Brasil • Expedição 2021: Guartelá - Iguaçu • Paraná • Prudentópolis • Tibagi
Viagem de Moto pelo Paraná: Centro Histórico de Tibagi e a Igreja Ucraniana São Josafat em Prudentópolis
4 de Abril, 2021
Visite o centro histórico de Tibagi e veja os casarões coloniais que guardam memórias do ciclo do ouro e diamantes no Rio Tibagi, capítulo marcante da história do Paraná. Em Prudentópolis, conheça a Igreja São Josafat, a igreja ucraniana mais bonita do Brasil.
Em uma manhã de domingo, exploramos o centro histórico de Tibagi (PR), cidade que preserva o charme de seus casarões coloniais e guarda memórias do ciclo do ouro e diamantes no Rio Tibagi, capítulo marcante da história do Paraná. Após essa imersão cultural, seguimos viagem de moto pela BR-153 e BR-373 rumo a Prudentópolis (PR), destino conhecido por sua forte tradição ucraniana e carinhosamente apelidado de “Ucrânia Brasileira”. Lá, visitamos templos históricos, com destaque para a Igreja São Josafat, joia da arquitetura bizantina e considerada uma das mais belas igrejas ucranianas do Brasil.

Aproveitamos o conforto da pousada no centro de Tibagi (PR) para descansar e acordamos um pouco mais tarde neste domingo, após um sábado intenso, repleto de aventuras radicais no município, com direito a rafting nas corredeiras do Rio Tibagi e uma trilha ecológica de mais de 20 quilômetros pelo magnífico Cânion Guartelá, o sexto maior do mundo em extensão e o maior do Brasil.

Envoltos pela tranquilidade da cidade, após um café da manhã reforçado, iniciamos uma caminhada pelas ruas centrais de Tibagi, no interior do Paraná, conhecendo um pouco mais de sua história e de sua arquitetura singular.

Logo nos deparamos com um marco histórico: uma marcante construção de 1915 que, por décadas, abrigou o tradicional Grupo Escolar Telêmaco Borba até 1976. Desde 1981, o edifício passou a sediar a Biblioteca Pública Municipal de Tibagi, preservando sua importância educacional e cultural para a comunidade local.


A arquitetura do prédio é um belo exemplo do estilo eclético com influências neoclássicas, refletindo o padrão adotado pelo governo paranaense na época para edificações escolares. Esse modelo buscava expressar modernização, ordem e progresso, características marcantes da política educacional do início do século XX no estado.


No mesmo terreno do antigo colégio, destaca-se a antiga caixa d’água da cidade, também erguida em 1915. Essa estrutura foi essencial para o abastecimento urbano até 1974, simbolizando um período de modernização e crescimento em Tibagi.

Poucos metros adiante, avistamos o moderno Teatro Municipal Tia Inália, inaugurado em 1998. Com capacidade para 180 espectadores, o espaço tornou-se um dos principais polos culturais do município, sediando apresentações de música, dança, teatro, cinema, palestras e eventos comunitários. O teatro leva o nome de uma das grandes incentivadoras da cultura local, reforçando o compromisso de Tibagi com a arte e a educação.


Seguindo o passeio, chegamos à Ladeira do Paredão, ponto de acesso às refrescantes águas do Rio Tibagi, o mesmo cenário que, no dia anterior, havia sido palco da nossa inesquecível aventura de rafting.



Na sequência, passamos pela Casa da Cidade, prédio erguido em 1930 para abrigar o mercado municipal. Ao longo das décadas, o espaço foi sede da prefeitura e da câmara de vereadores, e atualmente acolhe a Casa da Cultura Peter Allan, além do Departamento de Cultura, da Escola de Dança e da Banda Municipal. O local é hoje um importante centro de difusão artística e de valorização das tradições tibagianas.


Logo ao lado ergue-se o Palácio do Diamante, uma das construções mais imponentes da cidade. Projetado pelo arquiteto alemão Max Staudacher e construído na década de 1930, o edifício foi inicialmente concebido para ser um seminário dos padres redentoristas. Hoje, abriga a Prefeitura Municipal de Tibagi e continua impressionando moradores e visitantes com sua arquitetura eclética e grandiosidade histórica.



