Argentina • Expedição 2019: Salta – Jujuy – Tucumán • Famaillá • San Miguel de Tucumán • Tucumán
Viagem da Quebrada de los Sosa até a Casa Histórica da Independência Argentina em San Miguel de Tucumán
29 de Setembro, 2019
Explore a Quebrada de los Sosa, uma estrada fascinante com 1.294 curvas em 29 km, na Argentina. Em San Miguel de Tucumán, visite a Casa Histórica de la Independencia e o Museo de la Industria Azucarera.
Partimos de Tafí del Valle rumo a San Miguel de Tucumán, atravessando a impressionante Quebrada de los Sosa, considerada uma das estradas mais belas e desafiadoras da Argentina, com nada menos que 1.294 curvas em apenas 29 km. No trajeto, fizemos paradas marcantes, como o icônico Monumento al Indio e o Parque Temático Histórico de Famaillá, na cidade conhecida como a “Capital Nacional da Empanada”. Já em San Miguel de Tucumán, exploramos sua rica herança cultural e histórica: desde a emblemática Casa Histórica da Independência, onde nasceu a nação argentina, até o Museo de la Industria Azucarera, no imenso Parque 9 de Julio, que revela como o “ouro branco” transformou a província.

Buen día, Tafí del Valle, Tucumán, Argentina! Após saborear um café da manhã repleto de delícias típicas argentinas, preparamos a Formosa e partimos em direção à capital privincial, San Miguel de Tucumán.

A despedida do centro dessa pequena e encantadora cidade se deu pela Ruta Provincial 307, um trajeto famoso não apenas por conectar o Vale Calchaquí à capital tucumana, mas também por oferecer uma das estradas mais cênicas da região. Desde os primeiros quilômetros, a promessa era de paisagens inesquecíveis.

O céu azul impecável, sem nuvens, contrastava intensamente com os tons dourados e esverdeados das montanhas que nos cercavam.

A cada curva da estrada sinuosa, o visual se tornava mais fascinante, embalado por uma temperatura amena que tornava o passeio de moto ainda mais agradável. Era como se a natureza tivesse preparado um cenário perfeito para quem viaja sobre duas rodas.

Pouco depois de cruzar o trevo de acesso a El Mollar, a paisagem começou a se transformar de forma gradual.

As cores se intensificaram, a vegetação rasteira deu espaço a árvores altas e frondosas, e uma nova atmosfera foi tomando conta da viagem.


Logo estávamos imersos em uma selva densa, percorrendo a íngreme serra que forma a Quebrada de los Sosa, uma das rotas panorâmicas mais impressionantes da Argentina.

O asfalto, em ótimo estado de conservação, nos conduzia por uma estrada estreita repleta de curvas fechadas, um verdadeiro paraíso para motociclistas.

Esse trecho da Ruta Provincial 307 impressiona: em apenas 29 quilômetros, são nada menos que 1.294 curvas, a maioria bastante fechadas.

Uma média de 44 curvas por quilômetro que desafia qualquer piloto e garante emoção do início ao fim. O traçado corta as exuberantes yungas, as florestas montanhosas típicas da região, que exibem um verde intenso e cheio de vida.

Acompanhando o percurso está o Río Los Sosa, também chamado de Río La Angostura, cujas águas cristalinas correm por entre pedras e completam o espetáculo natural.

A combinação da estrada sinuosa, o rio cintilante e a vegetação exuberante cria um dos cenários mais icônicos de Tucumán, na Argentina.

Apesar da beleza hipnotizante, a pilotagem exige atenção redobrada. Além das curvas constantes, é comum encontrar animais soltos cruzando a estrada, o que torna indispensável o respeito ao ritmo da natureza. A emoção da viagem está justamente nesse equilíbrio entre adrenalina e contemplação.


Esse trecho da RP-307 está inserido na Reserva Provincial Los Sosa, uma área natural protegida onde já foram registradas mais de 100 espécies de aves.


