Brasil • Expedição 2020: Belas Rotas • São Paulo
Dia 12: São Paulo – SP a Paraibuna – SP
9 de Novembro, 2020Aproveitamos a noite de ontem para pesquisar pelo pneu da Formosa na internet e localizamos uma loja em São Bernardo do Campo que tem o pneu em estoque por um preço camarada.
Com isso nos despedimos do hotel após o café da manhã e seguimos pelas ruas de São Paulo rumo ao ABC Paulista.
Com o auxílio do Google Maps, que por vezes nos coloca em algumas furadas, logo chegamos em São Bernardo do Campo.
Pontualmente às 9h00, horário em que a loja abre, estacionamentos em frente ao destino.
Ali fomos prontamente atendidos pela equipe do local, que fez questão de priorizar o serviço na Formosa, já que estamos em viagem.
Após realizar a troca do pneu traseiro, o qual apresentava um corte praticamente de ponta a ponta que identificamos no sábado (relembre aqui), aproveitamos e substituímos o pneu dianteiro que, mesmo não tendo atingido a marca TWI, já demonstrava um certo desgaste.
Formosa contente com o par de sapatos novos, partimos em direção ao litoral paulista.
Como é de praxe, os primeiros quilômetros percorridos com os pneus novos foram feitos da forma mais elegante e cautelosa possível, para que a camada de cera que reveste os pneus fosse lixada e removida através do calor e atrito com o asfalto.
Durante a Expedição 2020: Belas Rotas já descemos e subimos a Serra do Mar pela Rodovia dos Imigrantes, então agora optamos por descer pela Rodovia Anchieta.
Assim que nos aproximamos do início da serra o azulado céu que embelezava a Grande São Paulo foi ficando para trás.
E rodeados por carregadas nuvens iniciamos a descida da Serra do Mar.
A Rodovia Anchieta, SP-150, é o maior corredor de exportação da América Latina.
Com isso o fluxo de caminhões e carretas pela estrada é absurdamente alto.
Principalmente pelo fato da circulação de veículos pesados na descida da Serra do Mar pelo Sistema Anchieta-Imigrantes ser permitido apenas via Anchieta.
Diferente da Rodovia Imigrantes, onde o trecho de serra é repleto de túneis e composto em sua maior parte por retas, a Rodovia Anchieta é cheia de curvas, ótima para ser percorrida de moto.
Após nos divertir pela sinuosa Serra do Mar em meio aos numerosos caminhões que dominavam a Anchieta, chegamos no nível do mar.
Onde acessamos a BR-101, que no trecho entre Cubatão e Ubatuba é chamada SP-055, e voltamos a percorrer a famosa Rodovia Rio-Santos.
Após cruzar a ponte sobre as águas do Rio Itapanhaú, já em Bertioga, o tempo começou a abrir na direção do mar.
Aproveitamos a brecha e adentramos no centro da cidade para conhecer ao menos uma de suas praias.
Percorremos toda a Avenida Dezenove de Maio, pela qual entramos na cidade, e logo chegamos no encontro das areias claras com o agitado mar da Praia da Enseada.
A principal praia da cidade conta com uma extensa faixa de areia acompanhada por um belo calçadão, que abriga ciclovia, praças, jardins, parque infantil e área para eventos.
Após a breve pausa seguimos até um restaurante matar quem estava nos matando.
Devidamente alimentados, retornamos à rodovia SP-055.
Rodovia de pista simples, bastante movimentada e com muitas lombadas.
Mas rodeada por uma linda paisagem, tendo de um lado a enorme cadeia montanhosa da Serra do Mar, que funciona como um imã natural de nuvens carregadas, e do outro as belas praias do litoral paulista.
Num ritmo tranquilo para contemplarmos as belezas do cenário que nos envolvia e evitar saltarmos alguma das inúmeras lombadas (já comentei que a estrada é cheia de lombadas?) chegamos em São Sebastião.
Pela cidade mais antiga do litoral norte paulista passamos por diversas construções de época.
E vencemos uma gostosa sequência de curvas em meio a uma colina que fica dentro do Parque Estadual da Serra do Mar.
