Brasil • Campos do Jordão • Expedição 2020: Belas Rotas • Monteiro Lobato • São Paulo
Dia 29: Campos do Jordão – SP a Itatiba – SP
26 de Novembro, 2020Partimos nas primeiras horas desta quinta-feira explorar alguns atrativos turísticos na cidade de Campos do Jordão – SP.
Nosso primeiro ponto de parada foi a Ducha de Prata.
Complexo Turístico Ducha de Prata
Local: Avenida Senador Roberto Simonsen | Vila Inglesa | Campos do Jordão – SP
Funcionamento: Todos os dias das 9h00 às 18h00
Ingresso: Gratuito
Tempo médio de visitação: 30 minutos
O tradicional ponto turístico da cidade fica em meio a um bosque e é formado por diversas quedas artificiais do Ribeirão das Perdizes.
Antigamente o local funcionava como uma espécie de balneário e era frequentado pela alta sociedade.
Atualmente contempla um complexo turístico formado, não apenas pelas quedas, mas também por atividades ao ar livre, como arborismo e tirolesa, e diversas lojinhas que oferecem produtos regionais e artesanais.
Localizada no maciço da Serra da Mantiqueira, Campos do Jordão está a 1.628 metros acima do nível do mar, sendo o município com a sede administrativa mais elevada do país.
É nacionalmente conhecida por seu clima, abriga cerca de 52.000 habitantes e é apelidada de Suíça Brasileira, embora tenha sido fundada por um português.
Após conhecer a Ducha de Prata rodamos pelas principais vias da cidade até chegar na Praça Benedito Calixto.
A bela e ampla praça, também conhecida como Praça São Benedito, estava lindamente decorada para o Natal.
A área pública conta com diversas lojas, restaurantes, lanchonetes, cafés, brinquedos para crianças e uma concha acústica onde são realizadas diversas apresentações musicais e culturais, principalmente durante o Festival de Inverno, período em que a cidade costuma ficar abarrotada de turistas.
Bem em frente à praça fica a Igreja São Benedito.
Projetada pelos conceituados arquitetos Américo Salfati e Mário Buchighani, a igreja teve sua pedra fundamental lançada no ano de 1944 e foi inaugurada dois anos depois.
Na sequência atravessamos a Rua Engenheiro Diogo de Carvalho e fomos conhecer o Parque Capivari, que acabara de ter os portões abertos.
Parque Capivari
Local: Rua Engenheiro Diogo de Carvalho, 1.291 | Capivari | Campos do Jordão – SP
Telefone: (12) 99624-5028
E-mail: ouvidoria@parquecapivari.com.br
Site: https://parquecapivari.com.br/
Funcionamento: Todos os dias das 9h00 às 18h00
Ingresso: Gratuito
Tempo médio de visitação: 1 hora
Localizado no bairro de mesmo nome, o Parque Capivari é uma ampla área de lazer, compras, gastronomia e entretenimento.
Em suas dependências fica a Estação Emílio Ribas, ponto de parada dos trens que cruzavam a Estrada de Ferro Campos do Jordão, inaugurada em 1914.
A linha férrea foi idealizada por médicos para transportar pacientes que vinham se tratar na cidade, uma vez que Campos do Jordão era referência no tratamento de doenças, em especial tuberculose, graças à pureza do ar, suas áreas verdes, cachoeiras e clima temperado.
Atualmente o antiga estação abriga o Centro de Memória Ferroviária, que estava fechado devido à pandemia.
O Parque Capivari possui também um teleférico, o primeiro teleférico mono cabo de cadeirinhas a funcionar no Brasil, inaugurado em 1971.
E um amplo lago onde são oferecidos passeios de pedalinho.
Como não localizamos nenhuma loja aberta vendendo os famosos chocolates locais (o mesmo ocorreu na Ducha de Prata), nos despedimos do Parque Capivari e rodamos até a igreja matriz da cidade.
A Igreja Santa Teresinha do Menino Jesus fica no centro de Vila Abernéssia e teve sua construção iniciada no ano de 1932.
Ela é dedicada à santa francesa, que também é padroeira da cidade, pelo fato de Santa Teresinha ter falecido de tuberculose aos 24 anos.
A Vila Abernéssia é o principal bairro comercial da cidade e foi, durante muito tempo, a sede de Campos do Jordão.
O nome Abernéssia nasceu como homenagem a Aberdeen e Inverness, duas cidades escocesas, e foi ideia do fundador do bairro, Robert John Reid, que obviamente, era escocês.
Ali fica a Praça Izabel Cury Paulo, conhecida como Praça da Bandeira, que também estava muito bem decorada com temas natalinos.
De frente para a praça está o Mercado Municipal, instalado em uma construção de 1958.
Ao seu lado a Estação da Vila Abernéssia.
E muito próximo dali a prefeitura municipal.
Desapontados por não ter conseguido experimentar o chocolate local nos despedimos de Campos de Jordão pela rodovia SP-050, ou, Rodovia Monteiro Lobato.
Passamos em frente à Cervejaria Baden Baden.
E iniciamos a descida da Serra da Mantiqueira pela estreita, sinuosa e incrível estrada estadual.
Conhecida como Estrada Velha de Campos do Jordão, a SP-050 serpenteia pela majestosa cadeia montanhosa.
E segue por território paulista em um percurso muito próximo da linha divisória com Minas Gerais.
Após percorrer aproximadamente 50km e descer mais de 1.000 metros chegamos no centrinho de Monteiro Lobato.
A pacata cidade conta atualmente com cerca de 5.000 habitantes, foi fundada em 1880 e é conhecida como a “Pérola da Mantiqueira”.
