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Trilha do Morro das Aranhas e Praia do Moçambique em Florianópolis – SC
5 de Junho, 2021Descubra a beleza natural de Florianópolis em uma aventura inesquecível: percorra a Trilha do Morro das Aranhas e explore a encantadora rota da Praia do Santinho até a Praia do Moçambique.
O sábado brindou-nos com um cenário pitoresco na Ilha da Magia, onde o sol despontava entre nuvens, sinalizando um dia perfeito para explorar as maravilhas naturais da capital catarinense. Enquanto saboreávamos nosso café da manhã, entusiasmados, decidimos dedicar o dia à emocionante Trilha do Morro das Aranhas, localizada no sul de Florianópolis. Além disso, planejamos desbravar a trilha que se inicia na encantadora Praia do Santinho e estende-se até a serena Praia do Moçambique, proporcionando uma jornada fascinante pela célebre Ponta das Aranhas.
Assim, após desfrutarmos de um café da manhã reforçado, embarcamos na Formosa e iniciamos nossa jornada a partir do centro de Floripa, seguindo pela Avenida Beira Mar Norte.
Ao acessarmos a rodovia estadual SC-401, densas nuvens dominaram o céu, no entanto, sem nos deixarmos desanimar, continuamos nossa jornada decididos a seguir em frente.
Após percorrer alguns quilômetros, optamos por deixar a SC-401 para seguir pela SC-403, uma escolha que nos conduziu até o encantador Bairro dos Ingleses.
Em poucos minutos a partir dali, alcançamos o Bairro Santinho, ponto inicial de nossa empolgante caminhada do dia.
Estacionamos a moto na Rua Raul Pereira Caldas, que oferece uma vista deslumbrante da Praia do Santinho. Assim que retiramos os capacetes, fomos recebidos pelo gracioso som de gralhas azuis, que pareciam nos dar as boas-vindas ao local.
Com as mochilas firmemente nas costas, dirigimo-nos à Praia do Santinho, onde as poderosas ondas do mar aberto encontram uma extensa faixa de areia com aproximadamente 2 quilômetros de extensão.
Continuamos a caminhada pelas finas areias da Praia do Santinho em direção à sua ponta direita, onde se inicia uma trilha sinuosa que serpenteia o costão rochoso, aos pés de um morro imponente.
O nome “Santinho” passou a figurar nos mapas impressos a partir da década de 1970.
A origem do nome deu-se quando um grupo de pescadores descobriu, no costão rochoso da praia, um conjunto de pedras ornamentadas com diversos desenhos. Entre eles, destacava-se uma figura humana adornada por uma forma circular semelhante a uma auréola na altura da cabeça, que rapidamente recebeu o nome de “Santinho“.
Os pescadores e moradores locais, impressionados com a descoberta, começaram a cultuar a imagem, realizando rituais como acender velas, rezar e fazer pedidos de proteção para as suas jornadas no mar.
Em 1944, o jesuíta, professor e arqueólogo brasileiro João Alfredo Rohr, acompanhado de sua equipe, dirigiu-se ao local, onde removeram a pedra e a transportaram para o Museu do Colégio Catarinense. Este museu, mais tarde renomeado como Museu do Homem do Sambaqui, está localizado em Florianópolis.
O ato gerou revolta na comunidade, dividindo opiniões entre os arqueólogos. Curiosamente, alguns meses após a remoção da pedra, ela misteriosamente desapareceu, deixando um rastro de mistério e especulações.
Atualmente, tem-se o conhecimento de que a inscrição rupestre em questão, juntamente com várias outras que permanecem no local, constituem um dos maiores sítios arqueológicos da ilha catarinense. Estima-se que essas inscrições datem de um período que abrange possivelmente de 1.000 a 4.000 anos atrás.
Neste local, foi estabelecido o Museu Arqueológico ao Ar Livre Costão do Santinho, onde placas direcionam os visitantes aos petroglifos. Essas inscrições apresentam motivos circulares concêntricos com pontos ou com X no centro, linhas onduladas paralelas e figuras estilizadas de pessoas e animais.
Antes de ser denominado como Santinho, o local era conhecido como Praia das Aranhas, em referência a um arquipélago situado a poucos metros da praia, onde a presença abundante e diversificada de aracnídeos é notável.
Na atualidade, apenas o morro localizado na ponta sul da praia é denominado Morro das Aranhas, sendo esta a primeira trilha que exploraremos hoje.
