Brasil • Expedição 2020: Belas Rotas • Rio de Janeiro • Rio de Janeiro
Viagem de Moto pelo Rio de Janeiro: Da Praia de Grumari a Cachoeiras de Macacu pela Ponte Rio-Niterói
20 de Novembro, 2020
Percorra a deslumbrante Avenida Estado da Guanabara até chegar à paradisíaca Praia de Grumari na capital Rio de Janeiro. Atravesse a icônica Ponte Rio-Niterói e descubra a charmosa cidade de Cachoeiras de Macacu.
Em uma sexta-feira de feriado estadual no Rio de Janeiro, começamos o dia sob forte chuva. Antes de deixar a Cidade Maravilhosa, percorremos a deslumbrante Avenida Estado da Guanabara até chegar à paradisíaca Praia de Grumari. Em seguida, nos refrescamos com água de coco na Praia do Recreio dos Bandeirantes, cruzamos a emblemática Ponte Rio-Niterói e, mesmo sob chuva intensa, seguimos rumo à cidade de Cachoeiras de Macacu.

A sexta-feira amanheceu chuvosa na Cidade Maravilhosa, o Rio de Janeiro. A chuva, que começou no fim da tarde do dia anterior, se prolongou pela noite inteira e nos presenteou com uma noite de sono tranquila e revigorante.

Somos apaixonados pela capital fluminense e até cogitamos permanecer mais um dia explorando suas inúmeras maravilhas, tanto naturais quanto históricas. No entanto, ao consultarmos a recepção do hotel sobre a possibilidade de estender nossa estadia, fomos surpreendidos com a informação de que todos os quartos estavam reservados até domingo.

O motivo? Hoje, 20 de novembro, é feriado estadual no Rio de Janeiro, em homenagem ao Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, o que atraiu ainda mais visitantes à cidade.

Em seguida, fizemos uma rápida busca nos aplicativos de hospedagem e confirmamos que a maioria dos hotéis já estava com lotação máxima. As poucas opções disponíveis ultrapassavam consideravelmente o nosso orçamento.

Diante disso, aproveitamos com calma um saboroso café da manhã, organizamos nossas bagagens na Formosa, vestimos nossos equipamentos de moto viagem (incluindo o indispensável conjunto de chuva) e nos despedimos do aconchegante bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro.

Como o principal objetivo da Moto Expedição 2020: Belas Rotas é percorrer as estradas mais bonitas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro, não poderíamos deixar a capital fluminense sem antes rodar por uma das rotas mais emblemáticas da cidade: a estrada asfaltada que margeia o mar, passando pela Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes e seguindo até Grumari, um trajeto que, segundo nos disseram, é simplesmente maravilhoso.

Assim, iniciamos o trajeto pelas ruas de Copacabana até alcançarmos a icônica Avenida Atlântica, pela qual seguimos em direção ao sul, já imersos no clima único que só o Rio de Janeiro proporciona.

Com o tráfego leve, provavelmente devido ao feriado, avançamos com tranquilidade pela belíssima orla da Praia de Ipanema até chegarmos ao Leblon, onde acessamos a icônica e cênica Avenida Niemeyer, um dos trechos mais impressionantes da cidade.

Inaugurada em 1916, a Avenida Niemeyer foi uma das primeiras vias a conectar a Zona Sul à Zona Oeste do Rio de Janeiro. Com seus 4,76 km de extensão, ela serpenteia por um costão rochoso à beira do Oceano Atlântico, aos pés do imponente Morro Dois Irmãos. O resultado é um cenário de tirar o fôlego, que combina paisagens naturais espetaculares com a energia vibrante típica da cidade.

A Avenida Niemeyer é também um símbolo de contrastes, pois conecta bairros de alto padrão, como o Leblon, a comunidades como Vidigal e Rocinha. Dessa forma, estabelece um elo geográfico e cultural que revela as diversas realidades sociais do Rio de Janeiro, mostrando a complexidade e a riqueza da cidade em um único trajeto.

