Brasil • Expedição 2020: Belas Rotas • Rio de Janeiro • Rio de Janeiro
Dia 23: Rio de Janeiro – RJ a Cachoeiras de Macacu – RJ
20 de Novembro, 2020A sexta-feira amanheceu chuvosa na capital fluminense.
Isso aliado ao fato do valor das diárias nos hotéis na cidade terem disparado, afinal hoje é feriado estadual (Dia nacional de Zumbi e da Consciência Negra), nos fez carregar as bagagens na Formosa e partir em busca de outro destino.
Mas como o objetivo da expedição deste ano é percorrer as mais belas rotas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro, não poderíamos deixar a Cidade Maravilhosa sem rodar pela estrada que costeia o mar passando pela Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes e segue até o Grumari.
Assim sendo seguimos pela orla de Ipanema, Leblon e percorremos a Avenida Niemeyer.
Passamos pelo Vidigal e ao lado do acesso à Rocinha.
Cruzamos o São Conrado e avançamos pelo Jardim Oceânico.
Chegamos na Barra da Tijuca pela Avenida das Nações.
E ali adentramos na Avenida Lúcio Costa.
A importante avenida que segue pela orla liga a Barra da Tijuca ao Recreio dos Bandeirantes em uma extensão aproximada de 11 quilômetros.
Em determinado trecho ela passa ao lado do Parque Natural Municipal de Marampedi.
E no mais segue tendo o Oceano Atlântico de um lado e a Lagoa de Marampedi do outro.
Uma vez no Recreio dos Bandeirantes passamos ao lado da Praia da Macumba e adentramos na Avenida Estado da Guanabara.
A avenida aberta na década de 1970 avança pela Área de Proteção Ambiental da Pedra Branca e proporciona um visual surreal do encontro da exuberante Mata Atlântica com o agitado mar.
Em um cenário paradisíaco, embora o céu estivesse encoberto por carregadas nuvens, paramos alguns minutos para curtir o visual do Mirante da Prainha.
A praia, que conta com uma pequena faixa de areia ao longo de seus 700 metros de extensão, é a preferida dos surfistas por suas ondas perfeitas.
Na sequência passamos pela Praia do Abricó, a primeira e única praia naturalista do Rio.
Com a chuva ficando cada vez mais forte chegamos na sua vizinha, a Praia de Grumari.
A praia fica no bairro de mesmo nome, o qual é o menos populoso da cidade abrigando cerca de 200 habitantes, dos quais mais de 50% são jovens, um contraposto ao Bairro de Copacabana, o qual visitamos ontem.
A palavra Grumari é de origem indígena e se refere à vegetação de terra firme que floresce de janeiro a março nas serras que rodeiam o mar, também conhecida como Cássia.
Percorremos sua orla de aproximadamente 2,5km e estacionamos a Formosa em seu canto direito, onde fomos caminhar por suas finas e douradas areias.
Ali existem diversos restaurantes, lanchonetes e um pequeno rio que separa a praia de um costão rochoso, de onde parte uma trilha que segue até a Praia da Barra de Guaratiba.
Trilha, aliás, que pretendemos fazer assim que possível e em um dia ensolarado, pois seu percurso promete visuais incríveis.
Fizemos algumas fotos na praia que é considerada uma das mais belas da Cidade Maravilhosa.
E com a companhia da chuva retornamos pelo mesmo percurso.
A Avenida Estado da Guanabara é digna de um passeio calmo e com direito a várias paradas para apreciar a natureza ao seu redor.
Foi uma grata surpresa para nós e ficamos imaginando percorrer sua extensão em um dia ensolarado, deve ser fantástico.
No retorno fizemos uma breve pausa no Mirante do Roncador.
E já na Avenida Lúcio Costa passamos por um quiosque onde uma placa indicava água de coco por apenas R$ 3,00.
Não pensamos duas vezes, rapidamente brecamos a Formosa e fizemos o retorno.
Aproveitamos o acessível valor da fruta e, debaixo de chuva, nos refrescamos com uma infinidade de cocos tendo a Praia do Recreio exclusiva para nós.
Com as energias renovadas após nos entupir de água de coco voltamos a rodar com a Formosa.
A Praia do Recreio dos Bandeirantes leva este nome por ser um local onde os bandeirantes paravam para descansar e se recuperar de suas expedições.
