Partimos cedo do charmoso centro histórico de Paraty (RJ) e seguimos pela antiga Estrada Real – Caminho do Ouro, explorando dois atrativos imperdíveis: a Cachoeira do Tobogã e o Poço do Tarzan, pontos clássicos entre viajantes e aventureiros. Na sequência, encaramos as curvas da Estrada Parque Paraty–Cunha, uma das rodovias mais belas e desafiadoras do Brasil, cruzando a divisa entre os estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Já em Cunha (SP), conhecemos seu charmoso centro histórico, descobrimos a tradição centenária da cerâmica artística em forno Noborigama e, ao final do dia, sob chuva na estrada, concluímos o percurso de nossa viagem de moto na cidade de Aparecida (SP).

Rodovia Rio-Santos - Rodovia BR-101 | FredLee Na Estrada

O dia começou com uma temperatura agradável em Paraty, no litoral sul do Rio de Janeiro. Após um café da manhã reforçado, organizamos os equipamentos a bordo da Formosa e partimos nas primeiras horas da manhã, deixando para trás o charme colonial do centro histórico dessa acolhedora cidade fluminense, com suas ruas de pedra e casarões coloniais tombados pelo IPHAN, que preservam a atmosfera dos séculos passados.

Rodovia Rio-Santos - Rodovia BR-101 | FredLee Na Estrada

Iniciamos nossa viagem de moto pela famosa Rodovia Rio-Santos (BR-101), uma das estradas mais cênicas do Brasil, que serpenteia entre o mar e a Mata Atlântica, oferecendo vistas impressionantes da costa. Seguimos rumo ao norte com destino à Cachoeira do Iriri, ainda no município de Paraty, no estado do Rio de Janeiro.

Rodovia Rio-Santos - Rodovia BR-101 | FredLee Na Estrada

Percorremos aproximadamente 30 quilômetros pela BR-101 até alcançarmos a entrada da Aldeia Indígena Pataxó, local onde está situada a Cachoeira do Iriri.

Rodovia Rio-Santos - Rodovia BR-101 | FredLee Na Estrada

A aldeia é uma das comunidades indígenas reconhecidas na região e, quando acessível, oferece aos visitantes a oportunidade de conhecer de perto aspectos da cultura, artesanato e modo de vida do povo Pataxó.

Rodovia Rio-Santos - Rodovia BR-101 | FredLee Na Estrada

Infelizmente, encontramos a entrada da Aldeia Indígena Pataxó fechada por uma corrente. Descemos da moto e caminhamos pelos arredores por alguns minutos, mas, como não havia ninguém no local, decidimos retornar pela mesma rota utilizada na ida.

Rodovia RJ-165 | FredLee Na Estrada

De volta ao trevo principal de Paraty, deixamos a BR-101 e seguimos pela RJ-165, tomando a direção oeste. Essa rodovia conecta Paraty à serra, passando por uma paisagem exuberante de morros cobertos pela vegetação densa da Mata Atlântica.

Rodovia RJ-165 | FredLee Na Estrada

Rodamos menos de 8 quilômetros pela estreita, porém asfaltada, RJ-165 até o estacionamento que dá acesso à Cachoeira do Tobogã e ao Poço do Tarzan, dois dos atrativos naturais mais conhecidos de Paraty, muito procurados por quem busca contato com a natureza e aventura.

Rodovia RJ-165 | FredLee Na Estrada
Rodovia RJ-165 | FredLee Na Estrada

Em frente ao estacionamento, está localizada a charmosa Igreja Nossa Senhora da Penha, um dos cartões-postais da região. Com a moto devidamente estacionada, seguimos pela escadaria que avança até a pequena capela, construída sobre uma grande rocha que guarda a entrada da trilha.

 Igreja Nossa Senhora da Penha | Rodovia RJ-165 | FredLee Na Estrada
 Igreja Nossa Senhora da Penha | Rodovia RJ-165 | FredLee Na Estrada

A Igreja de Nossa Senhora da Penha, erguida no século XVIII, é um exemplo da arquitetura religiosa colonial simples e encantadora de Paraty, RJ. Além de seu valor histórico e cultural, o local oferece uma vista panorâmica deslumbrante da vegetação ao redor e do rio que corta a região.

