Brasil • Expedição 2020: Belas Rotas • Rio de Janeiro
Aventuras na Serra do Piloto e Visita ao Observatório Nuclear em Angra dos Reis – RJ
16 de Novembro, 2020Percorra as curvas da Rodovia Rio-Santos, realize uma fascinante visita ao Observatório Nuclear em Angra dos Reis - RJ e aventure-se pela sinuosa Serra do Piloto.
Após desfrutarmos de um domingo maravilhoso navegando pelas águas da Baía de Paraty, chegou o momento de partir desta cidade que nos acolheu tão bem. Hoje, nossa viagem continua pela icônica Rodovia Rio-Santos. Nosso primeiro destino é o Observatório Nuclear em Angra dos Reis, RJ. Em seguida, percorreremos a sinuosa Rodovia Saturnino Braga (RJ-155) e desceremos pela histórica Serra do Piloto, uma das primeiras estradas do Brasil.
Nas primeiras horas desta segunda-feira, carregamos a Formosa e, pela segunda vez durante a Expedição 2020: Belas Rotas, nos despedimos de Paraty – RJ.
Paraty nos surpreendeu positivamente com seu centro histórico encantador, vida artística e cultural vibrante, culinária deliciosa, paisagens naturais paradisíacas, pessoas receptivas e uma energia incrível.
Obrigado, Paraty – RJ! Até a próxima oportunidade!
Seguimos pela BR-101, no trecho que compõe a famosa Estrada Rio-Santos, em direção ao norte.
Tínhamos a companhia da imponente cadeia montanhosa do Parque Nacional da Serra da Bocaina ao nosso lado esquerdo.
E ao nosso lado direito, a incrível Baía da Ilha Grande, com suas diversas praias paradisíacas e ilhas de águas cristalinas.
Logo, passamos por um trevo onde uma placa indicava o acesso ao Observatório Nuclear.
Avançamos pelo trevo, fizemos o retorno em seguida e fomos conhecer o Observatório Nuclear de Angra dos Reis – RJ.
Observatório Nuclear | Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA)
O Observatório Nuclear, integrado à Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto – CNAAA, é um espaço moderno e interativo que oferece informações sobre a geração de energia elétrica a partir de reatores nucleares, a história da energia nuclear no Brasil e os cuidados que a Eletronuclear tem com a sociedade e o meio ambiente.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar no Observatório Nuclear partindo do centro de Paraty – Rio de Janeiro – Brasil:
Contatos do Observatório Nuclear
- Endereço: Rodovia BR-101, Km 521 – Itaorna | Angra dos Reis – Rio de Janeiro – Brasil
- Telefones: (24) 3362-9063 | (24) 99988-6029
- E-mail: centinf@eletronuclear.gov.br
Para obter informações mais detalhadas, visite o site oficial do Observatório Nuclear.
Horários de Funcionamento
- Segunda a sexta: 8h00 às 16h00
- Sábado e domingo: 8h00 às 17h00
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 30 minutos
O Observatório Nuclear está integrado à Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), localizada em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.
No Observatório Nuclear, os visitantes podem desfrutar de um espaço moderno e interativo, com entrada franca, que oferece informações sobre a geração de energia elétrica a partir de reatores nucleares, a história da energia nuclear no Brasil e os cuidados que a Eletronuclear tem com a sociedade e o meio ambiente.
A Eletrobras Eletronuclear foi fundada em 1997 com o propósito de operar e construir usinas termonucleares no Brasil. É uma subsidiária da Eletrobras e é responsável pela geração de aproximadamente 3% da energia elétrica consumida no país.
Atualmente, estão em operação as usinas Angra 1, com capacidade para gerar 640 megawatts elétricos, e Angra 2, com capacidade para gerar 1350 megawatts elétricos.
Angra 3, atualmente em construção, será praticamente uma réplica de Angra 2, incorporando os avanços tecnológicos ocorridos desde a construção desta usina. Está previsto que Angra 3 terá capacidade para gerar 1405 megawatts elétricos.
Após conhecer um pouco mais sobre a geração de energia nuclear no Observatório Nuclear da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), voltamos à estrada.
Avançando pela Rodovia Rio-Santos, passamos por diversos distritos e praias de Angra dos Reis.
