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Peritiba, Ipira e Piratuba: Viagem de Moto e Cachoeiras do Alto Uruguai Catarinense
13 de Março, 2021
Explore o Alto Uruguai Catarinense em uma viagem de moto por Peritiba, Ipira e Piratuba, conhecendo ruas charmosas, locais históricos, o Parque da Cascata e a impressionante Cascata do Monge.
Aproveitamos o sábado ensolarado para uma emocionante viagem de moto pelo Alto Uruguai Catarinense, explorando cidades cheias de charme e belezas naturais. Começamos pelo centro de Peritiba, conhecido por sua encantadora rua coberta, seguimos para Ipira, onde descobrimos o refúgio natural do Parque da Cascata, e finalizamos em Piratuba, visitando seus principais atrativos turísticos, incluindo a histórica Estação Ferroviária e a imponente Cascata do Monge.

O sábado amanheceu radiante em Erechim – RS, conhecida como a “Capital da Amizade”. O céu, inicialmente tingido por tons dourados, rapidamente se transformou em um azul intenso, sinalizando que seria um dia perfeito para pegar a estrada de moto.

Após um café da manhã tranquilo, decidimos que era o momento ideal para sair com a Formosa.

Vestimos as jaquetas de couro, calçamos as botas, ajustamos os capacetes e seguimos pelas ruas centrais de Erechim enquanto o sol ainda despontava no horizonte.

Deixamos a cidade pela rodovia federal BR-153, a famosa Rodovia Transbrasiliana, em direção ao norte.


Pilotar sob um céu límpido, com temperatura agradável e cercados por belas paisagens, é uma sensação única para qualquer viajante sobre duas rodas.


O tráfego estava leve e logo alcançamos a ponte sobre o Rio Uruguai, que marca a divisa natural entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina.


Atravessar essa ponte é sempre especial: além de ligar dois estados, o Rio Uruguai tem importância histórica e econômica para a região, sendo rota de transporte e cenário de inúmeras histórias desde o período de colonização.


Já em solo catarinense, seguimos por mais alguns quilômetros na BR-153 até o entroncamento com a SC-390, onde acessamos a rodovia estadual.


Essa estrada é uma das mais emblemáticas de Santa Catarina: começa em Concórdia, cidade onde entramos na via, e corta o estado até o litoral sul, atravessando regiões de planalto e serra.

O trecho mais famoso da SC-390 é, sem dúvida, o que liga Bom Jardim da Serra a Lauro Müller, passando pela icônica Serra do Rio do Rastro, considerada uma das estradas mais bonitas do mundo por sua sequência impressionante de curvas e vistas panorâmicas.

Tivemos a oportunidade de percorrê-la diversas vezes com a Formosa, a mais recente no terceiro dia da nossa Moto Expedição 2020: Belas Rotas.

Embora estivéssemos a cerca de 350 km dessa serra, o trecho inicial da SC-390 no oeste catarinense também reserva suas surpresas: pista estreita, asfalto em bom estado, ausência de acostamento e um traçado sinuoso, rodeado por paisagens rurais que convidam a desacelerar e apreciar.

As curvas exigem atenção, mas não chegam ao nível de dificuldade da renomada Serra do Rio do Rastro.

Rodamos cerca de 10 quilômetros por essa rodovia até alcançarmos o centro de Peritiba, uma charmosa cidade de colonização alemã e italiana, conhecida pela hospitalidade de seus moradores e pela tranquilidade típica do interior catarinense.

Os primeiros imigrantes alemães chegaram às terras onde hoje se encontra Peritiba em 1919. Anos depois, a região também recebeu um expressivo fluxo de imigrantes italianos, ampliando sua diversidade cultural e enriquecendo seu patrimônio histórico.

Nos primórdios, a vila era chamada de Arroio dos Veados, referência à grande quantidade desses animais na região. Posteriormente, passou a se chamar Alto Veado, mantendo o vínculo com a fauna local.

