Brasil • Expedição 2020: Belas Rotas • São Paulo
Viagem de Moto em SP: Serra Negra, Serra da Cabeça da Anta e Estrada Parque Carlos Botelho – Serra da Macaca
27 de Novembro, 2020
Embarque em uma viagem de moto por algumas das estradas mais emblemáticas de São Paulo: Serra Negra (SP-360), Serra da Cabeça da Anta (SP-079) e Estrada Parque Carlos Botelho - Serra da Macaca (SP-139).
O 30º dia da Moto Expedição 2020: Belas Rotas foi repleto de aventura, adrenalina e paisagens espetaculares. Nesta viagem de moto por algumas das estradas e serras mais emblemáticas de São Paulo, percorremos a charmosa e sinuosa Serra Negra (SP-360), enfrentamos uma quase pane seca nas imediações de Campinas, encaramos as curvas desafiadoras da lendária Serra da Cabeça da Anta (SP-079) e encerramos o dia atravessando a impressionante Estrada Parque Serra da Macaca (SP-139), dentro do Parque Estadual Carlos Botelho, um dos principais refúgios da Mata Atlântica no Brasil.

A forte chuva de ontem se prolongou até a madrugada, mas, para nossa alegria, a sexta-feira amanheceu com um lindo céu azul em Itatiba, SP.

Animados com o sol brilhando lá fora, aproveitamos um café da manhã reforçado antes de organizar as bagagens na Formosa e dar início a mais um dia de estrada.

Já trajados com nossas roupas de moto viagem, deixamos o centro de Itatiba, conhecida como “A Princesa da Colina”, seguindo pela rodovia SP-360.

Como o objetivo da nossa Moto Expedição 2020: Belas Rotas é explorar as estradas mais bonitas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro, não poderíamos deixar de incluir em nosso roteiro a icônica rodovia SP-360.


A rodovia estadual SP-360 liga Jundiaí a Águas de Lindóia, na divisa com Minas Gerais e com acesso à MG-459, percorrendo aproximadamente 110 km de belas paisagens.


A estrada é totalmente asfaltada e recebe diferentes nomes oficiais ao longo do percurso, sendo popularmente conhecida como Rodovia das Estâncias no trecho entre Itatiba e Águas de Lindóia.


Entretanto, o trecho da SP-360 que mais chama a atenção dos apaixonados por viagens de moto é relativamente curto e fica entre os municípios paulistas de Morungaba e Serra Negra.


Esse percurso de cerca de 40 km se destaca pelo asfalto bem conservado, cortando uma região montanhosa com uma sequência impressionante de curvas, ideais para bailar sobre duas rodas.


Não à toa, o local é um destino bastante procurado pelos motociclistas nos finais de semana, perfeito para um passeio de moto com as paisagens deslumbrantes da Serra da Mantiqueira ao longo da rodovia e inúmeras oportunidades de raspar as pedaleiras nas fechadas curvas do trajeto.


Com pouco tráfego, temperatura amena e um céu azul impecável, seguimos com agilidade pelas curvas da Rodovia Engenheiro Geraldo Mantovani (SP-360), aproveitando ao máximo a tranquilidade e a beleza dessa estrada paulista.


Logo depois, chegamos ao charmoso município de Serra Negra, SP.


Serra Negra, situada a 927 metros de altitude, é conhecida em todo o Brasil por suas numerosas fontes de água mineral.


Em 1928, estudos identificaram propriedades radioativas nas águas de Serra Negra que, combinadas à sua composição mineral, passaram a ser recomendadas para diversos tratamentos de saúde.


O reconhecimento dessas propriedades levou o então presidente Washington Luís a declarar Serra Negra como a “Cidade da Saúde”, e, em 1938, um decreto elevou o município à categoria de Estância Hidromineral e Climática.


Atualmente, o turismo é a principal atividade econômica da Estância Hidromineral de Serra Negra, seguido pela agricultura, especialmente o cultivo do café.


Com o fim das férias se aproximando, já que na segunda-feira precisamos voltar ao trabalho, decidimos deixar a exploração completa da cidade para uma próxima visita. Assim que chegamos, fizemos uma rápida volta pelo centro antes de retomar a viagem pela SP-360, seguindo o mesmo trajeto da ida.


Desta vez, ao chegarmos em Amparo, deixamos a SP-360 para trás e seguimos pela rodovia SP-095.


Pela rodovia estadual SP-095, atravessamos os centros de Águas de Lindóia e Pedreira até chegar a Jaguariúna.


Em Jaguariúna, cidade famosa pelo rodeio (um dos maiores e mais importantes festivais de montaria em touros e cavalos do Brasil) passamos em frente à histórica Estação Jaguariúna, inaugurada em 1945.


Em seguida, acessamos outra rodovia paulista: a duplicada e pedagiada SP-340.


Rodamos por alguns quilômetros rumo ao sul pela movimentada SP-340 até sermos surpreendidos por um extenso congestionamento, obrigando-nos a reduzir o ritmo em meio ao fluxo intenso de veículos.


Ligamos os faróis auxiliares, respiramos fundo e nos lançamos na arte de pilotar pelo corredor, driblando o trânsito pesado com atenção e paciência.


Desviando de um retrovisor aqui, reclamando de um motorista que nos fechava ali (chutando um retrovisor acolá, mentirinha…) e lidando com o calor insuportável do motor da Formosa em baixa velocidade, seguimos em frente com muita cautela e bom humor, enfrentando cada metro do congestionamento.

Além do estresse de manter atenção constante ao transitar pelo corredor por vários quilômetros, levei um susto ao olhar para o painel da Formosa e ver a luz da reserva acesa, e outro ainda maior ao perceber que restava combustível para pouco mais de 1 quilômetro!

Nesse momento, me veio à mente a velha regra de ouro do motociclismo: ao chegar em uma cidade para pernoitar, abasteça para começar o dia seguinte com o tanque de combustível cheio e sem preocupações.

Claro que acabei descumprindo essa regra essencial do motociclismo e agora me via em um dilema: encarar a vergonha de admitir a situação para os companheiros da Moto Expedição (FredLee e Sayo), afinal, ficar sem combustível na Patagônia – Argentina, com seus longos trechos sem postos, é compreensível, mas na região metropolitana de Campinas é outra história, ou fingir que estava tudo bem e seguir rodando normalmente até o momento em que a Formosa começasse a falhar e apagasse de vez.
Durante alguns minutos de tensão e indecisão, percebi duas coisas: o contorno viário de Campinas praticamente não tem postos de combustível e, para minha surpresa, a Formosa me pregou uma boa peça, pois rodamos muito mais do que aquele mísero quilômetro previsto, mais por sorte do que por juízo.

Pilotando bem abaixo da velocidade habitual para economizar até a última gota de gasolina, finalmente avistei ao longe, no horizonte, um posto de combustível com letras azuis em destaque sobre um fundo amarelo. A princípio, achei que fosse uma miragem, mas, para a alegria geral (especialmente deste que vos escreve) era bem real.

De volta ao jogo, mantive a calma e pilotei com garbo e elegância até estacionar a Formosa ao lado da bomba. Observei atentamente enquanto o frentista abastecia 18 litros no tanque, ou seja, ainda sobraram exatos 900 mililitros!

Com a Formosa devidamente abastecida e eu finalmente respirando aliviado, voltamos à estrada e acessamos a rodovia SP-075.

Nas proximidades de Sorocaba, deixamos a SP-075 para trás e seguimos pela rodovia SP-079.

Logo chegamos a Piedade e, sob um calor escaldante, seguimos pela rodovia estadual até avistarmos uma barraquinha que vendia queijos, rapadura, doces, melado e… coco!

Como já fazia dois dias desde a última vez que nos deliciamos com água de coco, não pensamos duas vezes antes de parar para nos refrescar e hidratar.