 Igreja Nossa Senhora da Penha | Rodovia RJ-165 | FredLee Na Estrada

No interior, o altar dedicado à padroeira Nossa Senhora da Penha transmite uma atmosfera de paz e devoção. É comum encontrar moradores locais e turistas fazendo breves orações ou apenas contemplando o silêncio do lugar.

 Igreja Nossa Senhora da Penha | Rodovia RJ-165 | FredLee Na Estrada

Após a visita à igreja, seguimos por uma breve trilha ecológica imersa na Mata Atlântica e logo alcançamos a Cachoeira do Tobogã, também conhecida como Cachoeira da Penha ou Cachoeira do Escorrega.

Cachoeira do Tobogã | Paraty - Rio de Janeiro - Brasil | FredLee Na Estrada
Cachoeira do Tobogã | Paraty - Rio de Janeiro - Brasil | FredLee Na Estrada
Cachoeira do Tobogã | Paraty - Rio de Janeiro - Brasil | FredLee Na Estrada
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Cachoeira do Tobogã | Paraty - Rio de Janeiro - Brasil | FredLee Na Estrada

No local, várias pessoas se divertiam escorregando pela pedra lisa, com cerca de 20 metros de altura, por onde a água desliza rapidamente, formando um verdadeiro tobogã natural que dá nome à atração. A Cachoeira do Tobogã é um dos pontos turísticos mais famosos de Paraty, ideal para quem busca diversão e refresco nos dias quentes.

Cachoeira do Tobogã | Paraty - Rio de Janeiro - Brasil | FredLee Na Estrada
Cachoeira do Tobogã | Paraty - Rio de Janeiro - Brasil | FredLee Na Estrada

Ao final do escorregador natural, os visitantes encontram uma bela piscina natural aos pés da queda d’água, perfeita para um banho relaxante após a aventura.

Cachoeira do Tobogã | Paraty - Rio de Janeiro - Brasil | FredLee Na Estrada
Cachoeira do Tobogã | Paraty - Rio de Janeiro - Brasil | FredLee Na Estrada

A Cachoeira do Tobogã de Paraty (Cachoeira do Escorrega) é tão conhecida que, em algumas épocas do ano, abriga até campeonatos de “surf na pedra”, nos quais participantes tentam manter o equilíbrio enquanto deslizam pela rocha, uma atração que sempre chama a atenção dos turistas e amantes de esportes radicais.

Cachoeira do Tobogã | Paraty - Rio de Janeiro - Brasil | FredLee Na Estrada
Cachoeira do Tobogã | Paraty - Rio de Janeiro - Brasil | FredLee Na Estrada

A ideia de nos aventurar pelo escorregador natural da Cachoeira do Tobogã até surgiu, mas logo lembramos que mal conseguíamos ficar em pé nas pedras do calçamento pé-de-moleque do centro histórico de Paraty, quanto mais em uma rocha lisa e molhada.

Cachoeira do Tobogã | Paraty - Rio de Janeiro - Brasil | FredLee Na Estrada
Cachoeira do Tobogã | Paraty - Rio de Janeiro - Brasil | FredLee Na Estrada

Nos contentamos em apreciar a paisagem, ouvir o som das águas e absorver a energia revigorante do lugar. A natureza ao redor é simplesmente encantadora e transmite uma sensação de bem-estar difícil de descrever.

Cachoeira do Tobogã | Paraty - Rio de Janeiro - Brasil | FredLee Na Estrada
Cachoeira do Tobogã | Paraty - Rio de Janeiro - Brasil | FredLee Na Estrada

Após alguns minutos, seguimos pela trilha que margeia a Cachoeira do Tobogã. Na parte alta, avistamos o rio que serpenteia pelas pedras, formando diversos poços e pequenas quedas d’água antes de dar origem ao famoso tobogã natural.

Cachoeira do Tobogã | Paraty - Rio de Janeiro - Brasil | FredLee Na Estrada
Cachoeira do Tobogã | Paraty - Rio de Janeiro - Brasil | FredLee Na Estrada
Cachoeira do Tobogã | Paraty - Rio de Janeiro - Brasil | FredLee Na Estrada

Poucos metros adiante, encontramos outro atrativo bastante popular: o Poço do Tarzan, uma piscina natural formada por uma pequena, porém charmosa, cascata. O local é ideal para mergulhos e momentos de descanso em meio à natureza.

