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Dia 05: Cataratas del Iguazú – Parque Nacional Iguazú | Puerto Iguazú – Misiones – Argentina
25 de Setembro, 2016Partimos do hotel de Foz do Iguaçu nas primeiras horas da manhã do quinto dia da Expedição 2016: Missões – Yucumã para visitar as Cataratas do Iguaçu pelo lado argentino.
Debaixo de um lindo céu azul e uma manhã atípica em Foz, com os termômetros marcando apenas 15 °C, rodamos pelas ruas centrais da cidade.
Passamos ao lado de uma feirinha ecológica e da Igreja São João Batista, a mais antiga de Foz.
Em determinado momento as ruas que nos levariam até a Argentina estavam bloqueadas, então tivemos que avançar por ruas paralelas e enfrentar um trânsito pesado.
Desvio vencido retornamos à Avenida das Cataratas e entendemos o motivo da interdição de algumas ruas: acontecia neste domingo a 9ª Maratona Internacional Sesc de Foz do Iguaçu – PR.
A Avenida das Cataratas, que tem como ponto final o Parque Nacional do Iguaçu, onde estão localizadas as Cataratas do Iguaçu do lado brasileiro, é a mesma que nos leva até o trevo de acesso à Avenida Mercosul, a qual finda na Ponte Tancredo Neves, divisa entre o Brasil e a Argentina.
Devido à maratona apenas uma faixa da avenida de pista duplicada estava liberada e o congestionamento era considerável.
Mas, para nossa sorte, o maior fluxo era em direção às cataratas do lado brasileiro, ou seja, enfrentamos o congestionamento apenas até a intersecção com a Avenida Mercosul.
Já na Avenida Mercosul passamos pela aduana brasileira e cruzamos a Ponte Tancredo Neves, mais conhecida como Ponte Internacional da Fraternidade.
Inaugurada em 1985, a ponte sobre as águas do Rio Iguaçu possui 489 metros de extensão e metade dela está pintada com as cores verde e amarelo, enquanto o lado oposto está colorida com as cores branco e azul.
Ali fizemos uma breve pausa para registrar a primeira vez (esperamos que de muitas) do FredLee e da Formosa em território internacional.
Assim que chegamos na aduana argentina haviam cerca de 6 carros na fila em nossa frente. Aguardamos aproximadamente 30 minutos até chegar a nossa vez de ser atendidos.
O processo aduaneiro é simples, basta apresentar o passaporte (ou documento de identidade), documento da moto no nome do condutor ou garupa, carteira de habilitação e carta verde.
Informamos que iríamos visitar as Cataratas do Iguaçu e no início da noite retornaríamos ao Brasil, após a etapa dos documentos um guarda revistou os alforjes, que estavam praticamente vazios, e nos liberou para seguir o passeio.
Contornamos a cidade de Puerto Iguazú e seguimos pela Ruta Nacional 12.
Pela rodovia passamos em frente à Escuela Militar de Monte – Ejercito Argentino.
E logo começamos a margear o arborizado Parque Nacional Iguazú.
Alguns quilômetros adiante passamos reto em um trevo, nos despedindo da Ruta 12 que segue pela direita (direção a qual tomaremos amanhã), e seguimos pela Ruta Nacional 101 até acessar a estrada de acesso às cataratas.
Em instante chegamos ao principal atrativo do dia: o Parque Nacional Iguazú.
Ali deixamos a Formosa devidamente estacionada no local destinado à ela.
Ao caminhar pelo estacionamento vimos um veículo com placas da Baixa Áustria, em alemão Niederösterreich, que é um estado do nordeste austríaco.
E em frente ao Parque Nacional Iguazú estacionava o Tucan Travel, que foi seguido por um ônibus com adesivos do Lionel Messi.
Cataratas del Iguazú – Parque Nacional Iguazú
Local: Parque Nacional Iguazú | Puerto Iguazú – Misiones – Argentina
Telefone: +54 93757 674-714
E-mail: info@iguazuargentina.com
Site: https://iguazuargentina.com/
Funcionamento: Todos os dias das 8h00 às 18h00
Ingresso: $ 2500
Estacionamento: $ 240 carros | $ 120 motos
Tempo médio de visitação: 8 horas
Sem mais delongas nos dirigimos às bilheterias do parque.
Assim que adentramos ao parque fomos direto comprar água, pois a temperatura já começava a aumentar.
