Argentina • Expedição 2019: Salta – Jujuy – Tucumán • Jujuy • San Francisco de Tilcara
Sítio Arqueológico Pucará de Tilcara e Cascada la Garganta del Diablo em San Francisco de Tilcara, Jujuy – Argentina
22 de Setembro, 2019Conheça as principais atrações de San Francisco de Tilcara, Jujuy: o histórico sítio arqueológico Pucará de Tilcara, o Jardín Botánico de Altura e a deslumbrante Cascada la Garganta del Diablo, na Argentina.
Aproveitamos o ensolarado domingo para explorar algumas das principais atrações turísticas de San Francisco de Tilcara, visitamos o histórico sítio arqueológico Pucará de Tilcara, o encantador Jardín Botánico de Altura e a impressionante Cascada de la Garganta del Diablo, na deslumbrante Quebrada de Humahuaca em Jujuy, Argentina.
Começamos o décimo dia da Moto Expedição 2019: Salta – Jujuy – Tucumán com uma caprichada xícara de café com leite na charmosa cidade de San Francisco de Tilcara, localizada na província de Jujuy, Argentina. O café da manhã (desayuno), que incluiu deliciosas empanadas de jamón y queso, nos deu energia para explorar as encantadoras ruas centrais dessa tranquila cidade andina.
San Francisco de Tilcara, um dos principais povoados da Quebrada de Humahuaca, destaca-se como o destino com a maior oferta de serviços turísticos da região. A cidade conta com uma excelente infraestrutura, incluindo hotéis, pousadas, hostels, restaurantes e lanchonetes, tornando-se uma base ideal para viajantes.
Além disso, San Francisco de Tilcara abriga diversos atrativos turísticos, sendo o mais famoso o Pucará de Tilcara, um antigo povoado pré-colombiano que é símbolo da rica história local.
Após o farto café da manhã, seguimos para explorar o Pucará de Tilcara, nosso primeiro atrativo do dia. Inicialmente, caminhamos até os arredores da estação rodoviária, acreditando que aquele seria o caminho certo para o destino.
No entanto, percebemos o engano após conversar com alguns moradores locais. Com as orientações corretas, voltamos e tomamos a rota adequada rumo à antiga fortaleza.
Enquanto subíamos a ladeira, o asfalto gradualmente cedeu lugar ao calçamento, que, por sua vez, deu espaço ao rípio, marcando o início de uma caminhada mais rústica e típica da região andina.
Com passos firmes pelas ruas ladeadas por pitorescas construções, em sua maioria de pedras e barro, logo chegamos a uma antiga ponte de ferro, com cerca de 4 metros de altura, que se destacava como um marco do caminho rumo ao famoso Pucará de Tilcara.
A Ponte Ferroviária de Tilcara atravessa o Río Huasamayo e carrega consigo um importante valor histórico.
Por essa estrutura passou o Ferrocarril Central Norte (F.C.C.N.), a primeira ferrovia de bitola métrica (1000 mm) construída pelo estado na Argentina, símbolo do desenvolvimento ferroviário do país.
Ao cruzar a ponte, localizada a menos de 300 metros da entrada do Pucará de Tilcara, fomos recebidos por uma vista deslumbrante: imponentes morros coloridos, esbeltos e de grande magnitude da Cordilheira dos Andes, que formam a moldura natural ao redor da cidade de San Francisco de Tilcara, em plena Quebrada de Humahuaca, destacando ainda mais a beleza singular da região.
Aproveitamos o magnífico visual por alguns instantes, encantados com a cena que se desenhava diante de nós: a imensa lua, em sua lenta descida rumo ao oeste, parecia se fundir às coloridas montanhas, tornando a paisagem ainda mais espetacular.
Em seguida, retomamos nosso caminho para os últimos passos até o sítio arqueológico Pucará de Tilcara, agora enfrentando uma breve descida que nos aproximava do tão aguardado destino.
A presença de diversos quiosques, oferecendo uma infinidade de produtos, sinalizava que estávamos muito próximos da entrada de um dos principais atrativos turísticos, não apenas da Quebrada de Humahuaca, mas de todo o norte argentino: o Pucará de Tilcara.