Cerca de 26 km após deixar o Observatório Nuclear, nos despedimos da rodovia BR-101, a Estrada Rio-Santos, e acessamos a RJ-155.
A Rodovia Saturnino Braga, RJ-155, é a principal via de ligação entre Barra Mansa, no sul fluminense, e Angra dos Reis, na Costa Verde.
O trecho da rodovia estadual que atravessa a Serra do Mar é de pista simples, sem acostamento e repleto de curvas.
Três túneis, bem rústicos, com calçamento de paralelepípedos, rodeados pela exuberante Mata Atlântica, completam o percurso.
Na entrada de um dos túneis, existe um mirante de onde é possível apreciar parte da Baía da Ilha Grande.
No mirante, fizemos uma rápida pausa para apreciação e fotos. Em questão de minutos, vencemos os aproximados 11 quilômetros da Rodovia Saturnino Braga e seus incríveis túneis, que nos levaram do nível do mar até a altitude de 675 metros.
Já na parte alta, a estrada estadual segue com algumas curvas, mas nada comparado ao trecho de serra, e corta a cidade de Rio Claro, RJ.
Uma vez no centro de Rio Claro, deixamos a RJ-155 para trás e passamos a percorrer a rodovia RJ-149.
A rodovia estadual, denominada Rodovia Luiz Ascendino Dantas, liga Rio Claro – RJ, a Mangaratiba – RJ, através de um percurso de 41 quilômetros.
Esta estrada é considerada uma das primeiras do país, tendo sido construída por ordem de Dom Pedro II em 1856.
Na época, esta Estrada Imperial ligava o antigo município de São João Marcos ao Porto de Mangaratiba, facilitando o escoamento da produção cafeeira do Vale do Paraíba e a entrada de mão de obra escrava.
Poucos quilômetros após deixar Rio Claro, iniciamos a descida da Serra do Piloto, onde o asfalto inexiste em pequenos trechos, que passam a ser de terra misturada com areia.
Uma combinação que pode tornar a pista extremamente escorregadia em dias chuvosos.
Em um desses trechos pavimentados de terra na Serra do Piloto, passamos em frente à Cachoeira dos Escravos.
A Serra do Piloto corta o Parque Estadual Cunhambebe, que possui 38 mil hectares e é um corredor ecológico entre o Parque Nacional da Serra da Bocaina e a Reserva Biológica Federal do Tinguá.
Em outro curto trecho de terra em plena Serra do Piloto, paramos para contemplar a magnífica vista do Mirante Imperial.
Do Mirante Imperial da Serra do Piloto, é possível ver parte do Parque Estadual Cunhambebe e do litoral de Mangaratiba, RJ.
Após as fotos, voltamos a rodar pela Serra do Piloto e, novamente no nível do mar, continuamos a percorrer a rodovia BR-101, desta vez sentido sul, para conhecer o trecho fluminense da Estrada Rio-Santos entre Mangaratiba e Angra dos Reis.
Objetivo atingido! Ao chegar no trevo de acesso a Angra dos Reis, fizemos o retorno e rumamos para o norte.
Nas proximidades de Mangaratiba, paramos às margens da Rodovia BR-101 para nos refrescar com uma gelada água de coco.
Na sequência, voltamos a rodar pela Rodovia Rio-Santos, pela qual passamos pelo Túnel de Mangaratiba.
E praticamente na divisa entre os municípios de Mangaratiba e Itaguaí, a Estrada Rio-Santos passou a ser duplicada.
O que poderia fazer com que ela perdesse seu encanto, não fossem as inúmeras cachoeiras que surgem como pinturas em meio à Mata Atlântica ao seu redor.
Passamos por Itaguaí e, com o objetivo de seguir até Petrópolis, deixamos a BR-101 e acessamos a RJ-099.
Certamente não foi uma decisão muito sábia, uma vez que a rodovia estadual RJ-099 está em péssimo estado de conservação e apresentava alto fluxo de veículos, especialmente lentos caminhões carregados com areia.
Sem fotos e em meio a vários solavancos, buracos e remendos, finalmente chegamos ao trevo com a BR-465, onde dobramos para a esquerda.
Rodamos poucos quilômetros pela rodovia federal até avistar uma gigantesca nuvem negra, iluminada por constantes raios, justamente na direção que seguíamos.
