Dia 32: Guarapuava – PR a Erechim – RS

O domingo amanheceu com Sol entre nuvens na cidade de Guarapuava – PR.

Nas primeiras horas da manhã fizemos o desjejum e na sequência carregamos a Formosa pela última vez durante a Expedição 2020: Belas Rotas.

Partimos da cidade paranaense antes das 7h30 pela rodovia PR-170.

Seguimos pela estrada estadual cercados por amplas áreas de plantio.

Após rodar aproximadamente 50km chegamos em Pinhão.

O município localizado a 1.041 metros acima do nível do mar abriga atualmente cerca de 30.000 habitantes.

Seu nome surgiu em virtude das extensas e belas matas de Araucária, que ocupavam praticamente todo o território que hoje compreende o município.

Rodamos pelas ruas centrais da cidade e paramos para uma foto em frente à prefeitura municipal e depois na frente da Igreja Espírito Santo.

Na sequência retornamos à rodovia e aos poucos o azul do céu começou a perder espaço para cinzentas nuvens que surgiam no horizonte.

Passamos por uma área encoberta por neblina e logo chegamos em Faxinal do Céu, ainda no município de Pinhão.

Faxinal do Céu é uma vila residencial fundada pela Copel – Companhia Paranaense de Energia para alojar os mais de 15.000 trabalhadores que atuaram na construção da primeira usina hidrelétrica instalada ao longo do Rio Iguaçu, a Usina Hidrelétrica de Foz do Areia.

A usina teve sua construção iniciada no ano de 1975 e entrou em operação em 1980, seu nome oficial é Usina Bento Munhoz da Rocha Netto, uma homenagem ao fundador da Copel.

É a maior usina hidrelétrica operada pela companhia e atua com quatro unidades geradoras de 419 MW de potência cada.

Uma vez na vila passamos pela Capela Senhor Bom Jesus.

E fomos até seu principal atrativo, o Jardim Botânico de Faxinal do Céu.

O Jardim Botânico de Faxinal do Céu nasceu em 1974, quando a Copel destinou uma área de 10 hectares para produzir mudas florestais, visando recuperar as áreas degradadas em decorrência da construção da usina hidrelétrica.

Jardim Botânico de Faxinal do Céu

Local: Faxinal do Céu | Pinhão – PR
Telefone: (42) 3309-2250
E-mail: jbfaxinaldoceu@gmail.com
Funcionamento: Todos os dias das 8h00 às 18h00
Ingresso: Gratuito
Tempo médio de visitação: 2 horas

Ao longo dos anos novas espécies foram sendo introduzidas no local, que aos poucos foi se ampliando.

Até se tornar no maravilhoso Jardim Botânico atual, o qual abrange uma área de 152 hectares.

Ali é possível encontrar uma reserva da vegetação nativa dominada pelo pinheiro-do-paraná, chamado de curiirama pelos nativos e Araucaria Angustifolia pelos botânicos, a imbuia (Ocotea Porosa) e a erva-mate (Ilex Paraguariensis), todos ameaçados de extinção.

Além de centenas de outras espécies das mais variadas formas e origens.

Com destaque para uma importante coleção de plantas ornamentais floríferas, os rododendrons e azaléas, com mais de 80 variedades que enriquecem a beleza local principalmente nos meses de agosto e setembro, época de sua intensa florada.

Também encontramos no local inúmeras espécies e variedades de plantas oriundas do hemisfério norte, que vão desde plantas rasteiras até grandes árvores como a sequoia.

O Jardim Botânico de Faxinal do Céu tem como objetivo informar a população sobre as inúmeras funções desempenhadas pelas florestas e rios.

Além de ser um importante instrumento de educação e conscientização da biodiversidade.

A vontade de percorrer as inúmeras trilhas do agradável jardim botânico era grande, porém, restavam mais alguns quilômetros até Erechim – RS, nosso destino do dia.

Retornamos então ao centro de visitantes, onde a Formosa nos aguardava ansiosa por voltar à estrada.

Assim nos despedimos de Faxinal do Céu, um local incrível que permanece em nossa listinha de lugares a serem visitados, na próxima vez com mais tempo.

De volta à rodovia PR-170 seguimos poucos quilômetros até chegar na barragem da Usina Bento Munhoz da Rocha Netto.

Barragem esta que foi a primeira a ser construída no Brasil e a maior do mundo no gênero na época, com 160 metros de altura e 828 metros de comprimento.

Seis comportas controlam a passagem da água através de condutos forçados, em túnel, que terminam na casa de força.

O vertedouro, tipo calha, escavado a céu aberto, foi projetado para uma descarga máxima de 11.000 m3/s.

Cerca de 40 quilômetros após cruzar a barragem chegamos em Bituruna.

Rapidamente cruzamos o centro da cidade que é tida como a Capital Paranaense do Vinho.

E minutos depois fomos obrigados a parar às margens da rodovia estadual para vestir as capas de chuva, uma vez que os primeiros pingos do dia começaram a se fazer presente.

Desta forma chegamos no entroncamento com a rodovia BR-153.

Pela Rodovia Transbrasiliana deixamos o estado paranaense e cruzamos a divisa com Santa Catarina, onde um verdadeiro temporal veio nos encontrar, e com ele rodamos até Erechim – RS.

O lado positivo é que Erechim estava sofrendo com a estiagem há mais de 30 dias, e nós chegamos na cidade juntamente com a tão aguardada chuva.

Molhados, cansados, mas com um sorriso sem igual dentro dos capacetes chegamos em casa, após passar os últimos 32 dias percorrendo as mais belas rotas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro!

Trajeto percorrido no dia: