Brasil • Expedição 2020: Belas Rotas • São Paulo • São Paulo
Dia 11: São Paulo – SP
8 de Novembro, 2020Assim que despertamos abrimos as cortinas da pousada onde pernoitamos e nos deparamos com um incrível céu azul, condizente com o nome do bairro onde estamos: Paraíso!
Ah São Paulo, como o céu azul te faz bem!
Após o desjejum carregamos a Formosa, vestimos as jaquetas de couro e partimos sem rumo pelas ruas da região central da capital paulista.
Passamos pela movimentada Avenida 23 de Março, que na manhã de domingo estava praticamente vazia.
E quando chegamos na Avenida Presidente Juscelino Kubitschek lembramos o motivo que nos fez vir até a cidade: o pneu traseiro da Formosa.
Paramos então em um posto de combustíveis e fizemos uma busca no celular por lojas que vendessem pneus de motos e estivessem abertas no domingo.
Localizamos algumas, ligamos para uma meia dúzia e apenas uma tinha o pneu disponível, porém, sem a faixa branca.
Isso aliado ao fato do valor do pneu estar um tanto quanto elevado (para alegria da Formosa que não gostou nem um pouco da ideia de rodar por aí toda cafona com os pneus desiguais) nos fez desistir de procurar o pneu hoje.
Tratamos de buscar um hotel para deixar a Formosa repousando na sombra da garagem, trocarmos de roupa e curtirmos o domingão em Sampa.
Hotel mapeado, iniciamos o percurso indicado pelo Google Maps até que um verdadeiro jogo de gato e rato teve início.
Nos sentido o Tom tentando desesperadamente pegar o Jerry, nós buscávamos seguir as ruas indicadas pelo aplicativo sem sucesso, pois praticamente todas as vias pelas quais deveríamos passar estavam com o trânsito bloqueado para veículos automotores, liberadas exclusivamente às bicicletas.
Com os termômetros marcando 33°C, o calor do motor da Formosa subindo pelas pernas em cada parada de sinal vermelho e com o Google Maps nos xingando de tanto ter que recalcular a rota, após praticamente ter contornado toda a cidade, finalmente conseguimos cruzar uma avenida e atingir nosso objetivo.
Aos gritos de vitória por ter conseguido chegar ao nosso destino (algo que parecia impossível) e com roupas mais leves, seguimos até o Parque Ibirapuera, o qual visitamos pela primeira vez durante uma chuvosa tarde em abril de 2017, relembre aqui.
Uma vez no local que é tombado como Patrimônio Histórico de São Paulo passamos em frente ao Obelisco Mausoléu aos Heróis de 1932, também conhecido como Obelisco do Ibirapuera, e ao lado do Auditório Ibirapuera.
Parque Ibirapuera
Local: Avenida Pedro Álvares Cabral | Vila Mariana | São Paulo – SP
Telefone: (11) 5574-5177
E-mail: admparqueibirapuera@prefeitura.sp.gov.br
Site: https://parqueibirapuera.org/
Funcionamento: Todos os dias das 5h00 às 24h00
Ingresso: Gratuito
Tempo médio de visitação: 3 horas
Na sequência vimos outro ícone do parque, a Oca do Ibirapuera.
Até que chegamos no MAM – Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Dali adentramos em um dos inúmeros percursos do mais importante parque urbano da metrópole.
O Parque Ibirapuera foi inaugurado durante as comemorações do quarto centenário de São Paulo, em 1954.
O nome Ibirapuera significa “árvores velhas” em tupi-guarani e vem da comunidade nativa que ocupava a região quando a área era alagadiça.
Atualmente o Parque do Ibirapuera abrange uma área de 130 hectares.
Após caminhar alguns minutos pelo extenso parque decidimos nos sentar no gramado sob a sombra de uma árvore e nos refrescarmos com uma água de coco bem gelada.
Aliás, em vários pontos do parque existem quiosques que comercializam lanches e bebidas.
Por sua riqueza verde, esportiva e cultural, em 2015 o local foi elencado por um colunista do jornal britânico The Guardian como um dos melhores parques do planeta.
Em meio a agradável área verde, cortada por várias trilhas para caminhada, faixas de ciclovia e pistas de corrida, estão espalhadas algumas quadras esportivas, áreas de descanso e diversos museus.