E assim, em meio a uma grande movimentação de visitantes e rodeados por uma paisagem natural deslumbrante, chegamos ao Pucará de Tilcara, prontos para explorar esse fascinante sítio arqueológico.
Sitio Arqueológico Pucará de Tilcara
O Pucará de Tilcara é um dos mais importantes sítios arqueológicos da região, destacando-se como um dos maiores e mais populados povoados pré-hispânicos que ocupavam a Quebrada de Humahuaca, na Argentina. Sua relevância histórica e cultural o torna uma parada obrigatória para quem visita a região.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar no Sitio Arqueológico Pucará de Tilcara partindo do centro de Salta – Salta – Argentina:
Contatos do Sitio Arqueológico Pucará de Tilcara
- Endereço: Belgrano – Centro | San Francisco de Tilcara – Jujuy – Argentina
- Telefones: +54 0388 495-5073 | +54 0388 495-5768
- E-mail: reservaspucaradetilcara@gmail.com
Para obter informações mais detalhadas, visite o site oficial do Sitio Arqueológico Pucará de Tilcara.
Horários de Funcionamento
- Terça a domingo: 9h00 às 18h30
Valores de Ingresso
- Público em geral: $12.000
- Público em geral (argentinos): $6.000
- Crianças até 12 anos: Gratuito
*Todos os preços estão em pesos argentinos.
**Este valor já inclui a taxa de entrada no Jardín Botánico de Altura.
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 3 horas
Recursos para sua Visita
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O Pucará de Tilcara é um dos mais importantes sítios arqueológicos da região, destacando-se como um dos maiores e mais populados povoados pré-hispânicos que ocupavam a Quebrada de Humahuaca, na Argentina. Sua relevância histórica e cultural o torna uma parada obrigatória para quem visita a região.
Rapidamente compramos os ingressos e adentramos o local, onde, logo de cara, o FredLee começou a fazer novas amizades, sempre com sua energia contagiante, quebrando o gelo com os moradores locais.
Após a calorosa apresentação às curiosas lhamas, seguimos adiante, ansiosos para explorar mais do fascinante Pucará de Tilcara e seus mistérios históricos.
O sítio arqueológico Pucará de Tilcara está situado no coração da Quebrada de Humahuaca, precisamente na confluência dos rios Huasamayo e Grande.
Localizado no topo de um morro de 70 metros de altura, a cerca de 2.500 metros acima do nível do mar, esse antigo povoado foi habitado desde o início do primeiro milênio da nossa era até o momento do contato entre nativos indígenas e espanhóis, por volta do século XVI.
Embora o nome “pucará” derive do vocabulário nativo quechua, significando “fortaleza” ou “forte”, o antigo povoado de Tilcara não apresenta construções defensivas típicas. Em vez disso, suas estruturas revelam a organização social e as práticas cotidianas dos habitantes da região.
Humahuaca é uma variação do nome da civilização que construiu o Pucará de Tilcara: o povo Omaguaca, que escolheu o topo deste morro de 70 metros para erguer suas construções de terra e pedras. Essa localização estratégica visava não apenas um melhor controle populacional, mas também oferecia proteção natural contra possíveis ameaças.
Já a palavra Tilcara, também de origem quechua, significa “Lugar de buen coro” ou “Coro fuerte”, podendo ser traduzida como “Lugar de couro bom” ou “Couro forte”. Segundo algumas fontes, o nome também pode derivar de uma parcela da etnia Omaguaca, que era chamada Tilcara, destacando ainda mais a conexão histórica entre o povoado e seus habitantes originais.
O Pucará de Tilcara abrange uma grande concentração de estruturas arqueológicas, distribuídas ao longo de mais de 18 hectares. Embora, em sua maioria, sejam visíveis apenas os muros de pedra, essas construções pertencem a antigas residências, oficinas, praças, tumbas e espaços cerimoniais, que eram parte do cotidiano dos habitantes locais.
Além disso, o Pucará de Tilcara é considerado um dos locais sagrados mais representativos pelas comunidades originárias, que reconhecem sua importância cultural e espiritual. Não bastasse toda a energia histórica e cultural do local, acompanhada pela beleza natural deslumbrante ao seu redor, ainda fomos agraciados pela presença da lua, que iluminou nosso passeio, tornando o ambiente ainda mais mágico e único.
