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Turismo em Canela, RS: Parque do Caracol, Cascata do Caracol, Ecoparque Sperry e Catedral de Pedra
29 de Dezembro, 2019
Encante-se com os principais atrativos turísticos naturais de Canela, RS: o Parque Cascata do Caracol e o Ecoparque Sperry, além da imponente Catedral de Pedra. Uma viagem imperdível pela Serra Gaúcha.
Em um domingo inesquecível, visitamos os principais atrativos turísticos naturais de Canela, na Serra Gaúcha. Nosso passeio começou no Parque Estadual do Caracol, onde contemplamos a famosa Cascata do Caracol, um dos cartões-postais mais visitados do Rio Grande do Sul. Depois, seguimos para o Ecoparque Sperry, com trilhas ecológicas em meio à Mata Atlântica e cachoeiras preservadas. Encerramos o dia registrando a imponência da Catedral de Pedra. No dia seguinte, nos despedimos da cidade e pegamos estrada em uma viagem de moto até Erechim, RS.
O sábado amanheceu ensolarado em Canela, no coração da Serra Gaúcha. Após um café da manhã reforçado, seguimos em direção ao Parque Estadual do Caracol, onde está localizada uma das atrações naturais mais conhecidas da região: a Cascata do Caracol.
Parque do Caracol – Cascata do Caracol
O Parque do Caracol abrange 100 hectares de área preservada, com fauna e flora nativas. O local oferece uma infraestrutura completa, incluindo trilhas ecológicas, mirantes com vistas panorâmicas, lanchonetes, restaurante e quiosques com churrasqueiras. A atração principal é a imponente Cascata do Caracol, com encanta com seus 131 metros de queda livre.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar no Parque do Caracol partindo do centro de Porto Alegre – Rio Grande do Sul – Brasil:
Contatos do Parque do Caracol
- Endereço: Estrada do Caracol – Rodovia RS-466, Km 0 – Caracol | Canela – Rio Grande do Sul – Brasil
- Telefones: (54) 3699-9695 | (54) 99976-9063
- E-mail: sac@cnct.com.br
Para obter informações mais detalhadas, visite o site oficial do Parque do Caracol.
Horários de Funcionamento
- Quinta a segunda: das 9h às 17h
Valores de Ingresso
- Entrada inteira: R$ 75,00
- Meia entrada: R$ 37,50 (estudantes, idosos, professores, gramadenses e crianças de 6 a 11 anos)
- Isento: Gratuito (cadeirantes, canelenses e crianças até 5 anos)
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 4 horas
O Parque Estadual do Caracol ocupa cerca de 100 hectares de área preservada, com fauna e flora nativas que encantam quem gosta de ecoturismo e trilhas. A infraestrutura atende bem aos visitantes e a cascata é o principal cartão-postal local.
Situado a aproximadamente 7 km do centro de Canela, o parque figura entre os destinos turísticos mais visitados do Sul do Brasil, ficando atrás apenas das Cataratas do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, mo Paraná.
A área turística do Parque do Caracol em Canela oferece estrutura completa: estacionamento, banheiros, quiosques com churrasqueiras, lojas de artesanato, lanchonetes e um restaurante. Há também um Centro Histórico Ambiental, observatório ecológico, mirantes e diversas trilhas.
Assim que entramos no parque, estacionamos a Formosa e começamos o dia pela arborizada Trilha do Arroio, um trajeto curto e sombreado que convida à observação da natureza.
Antes da chegada dos colonizadores europeus, a região que hoje abrange Canela e Gramado era habitada pelos caingangues, indígenas que viviam nas florestas de araucária e se sustentavam pela coleta de frutos e sementes, além da caça sustentável.
Por volta de 1863, os primeiros colonizadores europeus chegaram à área e acamparam sob a sombra de uma árvore caneleira, referência que deu origem ao nome da localidade.
A parada de tropeiros naquele ponto consolidou a denominação Canela, que se manteve com o crescimento do povoado e posterior formação do município.
Poucos minutos após iniciarmos a tranquila caminhada pela Trilha do Arroio no Parque Estadual do Caracol, chegamos à barragem que represava as águas do Arroio Caracol, formando um cenário sereno e fotogênico.
Avançamos pela trilha ecológica que acompanha o curso do Rio Caracol, com trechos que revelam quedas menores rodeadas por mata preservada.
O Rio Caracol corre sobre uma formação basáltica, criando sucessivas quedas d’água até desembocar na grande queda que dá nome ao parque. A geologia local contribui para os desníveis e para a beleza cênica do lugar.