Entre riachos, cachoeiras e encostas imponentes, cada curva revela um quadro diferente, tornando a estrada uma experiência tanto de viagem quanto de contato com a biodiversidade local.



Foi nesse ambiente que chegamos ao Mirador de la Cruz, um ponto de parada obrigatória.


Às margens da rodovia, encontra-se o Santuário Virgen de Las Flores, um espaço de espiritualidade e contemplação que convida o viajante a desacelerar.



Do Mirador de la Cruz, a vista da Quebrada de los Sosa é simplesmente deslumbrante: a estrada serpenteando pela serra, a mata fechada das yungas e o rio correndo suavemente pelo vale.


Após essa pausa contemplativa, retomamos o caminho pela RP-307, que continuava a nos surpreender a cada curva.



O contato direto com a natureza intensificava a sensação de liberdade e harmonia, transformando cada quilômetro percorrido em uma lembrança única.



Não à toa, a Quebrada de los Sosa é tão procurada não apenas por motociclistas, mas também por ciclistas.


O trajeto oferece subidas e descidas desafiadoras, curvas emocionantes e cenários que renovam o fôlego, sendo considerado um verdadeiro destino de aventura para os apaixonados pelas duas rodas.


Seguindo pela estrada, fizemos outra parada emblemática: desta vez no Monumento El Chasqui del Incario, popularmente conhecido como Monumento al Indio.

Situado a 900 metros de altitude, o local conta com estrutura para visitantes, incluindo lanchonetes, lojas de artesanato e banheiros bem cuidados.


A escultura de seis metros, inaugurada em 1943 pelo artista Enrique Prat Gay e restaurada em 2008, representa um chasqui, os mensageiros do Império Inca responsáveis por levar informações através das montanhas andinas.


Na base do monumento, a alegoria do “Himno al Sol” retrata figuras indígenas em rituais de devoção, exaltando o vínculo espiritual com a natureza e a força cultural da região.



Enquanto admirávamos a obra, encontramos dois simpáticos casais de motociclistas argentinos que seguiam no sentido contrário.


Entre risadas e trocas de experiências, a conversa fluiu em uma mistura de português, espanhol, castelhano, portunhol e até algumas palavras em quechua, um verdadeiro retrato da diversidade linguística e cultural da América do Sul.


Após a troca de histórias, retomamos o caminho. Poucas curvas depois, a mudança de altitude começou a se evidenciar.


Em apenas 50 quilômetros, descemos de quase 2.000 metros em Tafí del Valle para cerca de 360 metros acima do nível do mar. Uma diferença de mais de 1.600 metros que transformou radicalmente a paisagem e o clima.


De montanhas imponentes e ar frio, passamos para um ambiente mais tropical, úmido e acolhedor. Essa transição mostrou, de maneira impressionante, como Tucumán concentra em poucos quilômetros uma diversidade natural que surpreende e encanta qualquer viajante.

Dessa forma, nos despedimos da Quebrada de los Sosa, mas não sem antes viver uma pequena aventura inesperada. Em Santa Lucía, acabei pegando o trevo errado e, por engano, saímos da Ruta Provincial 307 para acessar a Ruta Provincial 324.

O contratempo, no entanto, acabou se transformando em sorte: desse ponto, pudemos registrar uma belíssima imagem da cadeia montanhosa que se erguia no horizonte, um cenário digno de cartão-postal. Poucos metros depois, percebi o equívoco, confirmei no Google Maps e retornamos à RP-307, retomando o caminho correto rumo ao nosso destino.


Seguimos até o entroncamento com a Ruta Nacional 38, uma rodovia de grande importância no norte argentino, que atravessa várias províncias e é fundamental para a conexão da região. Foi por ela que chegamos à cidade de Famaillá.

Localizada no departamento homônimo, Famaillá é um município de cerca de 25 mil habitantes que guarda forte identidade cultural. Fundada em 29 de dezembro de 1692, seu nome vem do quechua e significa “Povo da Mãe Luz”, uma expressão poética que remete à herança indígena e à conexão espiritual com a natureza.