A partir de 1909, os primeiros arqueólogos que intervieram no sítio arqueológico Pucará de Tilcara iniciaram o trabalho de restauração de algumas das estruturas. Já na metade do século XX, a maior parte dessas construções foi reconstruída, permitindo que o local se tornasse ainda mais acessível e compreensível para os visitantes e estudiosos.
Atualmente, o sítio arqueológico Pucará de Tilcara está dividido em setores, sendo o primeiro deles o Bairro da Entrada (“Barrio de la Entrada”).
O Bairro da Entrada do Pucará de Tilcara é composto por diversas residências, cujas dimensões e localizações geográficas indicavam a importância e o nível social de seus moradores. As casas maiores e em posições privilegiadas eram geralmente habitadas por indivíduos de maior status dentro da sociedade Omaguaca.
Nestes espaços, os habitantes realizavam diferentes atividades cotidianas, como se alimentar, descansar e produzir utensílios e ferramentas para as atividades ligadas à metalurgia, tecelagem, lapidação e cerâmica, essenciais para sua sobrevivência e desenvolvimento.
A primeira invasão no Pucará de Tilcara foi liderada pelos Incas, mas sob o comando do líder Curaca Vitipoco, o povo Omaguaca resistiu bravamente e conseguiu expulsar os invasores. No entanto, anos depois, novas tentativas de conquista por parte dos incas foram bem-sucedidas, resultando na dominação definitiva da região.
Essa dominação Inca remodelou grande parte das estruturas habitacionais, praças e caminhos do Pucará de Tilcara. Entre as novas técnicas arquitetônicas introduzidas pelos incas, destacam-se os pisos de cerâmica, nichos, bordas de pedras e muros com assentos. Além disso, os incas construíram edifícios administrativos, produtivos e religiosos de alto nível, evidenciando sua influência e organização avançada na região.
A civilização Omaguaca, que habitou essas terras entre os anos de 900 e 1480, era conhecida por suas habilidades agrícolas e de criação. Eles cultivavam quinoa, batata e milho, além de caçar animais selvagens e criar lhamas, que desempenhavam um papel importante tanto no transporte quanto na alimentação e vestuário.
Os Omaguacas também possuíam a tradição de tecer e criar verdadeiras obras de arte em cerâmica, uma habilidade que passou de geração em geração e continua sendo preservada por seus descendentes até os dias atuais, mantendo viva a rica herança cultural da região.
Caminhar pelas arenosas e pedregosas trilhas do sítio arqueológico Pucará de Tilcara, imersos no silêncio interrompido apenas pelo som do vento forte e rodeados por uma natureza surreal, nos transporta no tempo. É impossível não imaginar como eram os dias dos povos que habitaram esse lugar durante seu período de auge, refletindo sobre suas vivências, desafios e conquistas.
Estima-se que, durante seus tempos áureos, o Pucará de Tilcara tenha abrigado cerca de 1.000 construções, organizadas em 32 setores e capazes de acomodar mais de 2.500 pessoas.
Entre seus habitantes, é muito provável que estivessem presentes mitimaes — grupos de famílias enviadas pelo Império Inca a locais específicos para desempenhar funções para o Estado, como o cultivo da terra, a defesa das fronteiras e outras atividades. Isso é corroborado por peças arqueológicas encontradas no sítio, que provêm de outras regiões do Tawantinsuyu.
Além disso, o Pucará de Tilcara também se destacava como um importante centro religioso e ponto de partida ou destino de peregrinações que percorriam trechos do Qhapaq Ñan (a antiga rede de estradas incas), conduzindo os fiéis até os wak’as (lugares sagrados) de Sixilera e Punta Corral.
Logo chegamos ao setor central do sítio arqueológico Pucará de Tilcara, onde encontra-se o Centro Ceremonial La Iglesia, um importante espaço sagrado de origem incaica, tradicionalmente conhecido como “A Igreja”, nome atribuído pelos habitantes locais no início do século XX, principalmente devido à presença de altares.