Trilha do Morro das Aranhas
Explore a Trilha do Morro das Aranhas, que percorre aproximadamente 1.400 metros pelo Morro das Aranhas, imersa na vegetação característica da Mata Atlântica. Ao atingir o ponto final, surpreenda-se com uma vista surreal que abrange a Praia do Santinho, Praia dos Ingleses, Rio Vermelho, Praia do Moçambique e a Ilha das Aranhas.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar na Trilha do Morro das Aranhas partindo do centro de Florianópolis – Santa Catarina – Brasil:
Contatos da Trilha do Morro das Aranhas
- Endereço: Costão direito da Praia do Santinho | Florianópolis – Santa Catarina – Brasil
Horários de Funcionamento
- Todos os dias: 00h00 às 24h00
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Informações da Trilha
Extensão, tempo e nível de dificuldade da trilha:
- Percurso: A trilha possui uma extensão de 2.200 metros (ida e volta).
- Duração: A média de tempo para completar a trilha é de 1 hora e 30 minutos (ida e volta).
- Nível de Dificuldade: O nível de dificuldade varia de leve a moderado.
A trilha que conduz ao topo do Morro das Aranhas tem início a poucos metros do Museu Arqueológico ao Ar Livre Costão do Santinho, exatamente em uma bifurcação. Seguindo em direção à mata, o caminho leva ao topo do morro, enquanto, contornando a costa, avança até a deslumbrante Praia de Moçambique.
Vale lembrar que, em 1999, foi estabelecida a Unidade de Conservação – Reserva Particular do Patrimônio Natural Morro das Aranhas.
Esta reserva desfruta de uma posição privilegiada, circundada por diversos ecossistemas naturais protegidos, assim como uma notável diversidade de solos, fauna e flora. Seu plano de manejo visa promover a educação, a pesquisa, as práticas de aventura e o turismo sustentável.
Iniciamos a caminhada pela íngreme Trilha Ecológica do Morro das Aranhas, claramente demarcada e envolta pela exuberante Mata Atlântica, com suas magníficas espécies características de fauna e flora.
Avançamos com cautela pelo caminho, revestido por um pavimento bastante liso, coberto por folhas e pontilhado por raízes expostas que se entrelaçam a algumas pedras.
Até que, entre uma pausa e outra para nos hidratar, alcançamos o cume do Morro das Aranhas, que ostenta uma altitude de 246 metros.
Ao atingir o topo, deparamo-nos com uma encruzilhada, onde dois caminhos se ramificam da trilha principal, cada um conduzindo a um mirante natural distinto.
Inicialmente, optamos pelo caminho da direita e, a poucos passos, nos deparamos com um cenário encantador. Entre um instante e outro, contudo, o panorama era completamente ocultado por uma densa cerração que se formava rapidamente na base da montanha. Num piscar de olhos, o Morro das Aranhas era encoberto pela neblina.
Saboreamos algumas bergamotas, preparamos um tereré caprichado, utilizando as cascas das frutas cítricas, e nos acomodamos no topo de uma pedra.
Entre uma forte rajada de vento e outra, a paisagem à nossa frente se descortinava, revelando uma vista maravilhosa.
Do local, conseguimos contemplar toda a extensão da Praia do Santinho, Praia dos Ingleses e parte de Canasvieiras.
Desfrutamos da vista por alguns minutos e, em seguida, retornamos até a encruzilhada, onde nos dirigimos ao segundo mirante natural.
Este segundo mirante nos presenteia com uma vista privilegiada da extensa Praia do Moçambique e da bela Lagoa da Conceição.
Além disso, contemplamos o verdadeiro mar de dunas que se estende dos Ingleses até o Moçambique, formando um incrível corredor dourado entre os morros verdejantes do norte da Ilha da Magia.
A vista é realmente surreal, e certamente, deve ser ainda mais deslumbrante em dias de tempo aberto e céu azul.
Revigorados e devidamente hidratados, começamos a descida do Morro das Aranhas, também conhecido como Morro do Santinho.
Retornamos pela mesma trilha até chegarmos à primeira bifurcação, onde, desta vez, seguimos para a segunda trilha do dia: a Trilha da Praia de Moçambique.
