Argentina • Expedição 2019: Salta – Jujuy – Tucumán • Huacalera • Humahuaca • Jujuy • Uquía
La Serranía del Hornocal – Cerro de los 14 Colores: A Incrível Montanha Colorida em Humahuaca, Jujuy, Argentina
24 de Setembro, 2019
Cruze o Trópico de Capricórnio em uma viagem de moto pela Quebrada de Humahuaca, Jujuy, Argentina. Veja múmias antigas e as coloridas montanhas do Cerro de los 14 Colores – Serranía del Hornocal.
Na terça-feira, fizemos uma viagem de moto pela impressionante Quebrada de Humahuaca, na província de Jujuy, no norte da Argentina. Durante o percurso, cruzamos o Trópico de Capricórnio em Huacalera, visitamos a Iglesia de Uquía, conhecemos duas das múmias naturais mais antigas do mundo, presenciamos a bênção de San Francisco Solano no Cabildo Histórico de Humahuaca e nos deslumbramos com as coloridas montanhas do Cerro de los 14 Colores – La Serranía del Hornocal.

Começamos a terça-feira cedo, sob um céu azul deslumbrante e temperaturas amenas em San Francisco de Tilcara, na província de Jujuy. Com a energia renovada, estávamos prontos para mais um dia de aventuras pelo fascinante norte da Argentina.

Depois de um café da manhã reforçado, vestimos nossos equipamentos de viagem, ajustamos os capacetes e subimos na Formosa. Com tudo pronto, rapidamente deixamos para trás o centro histórico de Tilcara.

Pegamos a Ruta Nacional 9 e, desta vez, seguimos rumo ao norte, ansiosos para descobrir novos cenários e experiências pelo caminho.

Com temperatura agradável, asfalto em ótimo estado de conservação e uma paisagem deslumbrante ao longo da rodovia, o cenário era perfeito para uma viagem de moto.

À nossa direita, o Río Grande nos acompanhava ao longo do trajeto. Nesta época do ano (setembro), sua vazão é mínima, mas, durante o período de chuvas, o rio ganha força e se torna caudaloso, transformando a paisagem.

Considerado um dos principais rios do norte da Argentina, o Rio Grande de Jujuy nasce no extremo norte da Quebrada de Humahuaca, próximo à divisa com a Puna e a província de Salta.

Vale destacar que a Quebrada de Humahuaca possui um clima desértico e é um vale andino repleto de cactos gigantes, desfiladeiros e montanhas coloridas.

Nesse cenário árido, o Río Grande se torna um verdadeiro oásis. Ao longo de suas margens, é comum ver áreas de cultivo, onde pequenos produtores plantam frutas, verduras e legumes, além de diversos povoados que prosperam graças à presença da água, afinal, onde há água, há vida.

Percorrendo esse cenário deslumbrante, não demorou para chegarmos ao pequeno povoado de Huacalera, província de Jujuy.

Fundada em 1657, Huacalera é um pequeno povoado localizado a 2.642 metros acima do nível do mar com cerca de 2.500 habitantes. Seu centro urbano é compacto, enquanto a área rural ao redor se estende por belas fazendas e vastas plantações, formando um cenário encantador.

Huacalera tem suas raízes em um antigo povoado de índios nativos Omaguacas, que também deram origem ao nome da Quebrada de Humahuaca.

Nossa primeira parada em Huacalera foi ao lado da placa que marca o nome da cidade, localizada às margens da Ruta Nacional 9. Surpreendentemente, essa placa está posicionada exatamente sobre o Trópico de Capricórnio, um ponto geográfico fascinante.

Do outro lado da Ruta Nacional 9, ergue-se um impressionante monumento conhecido como Monolito del Trópico de Capricornio – Reloj de Sol. Além de ser um símbolo geográfico, o monolito funciona como um relógio solar, marcando os pontos mais meridionais onde o sol atinge seu ponto mais alto ao meio-dia.

No Trópico de Capricórnio, os raios solares incidem verticalmente sobre o solo, o que significa que, durante o solstício, o sol atinge seu ponto mais alto no céu, posicionando-se diretamente acima do Trópico. Esse fenômeno cria um espetáculo único, especialmente na região, onde as sombras desaparecem temporariamente e a intensidade da luz solar é extrema.

Neste local, todo solstício de inverno é celebrado o Inti Raymi, ou Festival do Sol, uma tradicional festa indígena que homenageia o Deus Sol, Inti, e marca o início de um novo ciclo solar.

Em seguida, retomamos a viagem pela Ruta Nacional 9 e, a menos de 1 km adiante, chegamos ao centro de Huacalera, onde se destaca a histórica Capilla de la Inmaculada Concepción – Iglesia de Huacalera, um belo exemplar da arquitetura colonial da região.

