Brasil • Expedição 2020: Belas Rotas • Rio de Janeiro • Rio de Janeiro
Forte Duque de Caxias: Vista Deslumbrante do Rio de Janeiro e Baía de Guanabara
19 de Novembro, 2020Caminhe pela icônica Praia de Copacabana, explore o histórico Forte Duque de Caxias e desfrute da vista panorâmica do Morro do Leme. Conheça a Praia Vermelha, visite a Praia de Botafogo e a Praia do Flamengo.
O dia começou com nuvens sobre o Rio de Janeiro, mas isso não nos impediu de explorar os encantos turísticos da Cidade Maravilhosa. Nossa programação incluía uma caminhada pela famosa Praia de Copacabana, uma visita ao histórico Forte Duque de Caxias, e apreciar a vista panorâmica do Morro do Leme. Em seguida, planejamos seguir até a tranquila Praia Vermelha, explorar a movimentada Praia do Botafogo e a serena Praia do Flamengo.
Após uma noite de sono revigorante, embalada pelo som reconfortante da chuva que banhou a cidade durante a madrugada, decidimos começar nossa quinta-feira com energia, dançando na icônica Praia de Copacabana.
Após o aquecimento, iniciamos nossa caminhada matinal pela Princesinha do Mar.
Continuamos nossa jornada pelo famoso calçadão da Praia de Copacabana, conhecido por suas pedras trazidas de Portugal.
Logo cedemos à tentação e compramos nossos primeiros cocos do dia.
Sim, somos fãs de água de coco não apenas por seu sabor refrescante, mas também por seus inúmeros benefícios. Além de ser uma excelente fonte de hidratação, ela ajuda a reduzir o cansaço e o estresse – que raramente sentimos quando estamos viajando. A água de coco também é conhecida por combater câimbras, melhorar o fluxo intestinal e o funcionamento renal, além de fortalecer o sistema imunológico e outros benefícios adicionais.
Copacabana é o bairro mais populoso da zona sul do Rio de Janeiro, abrigando cerca de 140.000 habitantes, sendo aproximadamente 30% deles idosos.
A população total da cidade do Rio de Janeiro é de aproximadamente 6.700.000 pessoas.
O Rio de Janeiro é o principal destino turístico internacional do Brasil, da América Latina e de todo o hemisfério sul.
Isso explica por que podemos ouvir uma diversidade de idiomas nas praias e principais atrativos turísticos da cidade.
Continuando pela orla da Praia de Copacabana, logo nos deparamos com o Hotel Copacabana Palace, o primeiro grande prédio construído no bairro, em 1923.
O famoso Copacabana Palace já abrigou um cassino, que foi considerado um dos maiores do Brasil, além de ter sido o lar da primeira casa de espetáculos da América Latina.
Tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional, o Copacabana Palace já recebeu diversas celebridades como hóspedes, incluindo Rock Hudson, Rita Hayworth, Romy Schneider, Janis Joplin, Madonna, Freddie Mercury e a princesa Diana.
Em frente ao Copacabana Palace está localizada uma estátua em homenagem a Ayrton Senna.
A estátua de bronze do tricampeão da Fórmula 1, feita por Mario Pitanguy, foi inaugurada em 2019.
A Baía de Guanabara, onde a cidade do Rio de Janeiro se estabeleceu, era habitada pelos índios temiminós até a chegada da expedição exploradora portuguesa liderada por Gaspar de Lemos.
É a segunda maior baía do litoral brasileiro, abrangendo uma área de aproximadamente 380 km².
Os europeus chegaram em 1º de janeiro de 1502 e por isso batizaram o local de Rio de Janeiro.
Em 1763, a cidade do Rio de Janeiro tornou-se a capital da Colônia Portuguesa. Com a inesperada fuga da monarquia de Lisboa para o trópico em 1808, a cidade tornou-se a sede de todo o Império Português, que incluía territórios como Angola (África), Moçambique (África), Goa (Índia), Timor (Sudeste Asiático) e Macau (China).
Dessa forma, o Rio de Janeiro foi a única capital de um país europeu fora da Europa até então.
O Rio de Janeiro também foi a sede do Império do Brasil de 1822 a 1889. Após a Proclamação da República, tornou-se a capital da República dos Estados Unidos do Brasil até 1960, quando a sede do governo foi transferida para a recém-construída Brasília.