Uma curiosidade marcante sobre a Avenida Niemeyer do Rio de Janeiro é que ela já foi palco de eventos históricos, como as corridas automobilísticas dos anos 1930. Naquele período, o Circuito da Gávea, apelidado de “Trampolim do Diabo”, atraía multidões para assistir aos carros esportivos acelerando pelas curvas sinuosas dessa estrada desafiadora.

A Avenida Niemeyer leva o nome em homenagem a Conrado Jacob Niemeyer, um comendador carioca que idealizou e financiou a construção dessa importante via. Seu filho, Álvaro Niemeyer, engenheiro militar, foi o responsável pelo projeto que transformou o sonho do pai em realidade.


Aproveitando uma breve trégua da chuva, seguimos pela Praia de São Conrado, contornando a imponente Pedra da Gávea, até chegarmos ao Jardim Oceânico, no coração da badalada Barra da Tijuca.


A Barra da Tijuca, conhecida simplesmente como Barra, é o bairro mais jovem do Rio de Janeiro. Famosa pelo Barra Shopping, que reúne mais de 700 lojas e restaurantes, condomínios luxuosos e grandes complexos comerciais, a região também se destaca por sua extensa praia de areia fina, com impressionantes 17 km de extensão.


Na Barra da Tijuca, o trânsito na Avenida das Américas estava um pouco mais intenso, mas ainda assim tranquilo e sem causar maiores preocupações.


Logo deixamos a movimentada Avenida das Américas para acessar a Avenida Lúcio Costa, uma via cênica que margeia o Oceano Atlântico e conecta a Praia da Barra da Tijuca à Praia do Recreio dos Bandeirantes.


No trajeto, ainda passamos pelas belíssimas Praia da Alvorada e Praia da Reserva, em um percurso litorâneo de aproximadamente 11 quilômetros.


As praias da Barra da Tijuca estão entre as mais belas do Rio de Janeiro, atraindo moradores e turistas em busca de mar limpo e paisagens amplas.


O nome composto do bairro tem origem geográfica e etimológica: “Barra” refere-se ao banco de areia que separa as lagoas (no caso, a Lagoa da Tijuca) do Oceano Atlântico, enquanto “Tijuca” vem do tupi-guarani e está associada a termos como “água podre”, “charco” ou “pântano”, em referência às antigas áreas alagadiças da região. A junção desses dois elementos descreve com precisão a formação natural do local.


Em um determinado ponto do trajeto, a Avenida Lúcio Costa passa ao lado do Parque Natural Municipal de Marapendi, uma importante área de preservação ambiental que abriga ecossistemas de Restinga e manguezal, além de servir de refúgio para diversas espécies da fauna e flora nativas.


Criado em 1978 com o propósito de oferecer um espaço de lazer ao ar livre e, ao mesmo tempo, preservar o meio ambiente, o Parque Natural Municipal de Marapendi ocupa cerca de 155 hectares repletos de belas paisagens naturais, sendo um importante refúgio ecológico em meio à urbanização da Barra da Tijuca.


Entre as espécies que habitam a região, destacam-se árvores centenárias, como os imponentes jacarandás e as araucárias (pinheiro do Paraná). A fauna também é rica, com animais como o tucano-de-bico-preto e o simpático bicho-preguiça, que encantam visitantes e reforçam a importância da preservação do parque.


Dentro do parque, encontra-se também o Centro de Referência em Educação Ambiental de Marapendi, criado com o objetivo de promover a troca de conhecimentos por meio de atividades socioambientais. O espaço conta com uma sala de ciências dedicada à fauna e à flora locais, além de oferecer uma programação cultural diversificada, que inclui exposições, oficinas de artesanato e exibições de filmes, fortalecendo o vínculo entre comunidade e natureza.


Ao chegarmos à Praça do Pontal, nos despedimos da Avenida Lúcio Costa, contornamos a charmosa Praia da Macumba e seguimos o passeio pela Avenida Estado da Guanabara.


Famosa no mundo do surfe, especialmente entre os adeptos do longboard, a Praia da Macumba ganhou esse nome por ser tradicionalmente utilizada por praticantes de umbanda para a realização de rituais religiosos. Também é conhecida como Praia do Pontal — o destino final da célebre canção de Tim Maia, que começa no Leme e, como ele mesmo cantava, “não tem igual”.


A Avenida Estado da Guanabara, principal via de acesso às paradisíacas praias da Prainha e de Grumari, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, é considerada por muitos como o caminho mais bonito da cidade! Um trajeto que encanta a cada curva com vistas deslumbrantes da natureza preservada e do mar azul profundo.


Inaugurada na década de 1970, a Avenida Estado da Guanabara corta uma deslumbrante área de preservação ambiental. Conhecida por sua rica biodiversidade e pelas paisagens costeiras intocadas, essa região atrai turistas, fotógrafos e amantes da natureza em busca de cenários inspiradores e contato direto com o meio ambiente.


Ao longo da avenida que acompanha o litoral, é possível contemplar formações rochosas típicas da região, além da vegetação nativa composta por trechos de Restinga e Mata Atlântica. Esse percurso não apenas proporciona um visual deslumbrante, como também favorece o turismo ecológico, com opções de caminhadas, trilhas e visitas a pontos estratégicos de observação da vida marinha.


Mesmo com o céu encoberto por nuvens carregadas, o cenário ao nosso redor era simplesmente paradisíaco. Fizemos uma breve parada no Mirante da Prainha para apreciar a vista deslumbrante, onde o contraste entre o verde da vegetação, o azul do mar e o cinza dramático das nuvens criava uma paisagem de tirar o fôlego.


A Prainha do Rio de Janeiro, situada logo após a Praia do Secreto, oferece um percurso que por si só já parece uma obra de arte. Essa pequena praia, com cerca de 700 metros de areia que começam larga e vão se estreitando no final, está localizada dentro do Parque Municipal da Prainha, uma área de proteção ambiental que preserva sua beleza natural e sua tranquilidade.


Criado em 1999 e inaugurado em 2001, o Parque Natural Municipal da Prainha ocupa uma área de 146,93 hectares. Seu relevo em forma de anfiteatro é marcado por belos costões rochosos que protegem a praia, abrigando diversas espécies da fauna e flora da Mata Atlântica, incluindo algumas ameaçadas de extinção, o que reforça a importância da preservação desse refúgio natural.


A criação do Parque da Prainha foi impulsionada principalmente por um movimento de surfistas e frequentadores da pequena praia, que perceberam a ameaça de um projeto para a construção de um condomínio residencial e hoteleiro na área, lutando para preservar esse verdadeiro oásis natural.


O parque conta com uma estrutura bem planejada, incluindo centro de visitantes, mirantes, área para piqueniques e trilhas ecológicas, além de um sistema sustentável de geração de energia solar. Um dos destaques é o Mirante do Caeté, acessível por uma trilha relativamente fácil, bem sinalizada e em grande parte sombreada. De lá, é possível contemplar uma vista panorâmica deslumbrante da Prainha, das orlas do Recreio e da Barra, com a Pedra da Gávea ao fundo. Infelizmente, devido ao mau tempo, optamos por não visitar o local na ocasião.


Seguindo pela Avenida Estado da Guanabara, passamos pela Praia do Abricó, a primeira e única praia do Rio de Janeiro oficialmente destinada à prática do naturismo. Nesse trecho preservado da costa, os banhistas podem ficar nus em harmonia com a natureza, aproveitando o ambiente com liberdade e respeito, sem serem incomodados.


Com apenas 150 metros de extensão e uma estreita faixa de areia cercada por costões e vegetação nativa, a Praia do Abricó também faz parte de uma área de proteção ambiental: o Parque Natural Municipal de Grumari, que ajuda a preservar sua beleza selvagem e seu ambiente tranquilo.


O Parque Natural Municipal de Grumari foi oficialmente instituído como Área de Proteção Ambiental (APA) pelo município em 1986, abrangendo as praias do Abricó, Grumari e também as praias selvagens do Inferno, Funda, Meio, Perigoso e Búzios. Quinze anos depois, em 2001, um decreto municipal transformou a APA em Parque Natural Municipal, responsável por preservar um dos últimos redutos do ecossistema de restinga da cidade do Rio de Janeiro. Em nível estadual, essa região integra o Parque Estadual da Pedra Branca, que engloba essa e outras áreas de 17 bairros cariocas, ocupando aproximadamente 10% de todo o território do município.