Originalmente, a região era coberta por extensas matas de araucária, mas entre as décadas de 1920 e 1950 grande parte dessa vegetação foi derrubada em razão da exploração madeireira e da implantação da ferrovia em 1924.
Poucas araucárias nativas (Araucaria angustifolia) resistiram ao corte indiscriminado, mas ainda é possível encontrar exemplares centenários, com troncos de grande diâmetro, sobretudo próximos à borda da escarpa.

Em 1954, o governo do Rio Grande do Sul declarou as terras do entorno como de utilidade pública, o que possibilitou a desapropriação da área. Em 1973 foi instituído o Parque Estadual do Caracol, consolidando a proteção da região.
O nome Rio Caracol remete ao traçado sinuoso do seu leito, visto do alto, o rio desenha curvas que lembram a concha de um caracol, daí a origem do topônimo.
Antes de chegar à famosa Cascata do Caracol,, diversas pequenas cascatas e poços compõem o caminho, tornando a caminhada mais agradável.
Quando a trilha principal terminou, seguimos por um caminho mais estreito e menos utilizado, que nos levou até o ponto onde a queda da Cascata do Caracol tem início, um acesso que oferece uma perspectiva diferente da paisagem.
Dali foi possível avistar os bondinhos aéreos, atração que já havíamos conhecido em 2015 e que proporciona vistas panorâmicas da região e da própria cascata.
Naquela ocasião, o passeio de bondinho proporcionou uma vista única da região, com panorâmicas incríveis da Serra Gaúcha e da própria Cascata do Caracol.
Retornamos pela Trilha do Arroio e iniciamos a subida de volta ao ponto de partida, aproveitando novas perspectivas do vale e da mata ao redor.
Durante o percurso, passamos pela entrada da Escada de Perna Bamba, uma escadaria com 730 degraus (o equivalente aproximado a um prédio de 44 andares) que conduz até a base da cascata, naquele dia, entretanto, estava fechada para reformas.
Seguimos pela trilha principal rumo ao mirante da Cascata do Caracol, o ponto mais visitado para contemplação e fotografia da queda.
Do mirante principal, a vista da Cascata do Caracol é impactante: a água despenca em 131 metros de queda livre, formando uma larga cortina branca que se destaca contra o verde da mata e o azul do céu aberto.
Ficamos alguns minutos em silêncio, apenas observando e contemplando o movimento das águas e absorvendo a força do lugar, um momento de conexão com a natureza.
Depois de nos maravilharmos com a grandiosidade da natureza e recarregar as energias, continuamos nossa caminhada pelo Parque do Caracol, explorando cada detalhe desse refúgio natural.

Ao final da visita, nos despedimos desse atrativo imperdível da Serra Gaúcha, levando conosco lembranças inesquecíveis da beleza do Parque do Caracol e de sua emblemática cascata.
Ao deixar o parque e seguir em direção ao centro de Canela, percebemos uma longa fila de carros no sentido contrário, sinal de que o movimento aumenta ao longo do dia.
Portanto, fica a dica: para aproveitar ao máximo o Parque Estadual do Caracol, éhegue nas primeiras horas da manhã, assim evita-se filas e a experiência fica mais tranquila.
No trajeto de volta ao centro, passamos pelo Castelinho Caracol, ponto histórico de Canela, e, mais adiante, já na Avenida das Hortênsias, vimos o Museu do Automóvel de Canela, outro atrativo interessante para quem aprecia veículos clássicos.
De volta ao centro de Canela, abastecemos a Formosa e seguimos em direção ao interior do município, prontos para explorar a próxima atração natural da Serra Gaúcha.
Na Avenida das Hortênsias, pegamos a Estrada do Quilombo, logo ao lado da fábrica e loja da tradicional Prawer Chocolates, pioneira na produção de chocolate artesanal no Brasil. A descida pela serra, íngreme e cheia de curvas, logo nos levou ao fim do asfalto, onde a Formosa passou a levantar poeira na estrada de terra batida.
Apesar de não ser asfaltado, o trecho estava em boas condições, permitindo uma condução tranquila até o nosso próximo destino.
Após cerca de 3 km, chegamos à entrada do Ecoparque Sperry, uma das áreas de ecoturismo mais conhecidas de Canela, fundada em 2009 como um empreendimento familiar voltado à preservação ambiental e à valorização da Mata Atlântica local.