Naquela época, o Rio de Janeiro foi transformado em uma cidade-estado e recebeu o nome de Guanabara.
Somente em 1975 o Rio de Janeiro tornou-se a capital do estado homônimo, após a fusão deste com a Guanabara.
Caminhar pela orla da Praia de Copacabana no Rio de Janeiro é uma experiência extremamente agradável e, quando nos damos conta, já estamos na Praia do Leme.
A Praia do Leme, que é uma extensão da famosa Praia de Copacabana, geralmente é bem mais tranquila que sua vizinha.
Ali paramos por alguns minutos para assistir a uma partida de futvôlei, um esporte criado nas praias cariocas.
E em seguida, continuamos nossa caminhada em direção à Pedra do Leme.
O grande costão rochoso coberto pela Mata Atlântica recebeu o nome de Pedra do Leme devido ao seu formato que se assemelha ao leme de um navio.
O bairro do Leme, por sua vez, recebeu esse nome devido à Pedra do Leme.
A Pedra do Leme abriga diversos quiosques, que geralmente ficam lotados ao entardecer, oferecendo uma vista privilegiada para apreciar um belo pôr do sol.
O local também possui uma extensa mureta que circunda parte do costão.
Logo na entrada da Mureta do Leme encontra-se uma estátua em homenagem à Clarice Lispector.
A escritora e jornalista ucraniana, naturalizada brasileira, morou durante 12 anos no bairro do Leme.
Na estátua, criada pelo artista Edgar Duvivier e inaugurada em 2016, Clarice Lispector foi imortalizada junto com seu cachorro Ulisses.
Clarice Lispector representa uma importante ruptura na literatura nacional, com seu estilo em fluxo de consciência que desafiava as exigências realistas e sociológicas da crítica literária.
Além da estátua, que por si só já é um atrativo turístico, a Mureta do Leme oferece uma vista deslumbrante de toda a orla das praias do Leme e Copacabana.
O local, muito procurado por turistas e pescadores, também é conhecido como Caminho dos Pescadores Ted Boy Marino.
Ali, FredLee demonstrou suas habilidades na arte da pesca.
Fez toda uma encenação, mas no final não conseguiu pescar nada.
Ao lado da Mureta do Leme está localizada a Praça Almirante Júlio de Noronha, conhecida popularmente como Pracinha do Leme.
A pequena praça fica em frente ao Forte Duque de Caxias.
Forte Duque de Caxias
O Forte Duque de Caxias, um ponto turístico único que combina história, beleza natural e uma vista deslumbrante da cidade do Rio de Janeiro, foi construído entre 1913 e 1919 sobre as ruínas do antigo Forte do Vigia.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar no Forte Duque de Caxias partindo do centro do Rio de Janeiro – Rio de Janeiro – Brasil:
Contatos do Forte Duque de Caxias
- Endereço: Praça Almirante Júlio de Noronha, Leme | Rio de Janeiro – Rio de Janeiro – Brasil
- Telefone: (21) 3223-5033
- E-mail: divisaodoforte.cep@gmail.com
Para obter informações mais detalhadas, visite o site oficial do Forte Duque de Caxias.
Horários de Funcionamento
- Terça a domingo: 9h30 às 16h00
Valores de Ingresso
- Público em geral: R$ 10,00
- Professores e estudantes: R$ 5,00
- Maiores de 60 anos: Gratuito
- Crianças até 10 anos: Gratuito
*Só é aceito pagamento em dinheiro (reais brasileiros).
**Não é permitida a entrada de animais.
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 2 horas
O acesso ao Forte Duque de Caxias é feito através de uma trilha ecológica por uma estreita estrada com cerca de 800 metros de extensão.
Antes de iniciarmos a Expedição 2020: Belas Rotas, eu comprei um par de botas novas, preparadas para enfrentar todo tipo de aventura: longos trechos de trekking, trilhas variadas, atravessar rios e muito mais (conforme anunciado no local da compra).
De fato, o calçado é muito bom: firme, confortável e impermeável. No entanto, seu solado é extremamente escorregadio e não oferece aderência alguma.
Calçando as botas, consigo escorregar até no piso de carpete dos hotéis, imagina subir uma íngreme estrada de paralelepípedo molhada pela chuva da noite anterior.
