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Xaxim, Xanxerê, Abelardo Luz e Vargeão – SC
31 de Março, 2019Neste ensolarado fim de semana decidimos rodar pelas estradas catarinenses, tendo como principal objetivo conhecer o Parque das Quedas, em Abelardo Luz – SC.
Partimos de Erechim na manhã de sábado e logo chegamos na foz do Rio Passo Fundo, o qual desemboca no Lajeado Grande, que metros depois termina misturando suas águas no imponente Rio Uruguai, divisa natural entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Já em solo catarinense seguimos pela rodovia federal BR-480.
Contornamos o centro de Chapecó para evitar o trânsito na cidade.
E acessamos a BR-282 sentido Xaxim.
Antes de Xaxim paramos para visitar Cordilheira Alta, município emancipado em 1992 e que abriga cerca de 4.000 habitantes.
Ali conhecemos a pequena Igreja de São Domingos.
E a ornamentada Gruta de Santa Bárbara, que fica ao lado da igreja matriz.
A poucos metros da gruta está a prefeitura municipal.
Após a breve pausa em Cordilheira Alta voltamos a rodar pela BR-282 e logo chegamos em Xaxim.
Com cerca de 28.000 habitantes, Xaxim é o terceiro maior exportador de aves do Brasil e o sexto município do estado em produção agropecuária.
A região onde se encontra Xaxim era caminho dos tropeiros e perto do local onde eles pernoitavam havia uma pequena cachoeira, a qual deu origem ao nome do município, que significa pequena cachoeira em tupi-guarani, sendo Xá (pequena) e Xim (queda d’água).
Estacionamos a Formosa no centro da cidade e partimos para uma caminhada pela Praça Frei Bruno.
A Páscoa se aproxima e a maioria das cidades conta com decoração temática em suas ruas e praças principais. Em Xaxim não é diferente, e o FredLee se sentiu em casa.
Não apenas a praça principal, mas toda a cidade nos encantou, pela organização, limpeza e simpatia de seus moradores.
A arborizada praça abriga diversos bancos, chafariz, área para se refrescar nos dias mais quentes, um quiosque com venda de artesanato local e um monumento em homenagem ao religioso que dá nome à praça: Frei Bruno.
De frente para a praça fica a igreja matriz de Xaxim.
A Paróquia São Luiz Gonzaga foi construída em 1947 com estilo gótico.
A igreja é o principal cartão postal da cidade e considerada uma das igrejas mais bonitas de Santa Catarina.
Seu interior conta com diversas pinturas e belos vitrais.
Conhecido o templo religioso voltamos a rodar pelas ruas centrais da cidade conhecida como o “Coração Verde do Oeste Catarinense” pela preservação ambiental e sadia qualidade de vida.
Paramos para uma foto em frente à prefeitura municipal de Xaxim.
E nos despedimos da cidade retornando para a rodovia federal BR-282.
Em poucos minutos chegamos em Xanxerê.
Nesta região catarinense as cidade são bem próximas uma das outras, Cordilheira Alta fica a cerca de 20km de Chapecó e menos de 10km de Xaxim, que por sua vez fica a cerca de 20km Xanxerê.
Com a Formosa devidamente estacionada em uma sombra (o dia estava bem quente), seguimos conhecer a igreja matriz de Xanxerê.
A Paróquia Senhor Bom Jesus começou a ser construída em 1952 e foi concluída na década de 1970.
Como as portas da igreja estavam fechadas, nos contentamos em fotografar sua fachada e atravessar a rua para explorar a Praça Tiradentes.
A principal praça da cidade conta com playground, mesas com tabuleiros de xadrez, anfiteatro, teatro de arena, academia ao ar livre, ponto de leitura e bancos para descanso.
Também abriga uma locomotiva alemã T.H. Floether Gassen IL fabricada em 1911.
A máquina movida a vapor foi utilizada em uma serraria na Vila Saqueti, no município de Quilombo.
Da Praça Tiradentes fomos até a prefeitura municipal de Xanxerê.
Que fica ao lado da Casa da Cultura Maria Rosa.