Ecoparque Sperry
O Ecoparque Sperry é um verdadeiro paraíso natural. Fundado em 2009 como um empreendimento familiar, o parque foi concebido para promover a preservação ambiental e o ecoturismo. Conta com diversas cachoeiras, trilhas ecológicas e um restaurante que destaca ingredientes regionais em seus pratos, proporcionando uma experiência autêntica e sustentável.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar no Ecoparque Sperry partindo do centro de Florianópolis – Santa Catarina – Brasil:
Contatos do Ecoparque Sperry
- Endereço: Estrada Professora Elvira A. Benetti, Km 5 – Vale do Quilombo | Canela – Rio Grande do Sul – Brasil
- Telefones: (54) 3699-9605 | (54) 99939-5358
- E-mail: contato@ecoparquesperry.com.br
Para obter informações mais detalhadas, visite o site oficial do Ecoparque Sperry.
Horários de Funcionamento
- Terça a domingo: das 9h às 17h
Valores de Ingresso
- Entrada inteira: R$ 45,00
- Meia entrada: R$ 22,50 (crianças de 6 a 12 anos)
- Isento: Gratuito (cadeirantes, canelenses e crianças até 5 anos)
*O pagamento é aceito somente em dinheiro (reais brasileiros) ou via PIX.
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 2 horas
O Ecoparque Sperry oferece boa infraestrutura para os visitantes, com estacionamento, banheiros, restaurante e diversas trilhas bem sinalizadas. Ao longo dos percursos, é possível conhecer quatro cachoeiras em meio à vegetação nativa, tornando o passeio uma experiência completa de contato com a natureza.
Começamos pela Trilha do Trombão, com aproximadamente 350 metros de extensão.
O caminho nos levou ao mirante que leva o mesmo nome e oferece uma visão privilegiada da Cachoeira do Trombão, uma queda d’água de 35 metros de altura que se impõe na paisagem.
Seguimos então pela Trilha Tangará, com cerca de 500 metros em meio à mata.
O trajeto nos conduziu até a Cachoeira Escondida, um cenário silencioso e acolhedor, perfeito para momentos de contemplação.

De volta à trilha, a caminhada prosseguiu até a Cachoeira do Poço, localizada a cerca de 1 km da anterior.
O local forma uma piscina natural envolta por vegetação densa, ideal para quem busca descanso ou um banho refrescante em águas cristalinas.
Continuamos a caminhada por mais 200 metros até a parte alta da Cachoeira da Usina, de onde já se tem uma vista impactante da queda.
A descida pela Trilha da Usina, com 300 metros de extensão, nos levou até a base da cachoeira, a maior do parque, com 45 metros de altura.
A força da água e o som constante criam um espetáculo inesquecível.
Depois de algumas horas de caminhada e contato direto com a natureza, nos despedimos do Ecoparque Sperry e retornamos pelo mesmo caminho.
Na volta, fizemos uma breve parada para conhecer a Capela São Valentim, uma pequena igreja de madeira que se destaca pelo estilo simples e acolhedor, emoldurada pelo verde da paisagem rural.
Depois, foi a vez da Formosa roncar e bailar pelo estreito e sinuoso trecho asfaltado da Estrada do Quilombo, desafiando as curvas e subidas enquanto seguimos em direção à Avenida das Hortênsias.
Pela Avenida das Hortênsias, cruzamos o imponente Pórtico de Canela, símbolo da cidade, que dá boas-vindas aos visitantes com o slogan “Canela: Paixão Natural!”.

Já no centro dia cidade, enfrentamos um calor intenso, com os termômetros marcando 40 °C (algo raro para a Serra Gaúcha) e aproveitamos o clima ensolarado para caminhar pelas ruas movimentadas.
Com cerca de 45 mil habitantes, Canela tem sua economia voltada ao turismo e foi emancipada em 28 de dezembro de 1944. No dia de nossa visita, a cidade celebrava 75 anos de história, consolidando-se como um dos principais destinos turísticos da Serra Gaúcha.
Claro, não poderíamos encerrar a passagem por Canela sem visitar e registrar a imponente Catedral de Pedra, um dos maiores símbolos da cidade. Sua arquitetura gótica inglesa impressiona pela grandiosidade e atrai turistas de todo o Brasil e do exterior.
Catedral de Pedra – Igreja Matriz de Canela
Inaugurada em 1987, a Catedral de Pedra – Igreja Matriz de Canela é um dos maiores símbolos da cidade, com sua impressionante arquitetura gótica.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar na Catedral de Pedra – Igreja Matriz de Canela partindo do centro de São Paulo – São Paulo – Brasil:
Contatos da Catedral de Pedra – Igreja Matriz de Canela
- Endereço: Rua Borges de Medeiros, 698 – Centro | Canela – Rio Grande do Sul – Brasil
- Telefone: (54) 3282-1132
- E-mail: lourdesca@diocese.org.br
Para obter informações mais detalhadas, visite a página oficial da Catedral de Pedra – Igreja Matriz de Canela no Facebook.