Capilla de la Inmaculada Concepción – Iglesia de Huacalera
Construída em 1655 e declarada Monumento Histórico Nacional em 1941, a Capilla de la Inmaculada Concepción – Igreja de Huacalera é uma verdadeira joia da arquitetura colonial.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar na Capilla de la Inmaculada Concepción – Iglesia de Huacalera partindo do centro de Salta – Salta – Argentina:
Contatos da Capilla de la Inmaculada Concepción – Iglesia de Huacalera
- Endereço: General Lavalle – Centro | Huacalera – Jujuy – Argentina
- E-mail: huacaleracomision@gmail.com
Horários de Funcionamento
- Todos os dias: 17h00 às 19h00
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 30 minutos

Construída em 1655 e declarada Monumento Histórico Nacional em 1941, a Capilla de la Inmaculada Concepción – Iglesia de Huacalera é uma verdadeira joia da arquitetura colonial. Além de sua beleza, a igreja carrega um profundo legado histórico, sendo o local onde estão guardados os restos mortais do General Juan Galo Lavalle, um dos heróis da Independência da Argentina.

O interior da Igreja de Huacalera abriga impressionantes imagens de arte indígena com forte influência espanhola, além de raras pinturas da Escola Cusqueña do século XVIII. Infelizmente, estava fechada durante nossa visita, o que impediu de admirarmos de perto esse rico patrimônio cultural.

Após apreciar e fotografar a charmosa Iglesia de Huacalera, seguimos nosso caminho pela Ruta Nacional 9, em direção ao norte da Argentina, prontos para continuar explorando as maravilhas dessa região única.

Logo após, passamos por diversos hotéis e pousadas ao longo da rodovia, que variam desde opções mais simples até acomodações de luxo. Dentre elas, destaca-se o imponente e estiloso Hotel Huacalera, que chama a atenção pela sua elegância e charme.

Viajar de moto pela Quebrada de Humahuaca, na Argentina, é um verdadeiro deleite para os sentidos. Cada curva da estrada revela paisagens deslumbrantes, e a experiência de percorrer esse cenário único em duas rodas é inesquecível.

Em 2003, a Quebrada de Humahuaca foi reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Cultural e Natural da Humanidade, um título que ressalta sua importância histórica, cultural e natural, além de consolidar a região como um dos maiores tesouros naturais da Argentina.

As diversas tonalidades dos morros que compõem a paisagem, os imponentes cactos e as formações naturais surreais da região tornam o passeio pela Quebrada de Humahuaca ainda mais fascinante e visualmente deslumbrante.

Imersos nesse cenário mágico, mal percebemos o tempo passar e, quando nos damos conta, já estávamos em Uquía, na província de Jujuy.

Situada a 2.858 metros acima do nível do mar, Uquía é considerada um verdadeiro paraíso, onde a beleza natural, a rica história e o charme do lugar conquistam e envolvem cada visitante.

Uquía, um pequeno povoado de cerca de 500 habitantes, está localizado no coração da Quebrada de Humahuaca e é conhecido por sua comunidade de agricultores. O nome da cidade é uma homenagem aos índios nativos da região, os Uquías, que habitaram essas terras antes da chegada dos colonizadores espanhóis.

Ao chegar no centro tranquilo de Uquía, fomos conhecer de perto um dos principais atrativos turísticos da cidade: a Capilla de San Francisco de Paula y la Santa Cruz – Iglesia de Uquía, construída em 1691. Uma verdadeira relíquia histórica que reflete a herança colonial da região.

Capilla de San Francisco de Paula y la Santa Cruz – Iglesia de Uquía
A Capilla de San Francisco de Paula y la Santa Cruz – Iglesia de Uquía foi construída em 1691 e preserva em seu interior uma série de valiosas obras artísticas que enriquecem ainda mais sua importância histórica e cultural.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar na Capilla de San Francisco de Paula y la Santa Cruz – Iglesia de Uquía partindo do centro de San Salvador de Jujuy – Jujuy – Argentina:
Contatos da Capilla de San Francisco de Paula y la Santa Cruz – Iglesia de Uquía
- Endereço: Belgrano – Centro | Uquía – Jujuy – Argentina
- Telefone: +54 388 521-6277
Horários de Funcionamento
- Segunda a quinta: 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 17h00
- Sexta a domingo: 9h00 17h00
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 30 minutos

Construída em 1691 e declarada Monumento Histórico Nacional em 1941, a Capilla de San Francisco de Paula y la Santa Cruz – Iglesia de Uquía, de estilo marcadamente americano, preserva em seu interior uma série de valiosas obras artísticas que enriquecem ainda mais sua importância histórica e cultural.

Além de abrigar os restos mortais do historiador jesuíta Pedro Lozano, considerado o Pai da História Científica da Argentina, o interior da Iglesia de Uquía guarda uma rara e valiosa coleção de pinturas da época colonial, pertencente à Escola Cusqueña. Entre elas, destaca-se a coleção de obras Los Ángeles Arcabuceros, que retrata anjos vestidos como soldados espanhóis armados. Segundo historiadores, essas figuras eram utilizadas para aterrorizar os povos nativos durante a conquista espanhola, simbolizando o poder da cruz e da arma, elementos decisivos na dominação dos povos originários.