Com a chuva se intensificando, chegamos à paradisíaca Praia de Grumari, envolta por morros cobertos de Mata Atlântica e cercada por uma atmosfera de isolamento e tranquilidade, que reforça sua beleza selvagem e preservada.


A Praia de Grumari está situada no bairro de mesmo nome, o menos populoso do Rio de Janeiro, com cerca de 200 moradores, mais da metade deles jovens. Esse cenário contrasta fortemente com o agitado bairro de Copacabana, que abriga aproximadamente 140 mil habitantes, dos quais cerca de 30% são idosos, evidenciando a diversidade urbana e demográfica da capital fluminense.


A origem do nome Grumari é envolta em mistério e conta com diversas versões, todas com raízes na cultura indígena. Uma das mais difundidas afirma que “Grumari” designa uma espécie de cássia, planta típica de terra firme que floresce de janeiro a março nas encostas das serras próximas ao mar. Outra versão, também de provável origem tupi-guarani, sugere que o nome deriva da junção de “curu” ou “guru”, que significa “pedras soltas” ou “seixos”, com “mari” ou “imarin”, que remete a “água que brota” ou “que produz água”.


Já uma terceira explicação aponta que Grumari vem de “Grumarim”, nome dado pelos indígenas a varas grossas usadas na construção de casas de taipa ou pau-a-pique, influenciados pelos africanos. Essas varas, ideais também para a fabricação de flechas, eram colhidas em abundância na região entre o Recreio dos Bandeirantes e Barra de Guaratiba, o que teria originado o nome do lugar.


Enfim, independentemente da origem do nome, o fato é que a Praia de Grumari é considerada uma das mais belas de todo o Rio de Janeiro. Percorremos seus encantadores 2,5 km de orla, rodeados por vegetação nativa e costões rochosos, até estacionarmos a Formosa em sua extremidade direita. De lá, seguimos a pé, apreciando a paisagem enquanto caminhávamos pelas areias brancas e macias dessa joia natural da cidade.


Ali, encontramos diversos quiosques e restaurantes rústicos que oferecem comidas típicas e frutos do mar frescos, além de um pequeno rio que vai de encontro ao mar, separando a praia de um imponente costão rochoso. É a partir desse costão que se inicia uma trilha que penetra a exuberante Mata Atlântica da Área de Proteção Ambiental de Grumari, proporcionando uma imersão única na natureza preservada da região.



Essa trilha ecológica, aliás, está entre as nossas próximas metas, e pretendemos explorá-la em um dia de sol, quando o clima favorecer a caminhada. O percurso promete revelar paisagens impressionantes, com mirantes naturais e vistas panorâmicas de tirar o fôlego, tornando-se um convite irresistível para os amantes da natureza e da aventura.



Com a chuva forte e o vento marítimo ganhando intensidade, optamos por nos contentar em registrar algumas fotos nas areias da Praia de Grumari antes de seguir viagem, guardando na memória a beleza selvagem daquele cenário.



Com a chuva como companhia, despedimo-nos da Praia de Grumari e retornamos ao centro do Rio de Janeiro pelo mesmo trajeto pela encantadora Avenida Estado da Guanabara, refletindo sobre a beleza e os contrastes vividos ao longo daquele dia.



Uma curiosidade sobre a Praia de Grumari é que, embora seja mais tranquila durante o outono e a primavera, ela atrai um público considerável nos finais de semana de verão. Para controlar o fluxo de visitantes nesses períodos de maior movimento, a Prefeitura do Rio de Janeiro passou a regulamentar o acesso à praia aos sábados, domingos e feriados da alta temporada, limitando a lotação máxima conforme a capacidade do estacionamento, que conta com 800 vagas.



Além disso, por estar localizada em uma área de preservação ambiental, o acesso à Praia de Grumari é permitido apenas das 7h às 19h, garantindo a proteção do ecossistema local.



Conhecer a Praia de Grumari, a Prainha e rodar de moto pela Avenida Estado da Guanabara foi uma grata surpresa para nós. Ficamos imaginando como deve ser incrível explorar toda essa extensão em um dia ensolarado, com o céu aberto realçando ainda mais a beleza natural e os cenários deslumbrantes ao longo do caminho.