Em 1953, adotou-se o nome definitivo: Peritiba, termo de origem tupi-guarani que significa “terra das palmeiras”, evocando a vegetação nativa característica do município.

A emancipação política ocorreu em 1963, marcando o início de uma nova fase no desenvolvimento da cidade.

Atualmente, com cerca de 3 mil habitantes, Peritiba tem sua economia fortemente ligada à agropecuária, com destaque para a suinocultura, setor que impulsiona a produção local e reflete a importância da agricultura familiar na região.

Com o termômetro marcando 31 °C, buscamos um local sombreado para estacionar a moto e iniciamos um passeio a pé pelo centro, começando pela imponente Paróquia Santo Isidoro, a Igreja Matriz de Peritiba.

Paróquia Santo Isidoro – Igreja Matriz de Peritiba
Inaugurada em 1976, a Paróquia Santo Isidoro – Igreja Matriz de Peritiba se destaca por seu formato circular.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar na Paróquia Santo Isidoro – Igreja Matriz de Peritiba partindo do centro de Porto Alegre – Rio Grande do Sul – Brasil:
Contatos da Paróquia Santo Isidoro – Igreja Matriz de Peritiba
- Endereço: Rua Frei Bonifácio, 193 – Centro | Peritiba – Santa Catarina – Brasil
- Telefone: (49) 3453-1235
- E-mail: paroquia.peritiba@hotmail.com
Para obter informações mais detalhadas, visite a página oficial da Paróquia Santo Isidoro – Igreja Matriz de Peritiba no Facebook.
Horários de Funcionamento
- Segunda a sexta: das 8h às 11h e das 13h30 às 17h
- Sábado e domingo: das 8h às 11h
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 30 minutos

A atual igreja, iniciada em 1972 e inaugurada em 1976, é um marco arquitetônico e religioso para a comunidade. Seu formato circular chama a atenção e a diferencia no cenário urbano.




O interior da igreja abriga belos mosaicos confeccionados à mão por irmãs beneditinas entre as décadas de 1950 e 1970. Esses trabalhos retratam o padroeiro Santo Isidoro, a Via Sacra, o altar, o sacrário e o ambão.



Todas as peças foram produzidas com pedras coloridas coletadas em propriedades rurais do próprio município, valorizando recursos locais e a dedicação artesanal.


Em frente à igreja, a Praça Três Irmãos, sombreada por árvores, oferece um espaço acolhedor para descanso. O nome homenageia os irmãos Engel, entre os primeiros moradores do antigo Alto Veado.



Já do outro lado da SC-390, que corta o centro da cidade, está a Praça José Hilário Simon, igualmente convidativa, com jardins bem cuidados, um coreto, fonte luminosa e decoração temática de Páscoa que reforça o clima comunitário.



Nas proximidades, banheiros públicos e a sede da prefeitura facilitam a vida de moradores e visitantes.


Ao lado da praça, a Rua Frei José Bonifácio é parcialmente coberta, formando a Rua Coberta Deise Dametto, um espaço agradável para pedestres, ideal para caminhadas protegidas do sol ou da chuva.


Próximo dali, um casarão histórico de madeira abriga a Biblioteca Municipal José Arcildo Hermes e o Museu Municipal Magnus Leopoldo Kerber. Infelizmente, durante nossa passagem, ambos estavam fechados.

Em 2015, Peritiba foi reconhecida oficialmente como “Capital Catarinense do Kerbfest”. A festa, de origem germânica, é tradicional no sul do Brasil e preserva a música, a dança, a gastronomia e o espírito comunitário trazidos pelos imigrantes.


O termo “kerb” está associado à colheita e, em algumas localidades, à inauguração de igrejas (Kircheeinweihfest), evidenciando a ligação da festividade com a fé e o agradecimento pelas conquistas.