Trilha da Praia do Santinho para a Praia do Moçambique
Deixe-se surpreender pela vista deslumbrante proporcionada pelo incrível caminho que abraça a RPPN Morro das Aranhas através da Trilha da Praia do Santinho para a Praia do Moçambique.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar na Trilha da Praia do Santinho à Praia do Moçambique partindo do centro de Florianópolis – Santa Catarina – Brasil:
Contatos da Trilha da Praia do Santinho para a Praia do Moçambique
- Endereço: Costão direito da Praia do Santinho | Florianópolis – Santa Catarina – Brasil
Horários de Funcionamento
- Todos os dias: 00h00 às 24h00
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Informações da Trilha
Extensão, tempo e nível de dificuldade da trilha:
- Percurso: A trilha possui uma extensão de 2.600 metros (somente ida).
- Duração: A média de tempo para completar a trilha é de 1 hora e 30 minutos (somente ida).
- Nível de Dificuldade: O nível de dificuldade varia de leve a moderado.
Assim que começamos a Trilha do Santinho – Moçambique, ficou evidente que os cenários ao longo do percurso seriam de tirar o fôlego, uma vez que o caminho segue beirando o mar praticamente durante toda a sua extensão.
Apenas alguns passos foram suficientes para nos depararmos com um local paradisíaco, perfeito para uma pausa alimentar, especialmente considerando que os ponteiros do relógio já ultrapassavam o meio-dia.
Sentados em enormes pedras, saboreamos um delicioso sanduíche, tendo como plano de fundo a natureza em sua forma mais sublime. O som das ondas do mar quebrando no costão rochoso, os eventuais cantos de pássaros e a agradável brisa que agitava a mata ao nosso redor completaram a experiência.
Enquanto nos alimentávamos, o tempo foi abrindo, o sol surgindo, e fomos agraciados ao testemunhar um cardume de tainhas passar diante de nós. Grandes e esbeltos peixes saltavam repentinamente entre uma onda e outra, adicionando um espetáculo natural à nossa experiência.
Com o cardume seguindo seu rumo, retomamos nossa caminhada em direção ao sul.
De tempos em tempos, nos víamos compelidos a fazer pequenas pausas, permitindo-nos contemplar a beleza natural que se revelava a cada trecho vencido da trilha.
Ao longo do percurso, passamos por algumas barraquinhas utilizadas pelos pescadores para avistar cardumes de tainhas.
Avistamos diversos barcos pesqueiros e nos maravilhamos com o arquipélago das Ilhas das Aranhas.
Em certo ponto da trilha, deparamo-nos com uma pedra de grandes proporções, localizada bem próxima ao mar, com um formato semelhante ao de uma poltrona. Que lugar incrível para relaxar, não é mesmo?
Mais adiante, a trilha adentra uma área de mata fechada, afastando-se um pouco do litoral.
Entretanto, ela logo retorna a acompanhar as águas e gradualmente uma das maiores praias em extensão de Florianópolis vai surgindo timidamente.
A Praia de Moçambique, com cerca de 13 quilômetros de extensão, recebe esse nome devido ao seu habitante característico, o molusco Donax Hanleyanus, mais conhecido como moçambique.
Este local de beleza natural intocada faz parte do Parque Estadual do Rio Vermelho, uma reserva abrangendo aproximadamente 1.532 hectares.
As amplas e agitadas ondas da Praia do Moçambique atraem numerosos surfistas à região.
Além dos surfistas, há também aqueles que buscam escapar da agitação das praias mais movimentadas, encontrando na Praia do Moçambique todo o sossego e tranquilidade desejados.
No canto esquerdo da Praia de Moçambique, aproveitamos para fazer outro tereré, saborear as bananas da vitória e desfrutar da energia local por algum tempo.
Aliás, esse trecho específico da praia é conhecido como Canto das Aranhas, sendo o local que inspirou o nome da famosa banda manezinha Dazaranha.
Dazaranha é uma das nossas bandas favoritas, não apenas pela qualidade sonora, mas também pelas letras que nos fazem refletir sobre diversos temas e retratam as maravilhas de Florianópolis, SC.
Já perdi as contas de quantas vezes me encontrei rodando com a Formosa, entoando algumas músicas do Daza, aproveitando a sensação única que apenas o vento no peito e a liberdade de pilotar uma moto são capazes de proporcionar.
Caso você ainda não conheça o Dazaranha, está convidado a ouvir algumas das músicas que a banda gravou em parceria com a Camerata Florianópolis (que dispensa comentários). Clique aqui e sinta o som.
À medida que o fim do dia se aproximava, despedimo-nos da Praia de Moçambique e retornamos à Praia do Santinho, seguindo pelo mesmo trajeto da ida.