Após a breve parada, mais revigorados com a deliciosa água de coco natural, retomamos o trajeto pela SP-79 e logo chegamos ao centro da cidade de Tapiraí, SP.


Dali, bastaram poucos quilômetros para iniciarmos a descida de outra serra lendária, bastante conhecida no universo das duas rodas: a Serra de Juquiá, popularmente chamada de Serra da Cabeça da Anta.


Localizada na região do Vale do Ribeira, a Serra da Cabeça da Anta fica na rodovia estadual SP-079, entre os municípios paulistas de Tapiraí e Juquiá.


A Serra da Cabeça da Anta impressiona com suas mais de 350 curvas distribuídas ao longo de aproximadamente 60 km (uma média incrível de uma curva a cada 170 metros) em um desnível superior a 900 metros, cortando a exuberante vegetação da Mata Atlântica.


Tudo isso, aliado ao fato de ser uma pista simples, asfaltada, estreita e sem acostamento, transforma a Serra da Cabeça da Anta em um verdadeiro paraíso para os amantes do motociclismo.


Uma pena é o atual estado de conservação da rodovia na Serra da Cabeça da Anta, que apresenta inúmeros buracos, irregularidades e ondulações ao longo do percurso, exigindo atenção redobrada na pilotagem.


A cerca de 15 quilômetros do centro de Tapiraí, às margens da Serra da Cabeça da Anta, encontra-se um tradicional ponto de apoio para viajantes: o Restaurante e Lanchonete Cabeça da Anta.


O local oferece estacionamento, restaurante, lanchonete, cafeteria, banheiros limpos e gratuitos, além de uma ampla variedade de produtos à venda.


Claro que aproveitamos para estacionar por ali e desfrutar das comodidades do local. Bem em frente ao Restaurante e Lanchonete Cabeça da Anta, há uma pequena queda d’água que deságua em uma bica, onde a fonte tem o formato curioso de uma cabeça de anta, a famosa “Bica da Anta”.


No início do século passado, cavaleiros e tropeiros que transitavam pela região (então uma trilha de chão batido) utilizavam a fonte de água cristalina para matar a sede e se refrescar durante suas longas jornadas.


Certa vez, um desmoronamento de terra na região próximo à bica causou a morte de uma anta. Ao encontrarem o animal, os tropeiros começaram a chamar a fonte de água natural de “Bica da Anta” em homenagem ao ocorrido.


Anos depois, com a inauguração oficial da Rodovia Tenente Celestino Américo (SP-079), o Departamento de Estradas e Rodagens instalou a bica com a cabeça da anta como forma de preservar a história e a tradição do local.


Assim, a “Bica da Anta” consolidou-se como ponto turístico, e a Serra de Tapiraí passou a ser conhecida como Serra da Cabeça da Anta.


Aliás, a Serra da Cabeça da Anta está situada em uma região cercada pela Mata Atlântica, repleta de rios de águas cristalinas e inúmeras cachoeiras, um habitat ideal para a anta, que é bastante comum na área. Inclusive, o nome do município Tapiraí tem origem na língua tupi-guarani e significa “rio das antas” ou “lugar de muitas antas”, formado pela junção dos termos tapi’ira (anta) e y (rio).



Após registrar várias fotos junto à famosa Bica da Cabeça da Anta, voltamos à estrada, seguindo nossa viagem de moto pelas sinuosas curvas da Serra da Cabeça da Anta até que, poucas curvas adiante, nos deparamos com um bloqueio total da pista.


Ali, fomos informados sobre o motivo da interrupção: o temporal da noite anterior havia derrubado várias árvores e provocado deslizamentos de terra em trechos da rodovia estadual SP-079 nos quilômetros seguintes. Equipes do DER já estavam no local, trabalhando para liberar o tráfego o mais rápido possível.


Aproveitamos a pausa para conversar com os funcionários do DER, comentando sobre o estado deplorável da rodovia. Segundo eles, a situação já se arrasta há vários anos e, o mais surpreendente, é que os recursos financeiros para a recuperação do trecho já foram liberados pelos órgãos competentes. No entanto, ainda há uma pendência burocrática, uma vez que a rodovia atravessa uma área de preservação ambiental, o que tem atrasado o início das obras.



