Brasil • Expedição 2021: Guartelá - Iguaçu • Paraná • Prudentópolis • Tibagi
Viagem de Moto pelo Paraná: Centro Histórico de Tibagi e a Igreja Ucraniana São Josafat em Prudentópolis
4 de Abril, 2021
Visite o centro histórico de Tibagi - PR, com construções que remetem ao auge da extração de diamantes. Em Prudentópolis, conheça a imponente Igreja São Josafat, uma das mais belas igrejas ucranianas do Brasil.
Dedicamos a manhã de domingo a uma caminhada pelo centro histórico de Tibagi – PR, uma cidade marcada pela tranquilidade e pelo charme de suas construções antigas. Entre casarões e edifícios imponentes, é possível perceber a influência do período em que o município prosperou com a extração de ouro e diamantes no Rio Tibagi, capítulo essencial da história paranaense. Após essa imersão cultural, seguimos viagem de moto rumo a Prudentópolis – PR, município conhecido por sua forte tradição religiosa e cultural. Lá, exploramos algumas de suas inúmeras igrejas, com destaque para a Igreja São Josafat, considerada uma das mais belas representações da arquitetura ucraniana no Brasil.

Aproveitamos a comodidade da pousada no centro de Tibagi para descansar e acordamos um pouco mais tarde neste domingo, depois de um sábado intenso, repleto de aventuras radicais no município, com direito a rafting nas águas do Rio Tibagi e uma trilha ecológica de mais de 20 quilômetros pelo fabuloso Cânion Guartelá.

Envoltos pela tranquilidade da cidade, após um café da manhã reforçado, iniciamos uma caminhada pelas ruas centrais de Tibagi, PR.

Logo nos deparamos com um marco histórico: uma imponente construção de 1915 que, durante décadas, abrigou o Grupo Escolar Telêmaco Borba até 1976.

Desde 1981, o edifício passou a sediar a Biblioteca Pública Municipal de Tibagi, preservando sua relevância educacional e cultural.

A arquitetura do prédio é um exemplo do estilo eclético com traços neoclássicos, refletindo o padrão arquitetônico adotado pelo governo paranaense na época para a construção de escolas, o que demonstra a visão de modernização e uniformidade da educação no estado no início do século XX.


No mesmo terreno do antigo colégio, chama atenção a antiga caixa d’água da cidade, também erguida em 1915. Ela foi fundamental para o abastecimento urbano até 1974, marcando um período decisivo de progresso para Tibagi.

Poucos metros adiante, avistamos o moderno Teatro Municipal Tia Inália, inaugurado em 1998. Com capacidade para 180 espectadores, tornou-se um dos principais polos culturais do município, recebendo apresentações de música, dança, teatro, cinema, além de sediar palestras, reuniões e eventos comunitários.


Seguindo o passeio, chegamos à Ladeira do Paredão, ponto de acesso às refrescantes águas do Rio Tibagi, cenário que no dia anterior foi palco de nossa inesquecível aventura de rafting.


Na sequência, passamos pela Casa da Cidade, prédio erguido em 1930 para abrigar o mercado municipal. Ao longo das décadas, já foi sede da prefeitura e da câmara de vereadores, e hoje acolhe a Casa da Cultura Peter Allan, além do Departamento de Cultura, Escola de Dança e a Banda Municipal.


Logo ao lado ergue-se o Palácio do Diamante, uma das construções mais imponentes da cidade. Projetado pelo arquiteto alemão Max Staudacher e construído na década de 1930, foi inicialmente pensado para ser um seminário dos padres redentoristas.

Hoje, abriga a Prefeitura Municipal de Tibagi e continua a impressionar moradores e visitantes com sua arquitetura eclética e grandiosidade histórica.


Adjacente ao palácio está o Museu Histórico Desembargador Edmundo Mercer Júnior, inaugurado em 1987 em um edifício construído em 1949 para sediar o fórum municipal.

Conhecido também como Museu do Garimpo de Diamante, o espaço preserva um dos maiores acervos do interior do Paraná, com aproximadamente 5 mil peças distribuídas em nove salas temáticas.