Atualmente reconstruído, este centro foi palco de inúmeras celebrações religiosas e é considerado o único de seu tipo na região. No Centro Ceremonial La Iglesia, eram realizadas celebrações e rituais dedicados ao sol e à lua, divindades de grande importância para os povos andinos. Esses rituais reforçavam a conexão espiritual dos habitantes com as forças da natureza, sendo parte fundamental das práticas religiosas que estruturavam a vida social e política da região.
Além desta função, é muito provável que o Centro Ceremonial La Iglesia do Pucará de Tilcara também tivesse uma relação vinculada ao poder político e social exercido pelos Incas sobre as populações locais, servindo como uma ferramenta para justificar a dominação através do controle do espaço ritual.
Durante as mais variadas celebrações realizadas no Centro Ceremonial La Iglesia, organizavam-se atividades que envolviam a tributação ao Estado Inca. Os habitantes nativos eram responsáveis por produzir objetos artesanais, como pedras talhadas, bens de metal e outros itens, que eram entregues aos administradores incaicos como parte dos tributos ao império.
As diferentes tonalidades das pedras que compõem as construções do Pucará de Tilcara impressionam e encantam, criando um contraste único com as coloridas montanhas que cercam o sítio arqueológico. A combinação dessas cores naturais realça ainda mais a beleza e a magnitude do local, tornando-o um verdadeiro espetáculo visual.
Os enormes cardones, cactos da espécie Echinopsis Atacamensis Pasacana, adicionam um charme especial à paisagem, com sua imponência e beleza exótica. Essas plantas, típicas da região andina, completam o cenário natural, criando um contraste fascinante com as construções e as montanhas ao redor.
Segundo nos informaram, essa espécie de cacto cresce, em média, apenas 1 cm por ano. Isso nos leva a concluir que estivemos muito próximos de verdadeiros senhores cactos, cujas idades podem facilmente ultrapassar os 200 ou até 300 anos, tornando-os verdadeiras testemunhas vivas da história da região.
Ainda no sítio arqueológico Pucará de Tilcara, em Jujuy, no Norte da Argentina, é possível encontrar edificações chamadas de Taller Lapidario, locais onde eram produzidos objetos modelados em diversas pedras, como mármore e calcita. Entre os itens mais notáveis estavam as miniaturas de lhamas, esculpidas com grande detalhe e precisão.
Mais ao leste, encontra-se o Cementerio Este, que abriga aproximadamente 100 tumbas, atualmente chamadas de cistas. Essas tumbas eram feitas por buracos cavados na terra e revestidos de pedras. Os defuntos eram colocados agachados, acompanhados de peças cerâmicas que continham alimentos, instrumentos musicais, ferramentas de uso cotidiano e itens ritualísticos, feitos de diversos materiais.
Esses elementos são classificados pelos arqueólogos como “acompanhamento mortuário”, uma prática que visava fornecer ao falecido itens essenciais para a vida após a morte. Após a inserção do indivíduo na tumba, ela era selada com pedras. As tumbas, no entanto, eram reabertas periodicamente para novos enterros e para oferecer comidas e bebidas como oferendas aos defuntos.
Caminhando pelo amplo e fascinante sítio arqueológico Pucará de Tilcara, pudemos observar de perto não apenas centenas de cactos vivos, em sua forma mais esbelta e imponente, mas também alguns curiosos cactos mortos, cuja madeira é amplamente aproveitada.
Esse material, a madeira dos cactos mortos, é utilizado para a criação de diversos itens, desde objetos decorativos até componentes estruturais em construções, destacando a engenhosidade e o respeito dos povos locais pelos recursos naturais disponíveis.
Por fim, chegamos ao local denominado Monumento, situado no ponto mais alto do sítio arqueológico Pucará de Tilcara. Em 1935, foi erguido um monumento em homenagem aos primeiros arqueólogos a trabalhar no local: Juan Bautista Ambrosetti e Salvador Debenedetti.
Infelizmente, para a construção deste monumento, foram destruídas inúmeras casas, oficinas e, nada menos que a praça principal do antigo povoado, um espaço vital para os habitantes locais, especialmente durante o período incaico, que foi depredada para retirada de pedras.
