Bom dia Santa Maria de Belém do Grão Pará, ou simplesmente, Belém!
Após o saboroso café da manhã iniciamos a exploração da capital paraense, que foi a primeira capital da região norte do Brasil, fundada em 1616 e que atualmente conta com cerca de 1.500.000 habitantes.
O primeiro atrativo que visitamos na cidade foi a Basílica de Nossa Senhora de Nazaré.
A igreja foi erguida em 1909 no mesmo lugar em que foi achada a imagem da santa pelo caboclo Plácido, recebeu o título de Basílica Menor no ano de 1923 e foi elevada à categoria de Santuário Mariano Arquidiocesano em 2006.
A Basílica de Nossa Senhora de Nazaré é uma reprodução da Basílica de São Paulo em Roma, na Itália.
Nos anos 1960 o vigário padre Miguel Giambelli transformou os sinos da basílica nos primeiros sinos eletrônicos do Brasil.
Durante o tradicional Círio de Nazaré, um dos maiores eventos religiosos do mundo, uma réplica da imagem encontrada por Plácido (esculpida na década de 1960 pelo italiano Giacomo Muzner, com traços da mulher amazônica) é levada em procissão da Catedral Metropolitana de Belém até a basílica.
Do templo religioso fomos ao Mangal das Garças.
Parque Naturalístico Mangal das Garças
Local: Rua Carneiro da Rocha | Cidade Velha | Belém – PA
Telefone: (91) 3344-0100
E-mail: comercial@para2000.com.br
Site: http://www.mangaldasgarcas.com.br
Funcionamento: Terça a domingo das 8h00 às 18h00
Ingresso: Gratuito
Tempo médio de visitação: 2 horas
O Parque Naturalístico Mangal das Garças foi criado em 2005 e é o resultado da revitalização de uma área de cerca de 40.000 metros quadrados às margens do Rio Guamá, nas franjas do centro histórico de Belém.
O parque ambiental e zoobotânico abriga equipamentos de lazer, quiosques, restaurante, orquidário, borboletário, viveiro de aves e um memorial da navegação na Amazônia.
Ali nos deparamos com várias iguanas, tartarugas, guarás e, claro, muitas garças.
Junto ao viveiro fica o Farol de Belém, uma torre em estrutura metálica de 47 metros de altura.
Para acessar a torre é necessário adquirir um ingresso no valor de R$ 5,00.
Que vale muito a pena, pois a estrutura conta com dois níveis de observação, a 15 e a 27 metros, que proporcionam uma linda vista panorâmica de Belém do Pará.
Belém é conhecida como a “Cidade Morena”, “Metrópole da Amazônia” e ainda “Capital das Mangueiras”, este último título se dá graças a um projeto de 1902, quando a localidade passou por uma arborização recebendo centenas de mudas de mangueiras indianas, a fim de construir túneis sombreados.
Nos dias atuais mais de 12.000 mangueiras embelezam o município, fazendo jus ao título de “Capital das Mangueiras”.
Além da arborização a metrópole viveu uma grande expansão e revitalização no início do século XX, que contemplou a construção de diversos palacetes, bolsa de valores, grandes teatros, igrejas, necrotério, amplas praças com lagos e chafarizes, infraestrutura sanitária, calçamento de vários quilômetros de vias com pedras importadas da Europa, construção da malha de esgoto nos principais bairros, aterramento de rios e córregos, alargamento de vias e criação de avenidas e boulevards.
O ambicioso projeto denominado Paris n’América foi executado pelo intendente Antônio Lemos e bancado com o dinheiro gerado através da comercialização do látex, no tempo áureo do ciclo da borracha.
Depois de ver Belém por outro ângulo deixamos o farol e adentramos no Borboletário José Márcio Ayres, onde também é cobrada uma taxa de R$ 5,00 por pessoa para visitação.
No borboletário do Mangal das Garças são produzidas mensalmente mais de 5.000 borboletas, sendo que cada animal produzido é identificado e registrado.
Entre as espécies produzidas no local estão a borboleta Olho de Coruja (Caligo Illoneus), Ponto de Laranja (Anteosmenippe), Júlia (Dryas Iulia), Brancão (Ascia Monusti) e Battus (Battus Polydamas).
Ali recebemos informações sobre estes belos e delicados animais e acompanhamos a soltura de diversas borboletas.
Na sequência fomos ao Memorial Amazônico da Navegação, o qual estava fechado para manutenção.
Por fim caminhamos pela passarela suspensa de 100 metros de extensão que segue até o Mirante do Rio.