Logo na entrada da cidade, passamos diante do Monumento a Mercedes Sosa, homenagem à cantora tucumana nascida em San Miguel de Tucumán em 1935. Conhecida como “A Voz da América Latina”, Mercedes levou a música argentina e o folclore local para o mundo, sendo um símbolo de resistência cultural durante os períodos mais difíceis do país.

Com o termômetro marcando incríveis 40 °C, seguimos até o pórtico de Famaillá, que dá as boas-vindas aos visitantes e reforça o orgulho local.


Poucos minutos depois, chegamos ao Parque Temático Histórico Ciudad de Famaillá, também chamado de Parque Temático del Bicentenario ou Paseo Temático Histórico.

Parque Temático Histórico Ciudad de Famaillá
O Parque Temático Histórico Ciudad de Famaillá é um verdadeiro espaço de aprendizagem interativa, com réplicas de edifícios e monumentos importantes da Argentina, como o Cabildo e a Casa Histórica da Independência.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar no Parque Temático Histórico Ciudad de Famaillá partindo do centro de Salta – Salta – Argentina:
Contatos do Parque Temático Histórico Ciudad de Famaillá
- Endereço: Ruta Provincial 301 – Centenario | Famaillá – Tucumán – Argentina
- Telefone: +54 381 541-6159
- E-mail: direcciondeturismofamailla@gmail.com
Horários de Funcionamento
- Todos os dias: da 0h às 24h
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 30 minutos

Inaugurado em 2010, o parque foi construído para celebrar os 200 anos da Independência da Argentina e oferece uma experiência única, mesclando lazer, cultura e história.



Suas esculturas, monumentos e réplicas de edifícios históricos fazem do espaço um verdadeiro museu a céu aberto, ideal para aprender mais sobre o passado argentino de forma interativa.


Nosso passeio pelo Parque Temático Histórico Ciudad de Famaillá começou pelo monumento ao primeiro grito de liberdade, representado por um índio rompendo algemas.


Ao redor, bandeiras de países sul-americanos reforçam o espírito de união continental e a luta comum pela independência no século XIX.


Seguindo pelo Camino de Buenos Aires, encontramos a réplica do primeiro cabildo da capital argentina, edifício colonial que foi palco de decisões políticas decisivas.

Logo ao lado, ergue-se a Pirámide de Mayo, réplica fiel do monumento mais antigo de Buenos Aires, original de 1811, símbolo da Revolução de Maio e do nascimento da identidade nacional.


Na sequência, visitamos a réplica da Casa Histórica de la Independencia, originalmente localizada na cidade de San Miguel de Tucumán, onde em 9 de julho de 1816 foi declarada oficialmente a Independência da Argentina. Essa reprodução permite ao visitante reviver um dos momentos mais marcantes da história do país.


Outro setor do parque é dedicado à indústria açucareira, responsável por grande parte do desenvolvimento econômico da região de Tucumán desde o século XIX. As representações ajudam a entender a importância desse setor na formação das cidades locais.


Por fim, chegamos ao espaço que homenageia os grandes líderes da independência. Esculturas e cenários destacam batalhas históricas e figuras como Manuel Belgrano e José de San Martín, heróis reverenciados por seu papel fundamental na libertação da Argentina e de outras nações sul-americanas.


Famaillá é reconhecida oficialmente como a Capital Nacional de la Empanada, título que ostenta com orgulho. Todos os anos, a cidade realiza a Fiesta Nacional de la Empanada, reunindo cozinheiros de todo o país para disputar quem prepara a melhor versão do prato típico argentino.

Curiosamente, a festa acontecia justamente no dia de nossa visita. Já havia barracas montadas com diferentes variedades de empanadas, recheadas de carne, frango, queijo e até versões mais inovadoras.

No entanto, sob um calor de 40 °C e usando nossas pesadas roupas de moto, optamos por não prolongar a parada e retomamos a estrada rumo a San Miguel de Tucumán, ansiosos para explorar os encantos da capital tucumana.

Foram poucos quilômetros pela duplicada e bem conservada Ruta Nacional 38 até chegarmos ao destino do dia.

