Argentina • Expedição 2019: Salta – Jujuy – Tucumán • Jujuy • Salta • Salta • San Salvador de Jujuy
Dia 08: Salta – Salta – Argentina a San Salvador de Jujuy – Jujuy – Argentina
20 de Setembro, 2019A sexta-feira amanheceu nublada na capital Salta. Carregamos a Formosa, vestimos os trajes de viajem e passamos a rodar pelas ruas centrais da cidade, logo avistamos o Parque 20 de Febrero.
No centro do parque fica o Monumento 20 de Febrero, no lugar exato onde o general Belgrano, em 1813, colocou uma cruz com a inscrição “A los vencedores y vencidos” identificando o local onde findou-se a Batalha de Salta, sucesso bélico conquistado pelas tropas argentinas que libertou a maior parte do país do domínio espanhol.
O monumento de autoria de Torcuato Tasso foi inaugurado em 1913 e tem em seu ponto mais alto a estátua da liberdade cercada pelas figuras dos quatro generais (Belgrano, Díaz Vélez, Zelaya e Dorrego) e a gravação das quatro virtudes cardeais: a força, a temperança, a justiça e a prudência.
Na sequência passamos em frente a uma unidade do exército argentino.
E deixamos o centro seguindo até o bairro Castañares, onde paramos para conhecer a Casona Castañares.
Museo Histórico Casona de Castañares
Local: Avenida Doctor Bernardo Houssay | 15 de Febrero | Salta – Salta – Argentina
Telefone: +54 0387 425-5730
E-mail: fincacastanares@hotmail.com
Funcionamento: Segunda a sexta das 8h00 às 20h00 | Sábado das 9h00 às 13h00 e das 14h00 às 20h00
Ingresso: Gratuito
Tempo médio de visitação: 45 minutos
Ali estacionamos a Formosa ao lado de um Citroen da década de 1970, propriedade do Julio, que juntamente com a Sandra nos recepcionaram ainda no estacionamento e nos acompanharam durante a visita guiada pelo museu.
O antigo casarão, declarado Monumento Histórico Nacional em 1941, foi erguido no início do século XVIII e sofreu diversas modificações com o passar dos anos.
La Finca de Castañares é um local histórico por diversas razões, sendo a de maior destaque o fato do general Manuel Belgrano ter ali traçado estratégias decisivas para a vitória da Argentina na Batalha de Salta.
Atualmente o local funciona como um museu e espaço para eventos culturais.
O acervo do museu conta com algumas peças do século XIX, maquetes representando momentos importantes da Batalha de Salta e uma área interativa onde é apresentada a história do local e da independência argentina.
Após conhecer a Finca Casatañares nos despedimos de Salta, que tão bem nos acolheu nos últimos 5 dias, e voltamos a rodar pela Ruta Nacional 9 sentido norte.
Cruzamos a ponte sobre as águas pedras do Río La Caldera.
Passamos pela Represa Campo Alegre.
E então a estrada, que já estava estreita, ficou mais apertada, resumindo-se a aproximadamente 4 metros de largura.
Este magnífico trecho da Ruta Nacional 9, que também não conta com acostamento, é repleto de curvas e corta uma montanha em meio à selva, é conhecido como Camino de Cornisa.
O Camino de la Cornisa é muito conhecido pelos ciclistas e motociclistas que se divertem pela bela estrada que liga as capitais das províncias de Salta e Jujuy.
Alguns quilômetros adiante chegamos na divisa.
Onde paramos para fotografar nossa conquita em rodar por mais uma província argentina, desta vez Jujuy.
Hasta pronto, Salta!
Já na província de Jujuy a Ruta Nacional 9 segue como antes: estreita, sinuosa e rodeada por muito verde, um paraíso para andar de moto!
A atenção, que já é redobrada por todas as circunstâncias, deve ser ainda maior por conta dos veículos vindos na direção oposta e que eventualmente invadem seu lado da pista e também pelos diversos animais soltos às margens da estrada.