Burocracias à parte, aguardamos pacientemente por cerca de 30 minutos em meio à Serra da Cabeça da Anta até que a via fosse liberada. Com a estrada novamente acessível, retomamos nossa viagem.


Aos poucos, as curvas da Serra da Cabeça da Anta foram se tornando mais suaves e abertas, e o declive passou a ser menos acentuado.



Logo, a densa e verdejante floresta da Mata Atlântica deu lugar a vastas plantações de banana, sinal claro de que havíamos adentrado o território do município de Juquiá, carinhosamente conhecido como a “Capital da Banana”.



Ali, fizemos uma breve parada às margens da rodovia para roubar bananas “regar as plantinhas” e seguir viagem mais leves.



Mais aliviados, seguimos em frente e atravessamos o centro da tranquila cidade de Juquiá, que conta com pouco mais de 17.000 habitantes, onde acessamos a rodovia SP-165.



Rodamos apenas alguns quilômetros pela SP-165 até alcançarmos o município de Sete Barras, onde acessamos a SP-139, estrada que, no trecho entre Sete Barras e São Miguel Arcanjo, é conhecida como Rodovia Nequinho Fogaça.



Pela SP-139, uma estrada asfaltada, de pista simples, estreita e sem acostamento, seguimos rumo ao norte, até que o azul do céu deu lugar, de forma repentina, a densas e ameaçadoras nuvens cinzentas.



Bastaram alguns minutos para que uma chuva leve começasse a cair. No entanto, como a viagem seguia agradável e o clima estava abafado, optamos por continuar rodando sem parar para vestir as capas de chuva.



Aos poucos, a paisagem ao longo da rodovia estadual SP-139 foi sendo tomada pela densa e fechada vegetação da Mata Atlântica, envolvendo a estrada em um cenário verde e exuberante.


O pavimento da estreita rodovia, que até então era de asfalto tradicional, repentinamente deu lugar a um revestimento de blocos de cimento intertravados, marcando uma mudança abrupta no trajeto.


Em meio a esse cenário exuberante, cercados pela Mata Atlântica e sob a chuva leve que ainda persistia, chegamos à portaria da Sede Sete Barras do Parque Estadual Carlos Botelho (PECB).


Parque Estadual Carlos Botelho – Estrada Parque Serra da Macaca
A Estrada Parque Carlos Botelho, também conhecida como Serra da Macaca, é a primeira estrada parque do estado de São Paulo. Com 32 quilômetros de extensão, ela é totalmente pavimentada com blocos de cimento intertravados.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar no Parque Estadual Carlos Botelho – Estrada Parque Serra da Macaca partindo do centro de São Paulo – São Paulo – Brasil:
Contatos do Parque Estadual Carlos Botelho – Estrada Parque Serra da Macaca
- Endereço: Rodovia SP-139, Km 78,4 – Abaitinga | São Miguel Arcanjo – São Paulo – Brasil
- Telefone: (15) 3279-0483
- E-mail: pe.carlosbotelho@fflorestal.sp.gov.br
Para obter informações mais detalhadas, visite a página oficial da Parque Estadual Carlos Botelho – Estrada Parque Serra da Macaca no Instagram.
Horários de Funcionamento
- Todos os dias: das 6h às 20h
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 1 hora
*Tempo estimado para percorrer a Serra da Macaca, respeitando os limites de velocidade.


Criado em 1982, o Parque Estadual Carlos Botelho tem como objetivo garantir a proteção integral da flora, fauna e das belezas naturais da região. Além disso, promove o uso sustentável do espaço para fins educacionais, recreativos e científicos, sendo classificado como uma unidade de conservação de proteção integral.


Uma curiosidade interessante é que a rodovia estadual SP-139 cruza o Parque Estadual Carlos Botelho de norte a sul, ao longo de um trecho de 32 quilômetros totalmente revestido por blocos de cimento intertravados, integrando harmoniosamente infraestrutura e preservação ambiental.