Cachoeira do Tobogã | Paraty - Rio de Janeiro - Brasil | FredLee Na Estrada
Cachoeira do Tobogã | Paraty - Rio de Janeiro - Brasil | FredLee Na Estrada
Poço do Tarzan | Paraty - Rio de Janeiro - Brasil | FredLee Na Estrada
Poço do Tarzan | Paraty - Rio de Janeiro - Brasil | FredLee Na Estrada

Nas proximidades do Poço do Tarzan, uma pequena ponte pênsil atravessa o rio, conduzindo ao outro lado, onde fica o Restaurante Poço do Tarzan, um espaço rústico e acolhedor que serve pratos típicos da culinária local, como peixes e frutos do mar frescos.

Rodovia RJ-165 | FredLee Na Estrada

Após explorar a famosa Cachoeira do Tobogã e o encantador Poço do Tarzan, retornamos ao estacionamento, onde a Formosa nos aguardava pacientemente para seguirmos viagem.

Rodovia RJ-165 | FredLee Na Estrada
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De volta à moto, retomamos a viagem pela rodovia estadual RJ-165, seguindo em direção ao oeste. A estrada, cada vez mais estreita e sinuosa, começou a ganhar altitude rapidamente, revelando um verdadeiro paraíso para quem aprecia viajar de moto. As curvas bem fechadas e o cenário de montanha tornavam a pilotagem ainda mais prazerosa, enquanto o ar úmido da serra trazia o frescor típico da Mata Atlântica.

Rodovia RJ-165 | FredLee Na Estrada
Rodovia RJ-165 | FredLee Na Estrada

Em meio à vegetação densa e exuberante que cobre as encostas da Serra do Mar, o asfalto da rodovia logo deu lugar ao calçamento de paralelepípedos, um indício de que estávamos entrando na famosa Estrada Parque Comendador Antônio Cônti, mais conhecida como Estrada Parque Paraty – Cunha.

Rodovia RJ-165 | FredLee Na Estrada
Estrada Parque Paraty-Cunha - Rodovia RJ-165 | FredLee Na Estrada

Essa estrada cênica é considerada uma das mais belas do Brasil, cortando trechos do Parque Nacional da Serra da Bocaina, uma das áreas de preservação mais importantes do país, reconhecida por sua biodiversidade e por abrigar nascentes de rios que abastecem o Vale do Paraíba e o litoral fluminense.

Estrada Parque Paraty-Cunha - Rodovia RJ-165 | FredLee Na Estrada
Estrada Parque Paraty-Cunha - Rodovia RJ-165 | FredLee Na Estrada

Por se tratar de uma estrada parque, a circulação de veículos na Estrada Paraty – Cunha é restrita entre 7h e 17h, como medida de proteção ambiental. Essa limitação garante menor impacto à fauna local, permitindo que o visitante desfrute da natureza em seu estado mais puro e preservado.

Estrada Parque Paraty-Cunha - Rodovia RJ-165 | FredLee Na Estrada
Estrada Parque Paraty-Cunha - Rodovia RJ-165 | FredLee Na Estrada

À medida que subíamos a serra, uma névoa densa começou a envolver o caminho, reduzindo a visibilidade e criando uma atmosfera quase mágica.

Estrada Parque Paraty-Cunha - Rodovia RJ-165 | FredLee Na Estrada
Estrada Parque Paraty-Cunha - Rodovia RJ-165 | FredLee Na Estrada

Com a atenção redobrada, seguimos com cautela por entre curvas fechadas e trechos íngremes, enquanto a neblina dançava ao redor da estrada. Até a década de 1970, antes da construção da Rodovia Rio – Santos, esse trajeto era a única ligação terrestre entre Paraty e o restante do país, o que dá uma dimensão da sua importância histórica.

Estrada Parque Paraty-Cunha - Rodovia RJ-165 | FredLee Na Estrada
Estrada Parque Paraty-Cunha - Rodovia RJ-165 | FredLee Na Estrada

Grande parte da atual RJ-165 segue o traçado da antiga Estrada Real do Caminho do Ouro (Caminho Velho), rota aberta no período colonial para o escoamento do ouro extraído nas Minas Gerais até o Porto de Paraty, que na época era o principal ponto autorizado pela Coroa Portuguesa para o embarque do metal rumo à Europa. Cada curva dessa estrada guarda um pedaço da história do Brasil Colônia, cercada por ruínas e marcos que remontam aos tempos das comitivas de tropeiros e escravos.