Ao deixar o Mangal das Garças nos deparamos com uma linda flor da árvore chamada Abricó de Macaco.
A próxima parada foi em frente à Casa das Onze Janelas, construída no século XVIII como residência de Domingos da Costa Bacelar, proprietário de engenho de açúcar.
Ao lado da Casa das Onze Janelas, que estava fechada para reformas, fica o Forte do Presépio.
Forte do Castelo do Senhor Santo Cristo do Presépio de Belém
Local: Praça Frei Caetano Brandão | Cidade Velha | Belém – PA
Telefone: (91) 4009-8695
E-mail: fortedopresepio@hotmail.com
Funcionamento: Terça a sexta das 10h00 às 17h00 | Sábado, domingo e feriados das 9h00 às 13h00
Ingresso: R$ 4,00
Tempo médio de visitação: 45 minutos
O Forte do Castelo do Senhor Santo Cristo do Presépio de Belém, mais conhecido como Forte do Castelo, ou Forte do Presépio, está diretamente ligado à fundação de Belém e da colonização da Amazônia no século XVII.
Já desempenhou diversas funções e passou por várias reconstruções ao longo dos séculos até se tornar o atual espaço cultural e arqueológico de resgate da história de Belém e também dos povos anteriores à chegada dos conquistadores.
Do alto de suas muralhas é possível observar todo o centro histórico e a região do Mercado Ver-o-Peso.
Em suas dependências fica o Museu do Encontro, onde estão expostas peças de origem tapajônica e marajoara que ajudam a contar a história destes povos.
Sob um forte calor deixamos o Forte do Presépio e nos refrescamos com a saborosa água de um coco gelado na Praça Dom Frei Caetano Brandão.
Praça esta que fica entre o Forte do Presépio e a Catedral Metropolitana de Belém.
A Catedral Metropolitana de Belém, também conhecida como Igreja da Sé, foi construída entre os anos de 1748 e 1774, sendo elevada a sede de arquidiocese em 1906.
Seu interior guarda magníficos afrescos que decoram o teto e charmosas varandas laterais.
Também destaca-se um belo órgão francês do século XIX, inaugurado em setembro de 1882.
Da catedral passamos a caminhar pelas estreitas ruas centrais da capital paraense.
E logo chegamos na Corveta Museu Solimões.
Corveta Museu Solimões
Local: Praça Frei Caetano Brandão | Cidade Velha | Belém – PA
Telefone: (91) 4009-8821
Funcionamento: Terça a sexta das 10h00 às 14h00 | Sábado, domingo e feriados das 9h00 às 13h00
Ingresso: R$ 4,00
Tempo médio de visitação: 45 minutos
A Corveta Solimões, construída por um estaleiro holandês em 1954, foi entregue à Marinha Brasileira em 1955 e esteve subordinada ao Comando do 4º Distrito Naval até 2004.
Neste mesmo ano iniciou-se o processo de adaptação da corveta em navio-museu.
O circuito expositivo do museu rememora a trajetória da própria embarcação nas águas brasileiras e o cotidiano de sua tripulação.
Da Corveta Solimões avançamos até o Museu de Arte Sacra do Pará, complexo composto pela Igreja de Santo Alexandre e pelo antigo palácio episcopal, originalmente Colégio de Santo Alexandre.
Infelizmente o museu estava fechado, seguimos então a pernada.
Passamos por várias construções de época, dentre as quais uma chamava bastante a atenção, trata-se do Palácio Lauro Sodré, local onde funciona o Museu do Estado do Pará desde 1994.
Palácio Lauro Sodré – Museu do Estado do Pará
Local: Praça Dom Pedro II | Cidade Velha | Belém – PA
Telefone: (91) 4009-9831
E-mail: mabe@belem.pa.gov.br
Funcionamento: Terça a sexta das 10h00 às 17h00 | Sábado, domingo e feriados das 9h00 às 13h00
Ingresso: Gratuito
Tempo médio de visitação: 45 minutos
O Palácio Lauro Sodré é um imponente prédio neoclássico construído no século XVIII para abrigar o governador geral da província e sua família.
Atualmente o local serve como base do museu que reúne em seu acervo exemplares de natureza, época e estilos diversos.
Ao seu lado fica a prefeitura municipal de Belém.
Da prefeitura passamos pela Praça do Relógio.
O relógio de fabricação inglesa localizado no centro da Praça Siqueira Campos foi erguido na virada das décadas de 1920 e 1930.
Ele compõe o conjunto arquitetônico e paisagístico que fica às margens da Baía do Guajará, o qual foi reconhecido e tombado pelo IPHAN em 1977.
