Brasil • Expedição 2020: Belas Rotas • Santos • São Paulo • São Vicente
Centro Histórico de Santos e São Vicente: Patrimônio, Cultura, Curiosidades e Paisagens do Litoral Paulista
6 de Novembro, 2020
Descubra o centro histórico de Santos e São Vicente: Santuário de Santo Antônio do Valongo, Museu do Café, Palácio da Bolsa de Café, Monte Serrat, Biquinha do Anchieta e praias do Gonzaguinha e Itararé.
Dedicamos o dia a explorar o centro histórico de Santos e São Vicente, visitando locais emblemáticos como o Santuário de Santo Antônio do Valongo, o Palácio da Bolsa Oficial de Café, o Museu do Café e diversas igrejas e praças. Também subimos ao Monte Serrat de bondinho funicular e desfrutamos das praias do Gonzaguinha e do Itararé, além de conhecer a Biquinha de Anchieta.

O céu azul nas primeiras horas da sexta-feira anunciava um dia promissor. Aproveitando a merecida folga da Formosa, nos vestimos com roupas leves e partimos a bordo de um Uber para explorar os principais atrativos turísticos do centro histórico de Santos, no litoral de São Paulo.

Nossa primeira parada foi no Santuário de Santo Antônio do Valongo, um ponto histórico de grande relevância cultural no centro de Santos, SP.

Santuário de Santo Antônio do Valongo
O Santuário de Santo Antônio do Valongo é um importante exemplar das construções dos frades franciscanos e uma das igrejas mais antigas do Brasil. Ainda em franca atividade religiosa e pastoral, este santuário é um testemunho vivo da história e da fé na região.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar no Santuário de Santo Antônio do Valongo partindo do centro de São Paulo – São Paulo – Brasil:
Contatos do Santuário de Santo Antônio do Valongo
- Endereço: Largo Marquês de Monte Alegre, 13 – Valongo | Santos – São Paulo – Brasil
- Telefones: (13) 3219-1481 | (13) 98181-0119
- E-mail: ssavalongo@gmail.com
Para obter informações mais detalhadas, visite o site oficial do Santuário de Santo Antônio do Valongo.
Horários de Funcionamento
- Terça a sábado: 9h00 às 13h00 e das 14h00 às 17h00
- Domingo: 9h00 às 17h00
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 1 hora

Construído em 1640, o Santuário de Santo Antônio do Valongo é um dos mais importantes exemplares da arquitetura franciscana do Brasil. Sua fachada barroca, considerada uma das mais belas do século XVII, atrai a atenção de quem aprecia história e arte sacra.

O Conjunto do Valongo, formado pela igreja, pelo convento e pela Capela da Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, foi vendido em 1859 para dar lugar à construção da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, a primeira ferrovia do estado de São Paulo.

Dois anos após a venda, o antigo claustro foi demolido para a construção da Estação do Valongo. No entanto, a imagem de Santo Antônio permaneceu intacta no altar, um fato interpretado pelos fiéis como um milagre. Esse acontecimento contribuiu para a preservação da igreja, que foi oficialmente elevada à categoria de santuário em 1987.

O altar do santuário abriga seis painéis de azulejaria, pintados entre 1938 e 1940 pelo artista português José Cândido da Silva Júnior. Entre eles, destaca-se o painel ‘O Pão de Santo Antônio’, no qual o próprio artista se autorretratou de paletó e gravata, um detalhe que confere personalidade e singularidade à obra.

Pinturas a óleo no teto retratam cenas da vida de Santo Antônio e de São Francisco, enriquecendo a atmosfera sacra do Santuário de Santo Antônio do Valongo com uma dimensão visual impactante e repleta de simbolismo religioso.

As pinturas, complementadas por milhares de flores que adornam as paredes da igreja, ganham destaque devido aos pequenos espelhos no centro de cada flor. A incidência da luz nesses espelhos cria um efeito visual deslumbrante, multiplicando a luminosidade e conferindo uma atmosfera única ao ambiente sagrado do santuário.

Tanto a igreja quanto a ala sul do antigo convento, preservada da demolição, são reconhecidas como importantes exemplares da arquitetura franciscana no Brasil.

A igreja do Santuário de Santo Antônio do Valongo guarda um dos raros tronos rotativos existentes no Brasil. De um lado, exibe a imagem da Santíssima Trindade; do outro, revela o ostensório utilizado na Adoração Perpétua.

Em 1823, o padre João Maria Mastai Ferretti, que mais tarde se tornaria o Papa Pio IX, passou alguns dias no convento durante sua viagem ao Chile. Santos foi o único porto brasileiro visitado por esse ilustre religioso, deixando um legado histórico breve, mas significativo.

Após conhecer o santuário, foi só dar alguns passos até chegarmos à Estação do Valongo, um marco histórico que simboliza a transição da antiga construção religiosa para um dos principais centros de transporte da região.

Projetada na Inglaterra e inaugurada em 1867, a Estação do Valongo foi a primeira estação ferroviária paulista a ouvir o apito de um trem.