Seriam estas as curvas da estrada de Santos que Roberto Carlos faz referência?
Talvez, mas como ele não cita nenhuma lombada em toda a música tenho lá minhas dúvidas.
Enfim, logo chegamos na badalada Praia de Maresias.
A praia que abriga o Instituto Gabriel Medina, primeiro surfista brasileiro campeão mundial profissional, e oferece areias brancas e ondas grandes é internacionalmente conhecida pelo cenário perfeito para a prática do surfe.
Dali seguimos serpenteando entre a Serra do Mar e a praia, parando eventualmente em um dos inúmeros pontos de parada (que nesta região recebem o nome de baía) para apreciar a natureza ao nosso redor.
A charmosa Rodovia Rio-Santos é digna de um passeio com calma, de vários dias, uma vez que corta cidades que abrigam lindas praias e são rodeadas pela Mata Atlântica e suas inúmeras cachoeiras.
Mas, como o tempo que dispomos para realizar a Expedição 2020: Belas Rotas é relativamente curto, não podemos nos dar ao luxo de parar em cada uma destas cidades para conhecer seus principais atrativos.
Assim sendo seguimos desfrutando ao máximo as curvas e o cenário da estrada, que no verão deve ficar completamente congestionada.
Nas proximidades da Praia de Barequeçaba paramos em outro mirante, do qual conseguimos avistar de um lado a Praia do Guaecá.
E do outro a Praia de Barequeçaba.
Aos fundos conseguimos ver a chuva caindo justamente na direção para a qual estamos indo.
Preparados psicologicamente para mais um banho de chuva, seguimos adiante.
Passamos pela Praia Grande.
E quando percebemos estávamos no centro de São Sebastião, de onde partem as balsas que fazem a travessia até Ilhabela.
Após cruzar o centrinho da cidade, que é considerada uma estância balneária, voltamos a costear o mar e conseguimos avistar parte de Ilhabela.
Ilhabela é formada por um conjunto de 14 ilhas e ilhotes, sendo um dos únicos municípios-arquipélago marinho brasileiro.
Tanto São Sebastião quando Ilhabela estão na listinha de lugares que o FredLee pretende conhecer.
Na sequência deixamos o município de São Sebastião e passamos a rodar por Caraguatatuba.
Onde a chuva finalmente nos alcançou, ou nós alcançamos ela.
O fim do dia já se aproximava e, com o tempo chuvoso, desistimos de conhecer alguma praia da cidade.
Optamos por seguir rodando, então nos despedimos da Rio-Santos e acessamos a rodovia SP-099.
A rodovia estadual, mais conhecida como Rodovia dos Tamoios, faz a ligação entre Caraguatatuba (litoral) e São José dos Campos (planalto) por um trajeto de 82 quilômetros de extensão.
A estrada foi pavimentada em 1957 e leva este nome em homenagem aos nativos da tribo Tamoios, que habitavam o litoral norte paulista e parte do litoral fluminense.
Acompanhados pela chuva iniciamos a sinuosa subida da Serra do Mar.
Conforme ganhávamos altitude uma densa neblina começava a nos envolver.
E em meio a este cenário, composto por chuva, neblina, acentuado aclive, curvas fechadas e alto fluxo de veículos, a Formosa bailava com seus sapatos novos ao som do inconfundível e agradável ronco do motor Twin Cam.
Em minutos atingimos o topo da serra, onde a neblina cessou e a Rodovia dos Tamoios perdeu um pouco de seu encanto, já que passou a ser duplicada, não mais sinuosa e sem os aclives e declives acentuados.
Assim seguimos por mais alguns quilômetros, pagamos a tarifa de pedágio e quando a chuva diminuiu a ponto de se tornar uma leve garoa chegamos no Mirante de Paraibuna.
O local que abriga a base operacional da concessionária de pedágio oferece uma bela vista da Represa de Paraibuna.
Ali fizemos algumas fotos, aproveitamos para ir ao banheiro e com a chuva voltando a engrossar seguimos viagem até o centro de Paraibuna, onde localizamos uma pousada e passaremos a noite.
Trajeto percorrido no dia:
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