No caminho de volta, fizemos uma breve parada no Mirante do Roncador, que em dias de céu claro oferece uma vista panorâmica que abrange várias praias do Recreio, a Pedra do Pontal e, ao fundo, a imponente Pedra da Gávea, acompanhada pelo relaxante som das ondas quebrando nas pedras logo abaixo.



A Pedra do Pontal, verdadeira joia natural, tem cerca de 125 metros de altitude e separa as praias do Recreio e da Macumba. Ela está ligada ao continente por uma estreita faixa de areia, que surge visível apenas durante a maré baixa, formando um cenário único e encantador.



De volta à Avenida Lúcio Costa, avistamos um quiosque simples, mas convidativo, onde uma placa chamava a atenção: água de coco por apenas R$ 3,00, um refresco irresistível após tantos quilômetros percorridos.



Não pensamos duas vezes: imediatamente brecamos a Formosa, fizemos o retorno e fomos conferir se a placa estava mesmo correta, e, para nossa alegria, estava!



Aproveitamos o preço acessível e, mesmo sob a chuva persistente, nos refrescamos com vários cocos gelados, enquanto desfrutávamos da tranquilidade rara de uma Praia do Recreio quase deserta, como se tivesse sido reservada só para nós.



Com as energias renovadas após nos esbaldarmos em água de coco, seguimos viagem pela extensa Praia do Recreio a bordo da Formosa, aproveitando cada quilômetro daquela orla que parecia não ter fim.



Até 1920, toda a área do atual Recreio dos Bandeirantes formavam um vasto areal deserto. Foi nesse período que o norte-americano Joseph Wesley Finch adquiriu uma gleba do Banco de Crédito Móvel e iniciou o processo de loteamento da região.



Muitos paulistas adquiriram terrenos à beira-mar e construíram casas de veraneio, usando o local como um “recreio” após suas longas jornadas. Assim, a região passou a ser chamada de Recreio dos Bandeirantes.



Seguindo as orientações do Google Maps, atravessamos São Conrado, passamos pelo Túnel Zuzu Angel e logo estávamos na charmosa Gávea, cercados por construções históricas, áreas verdes e a atmosfera vibrante da Zona Sul carioca.



Contornamos a belíssima Lagoa Rodrigo de Freitas e seguimos até o Leblon, onde decidimos fazer uma pausa estratégica para o almoço, aproveitando a culinária local em meio ao charme tranquilo do bairro.



Devidamente alimentados, retomamos o passeio contornando a icônica Praia de Copacabana, onde aproveitamos para abastecer a Formosa.


Com o tanque cheio e o coração contente, nos despedimos da icônica praia carioca, seguindo pela Avenida Princesa Isabel.



Avançamos pelas extensas avenidas que margeiam a Baía de Guanabara, cruzando vários túneis e acompanhando as constantes mudanças de nome das vias, até finalmente alcançarmos a rodovia federal BR-101.



E, claro, não poderíamos deixar de aproveitar a oportunidade de cruzar a maior ponte da América Latina: a imponente Ponte Rio-Niterói, que oferece vistas espetaculares da Baía de Guanabara durante o trajeto.


Atualmente, a Ponte Rio-Niterói é a maior ponte da América Latina, mas um projeto em andamento pretende construir uma ponte ligando Salvador a Itaparica, com 12,4 km de extensão sobre a Baía de Todos os Santos, na Bahia, que ultrapassará a Rio-Niterói em comprimento em cima da água.


A Ponte Presidente Costa e Silva, mais conhecida como Ponte Rio-Niterói, levou seis anos para ser construída e foi inaugurada em 1974. Na época, era a segunda maior ponte do mundo, ficando atrás apenas da Ponte do Lago Pontchartrain, nos Estados Unidos.



A Ponte Rio-Niterói tem uma extensão total de 13,29 quilômetros, dos quais 8,83 quilômetros são sobre a água. Seu ponto mais alto alcança 72 metros de altura, com um vão central de 300 metros, permitindo a passagem de grandes embarcações pela Baía de Guanabara.