Estrada Parque Paraty-Cunha - Rodovia RJ-165 | FredLee Na Estrada
Estrada Parque Paraty-Cunha - Rodovia RJ-165 | FredLee Na Estrada

A rodovia RJ-165 tem cerca de 46 quilômetros de extensão, sendo 15 quilômetros de serra, dos quais 10 quilômetros pertencem à Estrada Parque Paraty – Cunha. A cada metro percorrido, a vegetação se tornava mais fechada e o ar mais frio, até que, ao atingir o topo da Serra do Mar, a 1.515 metros de altitude, partindo de Paraty ao nível do mar, deixamos a neblina para trás.

Estrada Parque Paraty-Cunha - Rodovia RJ-165 | FredLee Na Estrada
Estrada Parque Paraty-Cunha - Rodovia RJ-165 | FredLee Na Estrada

Logo o azul do céu começou a despontar entre as nuvens que se moviam rapidamente, revelando uma vista impressionante das montanhas cobertas pela floresta.

Estrada Parque Paraty-Cunha - Rodovia RJ-165 | FredLee Na Estrada
Estrada Parque Paraty-Cunha - Rodovia RJ-165 | FredLee Na Estrada

No ponto mais alto da estrada, encontramos a divisa entre os estados do Rio de Janeiro e São Paulo, sinalizada por uma placa que se tornou parada obrigatória para fotos.

Estrada Parque Paraty-Cunha - Rodovia RJ-165 | FredLee Na Estrada
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Rodovia Vice-Prefeito Salvador Pacetti - Rodovia SP-171 | FredLee Na Estrada

Após o breve registro da Formosa em meio à paisagem serrana, seguimos viagem. Do lado paulista, a estrada volta a ser asfaltada e passa a se chamar Rodovia Vice-Prefeito Salvador Pacetti (SP-171), mantendo o mesmo traçado sinuoso e encantador.

Rodovia Vice-Prefeito Salvador Pacetti - Rodovia SP-171 | FredLee Na Estrada
Rodovia Vice-Prefeito Salvador Pacetti - Rodovia SP-171 | FredLee Na Estrada

Não pudemos deixar de notar a curiosa coincidência, ou talvez uma ironia do destino, de uma rodovia numerada como 171 levar o nome de um político. Ironias à parte, o trecho paulista segue margeado por riachos, cachoeiras e mirantes naturais que convidam a paradas frequentes.

Cachoeira do Mato Limpo | Rodovia Vice-Prefeito Salvador Pacetti - Rodovia SP-171 | FredLee Na Estrada
Cachoeira do Mato Limpo | Rodovia Vice-Prefeito Salvador Pacetti - Rodovia SP-171 | FredLee Na Estrada

Poucos quilômetros após cruzarmos a divisa, avistamos a Cachoeira do Mato Limpo, localizada já em território do município de Cunha (SP), às margens da SP-171, bem em frente a um dos marcos da Estrada Real.

Cachoeira do Mato Limpo | Rodovia Vice-Prefeito Salvador Pacetti - Rodovia SP-171 | FredLee Na Estrada
Cachoeira do Mato Limpo | Rodovia Vice-Prefeito Salvador Pacetti - Rodovia SP-171 | FredLee Na Estrada
Cachoeira do Mato Limpo | Rodovia Vice-Prefeito Salvador Pacetti - Rodovia SP-171 | FredLee Na Estrada
Cachoeira do Mato Limpo | Rodovia Vice-Prefeito Salvador Pacetti - Rodovia SP-171 | FredLee Na Estrada

A queda d’água é imponente e forma um pequeno poço ideal para banho e descanso, especialmente em dias de calor. O som da água em contraste com o canto dos pássaros compõe uma das paisagens mais tranquilas do trajeto.

Cachoeira do Mato Limpo | Rodovia Vice-Prefeito Salvador Pacetti - Rodovia SP-171 | FredLee Na Estrada
Cachoeira do Mato Limpo | Rodovia Vice-Prefeito Salvador Pacetti - Rodovia SP-171 | FredLee Na Estrada
Rodovia Vice-Prefeito Salvador Pacetti - Rodovia SP-171 | FredLee Na Estrada

Seguimos pela sinuosa Estrada Paraty – Cunha, agora em território paulista. Nos primeiros quilômetros, a inclinação se suaviza, mas a via continua estreita e sem acostamento, cercada por um visual deslumbrante de montanhas e vales. É o tipo de estrada que faz qualquer motociclista se sentir plenamente conectado à natureza.