Este monumento, que simula uma grande pirâmide truncada mesoamericana, não apresenta características arquitetônicas típicas dos antigos povoadores da região, causando uma certa desconexão com o restante do Pucará de Tilcara e com os demais sítios arqueológicos encontrados na Quebrada de Humahuaca, descaracterizando, assim, parte da autenticidade do local.
Declarado Monumento Histórico Nacional em 2000, o sítio arqueológico Pucará de Tilcara é atualmente mantido e administrado pela Facultad de Filosofía y Letras da Universidad Nacional de Buenos Aires. Essa gestão garante a preservação do local, permitindo que sua história e importância cultural sejam valorizadas e transmitidas às futuras gerações.
O sítio arqueológico Pucará de Tilcara também conta com um centro de interpretação, criado para tornar o local acessível a visitantes que, por qualquer motivo, não podem explorar as trilhas do sítio a pé. Nesse espaço, os visitantes têm a oportunidade de se aproximar da história e dos detalhes do Pucará de Tilcara por meio da exibição de um vídeo, proporcionando uma experiência rica e educativa, mesmo sem percorrer fisicamente o terreno arqueológico.
Outro atrativo que compõe o complexo do sítio arqueológico Pucará de Tilcara, em Jujuy, é o encantador Jardín Botánico de Altura (Jardim Botânico de Altura).
Esse espaço é dedicado à preservação e exposição da rica flora andina, com destaque para as espécies típicas da região, como os cactos e outras plantas adaptadas ao clima de alta montanha. Além de complementar a visita ao sítio arqueológico, o jardim oferece uma oportunidade única de conhecer mais sobre a biodiversidade local.
Criado a partir de um convênio firmado em 1968 entre a Facultad de Filosofía y Letras da Universidad Nacional de Buenos Aires e o governo da província de Jujuy, o Jardim Botânico de Altura foi inaugurado em 1970.
Jardín Botánico de Altura
O Jardín Botánico de Altura, um espaço dedicado à preservação e exposição da rica flora andina, compõe o complexo do sítio arqueológico Pucará de Tilcara
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar no Jardín Botánico de Altura partindo do centro de San Salvador de Jujuy – Jujuy – Argentina:
Contatos do Jardín Botánico de Altura
- Endereço: Belgrano – Centro | San Francisco de Tilcara – Jujuy – Argentina
- Telefones: +54 0388 495-5073 | +54 0388 495-5768
- E-mail: tilcara.comunicacion@filo.uba.ar
Para obter informações mais detalhadas, visite o site oficial do Jardín Botánico de Altura.
Horários de Funcionamento
- Terça a domingo: 9h00 às 18h30
Valores de Ingresso
- Público em geral: $12.000
- Público em geral (argentinos): $6.000
- Crianças até 12 anos: Gratuito
*Todos os preços estão em pesos argentinos.
**Este valor já inclui a taxa de entrada no Sitio Arqueológico Pucará de Tilcara.
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 30 minutos
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Localizado a 2.580 metros acima do nível do mar, o jardim abrange uma área de 3 hectares e reúne uma impressionante variedade de espécies típicas da Quebrada de Humahuaca e da Puna Jujeña.
Entre seus destaques estão os imponentes cactos gigantes, além de uma rica coleção de plantas medicinais e aromáticas, que tornam o ambiente ainda mais encantador e educativo.
No Jardim Botânico de Altura de Jujuy, também se encontra a intrigante Piedra Campana (Pedra Sino), uma rocha de origem vulcânica proveniente de Cochinoca, em Jujuy. Essa pedra é conhecida por sua peculiaridade: ao ser golpeada por outra pedra, emite um som surpreendentemente semelhante ao de um sino de igreja, despertando a curiosidade e o fascínio dos visitantes.
Após o enriquecedor passeio pelo sítio arqueológico Pucará de Tilcara e pelo Jardín Botánico de Altura, embarcamos em um táxi e percorremos cerca de 8 km por uma sinuosa estrada de rípio, imersos na grandiosidade da Quebrada de Humahuaca. A paisagem deslumbrante, com suas formações montanhosas de cores vibrantes, tornou o trajeto tão memorável quanto os destinos que nos aguardavam.
Durante o trajeto, fizemos uma parada estratégica em um ponto elevado para contemplar, sob um novo ângulo, a bela San Francisco de Tilcara, Jujuy.