Seguindo as orientações do Google Maps cruzamos São Conrado, passamos pelo Túnel Zuzu Angel e logo chegamos na Gávea.
Passamos ao lado da Lagoa Rodrigo de Freitas e seguimos até o Leblon, onde fomos almoçar.
Devidamente alimentados passamos por Copacabana, onde a Formosa fez questão de ser abastecida.
Com o tanque cheio nos despedimos da famosa praia carioca pela Avenida Princesa Isabel.
Seguimos pela avenida que margeia a Baía de Guanabara, cruza diversos túneis e muda de nome uma infinidade de vezes, até chegar na rodovia BR-101.
E, claro, não poderíamos perder a oportunidade de cruzar a atual maior ponte da América Latina.
Atual pois existe um projeto para a construção da ponte que ligará Salvador a Itaparica em um percurso de 12,4km de extensão sobre a Baía de Todos os Santos e desbancará o primeiro lugar da Rio-Niterói.
A Ponte Presidente Costa e Silva, mais conhecida como Ponte Rio-Niterói, levou 6 anos para ser construída e foi inaugurada em 1974, sendo considerada na época a segunda maior ponte do mundo, perdendo apenas para a Ponte do Lago Pontchartrain nos Estados Unidos.
Possui uma extensão total de 13,29 quilômetros, dos quais 8,83 são sobre a água, 72 metros de altura em seu ponto mais alto e um vão central de 300 metros.
Quando a velocidade dos ventos superava os 55 quilômetros por hora a ponte costumava ter algumas oscilações.
O balanço acontecia de forma proposital para que a estrutura não fosse danificada, o que assustava os motoristas e ocasionava eventuais interdições da ponte, porém, em 2004 houve a implantação de atenuantes, os quais foram criados pela COPPE/UFRJ, que diminuíram em 80% essas oscilações.
Chegando em Niterói existe uma praça de pedágio onde motos são taxadas em R$ 2,30.
Após pagar a tarifa de pedágio seguimos pela rodovia federal que margeia a Baía de Guanabara por alguns quilômetros até um verdadeiro temporal ter início, o que nos fez guardar a câmera fotográfica.
Debaixo da forte chuva, sem fotos, e em meio a um caótico trânsito (lembrando que hoje é feriado estadual que precede o fim de semana), rodamos até Itaboraí, onde acessamos a RJ-116 e por ela seguimos até Cachoeiras de Macacu, onde localizamos um hotel que podemos pagar e ali decidimos nos hospedar.
Após alguns minutos a chuva finalmente deu uma acalmada e decidimos caminhar pelo centro da pequena cidade mesmo com a companhia de uma fina garoa.
Conhecida como “Terra das Águas Cristalinas”, a cidade abriga atualmente cerca de 60.000 habitantes e é cortada pelo maior rio que deságua na Baía de Guanabara, o Rio Macacu.
O nome do município é uma referência a uma espécie de palmeira (macacu) da qual se extraí tinta, e, claro, às diversas cachoeiras existentes na região.
Grande parte do território de Cachoeiras de Macacu pertence a unidades de conservação, como o importante Parque Estadual dos Três Picos, Reserva Ecológica de Guapiaçu e a área de proteção ambiental do Rio Macacu.
O que faz da cidade um destino turístico muito buscado por praticantes de trekking, montanhismo, rapel e outras atividades relacionadas ao ecoturismo.
Durante nossa caminhada pela área central da cidade passamos pela Igreja Sagrado Coração de Jesus, estação rodoviária e cruzamos a ponte sobre o correntoso Rio Macacu.
Na sequência vimos a Igreja Batista Central.
E a Paróquia de Nossa Senhora Imaculada Conceição.
A qual fica em frente à prefeitura municipal.
Com a noite caindo, a chuva engrossando e praticamente todo o comércio fechado (inclusive lanchonetes, restaurantes e demais fontes de alimentação), tratamos de voltar para o hotel e localizar algum delivery aberto para jantarmos.
Trajeto percorrido no dia:
Oba! Já são 2 comentários nesta postagem!
E dá-lhe chuva!!!…Mas o importante é conhecer e registrar os momentos.
A chuva tem sido nossa fiel companheira :S pegando gancho no comentário, quem sabe mudamos o nome de Expedição 2020: Belas Rotas para Expedição 2020: Dá-lhe Chuva hahaha
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