Rodovia Vice-Prefeito Salvador Pacetti - Rodovia SP-171 | FredLee Na Estrada
Rodovia Vice-Prefeito Salvador Pacetti - Rodovia SP-171 | FredLee Na Estrada
Rodovia Vice-Prefeito Salvador Pacetti - Rodovia SP-171 | FredLee Na Estrada

Enquanto avançávamos, a história de Cunha se fazia presente. Em 1932, durante a Revolução Constitucionalista, o município foi palco de intensos combates. Um batalhão da Marinha, vindo do Rio de Janeiro, com cerca de 400 praças, subiu a serra com o objetivo de alcançar São Paulo pelo Vale do Paraíba.

Rodovia Vice-Prefeito Salvador Pacetti - Rodovia SP-171 | FredLee Na Estrada
Rodovia Vice-Prefeito Salvador Pacetti - Rodovia SP-171 | FredLee Na Estrada
Rodovia Vice-Prefeito Salvador Pacetti - Rodovia SP-171 | FredLee Na Estrada

Os confrontos duraram cerca de três meses e deixaram marcas profundas na cidade, fazendas destruídas, lavouras incendiadas e perdas humanas que transformaram a região em uma verdadeira frente de guerra.

Rodovia Vice-Prefeito Salvador Pacetti - Rodovia SP-171 | FredLee Na Estrada
Rodovia Vice-Prefeito Salvador Pacetti - Rodovia SP-171 | FredLee Na Estrada

Durante esse período turbulento, Cunha conheceu seu herói e mártir: Paulo Gonçalves dos Santos, o Paulo Virgínio, um lavrador local que se recusou a entregar informações sobre o posicionamento das tropas paulistas e acabou sendo executado.

Rodovia Vice-Prefeito Salvador Pacetti - Rodovia SP-171 | FredLee Na Estrada
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Rodovia Vice-Prefeito Salvador Pacetti - Rodovia SP-171 | FredLee Na Estrada

Em sua memória, foi erguido um monumento às margens da rodovia SP-171. A estrada, inclusive, leva seu nome em parte do trajeto, do km 0 ao km 47 é chamada Rodovia Paulo Virgínio, e do km 47 ao km 70, Rodovia Vice-Prefeito Salvador Pacetti.

Rodovia Vice-Prefeito Salvador Pacetti - Rodovia SP-171 | FredLee Na Estrada
Rodovia Vice-Prefeito Salvador Pacetti - Rodovia SP-171 | FredLee Na Estrada
Rodovia Vice-Prefeito Salvador Pacetti - Rodovia SP-171 | FredLee Na Estrada

Enquanto o céu começava a ser tomado por nuvens carregadas e pontos de chuva se formavam ao longe, a Formosa seguia firme, embalada pelo característico ronco do motor Twin Cam 96 da Harley-Davidson. A sequência de curvas fechadas, típicas da região serrana, tornava a pilotagem ainda mais envolvente.

Rodovia Vice-Prefeito Salvador Pacetti - Rodovia SP-171 | FredLee Na Estrada
Rodovia Vice-Prefeito Salvador Pacetti - Rodovia SP-171 | FredLee Na Estrada

Atentos ao tempo, torcíamos para que a próxima curva nos levasse para longe da chuva. E assim, entre curvas, história e paisagens impressionantes, chegamos ao charmoso centro histórico de Cunha (SP), pouco antes que as primeiras gotas começassem a cair.

Rodovia Vice-Prefeito Salvador Pacetti - Rodovia SP-171 | FredLee Na Estrada
Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada

Já no centro de Cunha, oficialmente reconhecida como Estância Climática devido ao seu clima ameno e de montanha, estacionamos a Formosa nas imediações da Praça Cônego Siqueira e seguimos a pé para explorar o charmoso e bem preservado centro histórico da cidade. As ruas de pedra, as construções coloniais e o ritmo tranquilo do interior paulista davam o tom acolhedor da visita.

Igreja de Nossa Senhora da Conceição | Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada

O primeiro ponto turístico que visitamos foi a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, um dos principais símbolos históricos e religiosos de Cunha, SP.

Igreja de Nossa Senhora da Conceição | Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada
Igreja de Nossa Senhora da Conceição | Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada

Erguida em 1731, a igreja, também conhecida como Igreja Matriz de Cunha, passou por diversas reformas ao longo dos séculos, mas manteve sua essência barroca e sua relevância como marco cultural da cidade.