Infelizmente, a Igreja de Uquía estava fechada durante nossa visita, então nos despedimos da cidade e retomamos o percurso pela Ruta Nacional 9.

Pouco adiante, fizemos uma parada para conhecer a Arte Guanuco, um local que oferece uma ampla variedade de itens artesanais regionais e se destaca por sua fachada criativa, que chama a atenção de quem passa pela estrada.

Seguindo pela rodovia nacional, aproximadamente 10 km depois, chegamos a Humahuaca, uma das cidades mais emblemáticas da região da Quebrada de Humahuaca.

Os Omaguacas foram o grupo humano característico da região da Quebrada de Humahuaca. Esse nome foi dado pelos espanhóis aos indígenas que habitavam a Quebrada del Río Grande de Jujuy, conhecida desde então como Quebrada de Humahuaca.

O nome Humahuaca tem origem em uma lenda aborígene que faz referência à expressão “cabeça que chora: ¡Humahuacac! ¡Humahuacac!“. No entanto, alguns historiadores, como o renomado Dr. Horacio Carrillo, defendem que a palavra está associada ao conceito de “lugar de enterro de cabeças” ou “sepulcro de cabeças destacadas”. Com o tempo, o termo se generalizou, e os arqueólogos passaram a utilizar Humahuaca para denominar a cultura que floresceu não apenas na quebrada, mas também em terras vizinhas.

Situada a 2.939 metros acima do nível do mar, San Antonio de Omaguaca, ou San Antonio de Humahuaca, foi fundada em 1594 por Juan Ochoa Zárate, o cacique Limpita e alguns missionários. Hoje, Humahuaca abriga cerca de 18.000 habitantes e, assim como a Quebrada de Humahuaca, mantém viva a herança cultural dos Omaguacas, preservando suas tradições e história.

A cidade é amplamente reconhecida por seu vibrante e tradicional Carnaval de Humahuaca, uma celebração que mistura influências indígenas e espanholas em meio a muita música, dança e cores, atraindo visitantes de diversas partes do mundo.

Assim como Purmamarca e San Francisco de Tilcara, Humahuaca possui uma infraestrutura bem desenvolvida para receber turistas. A cidade conta com uma ampla rede de hotéis, hostels, pousadas, restaurantes e lanchonetes, além de diversos serviços essenciais para garantir conforto e uma experiência completa aos visitantes.

Ao chegarmos ao centro histórico de Humahuaca, na província argentina de Jujuy, encontramos uma sombra para estacionar a Formosa.

Curiosamente, paramos ao lado de uma antiga construção colonial, onde está gravada a inscrição “Escuela de Maestros Normales Regionales – República de Bolivia”. Essa foi a primeira escola de nível médio criada no interior da província de Jujuy, e a inscrição em sua fachada evidencia a forte ligação cultural e histórica entre o norte da Argentina e o país vizinho, a Bolívia.

Com a moto devidamente estacionada, iniciamos uma caminhada exploratória pelo centro histórico de Humahuaca, prontos para descobrir seus encantos, sua rica arquitetura colonial e a vibrante cultura local.

Logo cruzamos a Plaza San Martín, um dos principais pontos de encontro da cidade, e passamos pelo terminal rodoviário de Humahuaca, movimentado por viajantes que exploram a região da Quebrada de Humahuaca.

À medida que caminhávamos, percebemos que as ruas de pedra iam se tornando cada vez mais estreitas, reforçando o charme colonial e a atmosfera histórica de Humahuaca, em Jujuy.


Em meio ao cenário pitoresco de ruas estreitas de pedra, calçadas apertadas e construções de adobe alinhadas umas às outras, chegamos ao Museo Folklórico Regional. Infelizmente, o museu estava fechado, impossibilitando nossa visita.

Continuamos nossa caminhada pelo centro histórico de Humahuaca, admirando cada detalhe das inúmeras construções coloniais ao nosso redor.

A arquitetura preservada, com suas fachadas de adobe, portas e janelas de madeira esculpidas, transportava-nos para outra época, revelando a rica herança histórica da cidade.

Não demorou muito para chegarmos a outro espaço cultural, o Museo Arqueológico Torres Aparicio – Casa Museo Dr. Justiniano Torres Aparicio, que, para nossa sorte, estava aberto. Fomos imediatamente atraídos pela oportunidade de conhecer mais sobre a história local e explorar suas coleções.

O Museo Arqueológico Torres Aparicio – Casa Museo Dr. Justiniano Torres Aparicio, único na região, foi fundado em 2000 e abriga um valioso acervo que revela aspectos paleontológicos, arqueológicos e históricos da Quebrada de Humahuaca, oferecendo aos visitantes uma imersão nas raízes profundas dessa fascinante região.