Adjacente ao Palácio do Diamante está o Museu Histórico Desembargador Edmundo Mercer Júnior, inaugurado em 1987 em um edifício de 1949 que originalmente sediava o fórum municipal. Também conhecido como Museu do Garimpo de Diamante, o espaço preserva um dos maiores acervos históricos do interior do Paraná, com cerca de 5 mil peças distribuídas em nove salas temáticas.


O Museu do Garimpo de Diamante retrata a trajetória de Tibagi desde os primeiros habitantes indígenas caingangues até o ciclo da mineração de diamantes que marcou o desenvolvimento da cidade e do Rio Tibagi. Entre seus destaques estão equipamentos utilizados no garimpo, a sala dedicada ao mergulho com escafandro (único registro desse tipo em museus do Paraná) e exposições sobre os tropeiros, os pioneiros da região, além de uma mostra sobre a evolução das rádios e televisões no município. Infelizmente, estava fechado no dia de nossa visita.

Em frente às construções históricas, encontra-se a Praça Edmundo Mercer, um espaço de lazer e convivência que abriga parque infantil, quadras esportivas e áreas de descanso. No passado, o local era conhecido como Largo do Mercado, utilizado pelos padres redentoristas para práticas esportivas. Mais tarde, tornou-se Praça do Centenário, recebendo em 1984 o nome atual em homenagem a Edmundo Mercer, desbravador e responsável pelo mapeamento do município.


Separando a praça do terreno da igreja, uma charmosa viela chamada Caminho do Guataçará cria um corredor pitoresco que conecta a área cultural à espiritualidade local.



Ali se encontra a Gruta Nossa Senhora de Lourdes, uma atração recente, mas já significativa para a fé da comunidade, reforçando o patrimônio religioso e cultural de Tibagi (PR).


O destaque maior, no entanto, é a Paróquia Nossa Senhora dos Remédios, a Igreja Matriz de Tibagi, inaugurada em 1943. Situada no coração da cidade, é considerada um dos principais símbolos da religiosidade e da identidade tibagiana.

Paróquia Nossa Senhora dos Remédios – Igreja Matriz de Tibagi
Inaugurada em 1943, a Paróquia Nossa Senhora dos Remédios – Igreja Matriz de Tibagi é considerada um símbolo da religiosidade e da identidade local.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar na Paróquia Nossa Senhora dos Remédios – Igreja Matriz de Tibagi partindo do centro de Florianópolis – Santa Catarina – Brasil:
Contatos da Paróquia Nossa Senhora dos Remédios – Igreja Matriz de Tibagi
- Endereço: Avenida Nossa Senhora dos Remédios, 89 – Centro | Tibagi – Paraná – Brasil
- Telefone: (42) 98845-8566
- E-mail: pnsradosremedios@gmail.com
Para obter informações mais detalhadas, visite a página oficial da Paróquia Nossa Senhora dos Remédios – Igreja Matriz de Tibagi no Facebook.
Horários de Funcionamento
- Segunda: das 9h às 11h30 e das 13h às 17h30
- Terça: das 13h às 17h30
- Quarta a sexta: das 9h às 11h30 e das 13h às 17h30
- Sábado: das 9h às 12h
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 30 minutos

Com arquitetura de inspiração gótica e dimensões grandiosas, a Igreja Matriz de Tibagi se destaca na paisagem urbana. Seu interior conta com nave centralizada, presbitério e mezanino destinado ao coro e ao órgão, acessado pela escada da torre-campanário.

A imponência da Paróquia Nossa Senhora dos Remédios expressa não apenas sua importância espiritual, mas também o orgulho da comunidade local, encantando fiéis e visitantes que passam por Tibagi.

Atualmente, o Tibagi conta com cerca de 20 mil habitantes e se destaca como o segundo maior município do Paraná em extensão territorial, ficando atrás apenas de Guarapuava.

O nome “Tibagi” tem origem na língua tupi e significa “muitas cachoeiras”: tiba (muita) e gy (cachoeira). A denominação faz jus à paisagem exuberante da região, marcada por inúmeras quedas d’água, como o Salto Santa Rosa e o Salto Puxa Nervos, que visitamos na sexta-feira.