Igreja de Nossa Senhora da Conceição | Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada

Um episódio marcante na história da Igreja Matriz de Cunha ocorreu durante a Revolução Constitucionalista de 1932, quando o templo foi atingido por tiros e explosões durante os intensos confrontos que ocorreram na região. Ainda assim, resistiu ao tempo e hoje se destaca como um belo exemplo do barroco paulista, sendo tombada como Patrimônio Histórico e Cultural.

Igreja de Nossa Senhora da Conceição | Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada
Igreja de Nossa Senhora da Conceição | Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada

O interior da Igreja de Nossa Senhora da Conceição é de uma simplicidade elegante. Possui uma única nave, ampla e bem iluminada, com destaque para o altar-mor e os altares laterais em estilo barroco-rococó, adornados por retábulos detalhados e imagens sacras de grande valor artístico.

Igreja de Nossa Senhora da Conceição | Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada
Igreja de Nossa Senhora da Conceição | Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada

Durante nossa visita, o interior estava passando por um cuidadoso processo de restauração, voltado à preservação de seus elementos originais.

Igreja de Nossa Senhora da Conceição | Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada
Igreja de Nossa Senhora da Conceição | Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada

Do lado de fora, caminhamos pela Praça da Matriz, um espaço central repleto de vida, onde se destaca um antigo chafariz, marco histórico e ponto de encontro de moradores e visitantes. O ambiente tranquilo, cercado por casarões coloniais e comércios locais, convida a uma pausa para contemplar o movimento da cidade.

Igreja de Nossa Senhora da Conceição | Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada
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Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada

Bem próximo à Igreja Matriz está o Mercado Municipal de Cunha, outro importante atrativo histórico e cultural. Inaugurado em 1913, é uma das construções mais antigas do município e conserva sua estrutura original.

Mercado Municipal de Cunha | Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada
Mercado Municipal de Cunha | Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada
Mercado Municipal de Cunha | Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada
Mercado Municipal de Cunha | Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada

No interior do Mercado Municipal de Cunha, encontramos bancas que vendem produtos típicos da região, como frutas frescas, queijos, doces, pimentas, cachaças artesanais e até artigos de couro, como botas e chapéus, uma verdadeira celebração dos sabores e tradições locais.

Mercado Municipal de Cunha | Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada
Mercado Municipal de Cunha | Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada

Com algumas balas de coco artesanais no bolso, doce que já havia nos conquistado desde o litoral fluminense, e saboreando uma cocada, deixamos o Mercado Municipal da Estância Climática de Cunha após uma breve, mas agradável visita.

Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada

Seguindo pelas ruas centrais, passamos pela Prefeitura Municipal de Cunha, um edifício que combina valor histórico e arquitetura típica do interior paulista.

Prefeitura Municipal | Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada

Logo adiante, nos deparamos com o imponente Casarão Osmar Felipe, uma das construções mais emblemáticas da cidade, que preserva a memória e a cultura local.

Casarão Osmar Felipe | Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada

O casarão colonial, pintado em azul e branco, exibe varandas espaçosas, janelas amplas e um detalhe curioso: diversos abacaxis ornamentando sua fachada. A mesma decoração já havíamos observado em algumas edificações históricas de Paraty (RJ), e, curiosos, buscamos entender o significado do símbolo.

Casarão Osmar Felipe | Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada
Casarão Osmar Felipe | Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada

Descobrimos que, durante o período colonial, o abacaxi era um símbolo de riqueza e prosperidade. Por sua cor dourada, associada ao ouro, e pela coroa no topo, remetia à nobreza e à fartura. Assim, as casas que ostentavam o fruto em suas fachadas geralmente pertenciam a famílias influentes e abastadas.

Casarão Osmar Felipe | Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada

Cunha é, de fato, um refúgio de beleza e tradição no interior paulista. Fundada em 1724, mantém seu charme colonial vivo em cada rua de pedra e em cada construção antiga. Com cerca de 22 mil habitantes, a cidade está situada em uma região montanhosa de rara beleza, cercada pela Serra do Mar, Serra da Bocaina e Serra do Quebra-Cangalha, formando uma geografia singular em formato de ferradura.

Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada

Uma curiosidade interessante é que Cunha é conhecida como a “Capital Brasileira do Fusca”. Estima-se que o município tenha mais de 1.300 unidades do icônico Volkswagen Fusca registradas, o que significa que mais de 5% da população local possui um exemplar do clássico automóvel, um verdadeiro patrimônio sobre rodas.

Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada

Enquanto caminhávamos pelas estreitas ruas do centro histórico, era comum cruzar com fusquinhas coloridos que pareciam parte integrante da paisagem urbana. Pouco depois, chegamos a mais um marco histórico e religioso da cidade: a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito.

Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada
Igreja do Rosário e São Benedito | Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada

Construída em 1793, a igreja foi erguida para abrigar os cultos dedicados aos escravizados e brancos pobres, que naquela época eram proibidos de frequentar a Igreja Matriz. Também conhecida como Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos ou simplesmente Igreja do Rosário, o templo é um importante símbolo da história social e religiosa de Cunha, SP.

Igreja do Rosário e São Benedito | Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada
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Igreja do Rosário e São Benedito | Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada

Atualmente, a igreja integra o conjunto tombado como Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de São Paulo, reconhecida por seu valor arquitetônico e pela relevância na preservação da memória afro-brasileira.

Igreja do Rosário e São Benedito | Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada
Igreja do Rosário e São Benedito | Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada

Durante nossa visita, encontramos o templo fechado, pois a Igreja do Rosário e São Benedito só abre ao público em dias festivos. Mesmo assim, contemplar sua fachada singela e harmoniosa, com características típicas do período colonial, já tornou o passeio recompensador.

Igreja do Rosário e São Benedito | Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada

Ao lado da igreja, está a ampla Praça do Rosário, um espaço encantador que chama a atenção pelas imponentes palmeiras imperiais que margeiam seu entorno, formando um cenário fotogênico e sereno, ideal para uma pausa durante o passeio.

Praça do Rosário | Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada

A praça ainda conta com um pequeno mirante, de onde é possível contemplar uma bela vista das montanhas e da paisagem rural que cerca Cunha.

Praça do Rosário | Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada

No local também está uma estátua em homenagem ao poeta e compositor Benedito José Monteiro, figura ilustre da cidade, que ajudou a eternizar, por meio da arte, a essência simples e acolhedora da vida no interior paulista.

Praça do Rosário | Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada

Após a agradável caminhada pelo pacato centro histórico de Cunha, retornamos ao encontro da Formosa, nossa fiel companheira de estrada. O céu começava a se fechar novamente, mas o clima ameno e o ar puro da serra tornavam o momento ainda mais especial.

Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada
Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada

De volta à moto, seguimos pelas tranquilas ruas da cidade e passamos pela Casa do Artesão, um espaço dedicado à valorização da cultura local. Ali, artistas e artesãos da região expõem e comercializam suas obras, que vão desde peças em madeira e tecido até belas esculturas e artigos de cerâmica. O local reflete bem o espírito criativo e acolhedor de Cunha, onde a arte e a tradição caminham lado a lado.

Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada

Em seguida, rodamos até o famoso Atelier de Cerâmica Suenaga & Jardineiro. Afinal, Cunha não é conhecida apenas como a “Capital Nacional do Fusca”, mas também ostenta com orgulho o título de “Capital Nacional da Cerâmica Artística”. Seria impensável deixar a cidade sem conhecer um de seus renomados ateliês, verdadeiros templos da arte cerâmica.

Atelier de Cerâmica Suenaga & Jardineiro | Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada
Atelier de Cerâmica Suenaga & Jardineiro | Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada

O espaço foi fundado em 1985 pelo casal nipo-brasileiro Kimiko Suenaga e Gilberto Jardineiro, que se especializou em peças de alta temperatura, produzidas com técnicas tradicionais japonesas. O destaque do local é o forno Noborigama, movido a lenha, que confere às obras uma autenticidade e qualidade únicas.

Atelier de Cerâmica Suenaga & Jardineiro | Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada

O forno Noborigama chegou a Cunha em 1975, trazido por artistas japoneses e portugueses que introduziram a técnica na região. Desde então, ela se tornou o símbolo da cerâmica local, elevando o nome da cidade a um novo patamar no cenário artístico nacional e internacional.