O Kerbfest reúne desfiles, celebrações religiosas, pratos típicos, competições esportivas e o tradicional Baile Kerb, animado por bandinhas alemãs e regado a chopp, criando uma atmosfera festiva que atrai visitantes de toda a região.


Antes de deixar Peritiba, visitamos a Gruta Nossa Senhora de Lourdes, fundada em 1950. O local é um importante ponto de devoção e reflexão, preservando a espiritualidade que marca a identidade da comunidade.


Após explorar o centro histórico e cultural da cidade, voltamos à SC-390, conduzindo a Formosa por entre as belas paisagens que caracterizam o oeste catarinense.


Seguimos viagem pela rodovia estadual SC-390, atravessando trechos de relevo acidentado.


Em poucos quilômetros, a estrada nos levou a 740 metros de altitude, descendo logo em seguida para cerca de 400 metros acima do nível do mar, variações que tornam o percurso ainda mais interessante para quem aprecia a pilotagem em estradas sinuosas.


Após cerca de 20 km desde nossa partida de Peritiba, chegamos ao centro de Ipira – SC.


Ipira possui uma das colonizações mais antigas do Vale do Rio do Peixe, marcada pela chegada de famílias vindas do interior do Rio Grande do Sul na década de 1890, principalmente de origem alemã. Essa herança cultural permanece viva até hoje nos costumes, na arquitetura e nas festas típicas.



Emancipada em 1963, Ipira atualmente conta com aproximadamente 5 mil habitantes. O nome “Ipira”, adotado oficialmente em 1925, tem origem no tupi-guarani: “y” significa água e “pirá” quer dizer peixe, formando a expressão “água com peixes”.


A denominação reflete a abundância aquática da região, especialmente do Rio do Peixe, que atravessa o município e serve de limite natural com a vizinha Piratuba, SC.


Assim como outras cidades de colonização germânica do oeste catarinense, Ipira também preserva a tradição do Kerbfest.


O ponto central das festividades é o histórico casarão de madeira da Sociedade Aliança, localizado no coração da cidade.


Fundado em 1921, o espaço é um verdadeiro marco comunitário, onde moradores e visitantes se reúnem para celebrar com música típica, danças folclóricas, pratos tradicionais e o clima festivo característico da cultura alemã.


O principal atrativo turístico de Ipira é o Parque da Cascata, um verdadeiro refúgio natural que encanta moradores e visitantes.


Parque da Cascata
O encantador Parque da Cascata oferece aos visitantes uma imersão na natureza, com suas paisagens serenas e a possibilidade de contemplar a beleza singular da cascata que dá nome ao espaço natural.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar no Parque da Cascata partindo do centro de Chapecó – Santa Catarina – Brasil:
Contatos do Parque da Cascata
- Endereço: Rua da Cascata – Centro | Ipira – Santa Catarina – Brasil
- Telefones: (49) 3558-0451 | (49) 3558-0684
- E-mail: cultura@ipira.sc.gov.br
Horários de Funcionamento
- Todos os dias: da 00h às 24h
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 1 hora


O Parque da Cascata de Ipira preserva uma vegetação exuberante e oferece trilhas ecológicas que levam a paisagens marcantes, incluindo uma bela queda d’água, paredões rochosos imponentes e até uma pequena caverna, criando um ambiente ideal para contemplação e aventura.



Após estacionarmos a Formosa em uma sombra agradável, seguimos até a entrada do parque, onde há uma lanchonete que recebe os visitantes. O acesso é gratuito, o que torna a experiência ainda mais acessível.




Durante nossa visita, um período prolongado de estiagem reduzia o volume das cascatas, mas, mesmo com a vazão limitada, o contato direto com a natureza e a tranquilidade do local compensaram qualquer ausência de espetáculo hídrico.




O Parque da Cascata de Ipira conta com duas passarelas sobre o riacho, que proporcionam ângulos únicos para observar a paisagem.




Além disso, trilhas temáticas como a Trilha do Pinheiro, a Trilha Abraço do Tamanduá e a Trilha do Rochedo oferecem percursos distintos, cada um revelando diferentes aspectos da flora e fauna locais.