Museo Arqueológico Torres Aparicio – Casa Museo Dr. Justiniano Torres Aparicio
O Museo Arqueológico Torres Aparicio – Casa Museo Dr. Justiniano Torres Aparicio, único na região, abriga um valioso acervo que revela aspectos paleontológicos, arqueológicos e históricos da Quebrada de Humahuaca, oferecendo aos visitantes uma imersão nas raízes profundas dessa fascinante região.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar no Museo Arqueológico Torres Aparicio – Casa Museo Dr. Justiniano Torres Aparicio partindo do centro de São Paulo – São Paulo – Brasil:
Contatos do Museo Arqueológico Torres Aparicio – Casa Museo Dr. Justiniano Torres Aparicio
- Endereço: Córdoba, 249 – Centro | Humahuaca – Jujuy – Argentina
- Telefone: +54 9388 522-5512
Horários de Funcionamento
- Segunda a sábado: 8h00 às 14h00
- Domingo: 10h00 às 14h00
Para obter informações mais detalhadas, visite a página oficial do Museo Arqueológico Torres Aparicio – Casa Museo Dr. Justiniano Torres Aparicio no Facebook.
Valores de Ingresso
- Público em geral: $1.500
*Todos os preços estão em pesos argentinos.
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 30 minutos
Web Story
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A primeira sala do museu, localizada na casa onde viveu Justiniano Torres Aparicio, exibe um acervo que retrata a vida social e a trajetória artística de Don Justiniano, oferecendo uma visão íntima e detalhada de sua importância para a cultura local.

Nos outros espaços do museu, é possível admirar uma infinidade de itens, como restos mortais anteriores à chegada do homem, fósseis do Terciário e do Quaternário, além de peças que retratam a vida cotidiana dos caçadores-coletores que chegaram à região de Humahuaca por volta de 5000 a.C. Entre os itens expostos, destacam-se as primeiras cerâmicas, machados, cachimbos e louças.

O museu também exibe peças de influência Tiawanaco, que chegaram a Humahuaca vindas da Bolívia, ampliando a compreensão das trocas culturais que ocorreram na região.

O maior destaque do acervo do Museo Arqueológico Torres Aparicio – Casa Museo Dr. Justiniano Torres Aparicio são três múmias encontradas por Justiniano Torres Aparicio em 1936 na La Cueva de las Momias – Cueva Inca, localizada a 3.680 metros acima do nível do mar, na Quebrada de Chulin, província de Jujuy, Argentina.
A caverna, decorada com padrões pintados com pontos e traços, abrigava os restos mortais de Chulina (uma cabeça paleoamericana mumificada), Chulinita (múmia completa de uma criança) e Rosalía (múmia completa de uma mulher de 17 a 20 anos).

Essas três múmias foram dessecadas naturalmente, permitindo a datação por radiocarbono. Os estudos revelaram um fato surpreendente: Rosalía e Chulinita viveram há aproximadamente 6.000 anos, tornando-se umas das múmias naturais mais antigas do mundo.

Outro dado intrigante é que seus corpos apresentam características físicas distintas dos povos andinos atuais. Elas eram altas e magras, com crânios alongados, assemelhando-se aos esqueletos mais antigos encontrados na região de Lagoa Santa, em Minas Gerais, Brasil. Aliás, foi justamente nesta região que, em 1974, foi localizado um crânio com idade estimada entre 12,5 mil e 13 mil anos, pertencente a “Luzia”, considerada a primeira brasileira.

Após conhecer o museu, seguimos pela arborizada Plaza 25 de Mayo e chegamos à movimentada praça principal de Humahuaca, a Plaza Dr. Ernesto Padilla, também conhecida como Plaza Sargento Mariano Gómez.

A Plaza Dr. Ernesto Padilla é um ponto de encontro central da cidade, rodeado por importantes edifícios e com uma atmosfera vibrante, onde tanto moradores quanto turistas se encontram para relaxar e apreciar a vista.

No centro da praça, destaca-se o imponente Cabildo Histórico de Humahuaca, com sua arquitetura neo-colonial e mourisca espanhola.

Inaugurado em fevereiro de 1940, o Cabildo Histórico de Humahuaca é um marco arquitetônico da cidade, refletindo a fusão de estilos e a rica história da região.


No alto do campanário do Cabildo de Humahuaca, destaca-se um relógio de fabricação alemã, conhecido por sua alta qualidade e precisão. Ele adiciona um toque clássico e elegante à arquitetura histórica do edifício, marcando o tempo de forma silenciosa, mas imponente.

Além do antigo relógio, o campanário do Cabildo Histórico de Humahuaca abriga três sinos de bronze. O mais pesado deles, com 900 kg, é imponente, enquanto os outros dois pesam 350 kg e 280 kg, respectivamente.

Cabildo Histórico de Humahuaca
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A estrela maior do Cabildo Histórico de Humahuaca, no entanto, está cuidadosamente abrigada dentro de um nicho com portas de metal: uma imagem de São Francisco Solano, talhada em madeira e bronze pelo renomado escultor argentino Antonio Gargiulo.