A vista panorâmica revelou um encantador contraste entre as construções da cidade e as coloridas montanhas que a cercam, reforçando a magia singular dessa região da Quebrada de Humahuaca.
Em seguida, retomamos o percurso pela estreita e sinuosa estrada, cercados pela beleza impressionante da Quebrada de Humahuaca, na Argentina.
Cada curva revelava novas perspectivas da paisagem, tornando o trajeto uma experiência fascinante por si só.
Poucos minutos depois, chegamos à comunidade nativa Ayllu Mama Qolla, um local que preserva tradições e costumes ancestrais dos povos originários da região. A acolhedora comunidade é um verdadeiro refúgio cultural, onde a conexão com a história e a natureza é sentida em cada detalhe.
Nas terras da comunidade nativa Ayllu Mama Qolla encontra-se um dos principais atrativos turísticos de San Francisco de Tilcara: a deslumbrante cascata natural conhecida como Garganta del Diablo. Esse espetacular ponto turístico combina beleza cênica com a energia única da natureza, sendo um destino imperdível para quem visita a região.
Trilha da Cascada de la Garganta del Diablo | Comunidad Aborigen Ayllu Mama Qolla
A Cascada de La Garganta del Diablo é um dos tesouros mais bem guardados de San Francisco de Tilcara. Através de um antigo caminho tilcareño, somos guiados até essa imponente cachoeira, que possui cerca de 18 metros de altura.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar na Trilha da Cascada de la Garganta del Diablo partindo do centro de Florianópolis – Santa Catarina – Brasil:
Contatos da Cascada de la Garganta del Diablo
- Endereço: Comunidad Aborigen Ayllu Mama Qolla | San Francisco de Tilcara – Jujuy – Argentina
- Telefone: +54 0388 575-4438
- E-mail: tilcaradirecciondeturismo@gmail.com
Horários de Funcionamento
- Todos os dias: 9h00 às 18h00
Valores de Ingresso
- Público em geral: $2.000
*Todos os preços estão em pesos argentinos.
**Só é aceito pagamento em dinheiro e em pesos argentinos
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Informações da Trilha
Extensão, tempo e nível de dificuldade da trilha:
- Percurso: A trilha possui uma extensão de 1.600 metros.
- Duração: A média de tempo para completar a trilha é de 45 minutos.
- Nível de Dificuldade: O nível de dificuldade é considerado moderado.
A Cascada de la Garganta del Diablo é um dos tesouros mais bem guardados de San Francisco de Tilcara. Através de um antigo caminho tilcareño, em meio a um imponente cânion, somos guiados até essa imponente cachoeira, que possui cerca de 18 metros de altura.
Após adquirirmos os ingressos, partimos para a trilha e iniciamos a caminhada pelo primeiro trecho do sendero, com cerca de 210 metros de extensão. Do alto, tivemos a oportunidade de observar o Río Huasamayo, que, nesta época do ano, se apresentava como um pequeno córrego, serpenteando entre as rochas e vegetação.
A vista do rio, quase tímido em seu fluxo reduzido, contrastava com a grandiosidade das montanhas da Quebrada de Humahuaca, criando uma harmonia única entre a força da natureza e a serenidade do ambiente. O percurso inicial da trilha começa com uma íngreme descida, que serpenteia pela montanha, oferecendo vistas impressionantes da paisagem ao redor. Aos poucos, fomos nos aproximando da formação natural que dá nome ao local: a majestosa Garganta del Diablo.
A Garganta del Diablo é uma formação natural impressionante, resultado de um acidente geográfico provocado pelo movimento das placas tectônicas, que deu origem a um extenso cânion. Nesse local, é possível encontrar vestígios paleontológicos petrificados, testemunhos de um passado remoto, que tornam a visita ainda mais fascinante, ao conectar os visitantes com a história geológica e biológica da região.
Entre uma pausa e outra para recuperar o fôlego — afinal, estamos em altitude — seguimos pelo caminho, imersos na natureza selvagem e intocada ao nosso redor. O trajeto, repleto de beleza cênica, nos leva até o ponto culminante: a poderosa visão da água caindo pelas rochas da Garganta del Diablo, que antigamente era chamada de El Chorro.