A via estreita e sinuosa, cercada por uma paisagem de tirar o fôlego, avança pela Serra de Paranapiacaba, mais conhecida como Serra da Macaca, partindo de uma altitude aproximada de 50 metros acima do nível do mar e ultrapassando os 800 metros em pouco mais de 20 quilômetros de percurso.


A Estrada Parque Carlos Botelho (SP-139) é a primeira estrada parque do estado de São Paulo, projetada para causar o menor impacto ambiental possível. Seu pavimento ecológico, composto por cerca de 10 milhões de blocos intertravados, permite maior escoamento da água, não retém calor e gera um ruído característico com o atrito dos pneus, o que ajuda a afastar os animais da pista e, consequentemente, reduzir os riscos de atropelamentos.



Vale destacar que, por se tratar de uma estrada parque localizada em um importante refúgio de vida selvagem, a rodovia SP-139 no trecho da Serra da Macaca possui horário restrito para circulação de veículos: o tráfego é permitido diariamente apenas entre 6h e 20h. Além disso, a velocidade é limitada de forma compatível com o ambiente, variando entre 20 km/h e 40 km/h, o que proporciona um ritmo ideal para apreciar com calma o cenário natural deslumbrante ao redor.


O Parque Estadual Carlos Botelho é um dos mais importantes refúgios da vida selvagem no sudeste paulista, formando um dos principais corredores ecológicos que conectam os mais significativos remanescentes da Mata Atlântica no Brasil.


Situado entre os municípios de São Miguel Arcanjo, Sete Barras e Capão Bonito, o Parque Estadual Carlos Botelho abriga áreas de floresta ombrófila densa, com elevado grau de preservação. Entre as espécies que se destacam estão o palmito-juçara, a canela, o jequitibá e a figueira, compondo um ecossistema rico e essencial para a biodiversidade da Mata Atlântica.


Em seus mais de 37 mil hectares de território, o Parque Estadual Carlos Botelho abriga importantes espécies da fauna ameaçadas de extinção, como a onça-pintada, a anta e o queixada. Possivelmente, é a única unidade de conservação que abriga, simultaneamente, duas espécies emblemáticas da Mata Atlântica: o muriqui-do-sul (o maior primata das Américas) e o mico-leão-preto.


O Parque Estadual Carlos Botelho desempenha um papel fundamental na proteção de duas importantes bacias hidrográficas: a do Alto Paranapanema e a do Vale do Ribeira. Além disso, abriga uma incrível diversidade de fauna, com 56 espécies de peixes, 70 de anfíbios, 31 de répteis, 342 espécies de aves, 25 de pequenos mamíferos e 35 espécies de médios e grandes mamíferos — um verdadeiro paraíso natural e um santuário da biodiversidade brasileira.


Não por acaso, em 1999, o Parque Estadual Carlos Botelho foi reconhecido como “Sítio do Patrimônio Mundial Natural” pela UNESCO, reforçando sua importância ecológica e seu valor como um dos mais ricos e bem preservados remanescentes da Mata Atlântica.


Viajar de moto pela Estrada Parque Carlos Botelho – Serra da Macaca é uma experiência simplesmente maravilhosa!


Ao longo dos 32 quilômetros da Estrada Parque Serra da Macaca, há diversas áreas de estacionamento estratégicas que convidam a uma pausa para contemplação e apreciação das belezas do Parque Estadual Carlos Botelho.


Devido à pandemia vigente durante nossa visita, a circulação pela Estrada Parque Carlos Botelho – Serra da Macaca estava liberada, porém, com a restrição de não estacionar ou parar em nenhum ponto da estrada, sendo permitido apenas o trânsito direto, sem paradas para contemplação.


Essa limitação virou uma ótima desculpa para planejarmos um retorno assim que a situação se normalizar, preferencialmente em um dia ensolarado, para desfrutar plenamente da beleza natural do local e do verdadeiro prazer em rodar de moto pela Serra da Macaca (SP-139).