A estátua de San Francisco Solano de Humahuaca – Jujuy mede 1,80 metros e se destaca por ter a cabeça e os braços articulados, tornando-se a primeira imagem articulada de um santo. O inventor do mecanismo que permite essa articulação foi Gatto Scotton, um prodígio da tecnologia e da imaginação.

Diariamente, uma verdadeira multidão se reúne em frente ao Cabildo Histórico de Humahuaca próximo ao meio-dia, ansiosa para assistir ao espetáculo e receber a benção de San Francisco Solano. Esse momento, carregado de devoção e tradição, atrai tanto moradores locais quanto turistas, que se encantam com a combinação de fé, arte e mecânica que torna esse ritual único na região.

Quando o sino do Cabildo Histórico de Humahuaca toca às 12 horas, a porta de metal localizada abaixo dos sinos do campanário se abre automaticamente, iniciando o movimento articulado da imagem de San Francisco Solano.

O santo evangelizador então vem à luz, deslizando sobre trilhos até parar e abaixar a cabeça em direção ao chão. Ele lentamente abaixa o braço esquerdo, segurando uma cruz, e levanta o braço direito, apontando para o céu em um gesto de bênção. Após a bênção, São Francisco Solano retoma sua jornada, e, aos poucos, a porta se fecha novamente.

A Bendición de San Francisco Solano a Humahuaca – Jujuy – Argentina dura cerca de 3 minutos, e o mecanismo que controla a porta e as articulações da estátua é movido por uma corda independente, com duração de oito dias. O espetáculo diário é uma experiência única e fascinante para os visitantes da cidade.

São Francisco Solano nasceu em 1549 em Montilla, na Espanha, e chegou à América do Sul em 1590 como missionário. Durante sua jornada, ele pregou no norte da Argentina, em cidades como Salta, San Miguel de Tucumán, Santiago del Estero, La Rioja, Resistência e Santa Fé, além de Peru e Paraguai. Seu método de pregação era único, combinando palavras e música inflamadas, o que encantava e divertia os povos indígenas.

Ele costumava se posicionar nas esquinas das praças, tocando violino e violão, cantando e dançando com grande alegria, conquistando a simpatia e o respeito de todos ao seu redor.

São Francisco Solano foi chamado de “Taumaturgo” devido aos inúmeros milagres atribuídos a ele. Entre suas façanhas mais notáveis, estão a prevenção de um ataque de gafanhotos, o controle de um touro furioso que havia escapado e a previsão de um terremoto. Ele também foi responsável por fazer a água fluir em locais onde era necessário, e pregou contra a corrupção generalizada de sua época.

Como reconhecimento de sua importância, San Francisco Solado foi nomeado Patrono do Folclore Argentino e canonizado em 1726. Seu legado permanece vivo até hoje, especialmente em Humahuaca, onde sua imagem continua a abençoar a região diariamente.

Sob os aplausos das pessoas que presenciaram a aparição e a bênção da imagem de San Francisco Solano no Cabildo Histórico de Humahuaca – Jujuy, seguimos nosso caminho até a Iglesia de Nuestra Señora de la Candelaria y San Antonio. Esta igreja, uma verdadeira joia da arquitetura colonial, foi declarada Monumento Histórico Nacional, preservando em suas paredes a rica história religiosa e cultural da região.

Catedral de Nuestra Señora de la Candelaria y San Antonio – Iglesia de Humahuaca
O interior da Catedral de Nuestra Señora de la Candelaria y San Antonio – Iglesia de Humahuaca é adornado por doze pinturas dos profetas, criadas por Marcos Zapaca, um artista indígena pertencente à Escola de Cusco.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar na Catedral de Nuestra Señora de la Candelaria y San Antonio – Iglesia de Humahuaca partindo do centro de Florianópolis – Santa Catarina – Brasil:
Contatos da Catedral de Nuestra Señora de la Candelaria y San Antonio – Iglesia de Humahuaca
- Endereço: Buenos Aires, 383 – Centro | Humahuaca – Jujuy – Argentina
- Telefone: +54 388 742-1018
Para obter informações mais detalhadas, visite a página oficial da Catedral de Nuestra Señora de la Candelaria y San Antonio – Iglesia de Humahuaca no Facebook.
Horários de Funcionamento
- Todos os dias: 9h00 às 12h00 e das 17h00 às 19h00
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 30 minutos

Construída pelos espanhóis em 1641, a Catedral de Nuestra Señora de la Candelaria y San Antonio – Iglesia de Humahuaca passou por diversas modificações ao longo dos anos, adaptando-se às necessidades da comunidade e aos contextos históricos.

Seu interior, que não pode ser fotografado, é adornado por doze pinturas dos profetas, criadas em 1764 por Marcos Zapaca, um artista indígena pertencente à Escola de Cusco.

