarcamos do trenzinho e fomos recebidos por um grupo de curiosos, e famintos, quatis.
Nesta estação, assim como nas demais, existe uma lanchonete, banheiros e mesas com cadeiras.
Seguimos para a caminhada em direção à Garganta do Diabo.
O caminho até a Garganta do Diabo tem 1.100 metros de extensão (2.200 ida e volta).
Durante o trajeto passamos por dentro da mata, cruzamos o Rio Iguaçu e atravessamos pequenas ilhas.
Em um determinado local do rio haviam vários peixes grandes.
Conforme nos aproximávamos do fim do percurso a aglomeração de pessoas aumentava e a cortina de água ficava mais visível.
Eis que chegamos ao fim da trilha: o Mirante da Garganta do Diabo.
A quantidade de pessoas na passarela e no mirante era elevada.
Mas aos poucos fomos nos aproximando e finalmente tivemos uma vista privilegiada desta maravilha da natureza.
Ficamos a poucos metros da majestosa Garganta do Diabo.
A Garganta do Diabo forma uma verdadeira muralha de água, é a queda com maior volume de água das Cataratas do Iguaçu, com uma altura superior a 80 metros, e está localizada exatamente na divisa entre o Brasil e a Argentina.
Barco de turismo acima da Garganta do Diabo e os andorinhões, que fazem seus ninhos nas rochas das cachoeiras.
O lado argentino proporciona uma vista superior da Garganta do Diabo, enquanto o lado brasileiro oferece uma vista de outro ângulo.
Optamos por visitar o lado argentino durante a expedição pois já conhecemos o lado brasileiro.
O lugar é magnífico, não existem palavras para expressar tamanha beleza desta linda obra da natureza.
Após nos encantar com a Garganta do Diabo retornamos até a estação para embarcar no trenzinho de volta à Estação Cataratas. Assim que acessamos o trem, conseguimos fotografar este belo pássaro:
Área administrativa e os tradicionais quatis:
Partimos então desbravar o Circuito Superior.
O Circuito Superior começa a 200 metros da Estação Cataratas, tem 1.750 metros de extensão e é composto por um percurso que proporciona a vista panorâmica de diversas cachoeiras.
Desta trilha é possível avistar os barcos que fazem a Aventura Náutica.
O Circuito Superior passa pelo Salto das Hermanas, Saltos Chico, Ramirez, Bosseti, Adão e Eva, Bernabé Mendez e Salto Mbiguá.
Dali é possível ver parte do Circuito Inferior.
Eventualmente conseguimos ver as trilhas e mirantes do lado brasileiro:
Que lugar maravilhoso!
É comum encontrar quatis por toda a extensão do parque, e alguns são bem curiosos.
O mais fabuloso das Cataratas do Iguaçu é conhecer a pequena nascente do rio em Curitiba – PR, saber que ele abraça as Gêmeas do Iguaçu (Porto União – SC e União da Vitória – PR), ganha volume durante seu percurso de 1.320km e se transforma nesta maravilha com aproximadamente 275 quedas de água, até se encontrar com as águas do Rio Paraná.
Encerramos o Circuito Superior, passamos por um farol e chegamos a um local de descanso com vários restaurantes, lanchonetes e banheiros.
Nesta área do parque vimos diversos monos (macacos).
Após uma breve pausa para nos hidratar e fazer um lanche, seguimos para o Paseo Inferior.
O Circuito Inferior tem um percurso de 1.750 metros e a primeira cascata que podemos ver durante o trajeto é o Salto Duas Irmãs.
Aos fundos é possível ver a Ilha San Martín, hoje os passeios até o local estavam fechados.
FredLee se molhando com as águas do Rio Iguaçu:
Este caminho leva também ao local de embarque para o passeio de barco Aventura Náutica.
A quantidade de água das Cataratas do Iguaçu impressiona, assim como o som provocado pelas quedas.
Seguimos pela trilha até o local de embarque nos barcos da Aventura Náutica.
Não poderíamos deixar nos aventurar pelas águas do Rio Iguaçu, então compramos os ingressos e fomos até o barco para o passeio.
Aventura Náutica – Iguazú Jungle
Local: Parque Nacional Iguazú | Puerto Iguazú – Misiones – Argentina
Telefone: +54 03757 421-696
E-mail: info@iguazujungle.com
Site: www.iguazujungle.com
Funcionamento: Todos os dias das 9h20 às 17h00
Ingresso: $ 450,00
Tempo médio de visitação: 30 minutos
Os barcos são operados por profissionais da empresa Iguazú Jungle. Inicialmente devemos colocar todos os pertences em uma bolsa oferecida pelos funcionários, para evitar que se molhem (motivo pelo qual não fotografamos durante o passeio).
Entramos no barco, escolhemos os assentos e partimos para a aventura. De início o barco parte em alta velocidade fazendo curvas fechadas pelas águas do Rio Iguaçu até parar para apreciarmos uma vista panorâmica das cataratas.
Na sequência outro piloto assume o barco, este nos leva para um passeio ao redor da Ilha San Martín e regressamos ao local onde havíamos parado para deslumbrar as cachoeiras… porém, desta vez o barco segue pelas altas ondas provocadas pelas quedas, passa muito próximo de várias pedras e se aproxima cada vez mais do Salto San Martín.