A Estação do Valongo é uma verdadeira relíquia arquitetônica, com linhas neoclássicas inspiradas na Victoria Station de Londres. Curiosamente, ela foi a única construção em Santos projetada para suportar a neve, um detalhe único que enriquece ainda mais sua história.

Atualmente, a edificação abriga a Secretaria de Turismo de Santos e funciona como ponto de embarque e desembarque da Linha Turística do Bonde, que opera com sete elétricos em pleno funcionamento.

Em frente à estação, encontra-se o Museu Pelé, dedicado à trajetória de Edison Arantes do Nascimento, o ‘Rei do Futebol’. Este museu é uma parada obrigatória para os fãs de futebol que querem conhecer mais sobre a história e as conquistas desse ícone do esporte, tanto no Brasil quanto no mundo.

O Museu Pelé ocupa o antigo Casarão do Valongo, uma imponente construção de dois blocos, cada um com três pavimentos, conectados por um corpo central. Essa arquitetura histórica oferece o cenário perfeito para explorar a vida e a carreira do lendário jogador de futebol.

O primeiro bloco do Casarão do Valongo foi erguido em 1867, inicialmente projetado para abrigar a sede do governo da província de São Paulo, embora a transferência para Santos não tenha se concretizado. O segundo bloco foi construído em 1872, acrescentando mais uma camada de história e significado a este notável edifício.


Em 1985, um incêndio devastador destruiu um dos prédios do Casarão do Valongo, marcando uma grande perda para a história e o patrimônio de Santos. Infelizmente, em 1992, outro incêndio atingiu o segundo prédio, agravando ainda mais a perda histórica e arquitetônica deste importante edifício.


Após décadas de abandono, os casarões passaram por um minucioso processo de reconstrução e foram reabertos em junho de 2014, marcando um renascimento e o início de uma nova era para esses importantes marcos históricos de Santos, SP.


Seguimos então para uma caminhada pelas estreitas ruas do centro histórico de Santos, mergulhando ainda mais na atmosfera encantadora e nostálgica desta cidade, que é um verdadeiro tesouro de história e cultura.


O centro histórico de Santos é composto por uma variedade de edifícios e monumentos, alguns bem preservados, outros marcados pelo tempo e à espera de restauração. Essa combinação de conservação e desgaste confere autenticidade e um charme especial à experiência de explorar essa região repleta de memórias.


Em pouco tempo, chegamos à Casa da Frontaria Azulejada, um dos mais belos e emblemáticos edifícios históricos de Santos, famoso por sua impressionante fachada revestida com azulejos portugueses.

Construída em 1865 para servir como residência e armazém do comendador português Manoel Joaquim Ferreira Neto, a Casa da Frontaria Azulejada é uma das obras arquitetônicas mais significativas de Santos. Ela simboliza um período de prosperidade e forte influência portuguesa na região.


A fachada da Casa da Frontaria Azulejada é composta por cerca de sete mil azulejos em alto-relevo, importados de Portugal. Esse detalhe confere ao edifício uma beleza singular e uma presença admirável no cenário urbano santista.

Além de sua função estética, o uso dos azulejos também oferecia uma vedação eficiente, contribuindo para a durabilidade da estrutura e reduzindo a necessidade de manutenção constante, como repinturas frequentes.

Atualmente, o prédio abriga um importante espaço cultural, sediando exposições, eventos beneficentes e espetáculos artísticos. Dessa forma, mantém viva a história e a tradição da cidade de Santos, SP.

Desde sua fundação, em 1545, até meados do século XIX, a cidade de Santos apresentou um ritmo de crescimento lento, preservando praticamente a mesma estrutura física e urbana ao longo de dois séculos.


Esse cenário começou a mudar a partir da década de 1850, com o início do cultivo e da exportação do café no estado de São Paulo e, especialmente, com a inauguração da ferrovia São Paulo Railway, em 1867.

A partir desse momento, Santos entrou em um intenso processo de desenvolvimento econômico, que se estendeu até meados da década de 1960. Esse período foi marcado pelo rápido crescimento da indústria, do comércio e da infraestrutura, consolidando a cidade como um dos principais centros econômicos e comerciais do país.

Ao longo desses cerca de 100 anos, Santos testemunhou a construção de um valioso patrimônio arquitetônico, que hoje dá forma ao seu centro histórico e preserva a memória de uma era de grande prosperidade.

Após essa fase, o desenvolvimento comercial se deslocou para outras áreas da cidade, o que resultou em uma longa fase de estagnação no centro. No entanto, essa estagnação teve um aspecto positivo, sendo o principal fator para a preservação de casarões e palácios construídos durante a era áurea do café.

Essas construções são verdadeiros testemunhos da época de ouro de Santos, refletindo sua importância econômica e cultural ao longo dos anos.

O café tem tamanha importância para Santos que a cidade abriga um museu exclusivo dedicado à preservação e divulgação de sua história, tanto em Santos quanto no Brasil e no mundo.

Museu do Café
O Museu do Café, instalado no suntuoso Palácio da Bolsa Oficial de Café, é uma referência ao contar a trajetória do grão no Brasil e no mundo. Suas exposições abordam detalhes que vão desde o plantio até a xícara, passando pelo mercado e por curiosidades.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar no Museu do Café partindo do centro do Rio de Janeiro – Rio de Janeiro – Brasil:
Contatos do Museu do Café
- Endereço: Rua XV de Novembro, 95 – Centro Histórico | Santos – São Paulo – Brasil
- Telefone: (13) 3213-1750
- E-mail: museudocafe@museudocafe.org.br
Para obter informações mais detalhadas, visite o site oficial do Museu do Café.
Horários de Funcionamento
- Terça a sábado: 9h00 às 18h00
- Domingo: 10h00 às 18h00
Valores de Ingresso
- Público em geral: R$ 16,00
- Maiores de 60 anos e estudantes: R$ 8,00
- Aos sábados: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 1 hora

Localizado no palácio da antiga Bolsa Oficial de Café, inaugurado em 1922, o Museu do Café de Santos destaca-se pelo salão do pregão. Este espaço histórico, composto por uma mesa principal e setenta cadeiras, era o local onde se realizavam as negociações que definiam as cotações diárias das sacas de café. A visita a essa área oferece aos turistas uma visão fascinante do passado comercial e econômico da cidade.

No piso de desenhos geométricos, adornado com mármores provenientes da Grécia, Espanha e Itália, destaca-se a presença da Estrela de Davi.

Os pregões foram realizados no local até 1950, marcando décadas de intensa atividade comercial que contribuíram significativamente para a história econômica de Santos e do Brasil como um todo.

Ainda no salão do pregão, estão expostas importantes obras do artista Benedicto Calixto de Jesus, incluindo as telas ‘O Porto de Santos em 1822’, ‘A Fundação da Vila de Santos em 1545’, ‘O Porto de Santos em 1922’, além do vitral ‘A Epopeia dos Bandeirantes’. Essas peças enriquecem ainda mais o acervo histórico e artístico do Museu do Café.

Duas hipóteses ajudam a compreender o contexto histórico da construção do Palácio da Bolsa Oficial de Café, e, de certa forma, elas se complementam. A primeira sugere que, há algum tempo, a elite cafeeira paulista buscava consolidar seu papel como protagonista na formação da nação, em conjunto com estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia.

Embora São Paulo fosse um estado de riqueza recente, foi a partir da segunda metade do século XIX, com o avanço da produção de café nas regiões de Campinas e Itu, que surgiu uma burguesia com desejo de construir uma narrativa própria. Para isso, criou-se a figura do Bandeirante como herói nacional, legitimando a participação paulista na expansão e consolidação do território brasileiro.

A segunda hipótese está relacionada às comemorações do Centenário da Independência do Brasil, em 1922. Por todo o país, foram planejadas obras grandiosas e eventos especiais com anos de antecedência. Em Santos, cidade que representava a principal porta de saída do café, a maior riqueza de São Paulo na época, não foi diferente. Houve grande empenho para que a data fosse celebrada com a importância devida, marcando definitivamente sua relevância na história nacional.

Retornando à nossa visita ao Museu do Café, destaca-se a cena central “A Visão do Anhanguera: a Mãe d’Ouro e as Mães d’Água”, presente em um dos primeiros vitrais com temática brasileira. A obra retrata o ouro do Brasil Colônia, reforçando a riqueza simbólica e histórica do acervo do museu.


Nos vitrais do Museu do Café, a agricultura do período imperial, com destaque para o cultivo de café, cana-de-açúcar e algodão, é retratada na cena ‘A Lavoura e Abundância’, à esquerda. Já à direita, a cena ‘A Indústria e o Comércio’ simboliza o avanço da república por meio do comércio, da exportação e da modernização. Juntas, essas composições artísticas oferecem uma visão ampla das principais atividades econômicas que impulsionaram o desenvolvimento da região ao longo dos séculos.


Inaugurado em 1998, o Museu do Café apresenta, por meio de objetos históricos, documentos e recursos audiovisuais, como a evolução da cafeicultura está diretamente ligada ao desenvolvimento político, econômico e cultural do Brasil, desde meados do século XVIII até os dias atuais.


No Museu do Café, é possível conhecer em detalhes todo o processo, desde o início do cultivo do grão até a consolidação do café como um dos grandes símbolos nacionais. A exposição oferece uma oportunidade única de explorar não apenas a história e as técnicas do cultivo, mas também a profunda influência do café na formação da identidade cultural e no desenvolvimento econômico do país.


Em um ambiente envolto pelo irresistível aroma do café recém-moído, o Museu do Café proporciona uma experiência sensorial completa. Além de explorar a rica história da cafeicultura, os visitantes podem aproveitar a loja temática e a cafeteria do museu. O espaço convida os apreciadores da bebida a degustar uma xícara fresca enquanto mergulham na cultura cafeeira brasileira.


Ao caminhar em silêncio pelos salões do majestoso palácio, com suas mais de 200 portas e janelas, é impossível não imaginar o movimento intenso e a efervescência que marcaram o auge do ciclo do café. Esta construção é um testemunho vivo da opulência e da intensa atividade comercial que caracterizaram a era dourada da cafeicultura no Brasil.

Antes de encerrarmos nossa visita, tivemos o privilégio de apreciar as peças finalistas do concurso ‘A Xícara do Museu’. A mostra, repleta de criatividade e simbolismo, destacou interpretações artísticas que celebram a importância cultural do café e sua conexão com a identidade do museu.

O concurso, sob a curadoria da renomada ceramista Hideko Honma, foi realizado em comemoração aos 22 anos do Museu do Café e contou com duas categorias: utilitária e conceitual. Os participantes foram desafiados a criar xícaras de cerâmica manualmente, combinando habilidades técnicas com criatividade e inovação, resultando em peças únicas que celebram a arte do café.

Na categoria artística, a vencedora foi Nadia Saad, de São Paulo – SP. Sua obra se destacou pela originalidade, criatividade e expressão artística, capturando de forma única e inspiradora a essência e a beleza da cultura do café.

Na categoria funcional, a vencedora foi Cristina Rocha de Souza Pinto, de Campinas – SP. Sua xícara combina com maestria funcionalidade e elegância, além de refletir a habilidade artesanal e o cuidado com os detalhes, destacando-se como uma verdadeira obra de arte utilitária.


Com as xícaras já devidamente apreciadas, optamos por deixar as instalações do Museu do Café pelas escadas, ao invés de utilizar o centenário elevador, imerso na história que o próprio edifício carrega.



Sob o calor escaldante que nos aguardava do lado de fora, retomamos nossa caminhada pelo centro histórico de Santos, explorando ainda mais os encantos e a rica história que a cidade tem a oferecer.


Com o ponteiro dos relógios se aproximando das 13h00, decidimos matar a fome. Logo encontramos um restaurante que trazia em seu cardápio o prato típico de Santos: Meca Santista. Não titubeamos e pedimos.

A refeição símbolo da culinária santista é preparada com posta de espardate grelhada com camarão rosa, acompanhada de arroz com palmito pupunha e uma deliciosa farofa de banana.

Devidamente alimentados, voltamos a caminhar e passamos pela Associação Comercial, uma construção de 1870, uma das primeiras do país, que teve um papel crucial no impulso ao desenvolvimento de Santos, refletindo a importância econômica da cidade na época.

Em seguida, vimos a casa onde nasceu e morou José Bonifácio de Andrada e Silva, o “Patriarca da Independência”, uma figura fundamental na história do Brasil e na luta pela independência do país.


Por fim, chegamos ao coração de Santos, a Praça Visconde de Mauá, um icônico ponto de encontro que reúne moradores e visitantes, oferecendo uma atmosfera vibrante e cheia de vida no centro da cidade.

Rodeada por edifícios históricos e adornada por belos jardins, a Praça Visconde de Mauá é um verdadeiro oásis no centro de Santos, SP. Localizada em frente ao luxuoso Palácio José Bonifácio, sede da prefeitura municipal, a praça se destaca como um símbolo da importância histórica e cultural da cidade litorânea.

Inaugurado no centenário de Santos, em 1939, o Palácio José Bonifácio é uma das poucas edificações públicas de São Paulo que mantém sua estrutura original e preserva grande parte da decoração histórica, refletindo a grandiosidade da cidade.

O imóvel, repleto de simbolismos que fazem referência ao legado filosófico e histórico de José Bonifácio de Andrada e Silva, exibe em sua fachada principal as estátuas de Mercúrio e Minerva. Essas figuras mitológicas, que representam o comércio e a sabedoria, evocam os ideais de progresso e conhecimento tão caros ao Patriarca da Independência. Uma verdadeira homenagem visual à sua duradoura influência na história e cultura do Brasil.

O Palácio José Bonifácio segue o estilo eclético, com predominância do neoclássico, e foi projetado pelo arquiteto Plínio Botelho do Amaral. Essa escolha arquitetônica confere ao edifício uma aura de grandiosidade e solenidade, condizente com sua importância como sede da Prefeitura Municipal de Santos.

Ao lado, encontra-se outra edificação importante: o elegante prédio dos Correios e Telégrafos, que também reflete a importância histórica e arquitetônica da cidade de Santos, SP.


Com linhas neoclássicas, a agência central dos Correios e Telégrafos, construída em 1920, foi um presente da família Guinle para a cidade de Santos, e é um exemplo marcante da arquitetura histórica da região.


Em seguida, avistamos uma agência do Banco do Brasil, outro importante edifício histórico no centro de Santos, que contribui para o charme e a importância arquitetônica da cidade.

A agência chamou nossa atenção por possuir um inovador widget de depósitos noturnos, uma solução bastante criativa para a época e que destaca a modernidade e a funcionalidade do edifício.

A agência bancária está localizada ao lado da Praça Barão do Rio Branco.

No centro da praça, destaca-se o Monumento Candido Gaffree Eduardo Guinle, inaugurado em 1934. Esta obra de arte, uma homenagem aos ilustres membros da família Guinle, adiciona um toque de elegância e importância histórica à Praça Barão do Rio Branco.

A Praça Barão do Rio Branco, conhecida anteriormente como Largo do Carmo, foi o local onde se estabeleceu a Ordem Terceira do Carmo, carregando um rico legado histórico.