Além dessas obras impressionantes, a Igreja de Humahuaca também abriga um valioso retábulo datado de 1860, ricamente ornamentado com motivos vegetalistas e geométricos, que acrescenta um toque de beleza e espiritualidade ao ambiente sagrado.


Após conhecer o templo religioso, continuamos nossa caminhada pelo centro histórico de Humahuaca, passando pelo elegante edifício dos Correos y Telecomunicaciones.


Após, seguimos em direção ao Anfiteatro Municipal de Humahuaca, um espaço ao ar livre que é palco de eventos culturais e musicais, onde os habitantes e visitantes se reúnem para celebrar a rica tradição da cidade.

Logo chegamos a outro importante atrativo turístico de Humahuaca, o Monumento a los Héroes de la Independencia y al Ejército del Norte.

Monumento a los Héroes de la Independencia y al Ejército del Norte
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Este imponente monumento, de autoria de Ernesto Soto Avendaño, foi erguido em homenagem aos heróis da independência argentina e aos soldados que lutaram nas batalhas do norte, simbolizando coragem e determinação.


A escultura, com sua grandiosidade, retrata figuras históricas que desempenharam papéis essenciais na luta pela independência do país, tornando-se um ponto de encontro para os visitantes que buscam entender melhor a história da Argentina e sua luta pela liberdade.


Confeccionada em bronze e inaugurada em 1950, a obra pesa cerca de 70 toneladas e presta homenagem especial ao Ejército Argentino del Norte, composto majoritariamente por nativos e crioulos. Este exército combateu nas 14 batalhas travadas em Humahuaca durante a guerra pela independência da Argentina.


Vale a pena conhecer essa magnífica obra, que representa de maneira impactante as batalhas dos aborígenes e crioulos na luta pela Independência da Argentina. O escultor destacou de maneira impressionante os rostos dos nativos e europeus, elementos fundamentais da identidade argentina.

No centro do Monumento a los Héroes de la Independencia y al Ejército del Norte, destaca-se a estátua que simboliza o Grito de Libertad, uma representação poderosa da busca pela liberdade e pela soberania do país.


Bem próximo ao Monumento aos Heróis da Independência, encontra-se a Torre de Santa Bárbara, o campanário da antiga Igreja dedicada a Santa Bárbara, construída em 1695.


Originalmente, a Iglesia de Santa Bárbara estava localizada na colina onde hoje se encontra a parte central do Monumento a los Héroes de la Independencia y al Ejército del Norte. A igreja fazia parte de uma fortificação ordenada pelo General Manuel Belgrano, destruída por sua própria ordem em 1812, durante o início do Êxodo de Jujuy, um marco da luta pela Independência da Argentina.

Embora a estrutura da Igreja de Santa Bárbara tenha sido afetada, o campanário foi preservado, sendo o único vestígio da antiga construção que permanece até os dias de hoje.

Da Torre de Santa Bárbara, é possível apreciar uma vista deslumbrante da cidade de Humahuaca e das imponentes montanhas que a cercam. A paisagem, com suas colinas e formações rochosas, oferece uma perspectiva única da região, destacando a beleza natural e a harmonia entre o patrimônio histórico e o cenário de montanhas da Quebrada de Humahuaca, no norte da Argentina.

Na sequência, seguimos para explorar outro importante museu local, o Museo Arqueológico Municipal.

Museo Arqueologico Municipal
Fundado em 1979, o Museo Arqueológico Municipal de Humahuaca abriga uma bela coleção de materiais arqueológicos recuperados da Quebrada de Humahuaca.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar no Museo Arqueologico Municipal partindo do centro de Porto Alegre – Rio Grande do Sul – Brasil:
Contatos do Museo Arqueologico Municipal
- Endereço: Santa Fé, 230 – Centro | Humahuaca – Jujuy – Argentina
- Telefone: +54 388 742-1375
Horários de Funcionamento
- Todos os dias: 9h00 às 18h00
Valores de Ingresso
- Público em geral: $1.500
*Todos os preços estão em pesos argentinos.
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 30 minutos

Fundado em 1979, o Museo Arqueológico Municipal de Humahuaca é um importante ponto de conexão com o passado da região. Com quatro salas de exibição, o museu abriga uma bela coleção de materiais arqueológicos recuperados da Quebrada de Humahuaca.

No interior do Museu Arqueológico Municipal de Humahuaca, onde a fotografia não é permitida, é possível explorar uma vasta coleção de objetos dos povos originários, peças sagradas associadas a rituais ancestrais e três múmias.

O acervo do espaço cultural proporciona uma imersão na rica cultura e história local, revelando detalhes valiosos sobre as civilizações que habitaram a região ao longo dos séculos.

Depois, procuramos um táxi e, a bordo do carro, percorremos cerca de 25 quilômetros por estradas de terra e pedra, atravessando paisagens áridas e montanhosas que reforçavam a grandiosidade e a beleza rústica da região.