O valor da garrafa de água mineral de 500ml dentro do parque é de $ 35,00 (algo em torno de R$ 7,70 na cotação do dia). Então fica a dica: leve água e comida, pois é permitido entrar com alimentos e bebidas no parque, e os valores praticados ali não são tão atrativos.
Após nos refrescar seguimos para o centro de visitantes Yvyrá Retá, onde existe um pequeno museu.
Ali pudemos conhecer um pouco da história regional, sua fauna, flora e habitantes, além de receber um mapa com todas as trilhas e caminhos do Parque Nacional Iguazú.
Conhecido o museu partimos para o início das caminhadas.
A primeira trilha que fizemos foi o Caminho Verde.
O Sendero Verde tem 655 metros de extensão e, como é de se imaginar, proporciona ao visitante o contato com uma área verde repleta de espécies vegetais.
O percurso termina no acesso à plataforma ferroviária da Estação Cataratas.
Nesta estação enfrentamos uma grande fila até embarcar no trem que nos leva até o início da trilha da famosa Garganta do Diabo.
Enquanto aguardávamos na fila ouvíamos pessoas falando em espanhol, português, francês, inglês, japonês, mandarim e diversos outros idiomas que não conseguimos identificar.
Após uma espera de aproximadamente 30 minutos embarcamos no Trem Ecológico da Selva e seguimos em direção à Estação Garganta do Diabo.
Uma vez na Estacion Garganta Del Diablo desembarcamos do trenzinho e fomos recebidos por um grupo de curiosos, e famintos, quatis.
O quati é um simpático mamífero, também conhecido como tamanduá palito, que está distribuído desde o Arizona até o norte argentino.
A palavra quati é derivada do termo tupi akwa’tim, que significa “nariz pontudo”.
Pois bem, além dos animaizinhos com nariz pontudo, nesta estação, assim como nas demais, existe uma lanchonete, banheiros e mesas com cadeiras.
Dali avançamos em direção à Garganta do Diabo.
O caminho até a Garganta do Diabo tem 1.100 metros de extensão (2.200 ida e volta).
Durante o trajeto, que é realizado por uma passarela suspensa, passamos por dentro da mata, por cima das águas do Rio Iguaçu e atravessamos pequenas ilhas.
Conforme nos aproximávamos do fim do percurso a aglomeração de pessoas aumentava e a cortina de água ficava mais visível.
Eis que chegamos ao fim da trilha: o Mirante da Garganta do Diabo.
A quantidade de pessoas na passarela e no mirante era elevada.
Mas aos poucos fomos nos aproximando e finalmente tivemos uma vista privilegiada desta maravilha da natureza.
Ficamos a poucos metros da majestosa Garganta do Diabo.
A Garganta do Diabo forma uma verdadeira muralha de água, sendo a queda com maior volume de água das Cataratas do Iguaçu.
Ela possui uma altura superior a 80 metros e está localizada exatamente na divisa entre o Brasil e a Argentina.
O lado argentino proporciona uma vista da parte superior da Garganta do Diabo, enquanto o lado brasileiro oferece uma vista de outro ângulo.
Durante a Expedição 2016 optamos por visitar o lado argentino pois visitamos o lado brasileiro em 2006.
O lugar é surpreendente, impressionante… não existem palavras para expressar tamanha beleza desta linda obra da natureza.
Passamos vários minutos apreciando e nos encantando com a magnífica Garganta do Diabo.
Até nos despedirmos do local e caminhar de volta à estação para embarcar no trenzinho sentido Estação Cataratas.
Assim que acessamos o trem conseguimos fotografar uma colorida gralha-picaça, também chamada de gralha-de-crista-negra.
De volta à estação partimos explorar outra trilha, desta vez o Circuito Superior.
O Circuito Superior começa a 200 metros da Estação Cataratas.
Ele tem 1.750 metros de extensão e é composto por um percurso que proporciona a vista panorâmica de diversas cachoeiras.
Desta trilha é possível avistar os barcos que fazem o passeio denominado Aventura Náutica.
O Circuito Superior passa pelo Salto das Hermanas, Saltos Chico, Ramirez, Bosseti, Adão e Eva, Bernabé Mendez e Salto Mbiguá.
Em determinados pontos da trilha é possível ver parte do Circuito Inferior.
Eventualmente também conseguimos ver trechos das trilhas e alguns mirantes do lado brasileiro.
Que lugar maravilhoso!
