Teleférico San Bernardo, Museo San Francisco e o Centro Histórico de Salta, na Argentina

Hoje dedicamos o dia a explorar o fascinante centro histórico de Salta, na Argentina. Começamos nossa jornada visitando o Museo de la Ciudad – Casa de Hernández, admirando a arquitetura histórica da Basílica Menor y Convento San Francisco, e registrando momentos da vibrante Iglesia Nuestra Señora de la Candelaria de La Viña. Passeamos pelo exuberante Parque San Martín, nos aventuramos nos bondinhos do Complejo Teleférico Salta – Teleférico San Bernardo, e saboreamos as famosas empanadas salteñas. Também exploramos o imponente Iglesia y Convento de San Bernardo, o incrível Complejo Cultural San Francisco – Museo San Francisco, e experimentamos uma legítima parrillada argentina. Para encerrar esse dia repleto de descobertas, desfrutamos de um excelente vinho Malbec de Cafayate.

Acordar com os primeiros raios de sol iluminando a majestosa Cordilheira dos Andes, enquanto a lua cheia se despede lentamente no horizonte, é um espetáculo que anuncia um dia promissor.

Foi assim que começamos a segunda-feira em Salta, a charmosa capital da província homônima na Argentina.

Salta, um verdadeiro ícone do norte da Argentina, abriga cerca de 620.000 habitantes. Localizada a 1.187 metros acima do nível do mar, a cidade foi fundada em 1582 por Don Hernando de Lerma, carregando séculos de história e cultura.

Começamos nosso primeiro dia em Salta com um café da manhã reforçado, saboreando as tradicionais medialunas argentinas, acompanhadas por outras delícias típicas da região.

Em seguida, embarcamos em uma caminhada pelas ruas centrais de Salta, em busca dos encantos que justificam seu apelido carinhoso: “Salta, La Linda”.

Nosso primeiro destino do dia foi o Museo de la Ciudad – Casa de Hernández, um marco histórico e cultural imperdível em Salta.

Instalado em uma encantadora edificação histórica de 1780, declarada Monumento Histórico Nacional, o Museo de la Ciudad – Casa de Hernández foi inaugurado em 1988 e apresenta uma coleção fascinante que retrata a rica história de Salta.

O acervo do Museu da Cidade de Salta está organizado em três amplas salas, cada uma dedicada a diferentes aspectos da capital provincial.

No andar térreo, encontram-se duas salas: a Sala Güemes, que exibe instrumentos musicais dos séculos XVIII, XIX e XX, e a Sala María Teresa Cadena de Hessling, dedicada a exposições temporárias.

Ainda no andar térreo, há uma biblioteca especializada na trajetória do General Martín Miguel de Güemes, além de um acervo sobre a história de Salta e obras de escritores locais.

No piso superior, encontra-se a Sala José Vides Bautista.

Na Sala José Vides Bautista, estão expostas diversas câmeras fotográficas do início do século XX, que oferecem um interessante olhar sobre a evolução da fotografia.

A Sala José Vides Bautista também abriga vestimentas de noivas de séculos passados, proporcionando uma fascinante viagem no tempo através da moda e tradições de casamento.

Além disso, a sala exibe diversos itens curiosos, como uma cadeira de rodas datada de 1920, que adiciona um toque único ao acervo do museu.

Um dos itens que mais nos impressionou no Museo de la Ciudad de Salta – Casa de Hernández foi a réplica do primeiro instrumento de sopro encontrado no território de Salta.

Feito pela cultura indígena Calchaquí, o instrumento foi descoberto por Marqués Miranda em 1532 e representa um importante marco na história local.

Em uma das paredes do museu, está exposto o escudo real espanhol de Salta, que ostenta a inscrição “Muy Noble y Muy Leal Ciudad de Salta”, destacando o orgulho e a história de lealdade da cidade.

A construção do antigo casarão que abriga o museu é feita de adobe, uma técnica tradicional da região. Já as paredes divisórias do piso superior, conhecidas como paredes de quincha, são compostas por bambu amarrado lado a lado e revestido com argila, uma característica típica da arquitetura local.

Após a visita ao museu, retomamos nossa caminhada pelas encantadoras ruas do centro de Salta.

O centro histórico de Salta é marcado por ruas estreitas e calçadas apertadas, cercadas por belíssimas construções antigas que preservam a arquitetura colonial espanhola, criando um ambiente charmoso e repleto de história.