Uma curiosidade interessante é que o Conjunto do Carmo, um dos mais antigos relicários do barroco brasileiro, é composto por duas igrejas: a Igreja da Venerável Ordem Terceira do Carmo, construída em 1760, e a Igreja dos Freis Carmelitas, datada de 1599.

As duas igrejas são interligadas por uma torre com campanário, revestida por autênticos azulejos marianos do século XIX, que conferem ao conjunto um charme singular e reforçam seu valor histórico e artístico no contexto do barroco brasileiro.

Na ocasião de nossa visita, apenas a Igreja dos Freis Carmelitas estava com as portas abertas, permitindo-nos admirar de perto sua arquitetura sóbria e seu interior ricamente adornado, que nos transporta diretamente ao período colonial brasileiro.

Seu interior tem altares dourados em madeira, finamente entalhados, adornados por imagens devocionais do século XVIII, que revelam a habilidade artesanal da época e a profunda religiosidade que moldava a vida cotidiana dos fiéis.

O presbitério abriga cadeirais em jacarandá delicadamente trabalhados, peças de grande valor histórico e artístico, destinados à celebração do ofício dos frades. A nobreza da madeira e a elegância dos entalhes refletem a importância do espaço litúrgico e o cuidado com os rituais religiosos da época.


Da igreja, seguimos em direção à Praça da República, onde se ergue o Monumento a Brás Cubas. A obra presta homenagem ao fundador da cidade de Santos, celebrando sua importância histórica e o legado que ajudou a moldar os primeiros passos da região.

Considerada uma verdadeira obra-prima por seu equilíbrio estético e harmonia de formas, a escultura foi esculpida em Gênova pelo renomado artista italiano Lorenzo Massa.

Ao lado do monumento dedicado ao fundador da cidade, ergue-se a Alfândega de Santos, a maior e mais significativa unidade aduaneira do Brasil.

Inaugurado em 1934, o prédio da Alfândega de Santos exibe uma arquitetura eclética, marcada pela presença de influências art déco, que conferem elegância e sofisticação à sua estrutura imponente.

Da sede da Receita Federal, foi apenas um curto trajeto até o Estuário de Santos, onde ocorre a Travessia de Barcas, ponto de ligação entre Santos e Guarujá. Esse tradicional serviço de balsa oferece uma vista privilegiada do litoral paulista, proporcionando aos passageiros uma experiência única de conexão entre as duas cidades.


O local oferece uma vista deslumbrante do Porto de Santos, com suas enormes estruturas portuárias e o vai e vem constante de embarcações, compondo uma cena vibrante e cheia de movimento que é, sem dúvida, uma das mais icônicas da cidade.


O Porto de Santos é amplamente reconhecido como o principal porto do Brasil e o maior complexo portuário da América Latina, desempenhando um papel crucial no comércio internacional e na economia do país. Sua infraestrutura de ponta e movimentação intensa fazem dele um verdadeiro coração pulsante do comércio exterior brasileiro.


Considerado o principal ponto de escoamento de riquezas do Brasil, o Porto de Santos se destaca pela variedade de seus terminais, especializados em granéis sólidos, líquidos, contêineres e carga geral. Além disso, conta com estrutura voltada para o transporte de passageiros, o que aumenta ainda mais sua versatilidade e eficiência. Essa infraestrutura robusta é fundamental para garantir o fluxo contínuo de comércio tanto para o mercado interno quanto para o internacional.

Após registrar a movimentação dos navios no Porto de Santos, seguimos nossa caminhada e chegamos à Catedral de Santos, um dos principais marcos históricos da cidade.

A construção da Igreja de Nossa Senhora do Rosário teve início em 1909, sendo inaugurada em 1924, embora sua conclusão total tenha ocorrido apenas em 1967.

Na fachada da Igreja Matriz de Santos, chamam a atenção duas imponentes esculturas em granito natural, que retratam São Pedro e São Paulo.


O templo possui três naves e é adornado por dois altares laterais de mármore. Ao lado do altar-mor, encontram-se duas capelas: a Capela do Santíssimo Sacramento e a Capela de Nossa Senhora de Fátima.


A grande cúpula da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, decorada com sete vitrais que ilustram momentos marcantes da vida de Nossa Senhora, é um dos destaques desta impressionante obra arquitetônica.


A Catedral de Santos fica ao lado do Theatro Coliseu, o maior teatro da cidade, inaugurado em 1909.


Ainda nas proximidades está localizado o Palácio da Justiça, uma construção inaugurada em 1940.

Também nos arredores, está a Primeira Igreja Batista de Santos, uma instituição religiosa com mais de um século de história, fundada em 1903.

Essas edificações estão localizadas ao redor da Praça Patriarca José Bonifácio, que abriga um belo monumento em homenagem aos soldados que lutaram com bravura durante a Revolução Constitucionalista de 1932.

Saindo da arborizada praça, seguimos nossa caminhada até a histórica Casa de Câmara e Cadeia, mais um ícone de Santos.