A Casa da Cultura ocupa o prédio da antiga prefeitura, tombado como patrimônio histórico.
Xanxerê é um dos municípios mais desenvolvidos de Santa Catarina, conta com aproximadamente 50.000 habitantes e foi emancipado em 1954.
Antes de deixarmos Xanxerê fomos ao Parque de Exposições Rovilho Bortoluzzi.
O local conta com ótima estrutura e é palco de diversos eventos, entre eles a conhecida FEMI – Festa Estadual do Milho, que acontece de dois em dois anos.
Xanxerê é tida como a “Capital Estadual do Milho” e o parque ostenta um grande monumento em homenagem ao cereal.
O monumento tem 18 metros de altura e fica ao lado do Museu do Milho, que infelizmente estava fechado.
Na língua indígena kaingang Xanxerê significa campina da cascavel, sendo Xãxã (cascavel) e Rê (campo ou campina).
Partimos de Xanxerê pela BR-480 sentido norte.
E no início da tarde chegamos em Abelardo Luz, nosso destino do dia.
Abelardo Luz fica na divisa com o Paraná, conta com aproximadamente 18.000 habitantes e foi emancipado em 1958.
Esta região era povoada inicialmente por índios guaranis e kaingangs, anos depois serviu como base de passagem dos tropeiros, que apelidaram a localidade de Passo das Flores, impressionados com o intenso perfume das inúmeras flores ali existentes.
Na sequência vieram os descendentes de italianos e alemães e, em 1922, a localidade foi elevada a categoria de distrito com o nome de Abelardo Luz, em homenagem ao filho do político Hercílio Pedro da Luz, Abelardo Wenceslau da Luz.
Abelardo Luz é um dos maiores produtores de grãos do estado, recebeu o título de “Capital Nacional da Semente de Soja” e, não à toa, a árvore de Páscoa na praça central da cidade estava decorada com ovos pintados e revestidos com sementes de soja.
Da praça central seguimos para a igreja matriz.
A Paróquia São Sebastião chama a atenção por seu formato lembrar um navio.
Ao seu lado fica a Gruta Nossa Senhora de Fátima.
O Rio Chapecó corta a cidade de ponta a ponta e a Avenida Beira Rio acompanha seu traçado por um bom trecho.
Percorremos toda a avenida e depois cruzamos a ponte sobre o rio.
Logo chegamos ao Parque das Quedas.
Parque das Quedas
Local: Avenida Fermino Martins Neto, 2.395 | Vila Ceres | Abelardo Luz – SC
Telefone: (49) 3445-2100
Site: http://www.quedasparkhotel.com.br/lazer-parque.html
Funcionamento: Terça a domingo das 9h00 às 18h00
Ingresso: R$ 15,00 (terça à quinta) | R$20,00 (sexta à domingo)
Tempo médio de visitação: 3 horas
O Parque das Quedas é formado por um conjunto de sete quedas d’água no Rio Chapecó e outras três quedas no Rio das Éguas.
O parque é administrado pelo Quedas Park Hotel, que fica no alto e proporciona uma vista incrível das cachoeiras.
Com a Formosa no estacionamento, trocamos os capacetes pelos bonés e partimos para uma trilha (estávamos com saudades de fazer trilhas em meio à natureza).
A trilha é bem curta e logo no início chegamos na Gruta Caracol.
O local recebe este nome pois atrás do véu branco da cascata do Rio das Éguas existe uma gruta, conhecida por ter abrigado mais de 100 homens durante a Revolução Federalista, entre os anos de 1893 e 1895.
Da gruta avançamos pela trilha ecológica que mescla partes em meio a áreas sombreadas e outras em campo mais aberto.
E em instantes chegamos na última queda do Rio das Éguas, que forma uma piscina natural com aproximadamente 140 centímetros de profundidade.
Deste ponto em diante suas águas passam a se misturar com as águas do Rio Chapecó.
Com a grande quantidade de quedas, diversas ilhas são formadas e a passagem entre uma ilha e outra é feita por várias pontes pênsil.
Ao cruzar pelas pontes constatamos a impressionante força da vazão das águas.