Assim que entramos na cidade, acionamos o GPS para nos guiar até o hotel. Porém, o “espertinho” nos levou direto para o meio de uma feira popular, que acontecia em uma rua.

No início, havia espaço para passar tranquilamente, mas logo as barracas se multiplicaram, o caminho estreitou e a multidão tomou conta da rua. Entre olhares curiosos e sorrisos divertidos de feirantes e pedestres, conseguimos atravessar o improvisado labirinto com a Formosa, transformando o contratempo em uma experiência urbana inusitada.


San Miguel de Tucumán, originalmente chamada “San Miguel de Tucumán y Nueva Tierra de Promisión”, foi fundada em 1565 pelo espanhol Diego de Villarroel em um local denominado Ibatín pelos povos originários. Apesar do rápido crescimento, a cidade enfrentou sérios problemas: ataques dos diaguitas, inundações frequentes e surtos de malária.

Essas dificuldades levaram o governador Fernando de Mendoza y Mate de Luna a solicitar a realocação. Em 1685, com autorização do rei Carlos II, a cidade foi transferida para sua localização atual, aos pés da colina de San Javier.

Hoje, San Miguel de Tucumán é uma metrópole vibrante com mais de 800 mil habitantes, situada a 450 metros de altitude em um vale de clima subtropical. A cidade ocupa lugar central na história do país: foi aqui, em 9 de julho de 1816, que se assinou a Declaração de Independência da Argentina, rompendo definitivamente com a coroa espanhola.

Além disso, San Miguel de Tucumán é terra natal de figuras ilustres como Juan Bautista Alberdi, autor das bases da Constituição Nacional; Nicolás Avellaneda, ex-presidente; a escultora pioneira Lola Mora; e Mercedes Sosa, a inesquecível voz do folclore latino-americano. Não é exagero dizer que a cidade respira cultura e identidade nacional em cada esquina.

Já instalados no hotel, trocamos as pesadas roupas de viagem por trajes mais leves e seguimos a pé para o centro histórico de San Miguel de Tucumán. Nosso primeiro destino foi a icônica Plaza Independencia, coração pulsante da cidade.

Na Plaza Independencia, fomos recebidos pelos jardins impecáveis e pela estátua La Libertad, obra da artista Lola Mora, que simboliza o espírito emancipador do povo argentino. O clima convidava a uma pausa contemplativa, mas logo seguimos explorando os arredores.

A poucos metros dali, encontramos a imponente Casa de Gobierno de Tucumán, um Monumento Histórico Nacional. Construído entre 1908 e 1910 e inaugurado em 1912, o edifício substituiu o antigo cabildo no auge da prosperidade trazida pela indústria açucareira.


O projeto arquitetônico chama a atenção pela fusão de estilos, mesclando barroco francês com elementos do classicismo italiano, testemunhando o desejo de modernização do início do século XX.


Curiosamente, no dia da nossa visita, um grande palco estava sendo montado em frente ao prédio para as celebrações do dia da província, o que adicionou ainda mais vida à cena.


Seguimos até a Iglesia y Convento de San Francisco, que infelizmente estava fechada para reformas. Mesmo assim, vale destacar sua relevância histórica: antes de ser entregue aos franciscanos, o espaço era ocupado por jesuítas até sua expulsão em 1767.

Iglesia y Convento de San Francisco
Foi na Iglesia y Convento San Francisco que ocorreu a cerimônia solene vinculada ao Congresso da Independência Argentina, quando em 24 de março de 1816 os deputados imploraram por ajuda divina.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar na Iglesia y Convento de San Francisco partindo do centro de San Salvador de Jujuy – Jujuy – Argentina:
Contatos da Iglesia y Convento de San Francisco
- Endereço: 25 de Mayo, 110 – Centro | San Miguel de Tucumán – Tucumán – Argentina
- Telefone: +54 381 262-1377
- E-mail: informes@tucumanturismo.gob.ar
Horários de Funcionamento
- Todos os dias: das 8h às 21h
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 30 minutos

A atual fachada italianizante da Iglesia y Convento de San Francisco foi construída por volta de 1880, e o templo foi consagrado em 1891. Entre seus tesouros estão um Cristo Reclinado do século XVIII e a imagem de São Miguel Arcanjo, padroeiro da cidade.