Projetada em 1836 e concluída três décadas depois, devido aos conflitos das Guerras do Uruguai e do Paraguai, a Casa de Câmara e Cadeia de Santos carrega uma história multifacetada. Ao longo dos anos, funcionou como sede da câmara municipal, prisão, fórum e delegacia de polícia. Um dos momentos mais significativos ocorreu em 25 de novembro de 1894, quando o edifício foi palco da proclamação da primeira e única Constituição Municipal do Brasil.

Construída com materiais como pedra, cal, argila, areia e melado de cana-de-açúcar, a Casa de Câmara e Cadeia exibe características típicas da arquitetura colonial brasileira.

A Cadeia Velha de Santos está situada em frente à arborizada Praça dos Andradas.

A Praça dos Andradas é rodeada por diversas construções históricas, o que acrescenta ainda mais charme e significado ao seu ambiente.


Entre as construções históricas que cercam a praça, destaca-se o Theatro Guarany, o primeiro teatro de Santos, inaugurado em 1882.


Logo ao lado do Theatro Guarany, encontra-se a Praça Rui Barbosa.


A Praça Rui Barbosa está em frente à encantadora Igreja de Nossa Senhora do Rosário.


Erguida por volta de 1756, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário teve um papel histórico marcante, sendo a primeira na antiga Vila de Santos a permitir a participação de escravos em cerimônias religiosas. Essa postura pioneira não apenas reforça sua relevância cultural e religiosa, mas também destaca sua posição progressista no contexto social da época.

As paredes laterais internas da Igreja de Nossa Senhora do Rosário são embelezadas com afrescos de inspiração árabe, pintados em largas faixas que alternam cores vibrantes. Essa decoração única e exuberante cria uma atmosfera envolvente e encantadora, proporcionando uma experiência visual imersiva no interior do espaço sagrado.

O teto abobadado da igreja é adornado com frisos em relevo que se entrelaçam, formando delicadas rosetas. Esse detalhe decorativo acrescenta uma dose de elegância e sofisticação ao templo religioso, complementando a beleza arquitetônica do local.


No interior de cada roseta, imagens e símbolos sacros estão meticulosamente dispostos, com o propósito de estabelecer uma comunicação visual com os fiéis. Essa prática, de grande relevância até o século XIX, era essencial em um período em que a maioria da população era analfabeta.

Seguindo nosso passeio, passamos pelo Palácio Saturnino de Brito, que atualmente abriga a sede da Sabesp, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo.



Continuamos nossa caminhada até as encostas do Monte Serrat, onde se encontra a estação do funicular, que oferece uma vista única da cidade.

Casino Monte Serrat Santos
No alto do Monte Serrat, encontra-se o Casino Monte Serrat Santos, um local que oferece uma vista panorâmica deslumbrante de 360 graus da Baixada Santista e do Porto de Santos. Além disso, os visitantes podem desfrutar do pitoresco sistema funicular histórico para chegar ao topo, bem como apreciar uma charmosa cafeteria secular.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar no Casino Monte Serrat Santos partindo do centro de Florianópolis – Santa Catarina – Brasil:
Contatos do Casino Monte Serrat Santos
- Endereço: Praça Corrêa de Mello, 33 – Centro Histórico | Santos – São Paulo – Brasil
- Telefones: (13) 3221-5665 | (13) 3221-6235
- E-mail: bondinho@monteserrat.com.br
Para obter informações mais detalhadas, visite o site oficial do Casino Monte Serrat Santos.
Horários de Funcionamento
- Segunda: 10h00 às 20h00
- Terça a sexta: 8h00 às 20h00
- Sábado e domingo: 8h00 às 19h00
Valores de Ingresso
- Público em geral: R$ 27,00 (segunda a quinta)
- Público em geral: R$ 30,00 (sexta a domingo)
- Maiores de 60 anos e estudantes: R$ 15,00
- Crianças até 5 anos: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 1 hora

Chegamos ao local justamente quando os icônicos bondinhos de Santos estavam cruzando a encosta do Monte Serrat. Compramos os ingressos e aguardamos com expectativa os 30 minutos até a próxima partida.

Embora fosse possível subir os 147 metros do Monte Serrat por uma escadaria com 402 degraus gratuitamente, naquela ocasião, essa ideia estava longe de ser cogitada. O calor intenso e o cansaço acumulado por estarmos caminhando desde as primeiras horas do dia tornavam essa alternativa pouco atraente.

No topo do Monte Serrat, estão localizados o antigo cassino e o Santuário de Nossa Senhora do Monte Serrat, padroeira de Santos, SP.

O passeio de funicular é realizado por um sistema composto por dois bondinhos, cada um com capacidade para 45 pessoas. Em apenas quatro minutos, eles percorrem os 242 metros de extensão da linha, oferecendo uma experiência rápida e divertida aos visitantes.


Idealizado por imigrantes espanhóis, o sistema de bonde funicular de Santos teve sua construção iniciada em 1910. Contudo, devido aos efeitos da Primeira Guerra Mundial nas importações, o projeto sofreu atrasos consideráveis, sendo concluído apenas em junho de 1927.