O museu retrata a trajetória da cidade, desde os primeiros habitantes indígenas caingangues até o ciclo da mineração de diamantes que marcou a história de Tibagi e do Rio Tibagi. Entre seus destaques estão os equipamentos utilizados no garimpo, a sala dedicada ao mergulho com escafandro (único registro do gênero em museus paranaenses) e seções que abordam a presença dos tropeiros, pioneiros da região, além da evolução das rádios e televisões no município. Infelizmente, estava fechado no dia de nossa visita.

Em frente às construções históricas, está a Praça Edmundo Mercer, um espaço de lazer com parque infantil, quadras esportivas e áreas de descanso. No passado, o local era conhecido como Largo do Mercado, utilizado pelos padres redentoristas para práticas esportivas.

Mais tarde, tornou-se Praça do Centenário, recebendo em 1984 o nome atual em homenagem a Edmundo Mercer, desbravador e responsável pelo mapeamento do município.


Separando a praça do terreno da igreja, uma charmosa viela chamada Caminho do Guataçará cria um corredor pitoresco que liga a área cultural à espiritualidade local.


Ali se encontra a Gruta Nossa Senhora de Lourdes, uma atração recente, mas já significativa para a fé da comunidade, que fortalece o patrimônio religioso e cultural de Tibagi, PR.


O destaque maior, no entanto, é a Paróquia Nossa Senhora dos Remédios, a Igreja Matriz de Tibagi, inaugurada em 1943. Situada no coração da cidade, é considerada um símbolo da religiosidade e da identidade local.

Paróquia Nossa Senhora dos Remédios – Igreja Matriz de Tibagi
Inaugurada em 1943, a Paróquia Nossa Senhora dos Remédios – Igreja Matriz de Tibagi é considerada um símbolo da religiosidade e da identidade local.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar na Paróquia Nossa Senhora dos Remédios – Igreja Matriz de Tibagi partindo do centro de Florianópolis – Santa Catarina – Brasil:
Contatos da Paróquia Nossa Senhora dos Remédios – Igreja Matriz de Tibagi
- Endereço: Avenida Nossa Senhora dos Remédios, 89 – Centro | Tibagi – Paraná – Brasil
- Telefone: (42) 98845-8566
- E-mail: pnsradosremedios@gmail.com
Para obter informações mais detalhadas, visite a página oficial da Paróquia Nossa Senhora dos Remédios – Igreja Matriz de Tibagi no Facebook.
Horários de Funcionamento
- Segunda: das 9h às 11h30 e das 13h às 17h30
- Terça: das 13h às 17h30
- Quarta a sexta: das 9h às 11h30 e das 13h às 17h30
- Sábado: das 9h às 12h
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 30 minutos

Com arquitetura gótica e dimensões grandiosas, a Igreja Matriz de Tibagi se destaca na paisagem urbana desde a década de 1940. Seu interior é composto por nave centralizada, presbitério e mezanino destinado ao coro e organista, acessado pela escada na torre-campanário.

A imponência da Paróquia Nossa Senhora dos Remédios expressa não apenas sua importância religiosa, mas também o orgulho da comunidade, encantando tanto os fiéis quanto os visitantes que passam por Tibagi.

Atualmente, Tibagi – PR conta com cerca de 20 mil habitantes e se destaca como o segundo maior município do estado em extensão territorial.

O nome da cidade tem origem na língua tupi e significa “Muitas Cachoeiras”: tiba corresponde a “muita” e gy a “cachoeira”.

A denominação faz jus à paisagem exuberante da região, marcada por inúmeras quedas d’água, entre elas o Salto Santa Rosa e o Salto Puxa Nervos, que visitamos na sexta-feira.

A história de Tibagi se entrelaça com o processo de ocupação do território paranaense. Segundo o Tratado de Tordesilhas, grande parte da região integrava o domínio espanhol e era conhecida como Guayrá, em homenagem a um cacique local, ou La Piñería, referência à abundância do pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia). Essa árvore nativa, também chamada de Curi, está tão ligada à identidade regional que inspirou o nome da capital do estado, Curitiba.

Por volta de 1580, os franciscanos Alonso de San Buenaventura e Luis de Bolaños deram início às primeiras tentativas de evangelização dos povos indígenas que habitavam a região. Os esforços, no entanto, não se sustentaram, em parte pela falta de missionários que dessem continuidade ao trabalho. Ainda assim, esse período marcou o início do contato sistemático entre europeus e comunidades nativas.