A história de Tibagi se entrelaça com o processo de ocupação do território paranaense. Segundo o Tratado de Tordesilhas, grande parte da região integrava o domínio espanhol e era conhecida como Guayrá, em homenagem a um cacique local, ou La Piñería, referência à abundância do pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia). Essa árvore nativa, também chamada de curi pelos nativos, está tão ligada à identidade regional que inspirou o nome da capital do estado, Curitiba.

Por volta de 1580, os franciscanos Alonso de San Buenaventura e Luis de Bolaños iniciaram as primeiras tentativas de evangelização dos povos indígenas que habitavam a região. Os esforços, no entanto, não se sustentaram por falta de missionários, mas marcaram o início do contato sistemático entre europeus e comunidades nativas.


Na sequência, os jesuítas passaram a estabelecer missões no território. Em 1610, fundaram a primeira redução (Nuestra Señora de Loreto) na confluência dos rios Pirapó e Paranapanema. Essas reduções jesuíticas tinham como objetivo não apenas a catequese, mas também proteger os indígenas da escravização e organizá-los em comunidades autossustentáveis, fortemente influenciadas pela cultura europeia.


Nos anos seguintes, outras reduções jesuíticas foram criadas no território que hoje corresponde ao Paraná. A partir de 1617, a região do Guayrá passou a integrar oficialmente a jurisdição do Paraguai, sob o nome de Gobernación del Guayrá. Já na década de 1620, os jesuítas expandiram suas atividades ao longo do Rio Tibagi, fundando quatro missões: San José, San Francisco Xavier, San Miguel e Nuestra Señora de la Encarnación, esta última nas proximidades do atual município de Tibagi.


O florescimento dessas comunidades foi interrompido pelos ataques dos bandeirantes paulistas, liderados por Antônio Raposo Tavares e Manuel Preto, que devastaram as missões em busca de indígenas para escravização. Esse ciclo de violência não apenas desestruturou as reduções, como também alterou profundamente o curso histórico e social da região.


Com o avanço dos bandeirantes e a ausência de resistência efetiva das autoridades espanholas, a presença portuguesa tornou-se predominante, forçando os espanhóis a recuar para a margem direita do Rio Paraná. Esse movimento marcou um ponto de inflexão nas disputas territoriais e moldou as futuras fronteiras da América do Sul.


Em 1750, o Tratado de Madri consolidou essa nova configuração, reconhecendo oficialmente o território como parte do domínio português. O acordo corrigia as falhas do Tratado de Tordesilhas e introduzia o princípio do uti possidetis, segundo o qual a posse efetiva das terras determinava os limites fronteiriços.


Poucos anos depois, em 1754, a descoberta de ouro e diamantes no leito do Rio Tibagi transformou a região em um verdadeiro “El Dorado Paranaense”. Esses achados atraíram aventureiros e mineradores, explicando inclusive a origem do nome do Palácio do Diamante, atual sede da prefeitura. O ciclo da mineração impulsionou o crescimento da localidade e deu início ao processo de povoamento que formou a cidade como a conhecemos hoje.



Após nossa imersão pelo centro histórico, retornamos à pousada para nos preparar para a continuidade da viagem. Organizamos a bagagem na Formosa, vestimos nossas roupas de estrada e nos despedimos do acolhedor centro de Tibagi (PR), com a sensação de ter vivenciado uma verdadeira aula de história a céu aberto.


Antes de partir definitivamente, fizemos uma breve parada no Parque Passo do Risseti, inaugurado em 2003. O espaço é um refúgio verde dentro da cidade, reunindo opções de lazer, descanso e contemplação.


O Parque Passo do Risseti em Tibagi conta com um lago tranquilo, trilhas para caminhada, playground e áreas de convivência, sendo ponto de encontro para famílias e visitantes em busca de contato com a natureza.


Entre seus atrativos está a Casa do Colono, construção de madeira do início do século XX que atualmente funciona como museu. O espaço preserva a memória dos imigrantes europeus e da cultura tropeira, fundamentais para a formação histórica e social da região.