A fundação de Salta foi parte de um ambicioso plano para ocupar e estabelecer cidades no território da antiga Gobernación del Tucumán. O objetivo principal era proteger as riquezas das minas de prata de Potosí, consolidar um sistema de comunicação entre as cidades, facilitar o trânsito de documentos e mercadorias, e, assim, criar um sistema comercial sólido e eficiente.

Enquanto caminhávamos pelo centro histórico de Salta, tivemos a sorte de presenciar uma pequena procissão, um momento cultural que adicionou ainda mais charme à atmosfera única da cidade.

Em seguida, fomos conhecer outro símbolo de Salta: a imponente Iglesia de San Francisco, um dos marcos mais notáveis da cidade, com sua arquitetura impressionante.

A atual Basílica Menor de São Francisco, construída no século XVIII por Frei Vicente Muñoz e embelezada posteriormente pelo renomado arquiteto Luis Giorgi, é um verdadeiro tesouro arquitetônico de Salta.

Seu estilo italiano, combinado com as cores terracota, marfim e branco, confere à igreja uma beleza singular.

O campanário da Basílica Menor San Francisco, com seus impressionantes 54 metros de altura, finalizado em 1877, é o mais alto da América do Sul.

Na Iglesia San Francisco de Salta, encontra-se a famosa “Campana de la Patria” (Sino da Pátria), fundida com o bronze dos canhões utilizados na Batalla de Salta de 1813, quando o Exército do Norte, sob o comando do General Manuel Belgrano, derrotou as tropas espanholas.

Este sino, que pesa 1.406 quilos, foi o primeiro a ser colocado na torre da igreja. Até hoje, ele é conservado e exibido como um testemunho vivo do grito histórico de “¡Viva la Patria! Año 1813!”, celebrando um marco fundamental na luta pela independência argentina.

A Basílica Menor de Salta possui uma nave única com abóbada real, acessada por uma entrada de triplo arco que embeleza o átrio. No interior do templo, o altar-mor se destaca pelo seu estilo renascentista, oferecendo um toque de grandiosidade e sofisticação ao ambiente religioso.

A Iglesia de San Francisco abriga os restos mortais de figuras históricas importantes, como Francisco de Gurruchaga, fundador da Marinha Nacional Argentina, Pachi Gorriti, coronel das tropas gaúchas, e María Magdalena Goyechea, mãe do General Martín Miguel de Güemes, o maior herói de Salta.

Anexo à igreja, há um museu que exibe diversos artigos católicos. No entanto, como o museu estava fechado no momento da nossa visita, decidimos deixá-lo para conhecer em outra oportunidade.

Após deixar a Iglesia de San Francisco, continuamos nossa caminhada pelo centro de Salta, onde encontramos várias pessoas pilchadas (vestidas com trajes típicos gaúchos), provavelmente em celebração à Semana Farroupilha.

Alguns passos depois, chegamos a outra igreja de destaque em Salta: a vibrante Parroquia Nuestra Señora de la Candelaria de La Viña, conhecida por sua fachada colorida.

A Iglesia Nuestra Señora de la Candelaria de La Viña, com sua arquitetura italianizada e as cores azul claro e rosa pastel, destaca-se como uma das obras monumentais mais relevantes de Salta.

Registros históricos afirmam que a construção original era de estilo colonial, mas devido ao seu estado de deterioração, iniciou-se a construção da igreja atual em 1873, sendo inaugurada em 1886.

O projeto seguiu um estilo mais ousado e, em 1982, a Iglesia de la Candelaria de La Viña foi declarada Monumento Histórico Nacional.

A Virgen de la Candelaria de la Viña é a padroeira da igreja, sendo venerada todos os anos no dia 2 de fevereiro.

Nesta data, acontece uma procissão com a imagem da virgem peregrina, carinhosamente conhecida como “Sentadita”, em uma homenagem cheia de devoção e tradição.

Infelizmente, a igreja estava fechada no momento, então nos contentamos em admirar sua impressionante beleza exterior e registrar algumas fotos para guardar de lembrança.

Em seguida, seguimos para o Parque San Martín, o maior parque público de Salta, um local perfeito para relaxar e aproveitar a natureza.

O Parque San Martín, carinhosamente chamado de “El Pulmón de la Ciudad”, foi inaugurado em 1905 e oferece um ambiente perfeito para passeios tranquilos e momentos de descanso, cercado por uma grande diversidade de árvores e áreas verdes.