Na sequência, foram os jesuítas que passaram a estabelecer missões no território. Em 1610, fundaram a primeira redução (Nuestra Señora de Loreto) na confluência dos rios Pirapó e Paranapanema.

Essas reduções jesuíticas tinham como objetivo não apenas a catequese, mas também oferecer proteção contra a escravização e organizar os povos indígenas em comunidades autossustentáveis, moldadas pela influência cultural europeia.

Nos anos seguintes, outras reduções foram criadas no território que hoje corresponde ao Paraná. A partir de 1617, a região do Guayrá passou a ser oficialmente integrada à jurisdição do Paraguai, com a denominação de Gobernación del Guayrá.

Já na década de 1620, os jesuítas expandiram suas atividades ao longo do Rio Tibagi, fundando quatro missões: San Jose, San Francisco Xavier, San Miguel e Nuestra Señora de la Encarnación — esta última situada nas proximidades do atual município de Tibagi.

O florescimento dessas comunidades, porém, foi interrompido pelos ataques dos bandeirantes paulistas. Liderados por Antônio Raposo Tavares e Manuel Preto, grupos armados de milhares de homens devastaram as missões jesuíticas em busca de indígenas para escravização. Esse ciclo de violência não apenas desestruturou as reduções, mas também alterou profundamente o curso histórico e social da região.


Com o avanço dos bandeirantes e a falta de resistência efetiva das autoridades espanholas, a presença portuguesa tornou-se predominante, forçando os espanhóis a recuar para a margem direita do Rio Paraná. Esse movimento representou um ponto de inflexão nas disputas territoriais da época e moldou as futuras fronteiras da América do Sul.


Em 1750, o Tratado de Madri consolidou a situação já em prática, reconhecendo oficialmente o território como parte do domínio português. O acordo corrigia as falhas do Tratado de Tordesilhas e introduzia o princípio do uti possidetis, segundo o qual a posse efetiva das terras determinava os limites fronteiriços.



Poucos anos depois, em 1754, a descoberta de ouro e diamantes no leito do Rio Tibagi projetou a região como um verdadeiro “El Dorado Paranaense”. Esses achados transformaram Tibagi em ponto de atração para aventureiros e mineradores, explicando inclusive a origem do nome do Palácio do Diamante, atual sede da prefeitura. O ciclo da mineração impulsionou o crescimento da localidade e deu início ao processo de povoamento que resultaria na cidade que conhecemos hoje.


Após nossa imersão pelo centro histórico, retornamos ao hotel para nos preparar para a continuidade da viagem. Organizamos a bagagem na Formosa, vestimos nossas roupas de estrada e nos despedimos do acolhedor centro de Tibagi, PR.


Antes de partir definitivamente, fizemos uma breve parada no Parque Passo do Risseti, inaugurado em 2003. O espaço é um verdadeiro refúgio verde dentro da cidade, reunindo opções de lazer e contemplação.


O parque conta com um lago tranquilo, trilhas para caminhada, playground e áreas para descanso, sendo um ponto de encontro para famílias e visitantes em busca de contato com a natureza.


Entre os atrativos do Parque Passo do Risseti está a Casa do Colono, construção de madeira do início do século XX que atualmente funciona como museu. O espaço é dedicado à preservação da memória dos imigrantes europeus e da cultura tropeira, fundamentais para a formação histórica e social da região. Infelizmente, durante nossa passagem, o local estava fechado para visitação.


Encerramos nossa estadia em Tibagi com a sensação de ter conhecido uma cidade que soube valorizar suas riquezas naturais e preservar sua história.


Seguindo pela BR-153, iniciamos a próxima etapa da viagem de moto rumo ao sul, levando conosco lembranças marcantes desse município que combina aventura, cultura e tradição.


Após percorrer cerca de 40 quilômetros pela Rodovia Transbrasiliana (BR-153), alcançamos o entroncamento com a BR-376 e seguimos em direção leste.


Com o trânsito tranquilo, logo enfrentamos o primeiro pedágio da rota, no valor de R$ 6,00. Pouco depois, aproveitamos para fazer uma breve parada estratégica: um café fresco acompanhado de um pão de queijo recheado, combinação perfeita para recuperar as energias e seguir viagem revigorados.