Quando os ventos ultrapassavam 55 quilômetros por hora, a Ponte Rio-Niterói costumava apresentar leves oscilações, exigindo atenção redobrada dos motoristas durante essas condições climáticas.



O balanço da ponte era intencional, projetado para evitar danos estruturais, embora assustasse motoristas e, ocasionalmente, resultasse em interdições. Em 2004, a instalação de atenuadores desenvolvidos pela COPPE/UFRJ reduziu essas oscilações em cerca de 80%, tornando a travessia muito mais segura.



Do outro lado da ponte, em Niterói, está localizada a praça de pedágio, onde as motos são taxadas em R$ 2,30.


Após pagar a tarifa do pedágio, seguimos pela rodovia federal BR-101, que acompanha a margem da Baía de Guanabara por alguns quilômetros, até sermos surpreendidos por um temporal que nos obrigou a guardar a câmera fotográfica.

Sob a forte chuva, sem fotos e enfrentando um trânsito caótico (típico de um feriado estadual que antecede o fim de semana) seguimos até Itaboraí, onde acessamos a RJ-116 e continuamos até Cachoeiras de Macacu. Lá, encontramos um hotel com diárias compatíveis com nosso orçamento e decidimos nos hospedar.

Após alguns minutos, a chuva finalmente deu uma trégua, e aproveitamos para caminhar pelo centro da pequena cidade de Cachoeiras de Macacu, mesmo sob uma fina garoa.

Conhecida como a “Terra das Águas Cristalinas”, Cachoeiras de Macacu tem cerca de 60 mil habitantes e é cortada pelo Rio Macacu, o maior rio que deságua na Baía de Guanabara.

O nome Cachoeiras de Macacu faz referência a uma espécie de palmeira, o macacu, da qual se extrai tinta, além das inúmeras cachoeiras que pontilham a região.

Grande parte do território de Cachoeiras de Macacu está protegida por unidades de conservação de grande relevância, como o Parque Estadual dos Três Picos, a Reserva Ecológica de Guapiaçu e a Área de Proteção Ambiental do Rio Macacu.


Essa característica torna a cidade um destino bastante procurado por amantes do ecoturismo, especialmente praticantes de trekking, montanhismo, rapel e outras atividades ao ar livre.



Durante nossa caminhada pelo centro de Cachoeiras de Macacu, visitamos a Igreja do Sagrado Coração de Jesus, passamos pela estação rodoviária e atravessamos a ponte sobre o caudaloso Rio Macacu.



Logo adiante, avistamos a Igreja Batista Central.

Também passamos pela Paróquia de Nossa Senhora Imaculada Conceição, outro marco importante no cenário religioso e cultural da cidade.



A Paróquia de Nossa Senhora Imaculada Conceição está situada em frente à Prefeitura Municipal, destacando-se como um ponto central e significativo na paisagem urbana da cidade.


Com a noite caindo, a chuva intensificando e quase todo o comércio (incluindo lanchonetes e restaurantes) fechado, retornamos ao hotel e buscamos alguma opção de delivery para o jantar.

Refeição garantida, hora de descansar, pois no dia seguinte novas estradas fluminenses nos aguardam.

Acima o mapa com o trajeto percorrido no dia entre Rio de Janeiro e Cachoeiras de Macacu.


Oba! Já são 2 comentários nesta postagem!
E dá-lhe chuva!!!…Mas o importante é conhecer e registrar os momentos.
A chuva tem sido nossa fiel companheira :S pegando gancho no comentário, quem sabe mudamos o nome de Expedição 2020: Belas Rotas para Expedição 2020: Dá-lhe Chuva hahaha
Estamos ansiosos para ler tudo aquilo que tu tem para dizer! É chegado o momento de abrir este coração e compartilhar tua opinião, crítica (exceto algo desfavorável à imagem da Formosa), elogio, filosofar a respeito da vida ou apenas sinalizar que chegou até aqui ;)
Mas atenção, os campos marcados com * são de preenchimento obrigatório, pois assim mantemos (ou tentamos manter) o blog bonitinho, livre de robôs indevidos.
Ah, relaxe, seu endereço de e-mail será mantido sob sigilo total (sabemos guardar segredos, palavra de escoteiro) e não será publicado.