Horários de Funcionamento
- Segunda a sexta: das 8h às 11h30 e das 13h30 às 18h
- Sábado: das 8h às 11h30
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 30 minutos
Oficialmente chamada Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, a Catedral de Pedra de Canela teve sua construção iniciada em 1953 e concluída apenas em 1987.
Com uma torre de 65 metros de altura, o templo se destaca no horizonte urbano. O projeto, assinado pelo arquiteto Bernardo Sartori, conta com um carrilhão de 12 sinos de bronze fabricados na Itália e vitrais coloridos que retratam cenas religiosas, como a Via Sacra e a imagem de Nossa Senhora.
Em 2010, a Catedral de Pedra de Canela foi eleita uma das Sete Maravilhas do Brasil, consolidando seu valor histórico e arquitetônico.
À noite, um espetáculo de iluminação cênica transforma a Catedral de Pedra, a Igreja Matriz de Canela, em ainda mais um ponto de destaque da cidade, valorizando suas linhas arquitetônicas e criando um ambiente único para visitantes e moradores.
No interior, a nave comporta até 800 pessoas sentadas e abriga detalhes artísticos, como a escultura da Santa Ceia e vitrais ricamente trabalhados, que enchem o ambiente de cores e espiritualidade.
Após visitar a Catedral de Pedra, retornamos à pousada, onde brindamos o aniversário de Canela com uma pizza saborosa e um bom vinho tinto seco, celebrando a história e a hospitalidade da cidade.
Na manhã de domingo, após um café da manhã tranquilo, carregamos os equipamentos na Formosa e nos despedimos do centro da charmosa Canela, levando conosco as memórias de um fim de semana inesquecível.
Seguimos pela movimentada Avenida das Hortênsias, que conecta Canela a Gramado, e cruzamos o centro da cidade vizinha, outro destino de destaque na Serra Gaúcha.

Muito obrigado Gramado e Canela, por tantas experiências marcantes!
Seguimos viagem pela rodovia RS-235, que é embelezada pelas hortênsias, flores que, em suas diversas cores, tornam a paisagem ainda mais encantadora, especialmente durante a primavera e o verão.
Em Nova Petrópolis, acessamos a BR-116 e, em seguida, pegamos a RS-452, que nos levou até a RS-122, duplicada nesse trecho, garantindo maior conforto e segurança na viagem.
Chegando a São Vendelino, seguimos pela RS-446, que nos conduziu até a BR-470, já no município de Carlos Barbosa.
O percurso incluiu a travessia por Garibaldi e a sinuosa serra entre Bento Gonçalves e Veranópolis, um dos trechos mais cênicos da Serra Gaúcha.
A estrada asfaltada, estreita e repleta de curvas fechadas, serpenteia pelas montanhas, oferecendo um verdadeiro deleite para quem gosta de viajar de moto, com paisagens deslumbrantes a cada curva.
A estrada estava em excelente estado de conservação e com pouco movimento, o que nos permitiu rodar com tranquilidade e contemplar a paisagem montanhosa a cada quilômetro.
O céu azul, acompanhado por uma temperatura elevadíssima, logo foi perdendo espaço para nuvens negras e carregadas, sinalizando que uma mudança no clima estava a caminho.
Já próximos à cidade de Casca, fizemos a última foto, capturando o cenário antes de guardar a câmera no bolso da jaqueta, preparando-nos para enfrentar o temporal que se aproximava.
Logo fomos atingidos por uma forte pancada de chuva, com gotas grossas que pareciam granizo, acompanhadas de ventos fortes que espalhavam galhos e folhas pela pista. O trecho de chuva foi curto, mas intenso o suficiente para nos deixar encharcados.
Pouco depois, o céu permaneceu nublado, mas sem novas precipitações. Seguimos viagem até Erechim, onde chegamos no meio da tarde já secos, afinal, o que a chuva molha, o vento seca (e por vezes gela).
Acima o mapa com o trajeto percorrido entre Canela – RS e Erechim – RS.


Estamos ansiosos para ler tudo aquilo que tu tem para dizer! É chegado o momento de abrir este coração e compartilhar tua opinião, crítica (exceto algo desfavorável à imagem da Formosa), elogio, filosofar a respeito da vida ou apenas sinalizar que chegou até aqui ;)
Mas atenção, os campos marcados com * são de preenchimento obrigatório, pois assim mantemos (ou tentamos manter) o blog bonitinho, livre de robôs indevidos.
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