De volta à estrada, nos aproximamos de Ponta Grossa, onde encontramos um importante cruzamento rodoviário. Nesse ponto, deixamos a BR-376 e ingressamos na BR-373.


A via, de pista simples e bem conservada, revelou belas paisagens naturais ao longo do trajeto, tornando o percurso agradável e sereno.


Logo adiante, porém, nos deparamos com mais uma praça de pedágio. Desta vez, a tarifa era ainda mais alta (R$ 6,70), um valor superior ao da duplicada BR-376, mesmo tratando-se de uma estrada de pista simples. Sem alternativa, seguimos viagem pela rodovia.


No caminho, passamos próximos à Reserva Biológica das Araucárias (REBIO), uma das mais importantes unidades de conservação do Paraná.


Criada para proteger o bioma da Mata de Araucárias, a reserva abrange cerca de 15 mil hectares e se estende pelos municípios de Fernandes Pinheiro, Imbituva, Ipiranga e Teixeira Soares. O local preserva não apenas um dos maiores remanescentes desse ecossistema, mas também abriga espécies ameaçadas, como o lobo-guará e o macuquinho-do-brejo, além de sítios arqueológicos de relevância histórica.



Já no início da tarde, cruzamos o município de Guamiranga sob um céu azul deslumbrante.


E, finalmente, alcançamos nosso destino do dia: Prudentópolis – PR, carinhosamente conhecida como “Um pedacinho da Ucrânia no Brasil”.


Assim que chegamos em Prudentópolis – PR, fizemos uma breve pausa para registrar uma foto em frente ao portal da cidade e, em seguida, buscamos um hotel para nossa estadia.


Com o hotel devidamente localizado, nos acomodamos e deixamos a Formosa descansando sob a sombra segura da garagem. Após trocarmos de roupas por trajes mais leves, iniciamos nossa caminhada pela área central de Prudentópolis, PR.

Logo ficou evidente o quanto a cultura ucraniana está enraizada no município. O Paraná se destaca como a maior colônia de ucranianos fora da Ucrânia em todo o mundo, e Prudentópolis, em especial, é o município que mais recebeu esses imigrantes.

Estima-se que cerca de 80% da população de Prudentópolis tenha ascendência ucraniana, o que torna a cidade um verdadeiro centro cultural dessa comunidade no Brasil.

Além da forte herança cultural, Prudentópolis também se destaca pela agricultura e agroindústria. O município é referência nacional na produção de feijão preto, além de ser importante produtor de soja, milho, fumo, arroz, cebola e erva-mate.

A produção de mel também é significativa, justificando o título de “Capital do Mel”. Outro destaque é a fabricação de embutidos, especialmente a krakóvia, iguaria criada na própria cidade, mais especificamente na Casa de Carnes Alvorada, e que se tornou um símbolo da gastronomia local.

Com população aproximada de 50 mil habitantes, Prudentópolis tem sua origem marcada pelo processo de colonização iniciado em 1896, quando cerca de 1.500 famílias ucranianas (somando aproximadamente 8 mil imigrantes) chegaram à região.

Já em 1906, o município foi emancipado e recebeu o nome atual, Prudentópolis, em homenagem ao ex-presidente da República Prudente de Morais. Desde então, a cidade acumulou diferentes títulos, como “Capital do Mel”, “Ucrânia Brasileira” e, mais recentemente, “Capital da Oração”, graças às mais de cem igrejas existentes em seu território.


Durante nossa caminhada, passamos pelo Colégio São José, um histórico seminário fundado em 1935 pela Ordem de São Basílio Magno.

De arquitetura imponente em estilo eclético, o colégio funciona até hoje como instituição particular de ensino vinculada ao Rito Católico Oriental Ucraniano.

Seguimos adiante e chegamos ao Colégio Imaculada Virgem Maria, inaugurado em 1911 pelas Irmãs Servas de Maria Imaculada, outro importante estabelecimento de ensino que reforça a influência cultural e religiosa na formação do município.


Nas proximidades desses colégios, localizam-se dois importantes espaços culturais: a Casa da Memória Irmã Anatólia Tecla Bodnar e o Museu do Milênio. Infelizmente, ambos estavam temporariamente fechados devido à pandemia.


Logo chegamos a um dos principais marcos de Prudentópolis: a Igreja São Josafat, uma Igreja Greco-Católica Ucraniana de Rito Oriental Bizantino.


Construída entre 1925 e 1928, a Igreja São Josafat de Prudentópolis é considerada uma das mais belas igrejas ucranianas do Brasil e um verdadeiro monumento à fé e à dedicação dos imigrantes.


Igreja São Josafat
Construída entre 1925 e 1928, a Igreja São Josafat de Prudentópolis é considerada uma das mais belas igrejas ucranianas do Brasil.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar na Igreja São Josafat partindo do centro de Porto Alegre – Rio Grande do Sul – Brasil:
Contatos da Igreja São Josafat
- Endereço: Rua Cândido de Abreu, 1636 – Centro | Prudentópolis – Paraná – Brasil
- Telefone: (42) 3446-1140
Para obter informações mais detalhadas, visite a página oficial da Igreja São Josafat no Facebook.
Horários de Funcionamento
- Segunda a sexta: das 9h às 11h30 e das 13h às 17h30
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 30 minutos

Este templo sagrado, que segue o estiloso e tradicional design bizantino, é um testemunho eloquente da habilidade, da fé e da dedicação dos imigrantes ucranianos que se estabeleceram em Prudentópolis, PR.


As dimensões da Igreja São Josafat impressionam, são 38 metros de comprimento, 28 de largura e 30 de altura, uma expressão monumental do Rito Católico Oriental Ucraniano, refletindo a riqueza e a profundidade da tradição religiosa e cultural ucraniana.


As quatro abóbadas da Igreja São Josafat representam os braços da cruz e a abóbada maior situada no centro, cobrindo a nave da igreja, não apenas conferem uma grandiosidade arquitetônica ao edifício, mas também simbolizam a centralidade da fé e do espírito comunitário que unem os fiéis.


Este design arquitetônico, inspirado nas tradicionais igrejas bizantinas, é característico por suas formas harmoniosas e equilibradas, que convidam à reflexão e à introspecção.


Além de sua imponência arquitetônica e significância espiritual, as abóbadas da Igreja Ucraniana São Josafat desempenham um papel fundamental na acústica interna do templo, amplificando os cantos litúrgicos e orações, criando uma atmosfera de reverência e solenidade.


Em 1979, a Igreja São Josafat foi tombada como patrimônio cultural do Paraná, e até hoje é considerada um dos maiores símbolos da presença ucraniana no Brasil.


O conjunto da Igreja São Josafat inclui ainda um campanário com seis sinos, uma estátua de Cristo e uma gruta dedicada a Nossa Senhora de Lourdes.


Infelizmente, no momento de nossa visita, a igreja estava fechada e, segundo moradores, devido à pandemia, ela está sendo aberta apenas durante as missas.


Missa, aliás, que pretendemos assistir, mesmo que parcialmente, tendo em vista que, aqui em Prudentópolis – PR, as celebrações são realizadas em ucraniano. Esta experiência promete ser única, não apenas pela oportunidade de observar a prática religiosa, mas também pela chance de imergir na língua e tradições ucranianas, enriquecendo ainda mais nossa visita.


Aliás, é notável como, em Prudentópolis, o idioma ucraniano permeia o cotidiano dos moradores, manifestando-se não apenas na fala, mas também em placas e sinalizações espalhadas pela cidade


Situado a uma curta distância da imponente igreja ucraniana, encontra-se o Santuário Nossa Senhora das Graças.

Santuário Nossa Senhora das Graças
O Santuário Nossa Senhora das Graças, exibindo um magnífico estilo gótico, teve sua construção realizada na década de 1950.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar no Santuário Nossa Senhora das Graças partindo do centro de Foz do Iguaçu – Paraná – Brasil:
Contatos do Santuário Nossa Senhora das Graças
- Endereço: Rua Cândido de Abreu, 1312 – Centro | Prudentópolis – Paraná – Brasil
- Telefone: (42) 3446-1450
- E-mail: pascom.prudentopolis@gmail.com
Horários de Funcionamento
- Todos os dias: das 7h às 18h
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 30 minutos

O templo religioso, exibindo um magnífico estilo gótico, teve sua construção realizada na década de 1950.


