Brasil • Expedição 2018: Tapajós – Amazonas • Minas Gerais • São Paulo
Dia 02: Sorocaba – SP a São Roque de Minas – MG
8 de Setembro, 2018O sábado amanheceu com um lindo céu azul sem a presença de nenhuma nuvem na cidade de Sorocaba, prometendo ser um excelente dia para rodar de moto!
Animados fizemos o desjejum, carregamos a Formosa e nos despedimos da cidade paulista pela rodovia SP-075.
Passamos por Itu, Salto, Indaiatuba e nos aproximamos de Campinas.
A ideia era contornar a maior cidade do interior brasileiro, com mais de 1.000.000 de habitantes, mas em meio a um alto fluxo de veículos, diversas saídas e sem avistar nenhuma placa indicando a cidade de Mogi-Mirim, a qual eu havia gravado o nome pois deveríamos passar por ela, logo nos vimos no centro da movimentada Campinas.
Como temos mais sorte do que juízo acabamos seguindo o fluxo enlouquecido do trânsito no centro da cidade e quando percebemos já estávamos na rodovia SP-340, a qual buscávamos.
Pela rodovia estadual duplicada avançamos sentido norte.
Rapidamente chegamos em Mococa, a última cidade paulista antes da divisa com Minas Gerais.
Vale destacar que de Capão Bonito até Mococa foram cerca de 400km de estradas pedagiadas (8 pedágios ao todo), duplicadas, em ótimo estado de conservação, e o melhor: motocicletas são isentas de tarifa.
Assim que a estrada deixou de ser duplicada e passou a ser de mão dupla cruzamos a divisa de São Paulo com Minas Gerais, onde fizemos uma breve pausa para registrar o momento.
Tão logo pisamos em terras mineiras tratamos de parar na primeira lanchonete às margens da rodovia e saborear um legítimo pão de queijo mineiro.
Quitute devorado, estava uma delícia, avançamos pelas estradas mineiras rodeados por extensas plantações de café.
Em São Sebastião do Paraíso passamos ao lado do Cristo Redentor e nos despedimos da BR-491, acessando a pedagiada MG-050.
A rodovia estadual é de mão dupla e está em bom estado de conservação.
Em Passos um pequeno trecho da estrada é duplicada, seguíamos tranquilos até que avistamos um carro vindo em nossa direção, sim, na contra-mão.
Uai, sô! Após o fato curioso a pista voltou a ser de mão dupla e nada melhor que um pare e siga beeem demorado em uma tarde ensolarada, quente pra chuchu!
O dia todo passou num piscar de olhos, com exceção dos poucos minutos que ficamos parados cozinhando na fila do pare e siga, que pareceram uma eternidade.
Assim que o sinal ficou verde tratamos de enrolar o cabo e acelerar para nos refrescar com o vento.
Já era meio da tarde quando passamos pela ponte sobre o Rio Grande, que nasce na Serra da Mantiqueira, em Bocaina de Minas, e percorre 1360km até se juntar ao Rio Paranaíba na divisa entre Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso do Sul, para então formar o majestoso Rio Paraná.
Em 1958 iniciou-se a construção da Usina Hidrelétrica de Furnas, considerada a maior obra da América Latina em execução na época, a qual foi concluída em 1965 e passou a represar as águas do Rio Grande.
O reservatório formado pela usina é conhecido como Lago de Furnas e carinhosamente chamado pela população local de Mar de Minas.
O lago banha atuais 34 municípios mineiros e cobre cerca de 1440km² quando em nível máximo de operação.
Poucos quilômetros após cruzar as águas do Rio Doce começamos a ver diversas barraquinhas e muitos carros, ônibus e motos parados no acostamento da MG-050.
Ficamos curiosos e decidimos parar em um dos locais onde havia uma grande aglomeração de pessoas.
Ali nos deparamos com diversas trilhas em meio à mata nativa.
Seguimos as pessoas e começamos a caminhar por uma dessas trilhas, e logo avistamos pequenos córregos que formam cachoeiras e belas piscinas naturais.
Bastaram alguns passos para chegarmos ao Mirante dos Cânions.
O mirante natural proporciona uma privilegiada vista dos cânions que atingem até 20 metros de altura e emolduram as águas verde-esmeralda do Lago de Furnas.
Vários barcos e catamarãs repletos de turistas exploravam as águas cristalinas, cachoeiras e grutas do Mar de Minas.
Mais alguns passos e conseguimos ver uma das cachoeiras, com pouca vazão de água, por ser época de seca, mas não menos esbelta por isso.
Que lugar sensacional, ótimo para passar o dia, ou melhor, dias, mas como estamos de passagem, retornamos ao asfalto, subimos na Formosa e voltamos a rodar pela MG-050.
Além do imponente Lago de Furnas, a paisagem ao redor da estrada nesta região é muito bonita e faz com que a viagem fique ainda mais prazerosa.
Com o fim do dia se aproximando aos poucos o trânsito foi ficando mais pesado, até que uma enorme fila surgiu em nossa frente e seguimos em velocidade reduzida.
O alto fluxo de veículos seguiu até o acesso a Capitólio, dali em diante o movimento voltou a ser tranquilo.
Passamos três praças de pedágio, onde deixamos R$ 3,00 em cada uma delas, nos despedimos da rodovia estadual MG-050 e adentramos na MG-341.
E rodando pela via mineira nos deparamos com o Astro Rei se retirando de forma sublime bem em nossa frente.
Após contemplar o segundo pôr do Sol da estrada durante a Expedição 2018: Tapajós – Amazonas chegamos em São Roque de Minas, onde buscamos um hotel e fomos descansar, pois amanhã conheceremos um pedacinho da Serra da Canastra!
Trajeto percorrido no dia:
Oba! Já são 4 comentários nesta postagem!
Olá… estou pensando em fazer essa viagem (Sorocaba – Capitólio) agora na primeira semana de Dezembro.
Tenho uma custom também (Yamaha Midnight). Tenho algum receio de muita estrada de terra. Vcs pegaram?
Conta um pouco…
abraço e obrigado.
Olá Marcos!
Pode ficar tranquilo, todo o trajeto de Sorocaba SP a Capitólio MG é asfaltado. Na época em que fizemos o percurso (2018) as estradas estavam em bom estado de conservação e a viagem foi maravilhosa.
Bons ventos. Abraços…
Aproveitem aí…deveriam ter ficado em Capitolio e fazer os passeio de barco e comer uma taraira recheada.
Valeu Laco. Por ser feriado haviam muitas pessoas por ali, chegamos a pegar uma baita fila da ponte de onde partem os barcos até o trevo de acesso a Capitólio, mantendo uma média de 30km/h. Fica para uma próxima, um bom motivo para voltar a este belo estado.
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