O percurso até o topo do Morro do Leme geralmente leva cerca de 20 minutos de caminhada, mas eu, me sentindo como um aluno desajeitado na primeira aula de patinação no gelo, levei alguns minutos consideráveis a mais.
No fim, consegui completar os tortuosos 800 metros sem nenhuma queda, uma verdadeira façanha com esses calçados!
Com direito a gritos de vitória e vários socos com o punho cerrado ao ar, adentramos no forte construído entre os anos de 1776 e 1779 para vigiar a entrada da Baía de Guanabara, o qual foi batizado de Forte do Vigia.
O forte atual, o Forte Duque de Caxias, construído entre 1913 e 1919, foi erguido sobre as ruínas do antigo Forte do Vigia.
Enquanto começávamos a explorar o Forte Duque de Caxias, sofremos uma invasão inimiga, ou melhor, uma invasão amigável de diversos saguis-de-tufos-pretos, mais conhecidos como mico-estrela.
Os pequenos, simpáticos e ágeis mamíferos são típicos da Mata Atlântica.
E pareciam não se importar com nossa presença, pelo contrário, pareciam atraídos, talvez na expectativa de ganhar algum alimento.
E não foram apenas os curiosos saguis que surgiram repentinamente da mata, vários calangos (pequenos lagartos) logo se juntaram à festa.
A presença de tais animais é comum e positiva, especialmente porque o Forte Duque de Caxias está inserido na Área de Proteção Ambiental do Morro do Leme.
A Área de Proteção Ambiental do Morro do Leme preserva e conserva remanescentes de Mata Atlântica, protegendo 90 espécies de plantas nativas, todas ameaçadas de extinção.
Com a calorosa boas-vindas dos animais, voltamos nossa atenção ao Forte Duque de Caxias.
Devido à sua posição geográfica estratégica, em 1918 o Forte Duque de Caxias foi equipado com obuseiros alemães Krupp de 280 mm, armamentos destinados a transpor altas barreiras.
Em 22 de agosto de 1935, o então presidente Getúlio Vargas, visando homenagear o Marechal Luís Alves de Lima e Silva, mudou a denominação de Forte do Vigia para Forte Duque de Caxias.
O militar, político e monarquista brasileiro Marechal Luís Alves de Lima e Silva, mais conhecido como Duque de Caxias, foi designado como patrono do Exército Brasileiro em 1962.
Desativado como fortificação em 1965, o Forte Duque de Caxias deu lugar ao Centro de Estudos de Pessoal do Exército Brasileiro.
Situado a 124 metros acima do nível do mar, no alto do Morro do Leme, o Forte Duque de Caxias oferece uma vista incrível da região.
Do forte, é possível avistar a entrada da Baía de Guanabara, o mar, o Pão de Açúcar, o Corcovado, a Praia do Leme, a Praia de Copacabana, as ilhas e os morros da Cidade Maravilhosa.
Um local surreal, que merece ser visitado! Após conhecer o histórico Forte Duque de Caxias e nos maravilharmos com a vista, descemos a ladeira com o mesmo cuidado da subida.
Uma vez de volta ao nível do mar e com os ponteiros do relógio avançando das 13h00, nos deliciamos com os tradicionais biscoitos de polvilho Globo. Embora tivéssemos planejado devorá-los no alto do forte, temendo ser atacados pelos famintos saguis, optamos por adiar nossa refeição para um local mais seguro.
Curiosamente, os Biscoitos Globo, um ícone carioca, foram criados em 1953 na cidade de São Paulo.
Enfim, após a refeição, cruzamos o Túnel do Leme, desta vez caminhando, pois ontem o fizemos a bordo da Formosa.
Passamos em frente à Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus.
E logo chegamos à Urca, onde fica o Instituto Benjamin Constant.
E também o Museu de Ciências da Terra, mais conhecido como Palácio da Geologia Brasileira, que, devido à pandemia, estava fechado.
O Museu de Ciências da Terra está situado em um imponente prédio de estilo neoclássico tardio, tombado por decreto municipal.
Foi erguido em 1908 para sediar o Palácio dos Estados durante a Exposição Comemorativa do Centenário da Abertura dos Portos do Brasil.
A fachada do corpo principal tem 78 metros de extensão e avança 44 metros em relação às alas laterais recuadas.