De volta ao Santinho, nos hidratamos com uma água de coco refrescante e saborosa, colocamos os capacetes e iniciamos nosso retorno ao centro da capital catarinense.
Acompanhamos o pôr do sol ao longo da rodovia SC-403 e decidimos fazer uma breve parada no movimentado centrinho de Santo Antônio de Lisboa.
Dali, seguimos contornando a costa e passamos pelo Cacupé, onde é possível apreciar um dos mais belos pores do sol da ilha.
Já na Beira Mar Norte, testemunhamos uma mescla de tonalidades colorindo o céu durante o crepúsculo.
Para encerrar o dia com chave de ouro, decidimos fazer uma caminhada pela Ponte Hercílio Luz no meio da noite, uma vez que a Formosa não podia nos acompanhar.
Despertamos logo cedo no domingo, preparamos um desjejum revigorante, organizamos nossas bagagens na Formosa e, sob a vigilância da lua, iniciamos nossa jornada a partir do coração de Florianópolis – SC.
Na penumbra suave do amanhecer, atravessamos a icônica Ponte Colombo Salles, um dos principais símbolos de Florianópolis, SC.
Enquanto nos despedíamos da encantadora Ilha da Magia, a primeira luz do dia começava a iluminar as águas calmas que cercam a cidade, criando um momento de beleza singular.
Com um trânsito tranquilo, provavelmente devido ao horário, progredimos ágilmente pela BR-282. Em seguida, entramos na rodovia duplicada BR-101, seguindo por ela até Palhoça, onde retomamos nossa viagem pela BR-282.
Continuamos nossa jornada pela BR-282, passando por Santo Amaro da Imperatriz e Águas Mornas, e começamos a subida pela Serra Catarinense.
Conforme ganhávamos altitude, o dia começava a clarear, e pelo retrovisor, tivemos o privilégio de assistir ao espetacular nascer do sol.
Ao ultrapassar os 800 metros de altitude, adentramos o município de Rancho Queimado, onde fomos acolhidos por um vento frio característico da região.
Prosseguimos viagem, envolvidos pelo agradável frio e rodeados por um cenário fascinante ao longo da BR-282.
À medida que o tempo passava, o tráfego na rodovia aumentava.
Na Serra da Boa Vista, situada a 1.057 metros acima do nível do mar, fizemos uma pausa para apreciar e fotografar o nascer do sol, que iluminava o horizonte e tingia o céu com um espetáculo de cores e tonalidades.
Retomamos nossa viagem pela estrada, notando um aumento no número de motociclistas, a maioria deles viajando na direção contrária à nossa.
Continuamos nossa rota, passando por Alfredo Wagner e Bom Retiro. Neste trecho, o céu foi dominado por nuvens carregadas e uma densa névoa surgiu à nossa frente, alterando a paisagem.
Com o aumento do frio, fizemos uma parada após o entroncamento da BR-282 com a SC-101, que leva a Urubici. Aproveitamos para fazer uma refeição e nos aquecer com um café serrano em uma lanchonete local.
Antes de retomar a viagem, preparamos-nos para as condições climáticas vestindo capas de chuva. Esta decisão se mostrou acertada, pois além de nos proteger do frio, evitou a necessidade de uma parada extra, já que logo enfrentamos chuva na estrada.
Entre intervalos de chuva, prosseguimos até Lages, onde fizemos uma parada para abastecer a Formosa. Após isso, continuamos nossa jornada pela BR-282.
Em Erval Velho, fizemos uma parada para uma refeição. Com o estômago satisfeito, retomamos a viagem sob chuva constante, passando pelos municípios de Joaçaba, Catanduvas, Irani, Concórdia, até chegar ao nosso destino final, Erechim.
Trajeto percorrido no dia:
Oba! Já são 2 comentários nesta postagem!
Valeu, parte dessa trilha conheço, saudades valeu mais um vez pela lindas fotos…
Lugares mágicos da Ilha da Magia ;)
Estamos ansiosos para ler tudo aquilo que tu tem para dizer! É chegado o momento de abrir este coração e compartilhar tua opinião, crítica (exceto algo desfavorável à imagem da Formosa), elogio, filosofar a respeito da vida ou apenas sinalizar que chegou até aqui ;)
Mas atenção, os campos marcados com * são de preenchimento obrigatório, pois assim mantemos (ou tentamos manter) o blog bonitinho, livre de robôs indevidos.
Ah, relaxe, seu endereço de e-mail será mantido sob sigilo total (sabemos guardar segredos, palavra de escoteiro) e não será publicado.