É comum encontrar quatis por toda a extensão do parque, afinal de contas, é o habitat natural dele.
O mais fabuloso das Cataratas do Iguaçu é conhecer a pequena nascente do rio em Curitiba – PR e saber que ele abraça as Gêmeas do Iguaçu, nossas cidades natais, Porto União – SC e União da Vitória – PR.
Durante seu percurso de 1.320km ele ganha volume e se transforma nesta maravilha com aproximadamente 275 quedas de água, até se encontrar com as águas do Rio Paraná a cerca de 20 quilômetros deste ponto.
Ao encerrar a caminhada pelo Circuito Superior passamos por um farol e chegamos em um local de descanso com vários restaurantes, lanchonetes e banheiros.
Nesta área do parque vimos diversas espécies de pássaros, quatis e alguns monos (macacos).
Após uma breve pausa para nos hidratar e fazer um lanche, seguimos para o Paseo Inferior.
O Circuito Inferior tem um percurso de 1.750 metros e a primeira cascata que podemos ver durante o trajeto é o Salto Duas Irmãs.
A quantidade de água das Cataratas do Iguaçu impressiona, assim como o som provocado pelas quedas.
Aliás, devido à cheia atual do Rio Iguaçu os passeios pelas trilhas da Ilha San Martín, a qual podemos ver de diversos pontos, estão fechados.
O Circuito Inferior avança pela mata e segue até o local de embarque para o passeio de barco Aventura Náutica, e é claro que não poderíamos deixar nos aventurar pelas águas do Rio Iguaçu, então compramos os ingressos e fomos até o barco para o passeio.
Aventura Náutica – Iguazú Jungle
Local: Parque Nacional Iguazú | Puerto Iguazú – Misiones – Argentina
Telefone: +54 93757 403-372
E-mail: info@iguazujungle.com
Site: http://www.iguazujungle.com/por/
Funcionamento: Todos os dias das 8h00 às 17h00
Ingresso: $ 2500
Tempo médio de visitação: 30 minutos
Os barcos são operados por profissionais da empresa Iguazú Jungle. Inicialmente devemos colocar todos os pertences em uma bolsa impermeável para evitar que se molhem (motivo pelo qual não fotografamos durante o passeio).
Entramos no barco, escolhemos os assentos e partimos para a aventura. De início o barco parte em alta velocidade fazendo curvas fechadas pelas águas do Rio Iguaçu até parar para apreciarmos uma vista panorâmica das cataratas.
Na sequência outro piloto assume o barco, este nos leva para um passeio ao redor da Ilha San Martín e regressamos ao local onde havíamos parado para deslumbrar as cachoeiras… porém, desta vez o barco segue pelas altas ondas provocadas pelas quedas, passa muito próximo de várias pedras e se aproxima cada vez mais do Salto San Martín.
A queda de água forte e gelada nos atinge e o piloto conduz o barco até o mesmo encostar no paredão rochoso da cachoeira. Pronto, estamos batizados pelas águas do Iguaçu! Quanta emoção… é impossível transmitir em palavras a sensação, apenas passando pela experiência para entender.
A embarcação que nos levou pelo passeio estava repleta de estrangeiros e um grande número de argentinos, que cantavam e aplaudiam a todo momento, como se fosse uma partida de futebol.
Infelizmente não é oferecido serviço de fotografia do passeio para venda, mas assim que chegamos em terra firme fizemos as fotos da vitória.
De corpo e alma lavada finalizamos o Circuito Inferior, nos secamos no Sol do fim de tarde e seguimos para a saída do parque, mas antes conseguimos ver e fotografar um lindo tucano.
Na saída do Parque Nacional Iguazú pequenos índios guaranis do Coro Mbya Guaraní se apresentavam e cantavam canções em sua língua nativa.
Todas as canções dos índios retratam a natureza, os animais e a importância de protegê-los e preservá-los, muito bonito e educativo.
A noite se aproximava quando subimos na Formosa e seguimos para o centro de Puerto Iguazú.
No centro da cidade experimentamos o famoso bife de chorizo argentino, estava saboroso!
Após o jantar caminhamos pelas ruas centrais da cidade.
E rodamos até o Hito 3 Fronteras (Marco das 3 Fronteiras).
Estacionamos a Formosa em frente à praça onde fica o Marco das 3 Fronteiras e no local um grupo de índios com trajes típicos se apresentava com músicas andinas.