Neste primeiro ponto de observação, as águas do Río Huasamayo, também conhecido como Río Guasamayo, escorrem por uma espécie de barragem. Esta estrutura foi construída com o objetivo de reservar as águas e abastecer San Francisco de Tilcara e as cidades vizinhas. A barragem, além de desempenhar uma função vital para a comunidade, adiciona uma dimensão interessante ao cenário, combinando a engenharia humana com a força natural do rio.
Da barragem formada na Garganta del Diablo, iniciamos a caminhada pelo segundo trecho da trilha, o mais longo. Este trajeto nos leva até a cascata natural, à medida que avançamos por entre as rochas e a vegetação densa, com a paisagem ao redor se tornando cada vez mais impressionante.
Boa parte do percurso da trilha que nos leva até a Cascada de la Garganta del Diablo segue pelo leito do Río Huasamayo, em meio à deslumbrante Quebrada de Alfarcito. O caminho, com seu terreno rochoso e desafiador, nos proporciona uma experiência única de imersão na natureza, enquanto seguimos o curso do rio e nos aproximamos da impressionante cachoeira.
A beleza da Quebrada de Alfarcito, com suas montanhas imponentes e vegetação selvagem, torna o trajeto ainda mais especial.
Cruzamos o rio de um lado para o outro diversas vezes durante o percurso, com os pés submersos nas águas frescas e cristalinas do Río Huasamayo.
Cada travessia trazia uma sensação de conexão direta com a natureza ao nosso redor, enquanto seguimos pelo leito do rio, desbravando o caminho que nos levaria até a impressionante Cascada de la Garganta del Diablo.
Ao nosso redor, os imponentes paredões rochosos e os diversos cardones, cactos gigantes que se erguem com suas formas imponentes, embelezam a trilha. Esses elementos naturais, com suas silhuetas marcantes, conferem à caminhada um cenário ainda mais dramático e impressionante, tornando a experiência na Quebrada de Alfarcito ainda mais inesquecível.
E neste ritmo, caminhando tranquilamente, fazendo paradas para fotografar e apreciar a paisagem ao nosso redor, seguimos adiante até chegar em uma estreita curva na trilha.
A estreita curva é vencida com facilidade, e, ao seguir em frente, finalmente avistamos a bela Cascada de la Garganta del Diablo.
A água cai com força pelas rochas, como se estivesse bailando em um suave ritmo musical, criando uma cena deslumbrante e refrescante, que nos recompensa por cada passo dado ao longo da trilha.
O espetáculo natural da Cascada de la Garganta del Diablo de Jujuy se revela em toda a sua grandiosidade, proporcionando um momento inesquecível de contato com a natureza selvagem da região.
A beleza do local é ímpar, com suas águas caindo em um verdadeiro show natural, envolto por paisagens de tirar o fôlego. A tranquilidade que permeia o ambiente nos convida a desacelerar e absorver toda a energia do lugar. Ali, nos sentamos e, por vários minutos, nos beneficiamos da serenidade do ambiente, deixando que a paz e a força da natureza ao nosso redor nos envolvessem completamente.
Com a alma renovada e o espírito revigorado pela energia do lugar, retornamos ao centro de San Francisco de Tilcara. Lá, nos deliciamos com os tradicionais ojos de chorizos con papas andinas, uma iguaria local que nos proporcionou o sabor autêntico da região. O prato cheio de sabor foi a maneira perfeita de encerrar esse dia inesquecível de exploração e conexão com a natureza da Quebrada de Humahuaca, em Jujuy, na Argentina.
Após o delicioso e farto prato típico local, não poderia faltar uma boa siesta, afinal, ninguém é de ferro. Aproveitamos o descanso merecido, deixando que a tranquilidade de San Francisco de Tilcara e o cansaço da caminhada se combinassem para uma pausa revigorante antes de seguir com a exploração do que essa região incrível ainda tinha a oferecer.
Hasta mañana!
Oba! Já são 2 comentários nesta postagem!
Nunca tinha ouvido falar destes lugares, mas graças as fotos de Vocês, estamos conhecendo..valeu
Valeu! O norte argentino tem muito a oferecer, lugares lindos! Abraços…
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