Cobertos pela sombra de árvores nativas, esses caminhos garantem uma caminhada refrescante, além de possibilitar uma imersão na biodiversidade da região.



Durante o trajeto, passamos por uma pequena caverna de grande relevância histórica, utilizada como abrigo por colonos durante a Guerra do Contestado (1912–1916), um dos conflitos mais emblemáticos do sul do Brasil.




Pouco adiante, nos deparamos com uma impressionante formação de rocha basáltica de cerca de 13 metros de altura, que reforça a imponência do cenário natural.



No final da trilha, chegamos à segunda passarela, ponto marcado pelas ruínas da antiga Usina da Cascata.



Esse local guarda parte da memória energética da região: nos anos 1920, funcionava nas proximidades uma serraria movida a roda d’água, e na década de 1940 foi construída a usina hidrelétrica, que fornecia eletricidade para famílias de Ipira e também de Piratuba.



Em épocas de seca, quando a produção era interrompida, a energia era garantida por uma locomóvel, uma máquina a vapor movida a lenha.



Com o passar dos anos, houve a necessidade de ampliar a estrutura, surgindo uma segunda usina para atender a crescente demanda. Mais tarde, a união entre moradores e governo estadual resultou na criação da Usina Santa Cruz, em Capinzal, marco importante para o desenvolvimento energético da região.




Explorando os caminhos até a área rochosa situada logo após a primeira cachoeira, encontramos um cenário de rara serenidade: pedras expostas pela estiagem, sombras frescas, o canto dos pássaros e o leve murmúrio da água correndo pelo leito do rio.




Ali, aproveitamos para preparar um tereré e desfrutar de um piquenique simples, mas revigorante, com frutas frescas.




Revigorados por esse momento de descanso em meio à natureza, nos despedimos do Parque da Cascata, levando conosco a lembrança da paz e da beleza que Ipira guarda em seu coração.




Com a Formosa novamente em movimento, logo fizemos uma breve parada no Mirante Parque da Cascata, localizado às margens da Avenida Brasil.


O local oferece uma vista parcial, mas encantadora, do Parque da Cascata de Ipira. De lá, foi possível avistar a primeira queda d’água do rio, exatamente o ponto onde havíamos feito nosso piquenique algumas horas antes.


Seguimos então até a Igreja Evangélica de Confissão Luterana de Ipira.


Em frente ao templo, ergue-se um imponente monumento adornado com o Selo de Lutero, também conhecido como Rosa de Martim Lutero, símbolo tradicional do luteranismo.


Construída em 1940, a igreja se destaca no cenário urbano, rodeada por construções antigas que ainda preservam o charme da arquitetura original.




Muitas das residências de madeira que a cercam parecem retiradas de outra época, com fachadas delicadas e bem conservadas, lembrando pequenas casas de bonecas.


Entre essas joias arquitetônicas, chama atenção a Casa da Memória, instalada em um casarão histórico de 1923.


Desde 2004, o espaço abriga o Centro de Memórias João Baptista Riffel, que funciona como museu. Seu acervo inclui documentos, mobiliário, máquinas, ferramentas e diversos objetos que retratam o cotidiano dos primeiros moradores, preservando a história e a evolução do município ao longo das décadas.


Infelizmente, durante nossa passagem, a Casa da Memória de Ipira estava fechada.


Assim, retomamos a viagem em direção ao município vizinho de Piratuba (SC), famoso por suas águas termais e pela riqueza de sua cultura.


Para chegar até lá, bastou atravessar a ponte que cruza o Rio do Peixe, marco natural que une as duas cidades.


O processo de colonização de Piratuba teve início em 1910, impulsionado pela construção da Estrada de Ferro São Paulo – Rio Grande do Sul. A chegada dos trilhos não apenas conectou regiões, mas também atraiu novos moradores, transformando a paisagem e dando origem à comunidade que mais tarde se tornaria município.