Rodeados por uma verdadeira maravilha natural, seguimos pela estreita e sinuosa estrada de rípio, vencendo uma íngreme serra. Pelo caminho, nos encantamos com os cardones, cactos gigantes típicos da região andina, que se erguem majestosamente em meio à paisagem árida.


As imponentes montanhas ao redor, com suas camadas multicoloridas esculpidas pelo tempo, completavam o cenário deslumbrante, tornando cada curva da estrada uma nova surpresa visual.


Após cerca de 45 minutos de trajeto, finalmente chegamos ao atrativo mais esperado do dia e um dos pontos altos de toda a nossa Moto Expedição 2019: Salta – Jujuy – Tucumán: o Mirador del Hornocal – La Serranía del Hornocal. Essa impressionante formação rochosa multicolorida, também conhecida como Cerro de los 14 Colores, Las Serranías del Hornocal ou Serranía de los 14 Colores, se revelou diante de nós em toda a sua grandiosidade.


La Serranía del Hornocal – Mirador del Cerro de los 14 Colores
O Mirador del Cerro de los 14 Colores, situado a 4.350 metros acima do nível do mar, oferece uma vista espetacular da surreal La Serranía del Hornocal, uma incrível formação rochosa multicolorida.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar na Serranía del Hornocal – Mirador del Cerro de los 14 Colores partindo do centro de Punta del Este – Maldonado – Uruguai:
Contatos da Serranía del Hornocal – Mirador del Cerro de los 14 Colores
- Endereço: Ruta Provincial 73 – Comunidad Hornocal | Humahuaca – Jujuy – Argentina
- Telefone: +54 388 685-6500
- E-mail: infoturismojujuy@gmail.com
Horários de Funcionamento
- Todos os dias: 10h00 às 18h00
Valores de Ingresso
- Público em geral: $1.000
*Todos os preços estão em pesos argentinos.
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 2 horas


O Mirador del Cerro de los 14 Colores, situado a 4.350 metros acima do nível do mar, oferece uma vista espetacular da surreal Serranía del Hornocal. Essa incrível formação rochosa multicolorida é, sem dúvida, uma das paisagens mais deslumbrantes do mundo, com suas camadas vibrantes que parecem pintadas à mão, tornando o local uma parada obrigatória para quem visita a região da Quebrada de Humahuaca, na província de Jujuy, norte da Argentina.


Vale destacar que o percurso de aproximadamente 25 quilômetros entre o centro de Humahuaca e o Mirador del Cerro de los 14 Colores – La Serranía del Hornocal pode ser feito em veículo particular, incluindo carros baixos e motocicletas. No entanto, é fundamental redobrar a atenção e ter bastante paciência, pois a estrada é de terra, com muitas pedras soltas, trechos estreitos e sinuosos. Além disso, o trajeto apresenta uma elevação significativa, subindo mais de 1.000 metros e superando os 4.300 metros de altitude no ponto final, o que pode exigir cuidado extra tanto com a condução quanto com os efeitos da altitude.


Assim que desembarcamos do táxi, ficamos boquiabertos com a paisagem surreal que se revelava diante de nós: uma imponente montanha natural, com uma infinidade de tonalidades vibrantes que pareciam ter sido delicadamente pintadas à mão.


O Cerro de los 14 Colores – Serranías del Hornocal se estendia majestosamente, contrastando com o azul intenso do céu em um dia radiante de sol na Quebrada de Humahuaca, província de Jujuy, norte da Argentina. A grandiosidade e a beleza única do lugar nos fizeram sentir como se estivéssemos dentro de um cenário de conto de fadas.


As Serranías del Hornocal, conhecida popularmente como Cerro de los 14 Colores (Montanha de 14 Cores), realmente impressiona pela riqueza de sua paleta de cores e sua magnitude. Embora o nome sugira 14 cores, muitos visitantes e especialistas afirmam que, ao observar atentamente a formação rochosa, é possível identificar mais de 30 tonalidades distintas.


A impressionante variação de cores das Serranías del Hornocal vai desde os tons vibrantes de vermelho, laranja e amarelo até nuances de verde, azul e até mesmo roxos, criando um espetáculo visual surpreendente. Esse fenômeno é resultado da combinação de minerais e a ação da erosão natural ao longo de milhões de anos. Uma verdadeira obra-prima da natureza!


A Serranía del Hornocal está localizada na divisa entre a Cordilheira Oriental, onde se encontra a Quebrada de Humahuaca, e as Serras Subandinas. Essa incrível formação geológica, também conhecida como Cerro de los 14 Colores, revela uma paisagem única, formada ao longo de milhões de anos.


A região é composta por uma diversidade de rochas com diferentes idades geológicas, variando do Período Cretáceo (aproximadamente 115 milhões de anos) ao Período Paleógeno Médio (cerca de 40 milhões de anos). As rochas que formam o Cerro de los 14 Colores – La Serranía del Hornocal se originaram de sedimentos acumulados em ambientes semidesérticos continentais, como rios, lagoas, áreas litorâneas e zonas costeiras.