Além do hotel, o Complexo das Quedas conta com cabanas, área com churrasqueiras, área para camping, lanchonete, piscina com tobogã, pista de motocross, pesque e pague e observatório de pássaros.
Vencidas as várias pontes é chegada a vez de subir por uma extensa escadaria.
Mas o esforço vale a pena, pois conseguimos chegar bem pertinho das quedas.
E nos encantar com um visual de tirar o fôlego.
Cada passo dado é um novo ângulo para apreciação.
E logo chegamos na queda mais alta das sete, que se destaca pelo formato das enormes pedras, que parecem que foram esculpidas delicadamente.
Regressamos pela trilha até o local onde o Rio das Éguas se encontra com o Rio Chapecó (do hotel até ali é possível chegar de carro ou pela trilha que fizemos).
E, como bons motociclistas, não voltamos pelo mesmo trajeto da ida, seguimos caminhando pela estrada em busca de novos ângulos das quedas.
O Rio Chapecó tem aproximadamente 250km de extensão e conta com inúmeras quedas de água ao longo de seu curso.
A vista das cachoeiras, o som das águas, o cheiro das flores e o calor do sol… que sensação indescritível.
Entre uma longa pausa e outra para apreciar tamanha beleza retornamos ao hotel.
Onde nos preparamos para aguardar o tão esperado pôr do Sol.
Além de todo o encanto da flora conseguimos avistar diversas aves no local, como quero-quero e curucacas.
Aos poucos o espetáculo do Astro Rei foi ganhando forma e, mesmo cercado por algumas nuvens, sua despedida foi encantadora.
Após uma agradável noite embalada pelo som das quedas do Rio Chapecó despertamos nas primeiras horas do domingo com o Sol iluminando as cachoeiras.
Nos beneficiamos mais alguns instantes com a energia local, fizemos o desjejum, carregamos a Formosa e nos despedimos deste local tão mágico.
Rodamos até Xanxerê pelo mesmo trajeto da ida, e de lá seguimos pela rodovia BR-282 sentido leste.
Logo chegamos em Vargeão.
A cidade de Vargeão está localizada numa pequena parte da borda sul do imenso Domo de Vargeão, um dos oito exemplos de astroblemas (formação crateriforme produzida pela queda do espaço de um meteorito ou cometa) em território brasileiro.
A cratera circular em questão tem aproximadamente 12 quilômetros de diâmetro e foi formada pela queda de um meteorito.
Isso explica a presença de arenitos em superfície, cerca de 1.000 metros acima de sua posição estratigráfica normal, podendo ser interpretada como a expressão do núcleo central soerguido da estrutura de impacto do Domo de Vargeão.
No centro da cratera fica o Areal (localizado no interior do município), que contém argila com propriedades terapêuticas e medicinais.
Pois bem, atualmente Vargeão tem cerca de 4.000 habitantes, foi emancipado em 1964 e seu nome deriva de uma grande várzea existente na região.
Ali conhecemos a prefeitura municipal e a principal praça da cidade, onde a Sayo aproveitou para relaxar no curioso balanço.
Como é bastante tradicional, de frente para a praça fica a igreja matriz.
Denominada Paróquia São Pedro Apóstolo.
Na sequência nos despedimos de Vargeão pela BR-282.
Passamos por Ponte Serrada.
E logo chegamos no Vale do Contestado.
Dali foram poucos quilômetros até o Trevo do Irani, onde deixamos a rodovia BR-282 e passamos a rodar pela rodovia BR-153.
Este trajeto da Rodovia Transbrasiliana já é bem conhecido pela Formosa.
Após passar por Irani, Concórdia e cruzar a ponte sobre o Rio Uruguai, chegamos em Erechim – RS.
Trajeto percorrido no fim de semana:
Oba! Já são 2 comentários nesta postagem!
Belíssimas quedas dágua, e ficaram mais bonitas ainda por conta do(a) fotógrafo(a). E a Sayo no balanço está ótima!
Grande abraço para vocês!
O lugar é realmente lindo :) obrigado. Viu só, a Sayo aproveitou o confortável balanço da praça para um breve descanso. Abraços…
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