Em 2019, a Igreja Nossa Senhora das Graças enriqueceu seu acervo espiritual e artístico com a instalação de uma imagem de Nossa Senhora das Graças, posicionada estrategicamente sobre o teto da sala dos milagres, em frente ao templo.



Com quatro metros de altura e com traços delicados, em uma mistura de arte e religiosidade, a imagem de Nossa Senhora das Graças foi confeccionada com a ajuda e a pedido dos fiéis numa forma de agradecimento por graças alcançadas.


Prudentópolis é conhecida em todo o Brasil como a “Capital da Oração”, título que traduz sua forte tradição religiosa e espiritual.


No coração da cidade, próximo ao Santuário Nossa Senhora das Graças, está a Paróquia São João Batista, a imponente Igreja Matriz de Prudentópolis.


Construída em 1900, a igreja é um dos principais símbolos da herança polonesa no município. Sua localização privilegiada, na arborizada Praça Firmo Mendes de Queiroz, torna o cenário ainda mais especial. Além da igreja, a praça também abriga uma pequena gruta, espaço que convida moradores e visitantes à contemplação e à fé.


Embora a influência ucraniana seja um dos aspectos mais conhecidos da cidade, Prudentópolis também carrega forte presença da comunidade polonesa.


A diversidade cultural de Prudentópolis é resultado da chegada de imigrantes vindos da Galícia, uma região histórica do leste europeu que, ao longo dos séculos, esteve sob domínio do Império Austro-Húngaro, da Polônia e da Ucrânia. Esse passado marcado por disputas e mudanças de soberania deixou como legado uma rica tapeçaria cultural que foi trazida ao Paraná por aqueles que decidiram recomeçar a vida no Brasil.


Essa herança está viva até hoje em Prudentópolis na localidade conhecida como Nova Galícia, uma homenagem direta às origens desses pioneiros. O nome simboliza não apenas a saudade da terra natal, mas também o desejo de perpetuar tradições, valores e memórias, mantendo o elo entre passado e presente.


Durante nossa caminhada pelo centro, fomos surpreendidos por um encontro inusitado: um impecável Ford Maverick V8, estacionado como se tivesse saído de uma exposição de clássicos.

O carro, ícone da engenharia automotiva dos anos 1970, chamou nossa atenção pelo estado de conservação e pelo design robusto, que fez sucesso em diferentes gerações. Ficamos alguns minutos admirando cada detalhe dessa relíquia, um verdadeiro contraste com o ambiente histórico ao redor (que a Formosa não leia isso para não ficar com ciúmes).


Enquanto o entardecer coloria o céu, seguimos nosso passeio passando pela Câmara Municipal e pela Prefeitura de Prudentópolis, dois marcos do centro urbano.

Chamou-nos a atenção também a quantidade de casas de madeira preservadas no centro da cidade, muitas delas construídas durante o período da imigração europeia.

Essas construções simples, mas carregadas de significado, representam um elo direto com o Ciclo da Madeira no Paraná, quando o setor madeireiro foi fundamental para o desenvolvimento econômico e social da região.


Na sequência, passamos pelo fórum local e seguimos até a charmosa Praça Coronel José Durski, onde está localizado o Centro de Informações Turísticas.


O espaço é parada obrigatória para quem deseja explorar a cidade e conhecer melhor seus atrativos, além de ser um ponto de apoio valioso para planejar passeios pelos arredores.


Encerramos nosso passeio dominical com uma visita ao Santuário Nossa Senhora das Graças. No cair da noite, a imagem iluminada da Santa, erguida acima da serpente a seus pés, proporcionou um momento de silêncio e reflexão. Foi uma cena que transmitiu serenidade, marcando o fechamento perfeito de nosso primeiro dia em Prudentópolis, PR.


De volta ao hotel, o descanso era necessário, pois o dia seguinte prometia novas descobertas. Afinal, estávamos prestes a conhecer de perto os atrativos que consolidam Prudentópolis como a “Terra das Cachoeiras Gigantes”, um dos destinos mais impressionantes do ecoturismo no Brasil.

Acima o mapa com o trajeto percorrido no dia entre Tibagi – PR e Prudentópolis – PR.


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