Durante nossa passagem, o local estava fechado para visitação, mas ainda assim sua presença no parque reforça o vínculo de Tibagi com suas raízes culturais.


Encerramos nossa estadia em Tibagi com a sensação de termos conhecido uma cidade que valoriza suas riquezas naturais e preserva com orgulho sua história.


Seguindo pela BR-153 rumo ao sul, após percorrer cerca de 40 quilômetros pela Rodovia Transbrasiliana, alcançamos o entroncamento com a BR-376 e seguimos em direção leste.



Com o trânsito tranquilo, logo encontramos o primeiro pedágio da rota, no valor de R$ 6,00. Pouco depois, aproveitamos para fazer uma breve parada estratégica: um café fresco acompanhado de um pão de queijo recheado, combinação perfeita para recuperar as energias e seguir viagem revigorados.


De volta à estrada, nos aproximamos de Ponta Grossa, importante entroncamento rodoviário do estado paranaense. Nesse ponto, deixamos a BR-376 e ingressamos na BR-373, rota que liga Ponta Grossa a Guarapuava e é muito utilizada por viajantes rumo ao centro-sul do Paraná.


A via, de pista simples e bem conservada, revelou belas paisagens naturais ao longo do trajeto, tornando o percurso agradável e sereno. O trecho é cercado por campos verdes e áreas de floresta, típicas dos Campos Gerais do Paraná, uma das regiões mais cênicas do estado.


Logo adiante, nos deparamos com mais uma praça de pedágio. Desta vez, a tarifa era um pouco mais alta, R$ 6,70, valor superior ao cobrado na duplicada BR-376, mesmo sendo uma estrada de pista simples. Sem alternativa, pagamos a tarifa e prosseguimos viagem pela rodovia.


No caminho, passamos próximos à Reserva Biológica das Araucárias (REBIO), uma das mais importantes unidades de conservação do Paraná. Criada em 1975, a reserva protege o bioma da Mata de Araucárias e abrange cerca de 15 mil hectares, estendendo-se pelos municípios de Fernandes Pinheiro, Imbituva, Ipiranga e Teixeira Soares.


O local preserva um dos maiores remanescentes desse ecossistema no estado, além de abrigar espécies ameaçadas, como o lobo-guará, a jaguatirica e o macuquinho-do-brejo. Há também registros de sítios arqueológicos pré-históricos, que revelam a presença humana na região há milhares de anos, reforçando sua importância científica e ambiental.



Já no início da tarde, cruzamos o município de Guamiranga sob um céu azul deslumbrante, que parecia acompanhar o ritmo tranquilo da estrada.


Finalmente, alcançamos nosso destino do dia: Prudentópolis (PR), carinhosamente conhecida como “um pedacinho da Ucrânia no Brasil”.


Assim que chegamos à cidade, fizemos uma breve pausa para registrar uma foto em frente ao portal de entrada e, em seguida, buscamos um hotel.


Com o hotel devidamente localizado, nos acomodamos e deixamos a Formosa descansando sob a sombra segura da garagem. Após trocarmos de roupas por trajes mais leves, iniciamos nossa caminhada pela área central de Prudentópolis (PR).


Logo ficou evidente o quanto a cultura ucraniana está enraizada no município. O Paraná abriga a maior colônia de ucranianos fora da Ucrânia em todo o mundo, e Prudentópolis é o principal núcleo dessa comunidade. Estima-se que cerca de 80% da população local tenha ascendência ucraniana, o que torna a cidade um verdadeiro centro cultural desse povo no Brasil.


Além da forte herança cultural, Prudentópolis também se destaca na agricultura e agroindústria. O município é referência nacional na produção de feijão preto e importante produtor de soja, milho, fumo, arroz, cebola e erva-mate, cultura tradicional do Sul do Brasil. A produção de mel também é significativa, justificando o título de “Capital do Mel”. Outro destaque gastronômico é a fabricação da krakóvia, um embutido criado na Casa de Carnes Alvorada e que se tornou símbolo da culinária local.