Paramos a Formosa no acostamento e fizemos uma reunião emergencial com todos os membros da Moto Expedição para decidir se avançaríamos em meio ao fim do mundo temporal ou se tomaríamos outra direção.
Como a votação ficou empatada, o Voto de Minerva foi concedido pelo matuto FredLee, que, como um bom coelho em férias, votou por seguirmos até a capital carioca. Afinal, se o mundo for acabar, que estejamos na praia, de preferência em Copacabana, no Rio de Janeiro.
Com a decisão tomada, fizemos o retorno e seguimos pela BR-465 sentido BR-101, onde logo encaramos um engarrafamento monstruoso, que nos fez avançar míseros 9 quilômetros em mais de uma hora, tudo isso acompanhando a tempestade se aproximar cada vez mais pelo espelho retrovisor.
De volta à BR-101, já com a câmera fotográfica devidamente abrigada, nos vimos cercados por diversas nuvens carregadas. Assim que chegamos nas proximidades do Guadalupe, encontramos um trânsito caótico na rodovia, composta por 3 ou 4 faixas de rolamento (não consegui distinguir ao certo, pois as faixas não estavam pintadas e cada veículo trafegava por um trilho diferente). Estávamos separados dos postos de combustíveis e demais opções de parada por uma movimentada marginal de 3 pistas quando a chuva resolveu começar.
Nós já rodamos sob temporais com direito a granizo e ventos fortes em outras ocasiões, mas a chuva que acabara de começar superou toda e qualquer experiência pela qual a gente já tenha enfrentado. Sem contar no fato das capas de chuva estarem devidamente secas e dobradas dentro de um dos alforjes da Formosa, já que não conseguimos achar nenhum local para estacionar em meio a toda aquela confusão.
Pois bem, de férias, perdidos e completamente molhados, seguimos rodando e, quando percebemos, já estávamos na BR-040. A ideia do FredLee foi por água abaixo, literalmente. A estrada apresentava diversos pontos de alagamento, onde o motor da Formosa roncava alto e em marchas mais baixas para manter a rotação mais alta avançávamos sem pensar duas vezes, jogando água para todos os lados. Deve ter sido bonito de ver, mas na hora, para nós, foi um sufoco.
Neste contexto, com a noite se aproximando, pagamos a tarifa do pedágio em Duque de Caxias e subimos a maravilhosa serra em direção a Petrópolis – RJ, em meio a um alto fluxo de carretas. No início da noite, chegamos (molhados e com frio) em Petrópolis, onde rodamos direto até um hotel.
No hotel, que ficava todo molhado a cada passo que dávamos, tratamos de pendurar parte das roupas na Formosa (por sorte a garagem era coberta) e providenciamos um varal improvisado no quarto, onde estendemos as demais roupas. Em seguida, partimos tomar outro banho, desta vez quente. Ah, segundo nossos cálculos, cada par de botas carregava em média 5 litros de água.
Acima o mapa com o trajeto percorrido no dia entre Paraty – RJ e Petrópolis – RJ.
Oba! Já são 2 comentários nesta postagem!
Magnífico passeio/viagem meus caros !! Ainda não sei se FredLee gostaria de morar no Lavandário ou em Paraty. hahaha…..estou lendo todos.
Eu particularmente, tenho receio em ir às capitais de SP e RJ de moto, mesmo tendo seguro. Das vezes que visitei as referidas capitais foi tudo bem tranqüilo, volto a dizer: de moto não me arrisco não.
Grande abraço !
Questionei o FredLee e ele titubeou: dúvida cruel! Mas levando em consideração que apenas 38km de uma estrada parque ligam os dois locais, a escolha poderia vir de uma moeda atirada ao ar.
Não imaginávamos rodar pela cidade de São Paulo durante a Expedição 2020: Belas Rotas, mas o destino assim o quis e tudo correu bem ;)
Valeu Fernando, abração!
Estamos ansiosos para ler tudo aquilo que tu tem para dizer! É chegado o momento de abrir este coração e compartilhar tua opinião, crítica (exceto algo desfavorável à imagem da Formosa), elogio, filosofar a respeito da vida ou apenas sinalizar que chegou até aqui ;)
Mas atenção, os campos marcados com * são de preenchimento obrigatório, pois assim mantemos (ou tentamos manter) o blog bonitinho, livre de robôs indevidos.
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