Na época, os bondinhos eram fechados com cortinas, preservando a privacidade da boemia santista, que tinha como ponto de encontro o alto do Monte Serrat. Lá, o público assistia a shows de grandes artistas, como Carmen Miranda, Francisco Alves e Sílvio Caldas, celebrando o charme e a vivacidade das noites santistas.


A casa noturna, revestida de materiais nobres como mármore de Carrara, vitrais belgas, cortinas e tapetes franceses, além de prataria e cristais europeus, era renomada internacionalmente, tornando-se um ponto de referência para turistas que visitavam a cidade.


Três meses após a inauguração dos bondinhos e do salão de festas, o complexo do Monte Serrat passou a sediar um cassino. A casa de jogos funcionou até 1946, quando a prática foi proibida em todo o território nacional por decreto do governo federal.


Em dezembro de 1927, o complexo do Monte Serrat ganhou mais uma atração: um cinema. A novidade ampliou as opções de lazer disponíveis no local, consolidando-o como um dos principais centros de entretenimento da cidade na época.


Atualmente, o antigo cassino do Monte Serrat foi transformado em um elegante espaço para eventos sociais e culturais, unindo tradição e sofisticação em um só lugar. O local também abriga uma charmosa cafeteria, ideal para quem deseja apreciar um bom café enquanto desfruta de um ambiente repleto de história, arquitetura e vistas deslumbrantes da cidade de Santos.


Embora o trajeto de funicular não proporcione grandes emoções, a vista que se revela do alto do Monte Serrat compensa amplamente. Do mirante, é possível contemplar uma paisagem panorâmica de tirar o fôlego, abrangendo toda a Baixada Santista e o movimentado Porto de Santos, uma experiência que permanece na memória de qualquer visitante.


Além da espetacular vista de 360 graus da cidade de Santos, que atualmente conta com cerca de 440 mil habitante, o topo do Monte Serrat também oferece uma perspectiva privilegiada dos municípios vizinhos, como São Vicente, Cubatão e Guarujá, compondo um cenário urbano e natural de impressionante beleza.


Do alto do Monte Serrat, nos deixamos envolver pela paisagem deslumbrante, tentando identificar alguns dos pontos turísticos de Santos que havíamos explorado ao longo do dia. Essa vista privilegiada proporciona não apenas uma nova perspectiva da cidade, mas também uma conexão emocional com cada local visitado, tornando a experiência ainda mais significativa.


É impressionante como o tempo voa quando estamos imersos em uma vista tão espetacular! Sem que percebêssemos, os bondinhos já estavam em movimento novamente, sinalizando que os 30 minutos desde nossa chegada ao topo do Monte Serrat haviam passado num piscar de olhos.


Após contemplarmos a vista panorâmica do alto do Monte Serrat, caminhamos até o Santuário de Nossa Senhora do Monte Serrat.


A Capela de Nossa Senhora do Monte Serrat foi construída em 1599 por determinação do então governador Dom Francisco de Souza, fervoroso devoto da santa, que também é padroeira de Barcelona, na Espanha.


Registros históricos indicam que, em 1614, durante a invasão da Vila de Santos pelo corsário holandês Joris van Spilbergen, muitos moradores buscaram refúgio no alto do Monte Serrat.


Na tentativa de alcançar os moradores refugiados, os corsários foram surpreendidos por um deslizamento de terra e pedras, que desabaram da encosta do Monte Serrat, soterrando parte do grupo invasor.


O episódio foi interpretado pela população como um milagre de Nossa Senhora do Monte Serrat, o que fortaleceu sua devoção e levou à sua consagração oficial como padroeira da cidade de Santos em 1955.


Após explorarmos a pequena e histórica igreja no topo do Monte Serrat, voltamos a contemplar a deslumbrante vista panorâmica de Santos e seus arredores.


A beleza da paisagem inspira gratidão e convida à reflexão sobre momentos tão especiais e cheios de significado.


Enquanto nos perdíamos na contemplação da deslumbrante paisagem, fomos surpreendidos ao perceber que quase uma hora havia se passado desde nossa chegada ao local.


Esse detalhe nos fez lembrar que, caso perdessemos o bondinho que subia, teríamos que aguardar 30 minutos até o próximo. Era hora de nos despedirmos do Monte Serrat e seguir de volta à cidade.


Com uma combinação de pressa e graça, nos dirigimos rapidamente à estação do funicular, assegurando nossa vaga no cobiçado bondinho antes que partisse.

De volta ao nível do mar, solicitamos um Uber e seguimos em direção a São Vicente, SP. Ao chegarmos, desembarcamos em frente à charmosa Igreja Matriz São Vicente Mártir.

O primeiro templo da Igreja Matriz de São Vicente foi erguido por Martim Afonso de Sousa em 1532, mas foi tragicamente destruído por um maremoto que atingiu a cidade em 1542. Este desastre natural representou um momento marcante na história da igreja e da cidade.

A segunda Igreja Matriz de São Vicente foi construída pela população em um local mais afastado do mar, na tentativa de se proteger dos riscos das águas. No entanto, essa medida não foi suficiente para evitar a destruição do templo, que foi saqueado e destruído por piratas que atacaram a cidade, roubando o comércio e as residências locais.