Com população aproximada de 50 mil habitantes, Prudentópolis tem suas origens no processo de colonização iniciado em 1896, quando cerca de 1.500 famílias ucranianas (aproximadamente 8 mil imigrantes) chegaram à região. Já em 1906, o município foi emancipado e recebeu o nome atual em homenagem ao ex-presidente da República Prudente de Morais. Desde então, coleciona títulos como “Ucrânia Brasileira”, “Capital do Mel”, “Terra das Cachoeiras Gigantes” e, mais recentemente, “Capital da Oração”, graças às mais de cem igrejas existentes em seu território.


Durante nossa caminhada pela área central de Prudentópolis, passamos pelo Colégio São José, um histórico seminário fundado em 1935 pela Ordem de São Basílio Magno. De arquitetura notável em estilo eclético, o colégio funciona até hoje como instituição particular de ensino vinculada ao Rito Católico Oriental Ucraniano.


Seguimos adiante e chegamos ao Colégio Imaculada Virgem Maria, inaugurado em 1911 pelas Irmãs Servas de Maria Imaculada, outro importante centro de ensino que reforça a influência cultural e religiosa na formação da cidade.


Nas proximidades, localizam-se dois espaços culturais relevantes: a Casa da Memória Irmã Anatólia Tecla Bodnar e o Museu do Milênio. Infelizmente, ambos estavam temporariamente fechados devido à pandemia.


Logo chegamos a um dos principais marcos de Prudentópolis (PR): a Igreja São Josafat, templo da Igreja Greco-Católica Ucraniana de Rito Bizantino.


Construída entre 1925 e 1928, a Igreja São Josafat de Prudentópolis (PR) é considerada uma das mais belas igrejas ucranianas do Brasil e um verdadeiro monumento à fé dos imigrantes. Seu projeto arquitetônico foi inspirado nas tradicionais igrejas bizantinas e combina harmonia, simetria e simbolismo.


Igreja São Josafat
Construída entre 1925 e 1928, a Igreja São Josafat de Prudentópolis é considerada uma das mais belas igrejas ucranianas do Brasil.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar na Igreja São Josafat partindo do centro de Porto Alegre – Rio Grande do Sul – Brasil:
Contatos da Igreja São Josafat
- Endereço: Rua Cândido de Abreu, 1636 – Centro | Prudentópolis – Paraná – Brasil
- Telefone: (42) 3446-1140
Para obter informações mais detalhadas, visite a página oficial da Igreja São Josafat no Facebook.
Horários de Funcionamento
- Segunda a sexta: das 9h às 11h30 e das 13h às 17h30
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 30 minutos



As dimensões da Igreja São Josafat impressionam: 38 metros de comprimento, 28 de largura e 30 de altura. As quatro abóbadas laterais representam os braços da cruz, enquanto a abóbada central cobre a nave principal, conferindo imponência ao conjunto e simbolizando a centralidade da fé e da comunidade.


Além do significado espiritual, essas abóbadas também proporcionam excelente acústica, amplificando os cânticos litúrgicos e criando uma atmosfera de reverência e solenidade.



Em 1979, a Igreja São Josafat foi tombada como patrimônio cultural do Paraná, consolidando-se como um dos maiores símbolos da presença ucraniana no país.



O conjunto inclui ainda um campanário com seis sinos, uma estátua de Cristo e uma gruta dedicada a Nossa Senhora de Lourdes.



Infelizmente, no momento da visita, a Igreja de São Josafat estava fechada (segundo os moradores, devido às restrições da pandemia).




Mas, pretendemos retornar para assistir ao menos uma missa na Igreja São Josafat, celebrada integralmente em ucraniano, uma experiência certamente única e enriquecedora.


É notável como, em Prudentópolis (PR), o idioma ucraniano permeia o cotidiano: aparece em conversas nas ruas, placas e sinalizações, preservando a identidade linguística dos imigrantes e seus descendentes.


A uma curta distância da magnífica igreja ucraniana está o Santuário Nossa Senhora das Graças. O templo, de magnífico estilo gótico, foi construído na década de 1950.