Alguns passos adiante ficamos cara a cara com o Solar da Beira.
O prédio construído no início do século XX integra o complexo do Ver-o-Peso.
Síntese dos sabores e cultura paraense, o Mercado Ver-o-Peso, também conhecido como Mercado de Ferro, é um dos maiores mercados a céu aberto do mundo, com 25 mil m² de área.
Sua história teve início em 1625, quando no mesmo local os portugueses tinham um posto de fiscalização que se chamava “Casa de Haver o Peso”.
Anos mais tarde, mais precisamente em 1899, começou a construção do Mercado de Ferro, o qual foi inaugurado em 1901, tornando-se um dos mercado públicos mais antigos do país, e que passou automaticamente a ser chamado de Ver-o-Peso.
Nele é possível encontrar o autêntico açaí paraense, fartos camarões, cestarias, artesanatos, sementes de árvores, castanhas, frutas típicas e mais uma infinidade de produtos regionais.
O meio da tarde se aproximava quando deixamos o famoso mercado de Belém e nos dirigimos até outro ícone da cidade, o requintado Theatro da Paz.
Theatro da Paz
Local: Rua da Paz | Centro | Belém – PA
Telefone: (91) 4009-8750
E-mail: pautastp@gmail.com
Site: https://theatrodapaz.com.br
Funcionamento: Terça a sexta às 9h00, 10h00, 11h00, 12h00, 14h00, 15h00, 16h00 e 17h00 | Sábado às 9h00, 10h00, 11h00 e 12h00 | Domingo às 9h00, 10h00 e 11h00
Ingresso: R$ 6,00
Tempo médio de visitação: 1 hora
Fundado em 15 de fevereiro de 1878, o Teatro da Paz foi inspirado no Teatro Scalla de Milão (Itália) e é um marco do período de abundante riqueza que fez crescer e desenvolver a cidade de Belém.
Projetado pelo engenheiro militar pernambucano José Tibúrcio de Magalhães, o teatro segue o estilo neoclássico.
Originalmente sua fachada ostentava sete colunas, porém, após críticas negativas (por não seguir uma das regras do neoclassicismo que determina que a frontal deva conter colunas em números pares) foi modificada para a atual no ano de 1904.
No hall de entrada estão dois bustos em mármore de carrara dos escritores brasileiros José de Alencar e Gonçalves Dias.
Belíssimos afrescos nas paredes e no teto, lustres de cristal, acústica perfeita, grandes obras de arte, peças de decoração folheadas a ouro e muita madeira nobre, mármore e pisos espetaculares em diversos ambientes demonstra a suntuosidade do teatro.
O Theatro da Paz foi a primeira casa de espetáculos construída na Amazônia e seu salão de espetáculos tem características grandiosas, com capacidade para acomodar 1.100 pessoas originalmente, atualmente comporta 900 espectadores.
A pintura em afresco do teto central apresenta elementos da mitologia greco-romana fazendo uma alusão ao Deus Apolo conduzindo a Deusa Afrodite e as musas das artes à Amazônia.
No centro do teto foi adaptado o lustre em bronze americano que substituiu um grande ventilador que ajudava a amenizar o calor na época de auge do teatro.
O pano de boca, pintado na França no ateliê Carpezat, intitulado “Alegoria à República“ foi inaugurado em 1890 em celebração à República Brasileira.
De frente para o Theatro da Paz fica a ampla e bela Praça da República.
Antes de se tornar um local arborizado a Praça da República foi um cemitério destinado aos escravos e também à população sem recursos da capital paraense.
Passou a ser uma praça após a construção de um monumento que faz alusão à proclamação da república, em 1889.
No fim do dia seguimos até o Aeroporto Internacional de Belém, o destino? Amanhã revelamos!
Oba! Já são 2 comentários nesta postagem!
Boa noite!!!
Hoje o passeio foi de embasbacar… de tirar o folego…. indescritivel.
Mais uma vez somos gratos por nos permitirem viajar com vocês.
temos curtido muito cada momento com os relatos e fotos deslumbrantes
postados diariamente. Viagem muito bem planejada e curtida… é a cara de vocês!
Namastê…
Foi um ótimo passeio pela linda capital paraense. Belém é linda.
Estamos ansiosos para ler tudo aquilo que tu tem para dizer! É chegado o momento de abrir este coração e compartilhar tua opinião, crítica (exceto algo desfavorável à imagem da Formosa), elogio, filosofar a respeito da vida ou apenas sinalizar que chegou até aqui ;)
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