O convento também tem profundo vínculo com a história nacional: em 24 de março de 1816, ali foi realizado um Te Deum pelos deputados do Congresso da Independência.

Mais tarde, durante a Batalha de Tucumán, serviu como hospital improvisado para os soldados do Ejército del Norte comandado por Manuel Belgrano. Suas paredes, portanto, testemunharam momentos cruciais da luta pela liberdade.


Caminhar pelas redondezas da Plaza Independencia é como percorrer um corredor cultural a céu aberto. Entre casarões coloniais, restaurantes, cafés e padarias, o centro histórico pulsa tradição e modernidade.



E foi em meio a esse cenário que decidimos nos refrescar. Com o calor batendo nos 40 °C, deixamos de lado a ideia de uma cerveja artesanal e optamos por uma escolha bem tucumana: um enorme licuado de frutilla (suco cremoso de morango com leite) acompanhado de uma fatia da tradicional torta María Luisa, doce emblemático de Tucumán. O sabor doce e leve foi o combustível perfeito para continuarmos explorando a cidade.

Após nosso lanche revigorante, retomamos a caminhada e logo nos deparamos com a imponente Iglesia de Nuestra Señora de la Encarnación – Catedral de Tucumán, que, assim como a Iglesia de San Francisco, estava fechada para visitação naquele momento.

Catedral de Tucumán – Iglesia de Nuestra Señora de la Encarnación
Declarada Monumento Nacional em 1941, a atual Catedral de Tucumán – Iglesia de Nuestra Señora de la Encarnación foi consagrada em 1856 e guarda histórias fascinantes.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar na Catedral de Tucumán – Iglesia de Nuestra Señora de la Encarnación partindo do centro de Florianópolis – Santa Catarina – Brasil:
Contatos da Catedral de Tucumán – Iglesia de Nuestra Señora de la Encarnación
- Endereço: 24 de Septiembre, 420 – Centro | San Miguel de Tucumán – Tucumán – Argentina
- Telefone: +54 381 255-8597
- E-mail: nsdelaE7@gmail.com
Para obter informações mais detalhadas, visite a página oficial da Catedral de Tucumán – Iglesia Nuestra Señora de la Encarnación no Facebook.
Horários de Funcionamento
- Todos os dias: das 9h às 13h e das 17h às 21h30
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 30 minutos

Declarada Monumento Nacional em 1941, a Catedral Nuestra Señora de la Encarnación foi consagrada em 1856 e é um dos principais símbolos religiosos da província. Suas paredes guardam relatos fascinantes, e também episódios sombrios.


Um dos mais marcantes ocorreu em 12 de junho de 1887, quando revolucionários que haviam deposto o governador Juan Posse invadiram a igreja durante uma missa oficial, disparando armas em seu interior. Esse violento acontecimento tornou-se parte da memória coletiva e reforça como a catedral acompanhou momentos turbulentos da vida política tucumana.

Seguimos explorando o centro histórico de San Miguel de Tucumán a pé, atravessando calçadões charmosos, movimentados e cheios de história.


No caminho, passamos em frente ao Museo de Arte Sacro, mas, para nossa decepção, também o encontramos fechado. Sem desanimar, seguimos até o Museo Histórico Provincial Presidente Nicolás Avellaneda, onde finalmente conseguimos mergulhar na rica herança da região.

Museo Histórico Provincial Presidente Nicolás Avellaneda
O Museo Histórico Provincial Presidente Nicolás Avellaneda está instalado na antiga casona erguida entre 1836 e 1837, onde nasceu Nicolás Avellaneda, presidente da Argentina entre 1874 e 1880.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar no Museo Histórico Provincial Presidente Nicolás Avellaneda partindo do centro de Porto Alegre – Rio Grande do Sul – Brasil:
Contatos do Museo Histórico Provincial Presidente Nicolás Avellaneda
- Endereço: Congreso, 56 – Centro | San Miguel de Tucumán – Tucumán – Argentina
- Telefone: +54 381 431-1039
- E-mail: museoavellaneda@gmail.com
Para obter informações mais detalhadas, visite a página oficial do Museo Histórico Provincial Presidente Nicolás Avellaneda no Facebook.
Horários de Funcionamento
- Terça a sábado: das 9h às 12h30 e das 16h30 às 20h30
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 30 minutos

Instalado em uma antiga casona construída entre 1836 e 1837, o museu ocupa a casa natal de Nicolás Avellaneda, presidente da Argentina entre 1874 e 1880.


O edifício, conhecido como “La Casa de las Cien Puertas” devido à sua singular arquitetura, abriga desde 1976 um acervo que percorre a trajetória de San Miguel de Tucumán, desde sua fundação em Ibatín até o desenvolvimento econômico impulsionado pela cana-de-açúcar.

Em suas onze salas, encontramos armas históricas, trajes de época, documentos originais, ferramentas agrícolas e objetos do cotidiano que ajudam a compor a narrativa de uma província fundamental na história argentina.


De lá, seguimos a poucos metros até um dos lugares mais emblemáticos do país: o Museo Casa Histórica de la Independencia.


Este não é apenas um museu, mas o verdadeiro berço da Argentina. Foi entre suas paredes coloniais que, em 9 de julho de 1816, se proclamou a independência, rompendo definitivamente os laços coloniais com a Espanha.


Museo Casa Histórica de La Independencia
O Museo Casa Histórica de La Independencia é o berço da nação argentina, foi entre essas paredes que, em 9 de julho de 1816, se declarou a independência do país.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar no Museo Casa Histórica de La Independencia partindo do centro de Asunción – Distrito Capital – Paraguai:
Contatos do Museo Casa Histórica de La Independencia
- Endereço: Congreso, 141 – Centro | San Miguel de Tucumán – Tucumán – Argentina
- Telefone: +54 381 431-0826
- E-mail: casahistoricadelaindependencia@gmail.com
Para obter informações mais detalhadas, visite o site oficial do Museo Casa Histórica de La Independencia.
Horários de Funcionamento
- Terça a domingo: das 9h às 13h e das 15h às 19h
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 1 hora


O espaço, declarado Monumento Histórico Nacional em 1941 e transformado em museu em 1943, está meticulosamente preservado. Suas salas exibem documentos originais, mobiliário da época e reconstituições detalhadas do congresso que mudou o destino da nação argentina.



Hoje, além do acervo de cerca de 700 peças, o Museo Casa Histórica de la Independencia promove oficinas, exposições temporárias e experiências sensoriais que permitem aos visitantes vivenciar de forma mais intensa a história.


Mas nada se compara ao momento de entrar no Salón de la Jura, preservado como em 1816. Ali está a Ata Original da Independência, acompanhada pelos retratos dos congressistas e pelas cadeiras que acomodaram os heróis que selaram a soberania argentina. A atmosfera do local transmite uma energia indescritível.


Após essa imersão, seguimos pela Plaza del Bicentenario, um espaço urbano que integra memória histórica e vida contemporânea.


Logo chegamos na Iglesia Santo Domingo, também conhecida como Basílica Menor Nuestra Señora del Rosario.


Fundada em 1884, sua fachada neoclássica com influências italianas a torna uma das igrejas mais impressionantes do noroeste argentino.



Infelizmente, também encontramos a Basílica Menor Nuestra Señora del Rosario fechada no momento da visita.


Na sequência, o caminho se revelou como uma verdadeira aula de arquitetura ao ar livre. Casarões coloniais, edifícios modernistas e construções ecléticas se misturam pelas ruas do centro, revelando, a cada esquina, um pouco mais do passado e da identidade de San Miguel de Tucumán.


Chegamos, então, ao Museo Provincial de Bellas Artes Timoteo Navarro, prontos para mais uma imersão cultural.

Museo Provincial de Bellas Artes Timoteo Navarro
O Museo Provincial de Bellas Artes Timoteo Navarro está instalado em um elegante edifício de influência francesa construído em 1905.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar no Museo Provincial de Bellas Artes Timoteo Navarro partindo do centro de Santiago del Estero – Santiago del Estero – Argentina:
Contatos do Museo Provincial de Bellas Artes Timoteo Navarro
- Endereço: 9 de Julio, 44 – Centro | San Miguel de Tucumán – Tucumán – Argentina
- Telefone: +54 381 422-7300
- E-mail: museotimoteonavarro@gmail.com
Para obter informações mais detalhadas, visite a página oficial do Museo Provincial de Bellas Artes Timoteo Navarro no Instagram.
Horários de Funcionamento
- Segunda a sexta: das 9h às 12h30 e das 15h30 às 19h30
- Sábado e domingo: das 15h30 às 19h30
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 30 minutos

Logo na chegada, já nos encantamos com o edifício: uma elegante construção de influência francesa de 1905, cuja arquitetura por si só justificaria a visita.

Mas o verdadeiro tesouro estava dentro: um acervo com mais de 900 obras, que percorrem diferentes épocas e estilos, reunindo artistas argentinos e internacionais.

De telas clássicas a expressões contemporâneas, cada sala do Museo Provincial de Bellas Artes Timoteo Navarro revelava uma surpresa. Era como percorrer um mosaico artístico que mostrava como San Miguel de Tucumán cultiva uma cena vibrante e plural, capaz de dialogar com tradições e modernidades.

Nosso próximo destino foi o Museo Folklórico Provincial General Manuel Belgrano, abrigado em uma das construções mais antigas do norte argentino, datada de 1730.

Museo Folklórico Provincial General Manuel Belgrano
Localizado no coração da capital provincial, o acervo do Museo Folklórico Provincial General Manuel Belgrano inclui amostras de artesanato popular e folclórico de Tucumán e da região.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar no Museo Folklórico Provincial General Manuel Belgrano partindo do centro de São Paulo – São Paulo – Brasil:
Contatos do Museo Folklórico Provincial General Manuel Belgrano
- Endereço: 24 de Septiembre, 565 – Centro | San Miguel de Tucumán – Tucumán – Argentina
- Telefone: +54 381 421-8250
- E-mail: museofolklorico.tucuman@gmail.com
Para obter informações mais detalhadas, visite a página oficial do Museo Folklórico Provincial General Manuel Belgrano no Instagram.
Horários de Funcionamento
- Terça a sábado: das 9h às 12h30
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 30 minutos

Transformado em museu em 1943, o espaço é um verdadeiro baú de memórias do folclore regional. Entre aquelas paredes coloniais, descobrimos artesanatos indígenas dos povos chané, feitos em madeira e couro, além de peças crioulas como cerâmicas, talheres e objetos religiosos. A coleção têxtil, com seus tecidos carregados de simbolismo, parecia contar histórias em cada trama.



Mas o ponto alto foram os instrumentos musicais: bumbos legüeros, quenas, erkes, charangos e harpas, muitos produzidos com técnicas que mesclam tradições pré-hispânicas e coloniais. O silêncio das salas quase deixava ecoar o som guardado em cada peça.


E foi ali que encontramos uma das homenagens mais emocionantes da viagem: a sala dedicada a Mercedes Sosa, “La Negra”, que transcendeu a música para se tornar voz da resistência e da identidade latino-americana. Seus discos, fotos e lembranças nos envolveram em uma aura de arrepio e reverência.


Com o coração cheio de cultura, seguimos para um respiro verde no imenso Parque 9 de Julio, inaugurado em 1916 para celebrar o centenário da Independência da Argentina.


Um verdadeiro pulmão urbano, o parque nos recebeu com alamedas arborizadas, o sereno lago San Miguel e mais de vinte esculturas espalhadas, cada uma contando uma história silenciosa.


O relógio de flores, o relógio solar e o exuberante roseiral adicionavam poesia ao passeio. O espaço ainda abriga parte da Universidade Nacional de Tucumán, um camping municipal e nos brindou até com um encontro inesperado: uma matilha de Beagles, que cruzou nosso caminho e arrancou sorrisos em plena tarde.


O ponto alto do parque, porém, foi a visita ao Museo de la Industria Azucarera “Casa del Obispo Colombres” (MIA), que desvela a saga do “ouro branco” responsável por moldar a identidade tucumana.


MIA – Museo Municipal de la Industria Azucarera – Casa del Obispo Colombres
O MIA – Museo Municipal de la Industria Azucarera – Casa del Obispo Colombres conta de forma interativa e didática a história do açúcar, o chamado “ouro branco” que transformou a província de Tucumán.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar no MIA – Museo Municipal de la Industria Azucarera – Casa del Obispo Colombres partindo do centro de Rio de Janeiro – Rio de Janeiro – Brasil:
Contatos do MIA – Museo Municipal de la Industria Azucarera – Casa del Obispo Colombres
- Endereço: Parque 9 de Julio – Centro | San Miguel de Tucumán – Tucumán – Argentina
- Telefone: +54 381 452-2332
- E-mail: web@sanmigueldetucuman.gov.ar
Para obter informações mais detalhadas, visite a página oficial do MIA – Museo Municipal de la Industria Azucarera – Casa del Obispo Colombres no Instagram.
Horários de Funcionamento
- Terça a sexta: das 9h às 12h30 e das 15h às 18h30
- Sábado e domingo: das 9h às 13h30 e das 14h30 às 18h30
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 45 minutos


O casarão do século XIX, que pertenceu a José Eusebio Colombres, o bispo visionário apelidado de “El Vencedor de la Miseria”, foi transformado em um espaço interativo e didático.



Painéis audiovisuais, jogos lúdicos e visitas guiadas narram a epopeia da cana-de-açúcar na região, desde as primeiras plantações até o auge da província de Tucumán, que em 1950 chegou a abrigar 26 engenhos.



Entre máquinas centenárias, objetos pessoais e o moinho de madeira original na entrada, o museu nos fez sentir o pulsar de uma época em que o açúcar movimentava economias e destinos. Cada detalhe parecia sussurrar histórias dos dias de glória dos engenhos tucumanos.



Ao deixarmos o Museo de la Industria Azucarera, o céu já se tingia de tons alaranjados. Voltamos ao hotel carregando não apenas memórias de um passeio, mas a sensação de termos desvendado um capítulo essencial da história argentina.

Acima o mapa com o trajeto percorrido no dia entre Tafí del Valle – Tucumán – Argentina e San Miguel de Tucumán – Tucumán – Argentina.
Oba! Já são 2 comentários nesta postagem!
Olá… tem que ter um cuidado especial na estrada, muito gado solto… A cidade de San Miguel de Tucumán, tem 500.000 habitantes, uma cidade considerada grande e deve ter muitas atrações para visitar… abraços
Sim, estamos sempre alerta. Além do gado é comum encontrar guanacos na região dos Andes e mais para baixo tem muito cabrito solto. San Miguel de Tucumán é uma cidade histórica e de suma importância na história da independência da Argentina, infelizmente tivemos pouco tempo para conhecer a cidade e focamos mais na área central mesmo. Abraços.
Estamos ansiosos para ler tudo aquilo que tu tem para dizer! É chegado o momento de abrir este coração e compartilhar tua opinião, crítica (exceto algo desfavorável à imagem da Formosa), elogio, filosofar a respeito da vida ou apenas sinalizar que chegou até aqui ;)
Mas atenção, os campos marcados com * são de preenchimento obrigatório, pois assim mantemos (ou tentamos manter) o blog bonitinho, livre de robôs indevidos.
Ah, relaxe, seu endereço de e-mail será mantido sob sigilo total (sabemos guardar segredos, palavra de escoteiro) e não será publicado.