O Parque Estadual Carlos Botelho (PECB) oferece uma infraestrutura completa, incluindo quiosques para piquenique, mirantes panorâmicos, centro de visitantes, sanitários, opções de hospedagem e áreas para camping, além de energia elétrica, internet, museu e uma extensa rede de trilhas ecológicas que atravessam a mata preservada, passando por bicas, rios e cachoeiras.


Sem dúvida, a Estrada Parque Carlos Botelho – Serra da Macaca é uma das estradas mais bonitas do Brasil, merecendo um lugar especial no roteiro da nossa Moto Expedição 2020: Belas Rotas.


Quando nos demos conta, avistamos no horizonte a portaria da Sede São Miguel Arcanjo do Parque Estadual Carlos Botelho, sinalizando o fim da Estrada Parque Serra da Macaca (SP-139). A sensação de missão cumprida tomou conta, após rodar por esses 32 quilômetros de pura imersão na natureza exuberante e desafiadora da Mata Atlântica.



Ali fizemos uma breve pausa para a última foto da unidade de conservação e pudemos constatar que a chuva ficou na serra, ou seja, o restante da viagem do dia prometia ser livre da água.


De volta ao asfalto da rodovia estadual SP-139, seguimos em direção ao norte, rumo à cidade de São Miguel Arcanjo, SP.



O fim do dia já se aproximava quando chegamos ao trevo de acesso à cidade paulista.



Analisamos nossa disposição, constatamos que o tempo estava decidido a colaborar, e decidimos aproveitar a boa fase para rodar mais alguns quilômetros antes de encerrar o dia.



Deixamos para trás a SP-139 e encaramos a esburacada SP-250, uma via em péssimas condições, ideal para sacudir a coluna dos motociclistas e testar a resistência das suspensões, rodas e pneus da Formosa.


Pelo menos foram só 13 quilômetros naquela via horrível até finalmente acessarmos a SP-127, uma estrada duplicada, pedagiada, com asfalto impecável, perfeito para recuperar o ritmo e pilotar com conforto e segurança!


A SP-127 nos levou até o centro de Capão Bonito – SP, onde chegamos no início da noite e fomos direto procurar um hotel para descansar. Afinal, amanhã é dia de serpentear, se é que vocês nos entendem ;)

Acima o mapa com o trajeto percorrido no dia entre Itatiba – SP e Capão Bonito – SP.


Oba! Já são 4 comentários nesta postagem!
A serra da macaca até poucos anos atrás era de chão de terra. Esta obra com os bloquetes ficou muito bom. Quando voltarem a São Miguel Arcanjo experimentem o bolinho de frango, tomem um vinho colonial e apreciem as uvas de mesa que são plantadas na região.
Ficamos imaginando o quão tenso devia ser subir ou descer a serra em períodos chuvosos quando a estrada era de terra o.O
Obrigado pelas dicas, já anotamos! Pretendemos voltar a percorrer a sinuosa Serra da Macaca assim que surgir uma nova oportunidade e poder apreciar a vista de cada um dos locais de parada, além de caminhar pelas trilhas dentro do parque.
Valeu. Abraços…
Adoro o texto leve com pitadas de ironia 😜. Só imagens lindas ❤️.
Valeu! A ideia é transmitir as informações de uma forma descontraída ;)
Estamos ansiosos para ler tudo aquilo que tu tem para dizer! É chegado o momento de abrir este coração e compartilhar tua opinião, crítica (exceto algo desfavorável à imagem da Formosa), elogio, filosofar a respeito da vida ou apenas sinalizar que chegou até aqui ;)
Mas atenção, os campos marcados com * são de preenchimento obrigatório, pois assim mantemos (ou tentamos manter) o blog bonitinho, livre de robôs indevidos.
Ah, relaxe, seu endereço de e-mail será mantido sob sigilo total (sabemos guardar segredos, palavra de escoteiro) e não será publicado.