O que torna essa formação natural ainda mais fascinante é a variação de cores que as rochas exibem, resultado da disposição dessas camadas geológicas em um tipo de pilha sinclinal. A erosão natural ao longo dos tempos esculpiu essa paisagem multicolorida, criando um espetáculo visual impressionante, apreciado por todos que visitam a região.


Decidimos visitar o Mirador del Cerro de los 14 Colores – La Serranía del Hornocal no período da tarde, seguindo a recomendação dos moradores locais de que este é o melhor horário para apreciar a variedade de cores da montanha. Segundo eles, quanto mais perto do pôr do sol, mais vibrantes se tornam as tonalidades da formação rochosa.


A origem do nome “Hornocal” vem dos antigos moradores da região, que fundiam certos tipos de pedras em fornos de barro (conhecidos como “hornos”) para extrair o mineral cal, uma prática que deu nome à incrível formação natural.


Há uma trilha ecológica que leva até os pés do imponente Morro de 14 Cores, o Sendero de La Serranía del Hornocal, proporcionando uma experiência ainda mais próxima dessa formação única. No entanto, considerando a alta altitude, superior a 4.000 metros acima do nível do mar, e nosso horário previamente combinado com o taxista para retornar ao centro da cidade, decidimos optar por não realizar a caminhada desta vez, deixando essa experiência para uma próxima oportunidade.


Nos contentamos em nos sentar e simplesmente absorver a grandiosidade dessa maravilha natural. A sensação de estar ali, cercado por imponentes montanhas coloridas, com o vento forte acariciando o rosto e o canto suave de alguns pássaros ao fundo, torna-se uma experiência indescritível. Era como estar diante de uma verdadeira obra de arte esculpida pela natureza, onde cada detalhe parecia revelar a magnitude e a beleza do local.


Sem dúvida alguma, o Mirador del Cerro de los 14 Colores – La Serranía del Hornocal é um dos lugares mais deslumbrantes que tivemos o privilégio de conhecer. Sua beleza única e as cores vibrantes da montanha deixam uma marca inesquecível na memória de qualquer visitante.


Ali, sentados, admirando e absorvendo toda a energia daquele lugar mágico, o tempo parecia não ter importância. Cerca de duas horas depois, fomos lembrados pelo taxista, que nos aguardava pacientemente, de que havia chegado o horário combinado para nosso retorno.


Assim sendo, fizemos uma foto nossa com a majestosa Serranía del Hornocal – Cerro de los 14 Colores ao fundo, agradecemos à Pachamama por nos permitir vivenciar essa verdadeira maravilha natural, e nos preparamos para embarcar novamente no táxi. Prontos para retornar ao centro de Humahuaca, onde a Formosa nos aguardava.


Com o dia chegando ao fim, percorremos os aproximadamente 25 quilômetros até o centro de Humahuaca em cerca de 50 minutos, carregando em nossos corações e memórias o cenário inesquecível da fabulosa Montanha de 14 Cores da Quebrada de Humahuaca, em Jujuy, Argentina.


De volta ao centro histórico da pacata Humahuaca, colocamos os capacetes, subimos na Formosa e seguimos pela rodovia asfaltada Ruta Nacional 9, rumo a San Francisco de Tilcara.

Durante o retorno, enfrentamos ventos fortíssimos que cortavam a Quebrada de Humahuaca, criando verdadeiras cortinas de areia e balançando a Formosa ferozmente de um lado para o outro.

Uma tempestade de areia nos acompanhou por vários quilômetros, proporcionando uma sensação indescritível e uma experiência nova para nós. Foi impressionante sentir a força da natureza de maneira tão tangível.

No fim do dia, cansados, cobertos de areia, mas com um enorme sorriso no rosto, chegamos a Tilcara. Fomos direto para um banho revigorante, jantamos e descansamos, pois sabíamos que o próximo dia nos aguardava com mais estradas argentinas para explorar.

Acima o mapa com o trajeto percorrido no dia entre San Francisco de Tilcara – Jujuy – Argentina e Humahuaca – Jujuy – Argentina.


Oba! Já são 4 comentários nesta postagem!
OPA… COMO SEMPRE LUGARES MARAVILHOSOS, ESSA MONTANHA DE TANTAS COLORES DIFERENTES DEVE TRANSMITIR
MUITA PAZ UM ÓTIMO LUGAR PARA MEDITAÇÃO, DEVE CHOVER POUCO NESTAS REGIÕES? ABRAÇOS….
Sim, lugar repleto de energia, uma sensação única estar ali observando tamanha beleza natural. Nesta região chove muito pouco mesmo. Abraços…
Hola! Natureza deslumbrante obra do divina … Deus arquiteto maior. Só uma palavra para resumir: gratidão🙏
Lugares maravilhosos mesmo!
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