Aos poucos a densa floresta vai ficando para trás e áreas mais abertas vão surgindo, possibilitando a vista do Embalse las Maderas.
Da mesma forma que a estrada passa a ser composta por retas planas.
E com esta mudança no visual avistamos o Dique la Cienaga, local de lazer que conta com área de camping, churrasqueiras, piscinas e restaurantes.
Dali foram poucos minutos até chegarmos no centro de El Carmen, onde a RN 9 volta a ter os padrões e medidas conhecidos, perdendo todo aquele encanto da Cornisa.
Neste ritmo chegamos na capital provincial San Salvador de Jujuy.
Passamos pelo monumento em homenagem ao Canónigo Juan Ignacio Gorriti.
E seguimos direto ao hotel, onde deixamos a Formosa estacionada, descarregamos as bagagens e com uma roupa mais leve partimos explorar o centro da cidade.
San Salvador de Jujuy é a capital da província de Jujuy, está rodeada por altas montanhas e tem seu centro cortado pelo Río Grande.
A cidade, que atualmente conta com cerca de 350.000 habitantes, teve três fundações, sendo que as duas primeiras tentativas foram frustradas por nativos e a terceira, bem sucedida, ocorreu em 1593.
A Plaza Belgrano, localizada no coração da cidade, permanece no mesmo local desde a fundação da cidade e na época era chamada de Plaza Mayor.
A ampla e bela praça reflete a riqueza histórica de San Salvador de Jujuy.
Em seu centro fica uma estátua em homenagem ao general que dá nome à praça.
O local escolhido para a instalação da cidade foi estratégico, não somente por estar às margens do Rio Grande, mas também por ficar no meio da rota que ligava as cidades de San Miguel de Tucumán às minas de prata de Potosí, na Bolívia.
De frente para a praça fica a Casa de Gobierno de Jujuy.
O edifício neoclássico com estilo arquitetônico francês foi inaugurado em 1920.
Em seu entorno estão espalhadas diversas esculturas de autoria da famosa artista argentina Lola Mora, dentre elas as representações da paz, justiça, liberdade e progresso.
Contornamos a Casa de Governo, que ocupa toda uma quadra.
E adentramos no importante edifício jujeño.
Seu interior abriga o Salón de la Bandeira, local onde está exposta a Bandeira Nacional da Liberdade Civil, a qual foi entregue pelo general Belgrano ao cabildo de San Salvador de Jujuy em gratidão ao povo de Jujuy.
A sala conta com bancos de madeira e uma grande área de vidro onde é projetado um vídeo de aproximadamente 15 minutos que apresenta o êxodo de Jujuy, marco fundamental na história da independência da Argentina.
Durante o vídeo os bancos se movem e ocorrem efeitos sensoriais.
Infelizmente durante nossa visita houve um problema técnico e não pudemos assistir ao vídeo, mas conseguimos ver a bandeira exposta atrás do vidro onde o vídeo seria projetado.
Após o FredLee se sentir o governador de Jujuy deixamos a imponente Casa de Gobierno de Jujuy, atravessamos a Plaza Belgrano e fomos até a Catedral Basílica de San Salvador.
A Catedral de San Salvador de Jujuy é uma joia arquitetônica do período colonial, acredita-se que ela tenha sido inaugurada em meados dos anos 1700.
No ano de 1765 o templo religioso foi quase destruído por completo devido a um forte terremoto.
Desde então a igreja passou por diversas reformas até o início do século XX e em 1931 foi declarada Monumento Histórico Nacional da Argentina.
Foi nesta catedral que a atual bandeira argentina, criada por Manuel Belgrano, foi abençoada no dia 25 de maio de 1812.
Seu interior abriga o púlpito mais importante do país, talhado em madeira de ñandubay e cedro no século XVIII.
Ao lado da igreja fica um museu de arte sacra.
O local é composto por uma pequena área externa onde estão expostas algumas esculturas com temática religiosa.
Tendo como destaque uma representação do momento em que a bandeira argentina é abençoada.
Na parte interna algumas salas, que não podem ser fotografadas, expõem importantes peças de arte sacra.
