Gramado e Canela – RS | Dia 03

O sábado amanheceu ensolarado na Serra Gaúcha, tomamos o café da manhã e partimos rumo ao Parque do Caracol.

Parque Estadual do Caracol

Local: Rodovia RS-466, Km 0 | Caracol | Canela – RS
Telefone: (54) 3282-5199
E-mail: parquedocaracol@canela.rs.gov.br
Site: https://caracol.tur.br/
Funcionamento: Todos os dias das 9h00 às 17h30
Ingresso: R$ 20,00
Tempo médio de visitação: 3 horas

O Parque Estadual do Caracol é uma unidade de conservação com 100 hectares, dos quais 25 são destinados ao turismo.

Fica a cerca de 7km do centro de Canela, abriga a famosa Cascata do Caracol (cartão postal da cidade) e é o segundo destino mais visitado do sul do Brasil, ficando atrás apenas das Cataratas do Iguaçu.

O local conta com estacionamento, banheiros, churrasqueiras, lojas de artesanato, lanchonetes, restaurante, centro histórico ambiental, observatório ecológico, mirantes e trilhas.

Assim que adentramos ao parque iniciamos a caminhada pela Trilha do Arroio.

Antes da chegada dos colonizadores esta região era habitada pelos caingangues.

Os primeiros europeus que chegaram na região acamparam sob a sombra de uma árvore caneleira, a qual passou a ser um ponto de parada de futuros tropeiros, que passaram a chamar o local de Canela.

Poucos minutos após iniciarmos a tranquila trilha chegamos na barragem.

Dali seguimos pela mesma trilha, que agora passa a costear o Rio Caracol.

O rio que dá nome ao parque segue por uma formação basáltica responsável por criar uma sequência de quedas antes da imponente Cascata do Caracol.

Toda esta área era repleta de araucárias, as quais foram destruídas entre os anos de 1920 e 1950, com a extração madeireira e a chegada da ferrovia em meados de 1924.

Poucas araucárias conseguiram resistir, mas ainda é possível encontrar alguns espécimes com troncos de até 1,5 metro de diâmetro perto da borda da escarpa.

No ano de 1954 o governo gaúcho decretou que as terras cobertas pelo parque eram de utilidade pública, com isso veio a desapropriação legal e a criação do parque em 1973.

O rio leva o nome de Caracol pelo fato de, quando visto de cima, ter o formato de um caracol.

Deste ponto em diante decidimos seguir por uma trilha mais fechada, aparentemente abandonada.

E chegamos ao local onde a queda da Cascata do Caracol tem início.

Dali também conseguimos avistar os bondinhos aéreos, os quais visitamos em 2015. Relembre aqui.

Retornamos para a Trilha do Arroio e iniciamos a subida.

Durante o percurso passamos pelo início da Escada de Perna Bamba, que segue até os pés da Cascata do Caracol em um trajeto composto por 730 degraus (o equivalente a um prédio de 44 andares). Infelizmente a escada está fechada para reformas :(

Seguimos então pela trilha principal que leva até o mirante.

Com uma beleza indescritível, a Cascata do Caracol encanta com seus 131 metros de queda livre.

Após nos maravilhar com tamanha beleza natural seguimos caminhando pelo Parque do Caracol.

E por fim nos despedimos deste atrativo imperdível da Serra Gaúcha.

Quando deixamos o parque e seguimos em direção ao centro de Canela passamos por uma enorme fila de carros no sentido contrário, fica a dica: visite o Parque Estadual do Caracol nas primeiras horas da manhã.

Castelinho Caracol:

Museu do Automóvel de Canela:

Uma vez no centro de Canela abastecemos a Formosa e partimos para o interior, desbravar outro atrativo natural.

Na Avenida das Hortênsias acessamos a Estrada do Quilombo (ao lado da loja e fábrica da Prawer) e descemos uma acentuada e sinuosa serra, até que o asfalto terminou e a Formosa passou a fazer poeira.

A estrada de terra está em bom estado de conservação, então seguimos tranquilamente.

Após rodar cerca de 3km pela estrada de terra chegamos na entrada do Ecoparque Sperry.

Ecoparque Sperry

Local: Estrada Professora Elvira A. Benetti, Km 05 | Vale do Quilombo | Canela – RS
Telefone: (54) 99629-8765
E-mail: contato2@ecoparquesperry.com.br
Site: http://ecoparquesperry.com.br/
Funcionamento: Terça a domingo das 9h00 às 17h00
Ingresso: R$ 20,00
Tempo médio de visitação: 2 horas

O Ecoparque Sperry é um empreendimento familiar fundado em 2009, sendo uma área destinada à preservação ambiental e prática de ecoturismo.