A queda de água forte e gelada nos atinge e o piloto conduz o barco até o mesmo encostar no paredão rochoso da cachoeira. Pronto, estamos batizados pelas águas do Iguaçu! Quanta emoção… é impossível transmitir em palavras a sensação, apenas passando pela experiência para entender.
A embarcação que nos levou pelo passeio estava repleta de estrangeiros e um grande número de argentinos, que cantavam e aplaudiam a todo momento, como se fosse uma partida de futebol.
Infelizmente não é oferecido serviço de fotografia do passeio para venda, mas assim que chegamos em terra firme fizemos a foto da vitória:
Finalizamos o Circuito Inferior, nos secamos no sol do fim de tarde e seguimos para a saída do parque, mas antes conseguimos ver e fotografar um lindo tucano.
Na saída do Parque Nacional Iguazú pequenos índios guaranis do Coro Mbya Huaraní se apresentavam e cantavam canções em sua língua nativa.
Todas as canções dos índios retratam a natureza, os animais e a importância de protegê-los e preservá-los, muito bonito.
A noite chegava quando subimos na Formosa e seguimos para o centro de Puerto Iguazú.
No centro da cidade experimentamos o famoso chorizo (contra filé) argentino. Saboroso!
Após o jantar caminhamos pelas ruas da cidade.
E rodamos até o Hito 3 Fronteras (Marco das 3 Fronteiras).
Estacionamos a Formosa em frente à praça onde fica o Marco das 3 Fronteiras e no local um grupo de índios com trajes típicos se apresentava com músicas andinas.
No Marco das Três Fronteiras do lado argentino ocorre um show com água e luzes. Segundo nos informaram o show acontece diariamente às 19h00, 20h00 e 21h00, tendo uma duração aproximada de 10 minutos. Chegamos perto das 21h00, então aguardamos o horário da apresentação, mas infelizmente não aconteceu. Perguntamos nas lojinhas de artesanato que ficam ao redor e nos falaram que não haveriam mais apresentações no dia.
Fizemos então uma foto do Marco das Três Fronteiras do lado brasileiro e regressamos ao nosso país após realizar os trâmites aduaneiros de saída da Argentina, desta vez mais rápido, pois não havia fila.
Olá
Parabéns pelas fotos
Estarei na argentina no final do ano….
Também quero fazer este passeio
Teria algumas dicas?… irei com uma cb500x
Bons ventos
Olá Alessandro!
O ideal é reservar um dia todo para conhecer as Cataratas do Iguaçu do lado argentino, pois o parque conta com várias trilhas que devem ser feitas com tranquilidade, apreciando o máximo possível a natureza. O passeio Aventura Náutica, onde tu vai navegar pelas águas do Rio Iguaçu e se molhar em algumas quedas das cataratas, é uma experiência única, vale a pena! Ah, se puder leve água, pois dentro do parque o valor da garrafinha é bem alto.
Durante a noite em Puerto Iguazú é bacana caminhar pelo centrinho da cidade, conhecer o Marco das Três Fronteiras (todas as noites no local ocorre o show de aguas danzantes, só não tenho certeza do horário, mas pelo que me lembre é às 20h30) e por fim jantar em um dos restaurantes na Avenida Brasil, onde pode-se apreciar um bom chorizo acompanhado por uma gelada cerveja argentina.
Se tu for para o Paraguai vale a pena conhecer o Salto Monday (https://fredleenaestrada.com.br/2018/12/24/dia-04-san-bernardino-cordillera-paraguai-a-puerto-iguazu-misiones-argentina/), é lindo e bem perto do centro de Ciudad del Este.
Em Foz do Iguaçu, além das cataratas (que proporcionam um outro ângulo de visão do lado argentino), é bacana visitar o Parque das Aves, Templo Budista e a Usina de Itaipu.
Se tu for avançar a viagem pela Ruta 12 na Argentina é válido conhecer as Missões Jesuítas (San Ignacio Miní, Loreto, Santa Ana e Santa María), com destaque para a Misión Jesuítica Guaraní San Ignacio Miní (240km de Puerto Iguazú) onde acontece o espetáculo de som e luzes todas as noites (https://fredleenaestrada.com.br/2016/09/26/dia-06-foz-do-iguacu-pr-a-san-ignacio-misiones-argentina/).
Caso esteja com tempo e possa explorar um pouco mais a região, vale conhecer o Parque Moconá, onde fica a maior queda d’água longitudinal do mundo, com aproximadamente 1.800 metros de extensão (https://fredleenaestrada.com.br/2017/09/23/dia-03-el-soberbio-misiones-argentina-a-obera-misiones-argentina/).
Enfim, é uma ótima viagem, sem dúvidas. Caso tenha mais alguma dúvida que possamos ajudar, sinta-se a vontade em comentar ou nos enviar um e-mail pela página de contato.
Boas estradas. Abraços,
Ahahahaha…. também tenho foto de “alguém” neste mesmo local “garganta do Diabo,tirada há uns 23 anos atrás….. será que você lembra? Passeio lindo de viver…. Saudades de vocês… Beijos….
Claro que lembro, era um pouco maior que o FredLee :) bjs…