Inicialmente chamada de Vila do Rio do Peixe, a localidade passou a se chamar Piratuba em 1943. A emancipação ocorreu em 1949, consolidando sua autonomia política.


O nome Piratuba tem origem no tupi-guarani: “pirá” significa peixe e “tuba” remete a ajuntamento ou abundância, resultando na tradução “abundância de peixes”.



Tanto Piratuba quanto Ipira, situadas às margens do Rio do Peixe, carregam em seus nomes a referência à riqueza pesqueira que já marcou a região.


Em 1964, uma expedição da Petrobras perfurou um poço em busca de petróleo. O ouro negro não foi encontrado, mas a 674 metros de profundidade jorrou um lençol de águas sulfurosas a 38,6 °C. Esse achado mudou para sempre o destino de Piratuba, SC.


Em 1975, a fundação da Companhia Hidromineral deu início ao aproveitamento dessas águas, que anos depois originaram o Parque Termal de Piratuba, transformando o município em um dos destinos turísticos mais procurados do sul do Brasil.


Hoje, a cidade conta com mais de 2.500 leitos para hospedagem e atrai visitantes de várias partes do país e até do Mercosul. O complexo das Termas de Piratuba oferece piscinas aquecidas cobertas e ao ar livre, escorregadores, toboáguas, duchas e uma estrutura completa de lazer. Além disso, conta com restaurantes, lanchonetes, quadras esportivas, playground e até uma área de camping equipada com churrasqueiras, banheiros e pontos de energia elétrica.


As águas sulfurosas são ricas em minerais como enxofre (conhecido como o “mineral da beleza”, benéfico para pele, cabelos e unhas) e bicarbonato de sódio, que ajuda a equilibrar o pH do corpo e favorece a saúde geral. Essa combinação terapêutica reforça a fama das termas como destino de bem-estar.



Com cerca de 5 mil habitantes, Piratuba tem no turismo seu maior motor econômico. Além do parque termal, uma das atrações mais tradicionais é o passeio de Maria Fumaça, que percorre aproximadamente 25 km até Marcelino Ramos, RS.




O passeio, que dura cerca de 4 horas, proporciona uma experiência memorável a bordo de vagões clássicos, puxados por uma histórica locomotiva a vapor fabricada na Bélgica em 1906. Este trajeto não apenas encanta pela beleza natural do caminho, mas também imerge os passageiros na rica história ferroviária da região.



Outro ponto de interesse é a Paróquia Santa Catarina de Alexandria, fundada em 1993 e revitalizada em 2018 com um ousado projeto arquitetônico.


Paróquia Santa Catarina de Alexandria – Igreja Matriz de Piratuba
Fundada em 1951, a Paróquia Santa Catarina de Alexandria – Igreja Matriz de Piratuba foi revitalizada em 2018 com um ousado projeto arquitetônico.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar na Paróquia Santa Catarina de Alexandria – Igreja Matriz de Piratuba partindo do centro de São Paulo – São Paulo – Brasil:
Contatos da Paróquia Santa Catarina de Alexandria – Igreja Matriz de Piratuba
- Endereço: Rua das Flores, 289 – Centro | Piratuba – Santa Catarina – Brasil
- Telefone: (49) 3553-0281
- E-mail: paroquiasc@yahoo.com.br
Para obter informações mais detalhadas, visite a página oficial da Paróquia Santa Catarina de Alexandria – Igreja Matriz de Piratuba no Facebook.
Horários de Funcionamento
- Todos os dias: das 8h às 17h
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 30 minutos


No seu interior, a arquitetura da Paróquia Santa Catarina de Alexandria segue um projeto moderno e simples, dando destaque para os vitrais que mostram passagens bíblicas, uma capela em homenagem à padroeira Santa Catarina de Alexandria, a pia batismal e imagens de Jesus e outros santos.


Localizada no alto de um morro e tendo 80 degraus em sua escadaria principal, a Igreja Matriz de Piratuba oferece uma vista deslumbrante da área central da cidade e se impõem na paisagem e reforçando sua importância espiritual e comunitária.


A poucos metros dali, a Casa Colonial preserva a tradição da arquitetura alemã e funciona como vitrine da produção local.



Na Casa Colonial de Piratuba, erguida no final da década de 1990, os visitantes encontram artesanato, salames, queijos, mel, geleias, biscoitos caseiros e outras iguarias que celebram a herança cultural e gastronômica da região.



Durante nossa visita, no entanto, o local estava fechado, possivelmente em função das restrições da pandemia.



Com os termômetros marcando 39 °C, decidimos continuar o passeio pela cidade a bordo da Formosa, em busca de mais conforto sob o calor intenso.



As ruas centrais de Piratuba estavam lindamente enfeitadas com decoração de Páscoa: coelhos, ovos coloridos e flores que traziam um clima festivo especial à cidade.



Passamos em frente ao Complexo Termas de Piratuba, que infelizmente estava fechado, também em razão da pandemia.



Seguindo pela área central, avistamos ainda o Centro de Eventos, palco de grandes celebrações, além da prefeitura municipal, da câmara de vereadores e da Casa da Memória, espaço que preserva o patrimônio histórico da cidade.



Desta forma encerramos nossa visita ao centro de Piratuba, carinhosamente chamada de “Capital Turística do Alto Uruguai Catarinense”, e seguimos nosso passeio de moto pelas estradas catarinenses.



Retomamos a SC-390 e, apenas quatro quilômetros adiante, fizemos uma nova parada, desta vez para conhecer a Cascata do Monge, ainda em território pertencente ao município de Piratuba – SC.


Sem sinalização clara indicando a trilha, usamos como referência uma grande placa de uma boate curiosamente chamada Boate Cascata, praticamente vizinha ao atrativo natural.



Caso seu marido, namorado ou companheiro afirme estar na “Cascata” durante uma viagem solo pela região, talvez valha a pena pedir alguns detalhes adicionais.


Trilha da Cascata do Monge
Descubra a trilha ecológica que conduz à Cascata do Monge, uma espetacular queda d’água localizada nas proximidades do centro de Piratuba, SC.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar na Trilha da Cascata do Monge partindo do centro de Florianópolis – Santa Catarina – Brasil:
Contatos da Trilha da Cascata do Monge
- Endereço: Rodovia SC-303, 235 | Piratuba – Santa Catarina – Brasil
- Telefone: (49) 3553-0553
- E-mail: turismo@piratuba.com.br
Horários de Funcionamento
- Todos os dias: da 00h às 24h
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Informações da Trilha
Extensão, tempo e nível de dificuldade da trilha:
- Percurso: A trilha possui uma extensão de 1.000 metros.
- Duração: A média de tempo para completar a trilha é de 30 minutos.
- Nível de Dificuldade: O nível de dificuldade varia de leve a moderado.


Após estacionarmos a Formosa em uma sombra próxima ao local, iniciamos a caminhada pela trilha. Logo ao lado da entrada, uma pequena placa discreta indicava o caminho até a cachoeira.

Bastaram poucos passos para nos depararmos com uma das primeiras quedas d’água, batizada de Cascata do Monge em homenagem à passagem de José Maria de Santo Agostinho, mais conhecido como Monge José Maria, figura emblemática da Guerra do Contestado, conflito que marcou profundamente o sul brasileiro entre 1912 e 1916.

A vegetação nativa ao redor da Cascata do Monge é densa, o que me levou a tentar encontrar um novo ângulo para a foto, atravessando um tronco de árvore caído. Num salto ousado, consegui cruzar, mas ao aterrissar em uma pedra molhada e escorregadia, acabei deslizando inesperadamente.