Após a breve pausa voltamos a caminhar e logo passamos por uma das praças do parque, a Praça do Porquinho.
A praça abriga em seu centro uma curiosa escultura da década de 1950, a qual representa duas crianças tentando apanhar um porco untado de sebo, obra de autoria de Ricardo Cipicchia.
A tranquilidade e sensação de relaxamento que a caminhada em meio ao parque nos proporciona é incrível.
Principalmente se levarmos em conta o fato de estarmos em meio à cidade mais populosa do continente americano.
Tranquilidade que só era rompida quando nos aproximávamos da ciclovia, que apresentava um alto fluxo de ciclistas, patinadores e skatistas.
O Parque Ibirapuera conta com um conjunto de lagos artificiais interligados, formados pelas águas dos córregos do Caaguaçu e do Sapateiro.
Também existe um planetário dentro do parque, o Planetário Professor Aristóteles Orsini.
E ao seu lado destaca-se um moderno relógio solar.
Que fica a poucos metros do Museu Afro Brasil.
O fim do dia se aproximava quando decidimos nos despedir do agradável Parque Ibirapuera.
Deixamos o local pelo Portão 10, que tem ao seu lado o imponente monumento a Pedro Álvares Cabral.
Do Parque Ibirapuera seguimos para a tradicional e histórica Avenida Paulista.
Inaugurada em 1891, a Avenida Paulista foi a primeira via pública asfaltada no estado de São Paulo.
Logo após sua inauguração diversas mansões e palacetes, que possuíam regras de implantação e que incorporavam elementos da arquitetura eclética e dos novos empreendimentos norte-americanos, passaram a compor o cenário ao longo de seus 3 quilômetros de extensão.
Infelizmente atualmente restam poucos sobreviventes da primeira fase residencial da avenida, período compreendido entre 1891 e 1937, dentre eles está o Palacete Joaquim Franco de Mello.
A residência construída em 1905 contrasta com os modernos edifícios ao seu redor.
Outro sobrevivente dos primórdios da Avenida Paulista é o Parque Tenente Siqueira Campos, mais conhecido como Parque Trianon ou Parque do Trianon.
Parque Tenente Siqueira Campos – Trianon
Local: Avenida Paulista, 1.500 | Jardim Paulista | São Paulo – SP
Telefone: (11) 3253-4973
Funcionamento: Todos os dias das 6h00 às 18h00
Ingresso: Gratuito
Tempo médio de visitação: 1 hora
Projetado pelo paisagista francês Paul Villon e inaugurado pelo inglês Barry Parker, o parque abriu seus portões no dia 3 de abril de 1892.
Cerca de 48,6 mil metros quadrados de vegetação tropical, remanescente da Mata Atlântica, decoram parte da Avenida Paulista.
O nome oficial do parque é uma homenagem ao tenente Siqueira Campos, militar e político brasileiro que participou da Revolta Tenista ocorrida em 1924.
Já o nome Trianon, como o parque é popularmente conhecido, foi dado por conta da existência do Restaurante Trianon inaugurado em 1916 pelo imigrante italiano Vicente Rosatti nas dependências do belvedere localizado em frente ao parque, onde hoje está situado o MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand.
Com trilhas revestidas por pedras portuguesas, locais para recreação infantil, aparelhos de ginástica, sanitários públicos e centro administrativo, o parque é uma ótima opção de lazer e descanso no meio da agitada Avenida Paulista.
O som dos apitos dos monitores do parque nos alertavam da proximidade das 18h00, horário em que o local é fechado.
Com isso nos despedimos do Parque Trianon e retornamos à Avenida Paulista.
Onde fizemos algumas fotos em frente ao MASP.
E quando nos preparávamos para deixar o local encontramos com o fotógrafo Jeff Barros, que gentilmente nos fotografou com seu equipamento profissional.
Amanhã vamos em busca de um pneu novo para a Formosa!
Oba! Já são 2 comentários nesta postagem!
Valeu conhecer a região do parque Ibirapuera é muito bonito principalmente com sol…kkk
Sim, lugar sensacional e ainda tivemos o privilégio de contar com a companhia do Sol durante o dia todo, algo que tem sido raro durante a Expedição 2020: Belas Rotas hahaha abraços…
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