O parque abriga diversos monumentos, com destaque para a imponente escultura equestre em homenagem ao General San Martín, que dá nome ao local e simboliza sua importância histórica.

Este monumento, obra do escultor Roberto Carrier Belleuse, foi inaugurado em 24 de maio de 1913. A estátua do General San Martín aponta simbolicamente para o oeste, em direção ao Chile, marcando o caminho por onde iniciou a libertação da Argentina, do Chile e do Peru, reafirmando seu papel como o “Libertador da América”.

O Parque San Martín também possui um grande lago artificial, que adiciona ainda mais charme ao local, sendo ideal para passeios tranquilos e momentos de lazer.

Além disso, o maior parque da cidade abriga uma feira de artesanatos, alimentos e produtos regionais, onde visitantes podem explorar a rica cultura local e levar lembranças autênticas de Salta.

No Parque San Martín, também está localizado o Museo de Ciencias Naturales, que atrai visitantes interessados na rica biodiversidade da região.

Além disso, o parque é ponto de partida para o famoso Complejo Teleférico Salta – Teleférico San Bernardo, um bondinho que oferece vistas panorâmicas espetaculares da cidade e da majestosa Cordilheira dos Andes.

O Complejo Teleférico Salta – Teleférico San Bernardo, inaugurado em 12 de dezembro de 1987, é um verdadeiro ícone da cidade. Este passeio é uma das atrações mais populares de Salta, oferecendo uma experiência única que combina aventura e vistas deslumbrantes.

O Teleférico San Bernardo conta com 25 bondinhos, cada um com capacidade para até 5 pessoas. A estação de partida está localizada no coração do Parque San Martín, e o percurso de 1.016 metros é feito a uma velocidade de 2 metros por segundo, totalizando cerca de 10 minutos de passeio.

Durante o trajeto, os bondinhos superam uma subida de 285 metros, levando os visitantes ao alto do Cerro San Bernardo para vistas espetaculares de Salta e seus arredores.

No topo do Cerro San Bernardo (Morro São Bernardo) encontra-se uma impressionante imagem do Cristo Redentor, feita inteiramente de cobre. Pesando aproximadamente 2 toneladas, a escultura foi inaugurada em 1903 e se destaca como um símbolo de fé e um marco histórico de Salta.

Além dos bondinhos do Teleférico de Salta, é possível chegar ao topo do Cerro San Bernardo por uma estrada sinuosa, inaugurada em 1933 e asfaltada em 1972.

Essa via serpenteia pela montanha, proporcionando uma alternativa cênica para os visitantes que desejam explorar o local.

No topo do Cerro San Bernardo, além de desfrutar de uma vista deslumbrante da cidade de Salta, da Cordilheira dos Andes e de todo o horizonte, os visitantes podem aproveitar diversas comodidades.

Há uma cascata artificial (que, infelizmente, estava fechada para manutenção durante nossa visita), banheiros limpos, lojas de artesanatos para adquirir lembranças, uma aconchegante cafeteria, e um restaurante, perfeito para saborear pratos regionais enquanto aprecia a paisagem.

No topo do Cerro San Bernardo, também está a imponente Cruz del Cerro, instalada em 1901 para celebrar o início do século XX. A cruz, um marco de fé e devoção, traz a inscrição: “Cristo Vive, Reina e Impera”, reforçando a espiritualidade do local.

E, como não poderia faltar, há também um monumento em homenagem a San Bernardo de Claraval, o santo que dá nome ao morro.

Aproveitamos a tranquilidade e a beleza do local para saborear deliciosas empanadas salteñas, um verdadeiro ícone da gastronomia regional, enquanto desfrutávamos de uma vista inigualável de Salta e seus arredores.

Após nosso lanche, antes de nos despedirmos do alto do Cerro San Bernardo, exploramos as lojas de artesanato e artigos regionais. Esses espaços oferecem uma rica variedade de produtos típicos, perfeitos para levar um pedaço da cultura de Salta como lembrança.

Ao descermos pelos bondinhos, o calor deu lugar a um clima mais frio, com a chegada de um vento forte e gelado, proporcionando uma mudança repentina e marcante na atmosfera da cidade.

Colocamos nossas jaquetas para nos proteger do frio e seguimos nossa caminhada até o Convento San Bernardo, outro importante marco histórico e religioso de Salta.