No Marco das Três Fronteiras do lado argentino ocorre um show com água e luzes. Segundo nos informaram o show acontece diariamente às 19h00, 20h00 e 21h00, tendo uma duração aproximada de 10 minutos. Chegamos perto das 21h00, então aguardamos o horário da apresentação, mas infelizmente não aconteceu. Perguntamos nas lojinhas de artesanato que ficam ao redor e nos falaram que não haveriam mais apresentações no dia.
Fizemos então uma foto do Marco das Três Fronteiras do lado brasileiro e regressamos ao nosso país após realizar os trâmites aduaneiros de saída da Argentina, desta vez mais rápido, pois não havia fila.
Já em terras tupiniquins fomos descansar e se preparar para amanhã retornar à Argentina ;)
Oba! Já são 4 comentários nesta postagem!
Olá
Parabéns pelas fotos
Estarei na argentina no final do ano….
Também quero fazer este passeio
Teria algumas dicas?… irei com uma cb500x
Bons ventos
Olá Alessandro!
O ideal é reservar um dia todo para conhecer as Cataratas do Iguaçu do lado argentino, pois o parque conta com várias trilhas que devem ser feitas com tranquilidade, apreciando o máximo possível a natureza. O passeio Aventura Náutica, onde tu vai navegar pelas águas do Rio Iguaçu e se molhar em algumas quedas das cataratas, é uma experiência única, vale a pena! Ah, se puder leve água, pois dentro do parque o valor da garrafinha é bem alto.
Durante a noite em Puerto Iguazú é bacana caminhar pelo centrinho da cidade, conhecer o Marco das Três Fronteiras (todas as noites no local ocorre o show de aguas danzantes, só não tenho certeza do horário, mas pelo que me lembre é às 20h30) e por fim jantar em um dos restaurantes na Avenida Brasil, onde pode-se apreciar um bom chorizo acompanhado por uma gelada cerveja argentina.
Se tu for para o Paraguai vale a pena conhecer o Salto Monday (http://fredleenaestrada.com.br/2018/12/24/dia-04-san-bernardino-cordillera-paraguai-a-puerto-iguazu-misiones-argentina/), é lindo e bem perto do centro de Ciudad del Este.
Em Foz do Iguaçu, além das cataratas (que proporcionam um outro ângulo de visão do lado argentino), é bacana visitar o Parque das Aves, Templo Budista e a Usina de Itaipu.
Se tu for avançar a viagem pela Ruta 12 na Argentina é válido conhecer as Missões Jesuítas (San Ignacio Miní, Loreto, Santa Ana e Santa María), com destaque para a Misión Jesuítica Guaraní San Ignacio Miní (240km de Puerto Iguazú) onde acontece o espetáculo de som e luzes todas as noites (http://fredleenaestrada.com.br/2016/09/26/dia-06-foz-do-iguacu-pr-a-san-ignacio-misiones-argentina/).
Caso esteja com tempo e possa explorar um pouco mais a região, vale conhecer o Parque Moconá, onde fica a maior queda d’água longitudinal do mundo, com aproximadamente 1.800 metros de extensão (http://fredleenaestrada.com.br/2017/09/23/dia-03-el-soberbio-misiones-argentina-a-obera-misiones-argentina/).
Enfim, é uma ótima viagem, sem dúvidas. Caso tenha mais alguma dúvida que possamos ajudar, sinta-se a vontade em comentar ou nos enviar um e-mail pela página de contato.
Boas estradas. Abraços,
Ahahahaha…. também tenho foto de “alguém” neste mesmo local “garganta do Diabo,tirada há uns 23 anos atrás….. será que você lembra? Passeio lindo de viver…. Saudades de vocês… Beijos….
Claro que lembro, era um pouco maior que o FredLee :) bjs…
Estamos ansiosos para ler tudo aquilo que tu tem para dizer! É chegado o momento de abrir este coração e compartilhar tua opinião, crítica (exceto algo desfavorável à imagem da Formosa), elogio, filosofar a respeito da vida ou apenas sinalizar que chegou até aqui ;)
Mas atenção, os campos marcados com * são de preenchimento obrigatório, pois assim mantemos (ou tentamos manter) o blog bonitinho, livre de robôs indevidos.
Ah, relaxe, seu endereço de e-mail será mantido sob sigilo total (sabemos guardar segredos, palavra de escoteiro) e não será publicado.