Atelier de Cerâmica Suenaga & Jardineiro | Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada

A técnica Noborigama consiste na queima de cerâmica em um forno construído em rampa, com câmaras interligadas que atingem temperaturas superiores a 1.300 °C. Esse processo confere às peças uma resistência, textura e variação de cores únicas, resultado da fusão dos esmaltes em diferentes condições de oxidação.

Atelier de Cerâmica Suenaga & Jardineiro | Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada

O termo Noborigama vem do japonês: nobori significa “rampa” e gama significa “forno”, uma referência direta à sua forma característica em degraus. Durante a queima, que pode durar até 27 horas consecutivas, utiliza-se lenha resinosa de eucalipto reflorestado. O processo é minucioso: começa-se com lenha grossa, passa-se para a média e termina-se com lenha fina, até que o forno atinja o ponto exato de fusão dos esmaltes.

Atelier de Cerâmica Suenaga & Jardineiro | Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada

O controle preciso das brasas e da alimentação do forno é essencial, pois influencia diretamente o resultado final das peças. A oxidação e a redução da atmosfera de queima produzem tonalidades imprevisíveis, criando verdadeiras obras de arte naturais, sem repetições.

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Atelier de Cerâmica Suenaga & Jardineiro | Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada
Atelier de Cerâmica Suenaga & Jardineiro | Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada

A abertura da fornada é um momento aguardado com expectativa por todos. Após o resfriamento lento, que dura cerca de três dias, as peças são retiradas e revelam suas cores e texturas únicas, um instante de emoção e surpresa compartilhado entre artistas e visitantes.

Atelier de Cerâmica Suenaga & Jardineiro | Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada

Entre os mais de vinte fornos Noborigama existentes no Brasil, seis estão em funcionamento ativo em Cunha, reforçando o status do município como um dos maiores polos de cerâmica artística da América do Sul.

Atelier de Cerâmica Suenaga & Jardineiro | Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada

Atualmente, a produção cerâmica de Cunha combina influências orientais, portuguesas e indígenas, resultando em peças que transitam entre a arte e a utilidade, como vasos, pratos, esculturas e objetos decorativos de acabamento primoroso.

Atelier de Cerâmica Suenaga & Jardineiro | Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada
Atelier de Cerâmica Suenaga & Jardineiro | Cunha - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada

Após a inspiradora visita ao Atelier Suenaga & Jardineiro, a chuva finalmente nos alcançou. Vestimos as discretas capas de chuva, subimos na Formosa e retomamos o caminho pela SP-171, deixando para trás a charmosa Cunha e seu ar de cidade artística e acolhedora.

Rodovia Vice-Prefeito Salvador Pacetti - Rodovia SP-171 | FredLee Na Estrada
Rodovia Presidente Dutra - Rodovia BR-116 | FredLee Na Estrada

Rodamos cerca de 50 quilômetros pela sinuosa rodovia estadual até alcançar Guaratinguetá (SP), onde fizemos a conexão com a rodovia federal BR-116.

Rodovia Presidente Dutra - Rodovia BR-116 | FredLee Na Estrada
Rodovia Presidente Dutra - Rodovia BR-116 | FredLee Na Estrada
Aparecida - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada

Percorremos alguns quilômetros pela movimentada Rodovia Presidente Dutra, mais conhecida como Via Dutra, principal ligação entre São Paulo e Rio de Janeiro, até que, sob chuva fina no fim do dia, chegamos à cidade de Aparecida, popularmente chamada de Aparecida do Norte, nome herdado dos tempos da Estrada de Ferro do Norte, antiga linha ferroviária que conectava as duas capitais.

Aparecida - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada
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Já no centro da famosa cidade, partimos em busca de um hotel para descansar e recuperar as energias após um dia intenso de estrada. Molhados e cansados, acabamos sendo surpreendidos pelo Google Maps, que nos conduziu por um verdadeiro zigue-zague pelas ruas de Aparecida, quase como um tour improvisado pelo centro.

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Depois da confusão tecnológica, finalmente chegamos ao hotel onde passaríamos a noite.

Aparecida - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada
Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida | Aparecida - São Paulo - Brasil | FredLee Na Estrada

Do quarto, tivemos uma bela vista do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, o principal ponto turístico e religioso que pretendemos visitar amanhã.

Trajeto entre Paraty - Rio de Janeiro e Aparecida - São Paulo - Brasil - Brasil | FredLee Na Estrada

Acima o mapa com o trajeto percorrido no dia entre Paraty – RJ e Aparecida – SP.