Sua história está diretamente ligada à cultura do café, uma vez que a região era repleta de fazendas produtoras do chamado ouro verde.
No ano de 1849 surgiu a Freguesia de Nossa Senhora do Bonsucesso do Buquira por meio da doação de um terreno para a construção de uma igreja, localizada entre as diversas fazendas.
Fundada em 1850, a Igreja Nossa Senhora do Bonsucesso viu a cidade crescer e se desenvolver em sua volta.
O interior do templo religioso é revestido por vitrais decorativos e diversas pinturas com traços barrocos.
As pinturas são obras do artista Antônio Limones, que concluiu o trabalho em 1952.
Antes de se chamar Monteiro Lobato o município teve quatro denominações: Freguesia das Estacas, Freguesia de Nossa Senhora do Bonsucesso do Buquira, Vila das Palmeiras do Buquira e Vila do Buquira.
Buquira significa “Ribeirão dos Pássaros” na língua tupi e era assim que o rio que corta a localidade era chamado pelos nativos locais.
Após conhecer a igreja passamos em frente ao Casarão do Centro, sede da Secretaria de Cultura e Turismo.
Vimos o paço municipal, instalado em um casarão do século XX conhecido por sua beleza arquitetônica.
E rodamos até a Gruta Nossa Senhora de Lourdes, um monumento artificial inaugurado em 1959.
Na sequência passamos a percorrer a Estrada do Livro.
Estrada de pista simples, estreita e sem acostamento, pela qual avançamos cerca de 8 quilômetros em um pavimento asfaltado até chegar na antiga Fazenda Buquira, atual Sítio do Pica-Pau Amarelo.
O Verdadeiro Sítio do Picapau Amarelo
Local: Estrada do Livro, Km 8 | Monteiro Lobato – SP
Telefone: (12) 99733-8999
E-mail: contato@overdadeirositiodopicapau.com.br
Site: https://www.overdadeirositiodopicapau.com.br/
Funcionamento: Todos os dias das 9h00 às 16h00
Ingresso: R$ 10,00
Tempo médio de visitação: 2 horas
Sítio do Pica-Pau Amarelo, Estrada do Livro, cidade de nome Monteiro Lobato que antes era chamada de Buquira…
A explicação de tudo isso é o antigo casarão, construído em 1880, sede da Fazenda São José do Buquira, propriedade de 3.000 alqueires onde era cultivado o café.
O local, visitado por José Bento Monteiro Lobato durante suas férias no tempo de estudante, era propriedade de seu avô, o Visconde de Tremembé.
Com a morte do visconde, no ano de 1911, Monteiro Lobato recebeu a fazenda como herança e para lá mudou com a esposa e dois filhos.
Sem aptidão aos ofícios de gerenciar uma fazenda, Monteiro Lobato morou no local durante 7 anos, tempo suficiente para ter mais dois filhos e escrever obras como “A Velha Praga”’, “Urupês”’ e mais tarde a fabulosa história do “Sítio do Picapau Amarelo”.
Quando vendeu o sítio, comprou a Editora Monteiro Lobato, a primeira do país.
Atualmente a propriedade pertence à Maria Lúcia Xavier, que herdou a fazenda de seu avô João Xavier Ribeiro, e tem os portões abertos para que adultos e crianças possam conhecer o local que habita o imaginário de várias gerações.
Conforme descrito nas obras de Lobato, o casarão, digno do neto do visconde, possui 19 cômodos e mais de 60 portas e janelas.
Percorrendo o interior do velho casarão que abriga mobília do século passado e uma ampla biblioteca revivemos as histórias contadas pelo escritor em suas obras literárias.
Monteiro Lobato se tornou um dos maiores escritores nacionais, em especial por sua literatura infantil.
Em 1949 a cidade paulista passou a se chamar Monteiro Lobato em homenagem ao escritor.
Ainda na fazenda é possível caminhar pelo pomar com mangueiras e jabuticabeiras centenárias rodeadas por laranjeiras, pitangueiras e muito mais.
E seguir pelo ambiente cercado por montanhas, que apontam seus picos para o céu.
Até chegar no riacho de águas limpas e transparentes, onde nadam peixinhos de olhos arregalados.
O qual forma a bela cachoeira retratada na obra “Reino das Águas Claras”.
Ainda no Sítio do Picapau Amarelo existe um atelier de artesanato e uma pequena loja de doces e biscoitos artesanais e orgânicos.
Conhecido o verdadeiro sítio onde nasceram Emília, Tia Anastácia, Dona Benta, Narizinho e o Visconde de Sabugosa, voltamos a percorrer a Estrada do Livro sentido Monteiro Lobato.
De volta ao centro da cidade acessamos a SP-050.
E poucos quilômetros depois acessamos a movimentada cidade de São José dos Campos.
Seguindo as placas indicativas rapidamente cruzamos o centro do município que abriga mais de 700.000 habitantes.
E logo adentramos na rodovia BR-116, pela qual percorremos poucos quilômetros até acessar a SP-065.
Assim que começamos a rodar pela Rodovia Dom Pedro I carregadas nuvens passaram a compor o cenário.
Não tardou para nos encontrarmos no meio de um verdadeiro temporal, onde a Formosa era jogada de um lado para o outro pelos fortes ventos que bruscamente mudavam de direção.
Desta forma seguimos até Itatiba, onde chegamos no fim do dia, justamente na hora do rush, vencemos um trânsito caótico, chuva e várias ladeiras até localizar um hotel, no qual vamos passar a noite.
Trajeto percorrido no dia:
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