Santuário Nossa Senhora das Graças
O Santuário Nossa Senhora das Graças, exibindo um magnífico estilo gótico, teve sua construção realizada na década de 1950.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar no Santuário Nossa Senhora das Graças partindo do centro de Foz do Iguaçu – Paraná – Brasil:
Contatos do Santuário Nossa Senhora das Graças
- Endereço: Rua Cândido de Abreu, 1312 – Centro | Prudentópolis – Paraná – Brasil
- Telefone: (42) 3446-1450
- E-mail: pascom.prudentopolis@gmail.com
Horários de Funcionamento
- Todos os dias: das 7h às 18h
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 30 minutos


Em 2019, a Igreja Nossa Senhora das Graças ganhou um novo destaque: uma imagem de Nossa Senhora das Graças com quatro metros de altura, posicionada sobre o teto da sala dos milagres, em frente ao santuário.


A imponente escultura, confeccionada com a ajuda dos fiéis, simboliza devoção e gratidão pelas graças alcançadas.


Prudentópolis é conhecida nacionalmente como a “Capital da Oração”, título que reflete sua intensa tradição religiosa e espiritual.



No coração da cidade, próximo ao Santuário Nossa Senhora das Graças, está a Paróquia São João Batista, a Igreja Matriz de Prudentópolis.


Construída em 1900, é um dos principais símbolos da herança polonesa no município. Localizada na arborizada Praça Firmo Mendes de Queiroz, a Igreja São João Batista e a praça formam um cenário acolhedor, que convida moradores e visitantes à contemplação e à fé.


Embora a influência ucraniana seja predominante, Prudentópolis também abriga uma forte presença da comunidade polonesa.


A diversidade cultural da cidade resulta da chegada de imigrantes vindos da Galícia, região histórica do leste europeu que, ao longo dos séculos, pertenceu a diferentes impérios, como o Austro-Húngaro, o Polonês e o Ucraniano. Esse passado de múltiplas identidades deixou como legado uma rica tapeçaria cultural, trazida ao Paraná por quem buscava recomeçar a vida no Brasil.


Essa herança permanece viva na localidade conhecida como Nova Galícia, homenagem direta às origens desses pioneiros. O nome simboliza não apenas a saudade da terra natal, mas também o desejo de perpetuar tradições e valores, mantendo o elo entre passado e presente.


Durante nossa caminhada pelo centro, fomos surpreendidos por um encontro inusitado: um impecável Ford Maverick V8, estacionado como se tivesse saído de uma exposição de clássicos. O carro, ícone da engenharia automotiva dos anos 1970, chamou nossa atenção pelo estado de conservação e design marcante, um contraste curioso com o cenário histórico ao redor (que a Formosa não nos ouça, para não sentir ciúmes).



Enquanto o entardecer coloria o céu, continuamos o passeio passando pela Câmara Municipal e pela Prefeitura de Prudentópolis, dois marcos do centro urbano.


Chamou-nos a atenção também a quantidade de casas de madeira preservadas no centro de Prudentópolis (PR), muitas delas construídas durante o período da imigração europeia.


Essas edificações simples, mas cheias de significado, representam um elo direto com o Ciclo da Madeira no Paraná, quando o setor madeireiro teve papel fundamental no desenvolvimento econômico da região. Hoje, são relíquias arquitetônicas que ajudam a contar a história local.

Na sequência, passamos pelo fórum da cidade e avançamos até a charmosa Praça Coronel José Durski, onde está localizado o Centro de Informações Turísticas.


O espaço é parada obrigatória para quem deseja explorar Prudentópolis (PR) e conhecer melhor seus atrativos, além de oferecer apoio aos viajantes que buscam roteiros de ecoturismo e turismo religioso.


Encerramos nosso passeio dominical com uma visita ao Santuário Nossa Senhora das Graças. No cair da noite, a imagem iluminada da Santa, erguida acima da serpente a seus pés, proporcionou um momento de silêncio e reflexão. A cena transmitia serenidade e marcou o fechamento perfeito de nosso primeiro dia em Prudentópolis.


De volta ao hotel, o descanso era necessário, pois o dia seguinte promete novas descobertas. Afinal, estávamos prestes a conhecer de perto os atrativos que consagraram Prudentópolis (PR) como a “Terra das Cachoeiras Gigantes”, um dos destinos mais impressionantes do ecoturismo brasileiro.

Acima o mapa com o trajeto percorrido no dia entre Tibagi – PR e Prudentópolis – PR.
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