Nas dependências do Museo Catedral Arte Sacro também estavam expostas na ocasião algumas peças dos artistas Miguel Segundo Mendoza e Mónica Aisama no espaço denominado Museo Kolla Pueblo Originario.
Ali pudemos conhecer e conversar com o famoso artistar argentino que é responsável pela criação de obras incríveis.
Na sequência voltamos a caminhar pela área central de San Salvador de Jujuy. Passamos pelo Obelisco en honor al Éxodo Jujeño.
E logo chegamos na antiga estação ferroviária da cidade.
Que atualmente abriga o Centro Cultural Manuel Belgrano.
Em suas dependências estão o centro de informações turísticas e também o Museo Municipal de Bellas Artes.
Museo Municipal de Bellas Artes Profesor Jorge Augusto Mendoza
Local: Urquiza 410 | Centro | San Salvador de Jujuy – Jujuy – Argentina
Telefone: +54 0388 402-0149
E-mail: museodeartejorgemendoza@gmail.com
Funcionamento: Segunda a sexta das 8h00 às 13h00 e das 14h00 às 20h00 | Sábado das 10h00 às 18h00
Ingresso: Gratuito
Tempo médio de visitação: 30 minutos
O Museu Municipal de Belas Artes foi inaugurado em 1987 com a doação de obras dos Niños Pintores de Chucalezna, resultado de uma oficina de arte formada pelos professores Mendoza e Takashi com crianças de 8 a 12 anos.
Ainda na antiga estação ferroviária fica o Paseo de los Artesanos, uma espécie de feirinha permanente onde os artesãos locais expõem e comercializam seus produtos.
Seguimos caminhando pelas ruas centrais da capital provincial.
Apreciando suas diversas esculturas e monumentos.
E passamos então pelo Museo Arqueológico Provincial, que infelizmente estava fechado.
Na sequência passamos pela Escuela San Francisco.
Que fica ao lado da linda Iglesia San Francisco.
A atual Igreja de São Francisco teve sua construção iniciada em 1925 e foi concluída em 1927.
Sua imponente arquitetura de estilo italiano impressiona e se destaca pela quantidade de detalhes.
Anexo à Basílica San Francisco fica um convento.
O interior da igreja guarda uma requintada ornamentação.
Não por acaso a basílica foi declarada Monumento Histórico Nacional em 2009.
Bem na esquina onde fica a igreja está o marco do quilômetro 0 de Jujuy.
Por fim fomos ao Museo Juan Galo Lavalle.
Museo Histórico Juan Galo Lavalle
Local: Lavalle, 256 | Centro | San Salvador de Jujuy – Jujuy – Argentina
Telefone: +54 0388 422-1355
E-mail: museohistoricojujuy@hotmail.com
Funcionamento: Segunda a domingo 8h00 às 20h00
Ingresso: $ 50
Tempo médio de visitação: 30 minutos
Sediado na casa de estilo colonial onde ocorreu a morte do general Juan Galo Lavalle em 1841 (um personagem importante na independência da Argentina), o Museo Histórico Juan Galo Lavalle foi inaugurado em 1943.
O acervo do museu retrata a história da província de Jujuy desde a época dos povos nativos, passando pela colonização espanhola até chegar nas lutas pela independência no início do século XIX.
O local conta com seis salas (Sala Colonial – Sala Independencia – Sala del Éxodo Jujeño – Sala de los Gobernadores – Sala de Arte Religioso y Colonial – Sala de las Guerras Civiles) que expõem esculturas, mobílias, pinturas, armas, documentos, vestimentas de época e outros itens.
Do museu histórico voltamos ao hotel, onde experimentamos as empanadas jujeñas (deliciosas) e acompanhamos o Sol se pôr atrás da Cordilheira dos Andes.
Trajeto percorrido no dia:
Oba! Já são 2 comentários nesta postagem!
Pelas fotos da pra ver que o tempo está ajudando com dias ensolarados, que bom, aproveitem…
Sim, o tempo está colaborando mesmo! Tem feito dias lindos. Abraços.
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