Logo chegamos ao complexo turístico do Bondinho Pão de Açúcar, que exploramos em 2018 (relembre aqui).
Em sua frente, encontra-se a ampla Praça General Tibúrcio.
Que abriga em seu centro o Monumento aos Heróis de Laguna e Dourados, em referência aos episódios da Retirada da Laguna e do Combate de Dourados ocorridos durante a Guerra da Tríplice Aliança.
E na sequência surge a pequena, mas aconchegante, Praia Vermelha.
Em seu canto direito fica o antigo Forte da Praia Vermelha, atualmente sede do Círculo Militar e com um restaurante aberto ao público em suas dependências.
A pacata Praia Vermelha fica entre dois conhecidos morros cariocas: de um lado o Pão de Açúcar e do outro o Morro da Babilônia.
Suas areias avermelhadas, que remetem ao seu nome, e o mar com ondas calmas fazem do lugar um verdadeiro paraíso para quem busca tranquilidade.
Quando visitamos o local em 2018, provamos os deliciosos acarajés da baiana Cátia, o que nos motivou a buscar pela Praia Vermelha novamente.
Infelizmente hoje ela não estava no local… não sabemos se devido à pandemia, por ser quinta-feira, ou se ela mudou de ponto.
Decepcionados pela ausência do acarajé, nos despedimos da Praia Vermelha e continuamos nossa caminhada.
Passamos ao lado do Iate Clube do Rio de Janeiro e em seguida chegamos à Praia de Botafogo.
A Praia de Botafogo conta com uma extensão de aproximadamente 700 metros, porém os banhos no local não são indicados, uma vez que a água ali é considerada imprópria.
De qualquer forma, a visita ao local vale muito a pena, pois de suas areias é possível ter uma vista sensacional da Baía de Guanabara, Pão de Açúcar e Morro da Urca.
Da Praia de Botafogo, cruzamos a movimentada Avenida das Nações Unidas através de um túnel.
Já do outro lado da pista, a chuva começou a cair, e com ela seguimos o passeio apreciando as inúmeras e belas estátuas que decoram as ruas do Rio de Janeiro.
O contraste entre as modernas construções ao lado de edifícios históricos e clássicos é algo que fica em evidência em vários locais da capital fluminense.
Passamos em frente à Paróquia Nossa Senhora do Monte Claro.
E depois voltamos a percorrer o subsolo para chegar ao complexo do Parque do Flamengo.
Planejado para ser um parque vivo, o amplo Parque do Flamengo se estende do Aeroporto Santos Dumont, no centro, até o início da Praia de Botafogo, atravessando os bairros da Glória e do Flamengo.
O local, também conhecido como Aterro do Flamengo, é um dos maiores complexos de lazer da cidade.
Em sua margem fica a extensa Praia do Flamengo.
A qual conta com uma ampla faixa de areia e uma vista incrível da Baía de Guanabara, Pão de Açúcar, Aeroporto Santos Dumont e Ponte Rio-Niterói.
Com cocos bem gelados em mãos, sentamo-nos na mureta da Praia do Flamengo e, apesar da chuva, aproveitamos alguns minutos admirando a paisagem deslumbrante.
Com o fim do dia se aproximando e a chuva se intensificando, aproveitamos para tirar as últimas fotos e nos despedir da encantadora Praia do Flamengo.
Como a caminhada de hoje foi um tanto quanto cansativa, decidimos retornar ao hotel, localizado em Copacabana, utilizando o metrô.
Já era noite quando chegamos ao nosso local de pernoite. Agora é hora de descansar, pois amanhã pretendemos pegar a estrada novamente. Obrigado pelo ótimo dia, Cidade Maravilhosa!
Oba! Já são 2 comentários nesta postagem!
Passeio cansativo mas com belas paisagens, pena a chuva atrapalhar mas como sempre valeu a pena…
Caminhada boa, o suficiente para suar :) e a chuva sempre se fazendo presente durante a Expedição 2020, mas de qualquer forma conseguimos ver vários atrativos durante o dia. Valeu, abraços…
Estamos ansiosos para ler tudo aquilo que tu tem para dizer! É chegado o momento de abrir este coração e compartilhar tua opinião, crítica (exceto algo desfavorável à imagem da Formosa), elogio, filosofar a respeito da vida ou apenas sinalizar que chegou até aqui ;)
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