Com a câmera fotográfica em uma mão, o FredLee na outra e a mochila nas costas, encontrei o chão de forma nada elegante, em uma cena foi digna de risos, especialmente da Sayo, que aproveitou meu tombo para se divertir. Enquanto me levantava, não pude deixar de pensar na propaganda enganosa das botas de trekking que usava: impermeáveis e bonitas, mas absolutamente ineficazes em aderência.

Essa queda se juntou a outra memorável, registrada no ano anterior em pleno Parque Nacional da Serra dos Órgãos, em Guapimirim, no Rio de Janeiro.

Recuperado (e rindo junto), consegui enfim registrar a fotografia desejada. Aqui fica o convite para que dediquem alguns instantes à contemplação da foto acima.

Seguimos pela trilha, acompanhados pelo som da água que escorria sobre as pedras até se lançar no segundo e mais imponente salto da Cascata do Monge: uma queda d’água majestosa de aproximadamente 60 metros de altura.

O cenário é impressionante, principalmente pela integração da cachoeira à mata nativa, que preserva a atmosfera selvagem do lugar.

Avançamos em direção à base da maior queda, mas em certo ponto o caminho desapareceu entre a vegetação, dando lugar a uma descida íngreme e pouco segura.



Considerando o final da tarde, a baixa vazão da cachoeira e, principalmente, meu recente tombo, julgamos prudente encerrar a tentativa e retornar. Voltamos à rodovia, onde a Formosa nos aguardava.



Com o dia já se despedindo, retomamos o trajeto pela SC-390, passando novamente por Piratuba, Ipira e Peritiba até acessar a BR-153.



Cruzamos a divisa entre os estados pela ponte sobre o Rio Uruguai, marcando nosso retorno ao Rio Grande do Sul.



Antes de seguir viagem, fizemos uma pausa no acostamento para preparar mais um tereré e contemplar a vista da imponente ponte que liga Marcelino Ramos (RS) a Concórdia (SC).


Essa estrutura impressiona pelas dimensões: são 630 metros de extensão, 13 metros de largura e 11 pilares de sustentação, erguida 23 metros acima da antiga ponte, submersa após a formação do lago da Usina Hidrelétrica de Itá, no ano 2000.



Esse elo entre os estados não é apenas uma obra de engenharia, mas também um marco de adaptação regional, já que simboliza as transformações econômicas e culturais trazidas pela usina. O cenário ao entardecer, com o Rio Uruguai refletindo as últimas luzes do dia, tornou a parada ainda mais especial.


Poucos quilômetros depois, já sob um céu pintado por tons alaranjados e rosados, chegamos à cidade de Erechim, RS.



Ao cair da noite, encerramos a viagem e chegamos ao lar, levados pela lembrança de um roteiro repleto de história, belas paisagens e experiências marcantes.

Acima o mapa com o trajeto percorrido no dia entre Erechim – RS e Piratuba – SC.


Oba! Já são 2 comentários nesta postagem!
hehehe….em cima da Formosa há mais aderência do quê com os pés dentro dessas botas !!!
Lugar de calmaria esse interior de SC.
Já passamos por Piratuba, ficamos somente uma tarde e uma noite, pois estávamos descendo para Gramado, mas já valeu a estadia.
Grande abraço !
Verdade Fernando hahaha para a próxima viagem já providenciei novos “riscos” no solado da bota, vamos ver se
com a gambiarramelhora um pouco a aderência, se não surtir efeito tentarei trocar o solado todo (caso seja possível), ou então serei obrigado a criar vergonha na cara :P e providenciar um calçado novo (uma pena, pois a atual bota é confortável, resistente e impermeável, mas… lisa como um sabão). Valeu. Abraços…Estamos ansiosos para ler tudo aquilo que tu tem para dizer! É chegado o momento de abrir este coração e compartilhar tua opinião, crítica (exceto algo desfavorável à imagem da Formosa), elogio, filosofar a respeito da vida ou apenas sinalizar que chegou até aqui ;)
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