O local conta com estacionamento, banheiros, restaurante e trilhas por trechos de Mata Atlântica que passam por 4 cachoeiras.

A primeira trilha, Trilha do Trombão, tem cerca de 350 metros de extensão e segue até o mirante de mesmo nome.

Do mirante temos uma vista privilegiada da Cachoeira do Trombão, com seus 35 metros de altura.

Na sequência partimos para a Trilha Tangará, pela qual percorremos aproximadamente 500 metros.

E chegamos na Cachoeira Escondida.

Dali voltamos a caminhar pela Trilha Tangará.

Em determinado momento conseguimos avistar algumas construções às margens da Avenida das Hortênsias.

Após caminhar cerca de 1000 metros desde a Cachoeira Escondida chegamos na Cachoeira do Poço.

Como o nome sugere, a Cachoeira do Poço forma uma piscina natural rodeada pela vegetação.

Por fim caminhamos mais 200 metros e chegamos na parte alta da Cachoeira da Usina.

Uma trilha de 300 metros, denominada Trilha da Usina, segue até a base da cachoeira.

Não pensamos duas vezes e iniciamos a descida… e o esforço foi recompensado com esta vista sensacional.

A Cachoeira da Usina é a mais alta do parque, com 45 metros de altura.

Após recarregar as energias ao estar em contato com a natureza retornamos ao centro de Canela pelo mesmo trajeto de ida, e dessa vez paramos para fotografar a pequena e simpática Igreja São Valentim.

Paisagem rural:

Parte asfaltada da Estrada do Quilombo:

De volta à Avenida das Hortênsias, que liga Gramado e Canela:

Pórtico de Canela:

Canela – Paixão Natural!

Uma vez no centro da cidade aproveitamos a temperatura nada agradável para fazer uma breve caminhada.

Canela possui atualmente cerca de 45.000 habitantes, tem sua economia baseada no turismo e foi fundada no dia 28 de dezembro de 1944. Sim, neste sábado Canela completou 75 anos – Viva Canela!

A linda Catedral de Pedra.

A igreja matriz de Canela, mais conhecida como Catedral de Pedra, teve sua construção iniciada em 1953 e concluída em 1987.

Com uma torre de 65 metros de altura, um carrilhão de 12 sinos de bronze trazidos da Itália e um impactante estilo gótico inglês, desenhado pelo arquiteto Bernardo Sartori, a Catedral de Pedra foi eleita uma das sete maravilhas do Brasil em 2010.

Durante a noite a igreja é iluminada com um show de luzes coloridas, trazendo um charme especial a esta verdadeira obra de arte.

Em seu interior vitrais com Nossa Senhora, Via Sacra e uma grande escultura da Santa Ceia ornamentam uma nave que pode abrigar até 800 pessoas sentadas.

Após visitar a Catedral de Pedra retornamos à pousada, onde descansamos e comemoramos o aniversário da cidade com uma saborosa pizza.

Na manhã de domingo tomamos o café da manhã, carregamos a Formosa e nos despedimos do centro de Canela.

Edificações na Avenida das Hortênsias que avistamos do Ecoparque Sperry:

Deixamos Canela e cruzamos o centro de Gramado.

Até mais, Gramado.

Seguimos pela rodovia RS-235, que é embelezada pelas hortênsias.

E em Nova Petrópolis acessamos a rodovia BR-116.

Na sequência rodamos pela RS-452 até acessar a RS-122, que neste trecho é duplicada.

Em São Vendelino adentramos na RS-446 que nos levou até a BR-470, já em Carlos Barbosa.

Passamos por Garibaldi.

E nos divertimos com as curvas fechadas na serra entre Bento Gonçalves e Veranópolis.

O movimento seguia tranquilo, com baixo fluxo de veículos.

E o céu azul, acompanhado por uma temperatura elevadíssima, logo foi perdendo espaço para algumas nuvens negras e carregadas.

Eis que próximo de Casca fizemos a última foto antes de guardar a câmera no bolso da jaqueta.

Uma forte pancada de chuva (com direito a pingos que mais pareciam pedras de gelo) acompanhada por ventos que jogavam galhos e folhas na pista nos alcançou. Foi um trecho curto, mas o suficiente para ficarmos encharcados.

Com o tempo encoberto por algumas nuvens, mas sem novas chuvas, seguimos até Erechim, onde chegamos no meio da tarde secos, afinal, o que a chuva molha, o vento seca.

Trajeto percorrido no domingo: