Argentina • Cafayate • Expedição 2019: Salta – Jujuy – Tucumán • Salta
Dia 14: San Francisco de Tilcara – Jujuy – Argentina a Cafayate – Salta – Argentina
26 de Setembro, 2019Após passar cinco noites em San Francisco de Tilcara chegou o momento de nos despedir desta agradável cidade.
Carregamos a Formosa, vestimos as roupas de viagem e nas primeiras horas da manhã partimos de Tilcara pela Ruta Nacional 9 sentido sul.
Rodamos cerca de 90 quilômetros até contornar a capital provincial, San Salvador de Jujuy, e acessar a Rota 66, ou melhor, a Ruta Nacional 66.
Os 25 primeiros quilômetros da RN 66 são duplicados, depois a pista passa a ser de mão dupla e segue desta forma por cerca de 11km, quando termina no entroncamento com a Ruta Nacional 34.
Viajamos cerca de 30km pela RN 34 até chegar na divisa entre as províncias de Jujuy e Salta.
Um fato comum nas rutas argentinas é a polícia parar os veículos em plena faixa de rolamento, independente disso resultar em filas formadas pelo alto fluxo de veículos.
Em General Güemes paramos no YPF que fica ao lado do grande trevo que liga as rodovias nacionais 34 e 9 para abastecer a moto e aproveitamos para saborear algumas empanadas salteñas. Devidamente alimentados seguimos pela RN 9.
Contornamos a cidade de Salta e acessamos então a Ruta Nacional 68
Passamos por Cerrillos, La Merced e El Carril.
Conforme as horas avançavam o calor aumentava.
Rodeados por uma paisagem incrível seguimos rumo ao sul.
Em La Viña tivemos que parar novamente, desta vez para nos hidratar. Pausa rápida e logo voltamos a rodar.
Ontem enfrentamos temperaturas negativas ao cruzar a Cuesta de Lipán e hoje foi a vez de encarar um forte calor com marcas acima dos 35 °C.
Essa variação abrupta de temperatura é apenas uma das incríveis sensações que viajar de moto nos proporciona :)
Após rodar aproximadamente 100 quilômetros pela RN 68 desde a capital Salta, passamos pela localidade de Alemanía, onde inicia-se a Reserva Natural Manejada Quebrada de las Conchas.
A reserva natural, que leva este nome por ser cortada pelo Río de las Conchas, é também conhecida como Quebrada de Cafayate.
O rio, por sua vez, foi assim batizado pois muitas conchas foram encontradas ao redor de seu curso, evidenciando que esta região ficava no fundo do mar há milhões de anos.
Com a companhia do Río de las Conchas e cercados por uma cadeia de montanhas rochosas seguimos adiante.
Com um asfalto em bom estado de conservação e uma paisagem sensacional, a viagem pela Quebrada de las Conchas é deslumbrante.
A vontade é de parar a cada instante para apreciar e fotografar tamanha beleza natural.
Não por acaso o trecho da rodovia 68 que corta a Quebrada de las Conchas é considerada uma das rotas mais bonitas da Argentina.
No quilômetro 47 da ruta 68 paramos para conhecer um dos diversos atrativos às margens desta rodovia tão linda: La Garganta del Diablo.
A Garganta do Diabo é uma das inúmeras formações rochosas modeladas naturalmente ao longo de milhares de anos e fica a apenas 100 metros da estrada.
A formação recebe este nome por ser estreita no início e ir se alargando aos poucos, simbolizando o que seria uma garganta.
A cor avermelhada e a dimensão dos paredões da Garganta del Diablo impressionam.
Após apreciarmos o local, voltamos a rodar pela rodovia nacional.
E menos de um quilômetro após partir da Garganta do Diabo chegamos em outro ponto fabuloso: El Anfiteatro.
Ali encontramos um casal alemão a bordo de uma BMW adaptada para transportar a mulher que é cadeirante.
O Anfiteatro também fica a poucos metros da rodovia.
Após uma breve caminhada desde o estacionamento ficamos frente a frente ao local que parece ter sido esculpido cuidadosamente, tamanha perfeição.
O anfiteatro é simplesmente lindo e seu formato, dimensão e disposição proporcionam uma acústica perfeita, o que explica seu nome.
Eventualmente a orquestra sinfônica de Salta realiza concertos em suas dependências.
Na ocasião tivemos a oportunidade de acompanhar um artista tocar músicas andinas em sua flauta de pã, o suficiente para nos emocionar.
Emocionados com tamanha beleza natural, voltamos a rodar pela RN 68.
E alguns quilômetros adiante paramos no Mirador Tres Cruces.
A vista do mirante natural é de tirar o fôlego.
Podemos observar o Río de las Conchas criar um corredor verde em meio às montanhas de coloração avermelhada, dando a impressão de ser um verdadeiro oásis em meio ao deserto.
Maravilhados com a vista do Mirador Tres Cruces voltamos a rodar.
No quilômetro 34 passamos pela curiosa formação rochosa natural cujos traços lembram um sapo, daí a origem de seu nome: El Sapo.
Logo após o sapo paramos a Formosa em uma sombra no km 32, para conhecer El Fraile.
No lado oposto do rio, sobre uma rocha, avistamos a formação natural que lembra os contornos de um monge, ou um frade franciscano, com os braços cruzados e uma larga túnica.
Apreciamos as formações rochosas por alguns minutos e na sequência voltamos à estrada.
Rodando em meio a este cenário por diversas vezes me vi buscando o Coyote correndo atrás do Papa-Léguas.
Em alguns momentos tive a nítida impressão de ouvir o inconfundível “bip-bip”.
Mas o som não passava de fruto da imaginação, criado em meio a este cenário encantador.
Entre devaneios e movidos por uma sensação de liberdade em seu estado mais bruto possível a Formosa nos guiava pela Ruta Nacional 68… que rodovia!
Logo passamos ao lado da formação El Obelisco:
Na sequência vieram Los Castillos:
E quando menos percebemos estavamos chegando em Cafayate, o destino do dia.
O acesso a todos os atrativos que margeiam a Ruta Nacional 68 são gratuitos e não contam com nenhuma portaria, fazendo com que possam ser visitados a qualquer horário.
Chegando ao centro fomos direto ao hotel descansar, para amanhã conhecer um pouquinho desta cidade famosa por produzir bons vinhos de altitude.
Trajeto percorrido no dia:
Oba! Já são 2 comentários nesta postagem!
Então amanhã só vinícolas… aproveitem..🍷🍷
Sim hahahaha abraços.
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