Finalmente, em 1757, a atual Igreja Matriz de São Vicente foi erguida sobre as ruínas da anterior. Desde então, ela permanece como um símbolo da resiliência e da fé inabalável da comunidade de São Vicente, SP.

Seu nome é uma homenagem a São Vicente Mártir, santo espanhol que, além de dar nome à cidade, é reverenciado como seu padroeiro.

Praticamente ao lado da igreja, está o Parque Cultural Vila de São Vicente, um espaço inaugurado para celebrar os 500 anos do descobrimento do Brasil.

O Parque Cultural foi inspirado na primeira vila do Brasil, a Vila de São Vicente, fundada por Martim Afonso de Sousa em 1532. Essa conexão histórica confere ao parque uma atmosfera autêntica, proporcionando aos visitantes a chance de vivenciar o início da colonização portuguesa no país.

Hoje, o parque recria cenas históricas, costumes e usos da época por meio de diversas atrações, como o Teatro de Bonecos, o Museu da Encenação de São Vicente e o Pelourinho. Essas experiências imersivas permitem que os visitantes se conectem com a rica história de São Vicente – SP, e conheçam de perto a cultura da primeira vila brasileira.

Infelizmente, durante nossa visita, todos os atrativos do Parque Cultural Vila de São Vicente estavam fechados. Seguimos então explorando a área central de São Vicente, um município com cerca de 360.000 habitantes.

Passamos em frente ao Museu Casa Martim Afonso, um importante espaço dedicado à preservação da memória e do legado de Martim Afonso de Sousa, o fundador de São Vicente.

Cruzamos a Praça Vinte e Dois de Janeiro, em homenagem à data de fundação de São Vicente, onde se encontra o monumento “A Glória São Vicente”, uma imponente representação da história e orgulho da cidade.

Seguimos até a famosa Praça da Biquinha de Anchieta, um dos pontos mais emblemáticos de São Vicente, conhecida por sua importância histórica e beleza cênica.

A fonte de água natural da praça era um local frequentado pelo Padre Anchieta para suas meditações, sendo favorecido pela tranquilidade e beleza natural que a cercava, criando um ambiente sereno e ideal para momentos de reflexão.

Além disso, foi nesse mesmo local que o Padre Anchieta ensinou catecismo e as primeiras lições de português aos nativos, deixando um importante legado educacional para a comunidade local.

Com o tempo, o Padre Anchieta passou a encenar suas peças teatrais neste local, os conhecidos autos, que eram assistidos tanto pelo povo quanto pelas autoridades da época. Muitos consideram esses eventos como o marco inicial do teatro no Brasil.

Próximo à Biquinha de Anchieta, encontra-se o Marco Padrão, uma importante homenagem ao quarto centenário da fundação de São Vicente, símbolo da rica história do município.


O Marco Padrão está situado na ponta da Praia do Gonzaguinha, oferecendo uma vista privilegiada e destacando-se como um ícone da cidade.


Cercada por um extenso calçadão, a Praia do Gonzaguinha, com cerca de 800 metros de extensão, é considerada por muitos como a mais vibrante de São Vicente, atraindo tanto moradores quanto turistas em busca de lazer e diversão.


Caminhamos ao longo da orla da Praia do Gonzaguinha até chegarmos a um ponto estratégico, de onde pudemos admirar a Ponte Pênsil de São Vicente, uma estrutura icônica inaugurada em 1914 e que se destaca na paisagem da cidade.

Após poucos minutos de caminhada, chegamos à encantadora Praia do Itararé, um dos destinos mais procurados de São Vicente, SP.

A ideia era admirar o pôr do sol a partir do Monumento Niemeyer, localizado no alto da Ilha Porchat, que separa naturalmente a Praia do Gonzaguinha da Praia do Itararé.

No entanto, como sempre há um ‘mas’, as nuvens carregadas que nos acompanharam durante toda a Moto Expedição 2020: Belas Rotas apareceram no fim do dia, adiando nosso plano.


Por um lado, poupamos alguns passos. De fato, a caminhada foi longa, mas valeu cada momento, pois tivemos a chance de explorar tantos lugares interessantes e mergulhar na rica história e na beleza de Santos e São Vicente.

Com a imagem dos parapentes sobrevoando a Praia do Itararé, nos despedimos desta sexta-feira. Agora, é hora de descansar, pois amanhã será dia de pegar a estrada novamente!


Oba! Já são 4 comentários nesta postagem!
Muito bom….rica história, o Museu do Café é sensacional. Até então, conhecia pouca coisa de Santos.
Abraços !
Uma cidade carregada de história, repleta de simbolismos e com várias belezas naturais. O Museu do Café é, de fato, uma das estrelas santistas. Assim que possível devemos retornar a Santos, que nos encantou. Valeu Fernando, abraços…
Quanta história, como tem coisas bonitas e interessantes no nosso Brasil…PARABÉNS
Sim, além das inúmeras belezas naturais, a história de nosso país é rica e repleta de curiosidades.
Valeu, abraços…
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