A Iglesia y Convento de San Bernardo é mais um dos importantes edifícios que fazem parte do patrimônio arquitetônico de Salta. Embora não esteja aberto à visitação pública, o simples fato de admirar sua fachada, com detalhes impressionantes, já faz valer a pena a visita ao local.

O Convento de São Bernardo é residência de freiras carmelitas que vivem em regime fechado, sem contato com o exterior do convento. Tanto a igreja quanto o convento foram declarados Patrimônio Histórico Nacional da Argentina em 1941, reconhecendo sua importância histórica e cultural para a cidade e o país.

A igreja original do Convento de San Bernardo foi construída no século XVI, mas teve que ser reconstruída em 1692 após um terremoto que devastou muitos edifícios de Salta. Em 1782, o capítulo religioso designou um local próximo à igreja para a construção de um hospital, que passou a ser administrado pelos padres betlemitas, ampliando ainda mais a importância do complexo religioso.

O hospital funcionou até as guerras de independência. Foi somente em 1846 que as irmãs carmelitas, vindas do Chile, estabeleceram o convento no local, dando origem ao que conhecemos hoje como o Convento de San Bernardo.

A fachada do templo do Convento de São Bernardo preserva suas características originais e é um verdadeiro tesouro arquitetônico do período colonial, com elementos típicos do barroco americano. Seu estilo detalhado e ornamentado reflete a grandiosidade e a influência da época em que foi construído.

A grande porta de cedro da Iglesia y Convento de San Bernardo, talhada à mão por um nativo em 1762, impressiona pela riqueza de seus detalhes intrincados, sendo uma verdadeira obra de arte que reflete a habilidade e o cuidado artesanal da época colonial.

Após admirarmos tamanha beleza, nos despedimos do Convento de San Bernardo e seguimos de volta para continuar nossa exploração pelo charmoso centro histórico de Salta, onde sempre há algo novo a descobrir a cada esquina.

Logo chegamos de volta à Basílica Menor y Convento San Francisco, e desta vez o museu estava aberto. Aproveitamos a oportunidade para explorar suas exposições e aprofundar nosso conhecimento sobre a história religiosa e cultural de Salta.

O Complejo Cultural San Francisco – Museo San Francisco é considerado um dos melhores museus de arte sacra da Argentina. Com mais de 17 espaços de exposições, o museu oferece uma imersão profunda na história religiosa da região.

Fomos recepcionados por Nicolás, que, coincidentemente, compartilha o mesmo nome que eu, e nos guiou com entusiasmo durante a visita, compartilhando seu conhecimento sobre as incríveis coleções do Museo San Francisco e a história da Basílica.

A visita começou pelo principal pátio interno do Convento San Francisco, que abriga, em seu centro, um fascinante relógio solar de 1864, um símbolo da precisão e da conexão com o tempo durante o período colonial.

Como o sol resolveu se esconder atrás de densas nuvens, não pudemos testemunhar o funcionamento do antigo e raro relógio solar. No entanto, segundo meu xará, Nicolás, o equipamento está em perfeito estado de conservação, mantendo sua precisão ao longo dos anos.

Após explorar o pátio, acessamos uma sala repleta de antigos instrumentos musicais, muitos dos quais ainda funcionam perfeitamente.

A coleção, que remonta a séculos passados, oferece uma incrível oportunidade de ouvir sons históricos e entender a importância da música na vida religiosa e cultural dos franciscanos.

Em seguida, percorremos a ampla varanda que circunda o pátio interno, onde as paredes são adornadas com pinturas que retratam os principais momentos da vida de São Francisco de Assis.

Essas obras de arte trazem à tona a devoção e a importância do santo na história religiosa e cultural do convento.

Ali, também tivemos a oportunidade de ver a pedra fundamental da Basílica Menor San Francisco.

Além disso, tivemos a chance de conhecer o avançado sistema de comunicação utilizado pelos inúmeros residentes do convento. Para a época, o método era extremamente inovador, permitindo que os frades se mantivessem conectados de maneira eficiente, uma solução engenhosa para a comunicação dentro de um grande complexo religioso.

O sistema de comunicação funcionava de maneira bastante engenhosa para a época: cada padre que residia no convento tinha um número ou código atribuído, e um painel fixado na parede exibia uma madeirinha para cada indivíduo. Se a madeirinha estivesse na posição correta, indicava que o padre estava presente.

Para chamar um padre específico, bastava soar o pequeno sino ao lado do painel, acionando o número correspondente, e o padre requisitado se dirigia ao local previamente combinado. Esse método eficaz facilitava a organização e a comunicação dentro do convento.

Em seguida, adentramos nas salas que abrigam valiosas obras de arte e peças de coleção dos séculos XVIII e XIX. Cada item ali exposto conta uma história rica, refletindo a importância religiosa e cultural do período colonial, além de evidenciar a preservação do patrimônio artístico e histórico da região.

Dentre os artigos expostos, destacam-se um conjunto de cálices, relicários, peças de talheres em estilo barroco e móveis de estilo colonial. Além disso, há uma impressionante coleção de imagens e pinturas de diferentes épocas.

Entre os itens de destaque, também estão expostas lamparinas etruscas do século IV a.C., um jarro romano encontrado em Ascoli Satriano (79 a.C.), a cabeça de um jovem etrusco descoberta em uma tumba em Tarquina (3 a.C.), além de relíquias da Terra Santa.

Após apreciar as belíssimas peças do museu, retomamos nossa caminhada pelas encantadoras ruas centrais de Salta.

E, claro, como ninguém é de ferro, fomos desfrutar de uma parrillada argentina, acompanhada de um excelente vinho Malbec de Cafayate. Muitos brasileiros costumam associar parrillada ao churrasco, mas na verdade, parrillada é uma versão mais tradicional, composta por miúdos como chinchulines (intestino delgado), mollejas (glândula timo), hígado, riñones (rins) e ubre (úbere).

Para os argentinos, o churrasco em si é chamado de asado, enquanto parrilla se refere à churrasqueira, onde a carne é assada lentamente sobre o fogo alimentado por lenha, e não carvão, como estamos acostumados, em uma grelha sem furos.

Alimentados, e mais felizes, continuamos a explorar a arborizada capital provincial, aproveitando o clima agradável e a tranquilidade das ruas, enquanto absorvíamos a beleza e a energia única de Salta.

Logo chegamos ao Palacio Legislativo de Salta, uma imponente construção erguida entre 1892 e 1902, que se destaca pela sua arquitetura elegante e pela importância histórica como sede do poder legislativo provincial. O edifício é um marco da cidade, refletindo o progresso e a modernização de Salta no final do século XIX.

O local também é conhecido como Casa de los Leones, devido à sua fachada adornada com 19 cabeças de leão: 5 de cada lado e 9 no frontispício. Esses detalhes escultóricos conferem um caráter imponente e simbolizam a força e a proteção, características que fazem parte da identidade do edifício e da cidade.

O Palácio Legislativo de Salta está estrategicamente localizado em frente à Plaza General Don Martín Miguel de Güemes, um dos principais pontos da cidade, que homenageia o herói local. A praça, com sua grande área verde, complementa a imponência do edifício, criando uma harmonia entre a arquitetura histórica e os espaços públicos da cidade.

Bem próximo dali, encontramos a Iglesia de San Alfonso, um encantador templo religioso que se destaca pela sua arquitetura e pela serenidade que transmite aos visitantes.

O templo religioso foi construído entre 1908 e 1911 pelos missionários redentoristas, que deixaram sua marca na cidade com este belo edifício.

Da Iglesia de San Alfonso, foram poucos passos até chegarmos à sede da polícia de Salta, um edifício que, embora discreto, faz parte da história da cidade, representando a segurança e a ordem na capital.

A sede da polícia de Salta está localizada ao lado da Plaza General Manuel Belgrano, outra importante praça da cidade.

Dali, iniciamos nosso retorno ao local de pernoite, passando em frente ao Banco Hipotecario.

Onde vendedores ambulantes ofereciam belas frutas, como morangos, peras e bananas, criando uma atmosfera vibrante e colorida nas ruas de Salta.

Na sequência, passamos pelo Instituto Güemesiano de Salta, um centro cultural e histórico dedicado ao estudo e preservação da memória do General Martín Miguel de Güemes, herói nacional e ícone de Salta.

E, no fim do dia, chegamos ao apartamento onde estamos hospedados, após um dia repleto de descobertas e experiências pela encantadora cidade de Salta.

Abrigados da fina chuva que molha as ruas de Salta, brindamos esta maravilhosa segunda-feira com um vinho Malbec de Cafayate, acompanhado de queijos, salame e, claro, muitas empanadas salteñas!

O clima intimista e acolhedor, com o som suave da chuva ao fundo, fez desse momento um verdadeiro deleite para os sentidos, encerrando o dia com chave de ouro e uma deliciosa imersão na gastronomia local.