Aproveitamos o feriado prolongado de Páscoa para viajar até São Paulo! Com as horas contadas e sem o tempo necessário para ir até a capital paulista de moto, rodamos com a Formosa até Porto Alegre, onde pegamos um avião com destino à Terra da Garoa.
Na sexta-feira, antes mesmo do sol nascer, tomamos o café da manhã e carregamos as bagagens na Harley-Davidson Heritage Softail Classic sob o forte brilho da lua.
Partimos de Erechim após a despedida da lua e com o sol nascendo no horizonte.
Temperatura amena e céu azul, dia perfeito para pegar estrada.
Durante o percurso até Passo Fundo passamos por alguns trechos fechados por uma densa cerração, outros iluminados pelo sol e alguns encobertos pela sombra, onde sentimos um pouco de frio.
Contornamos a cidade de Passo Fundo e seguimos viagem rumo ao sul.
Até então a viagem estava tranquila, com baixo fluxo de veículos, mas de Soledade em diante o movimento começou a aumentar, principalmente no sentido contrário.
E logo uma enorme fila se formou na faixa contrária à nossa.
Os carros se movimentavam lentamente, e por vezes os veículos ficavam completamente parados.
Foram vários quilômetros de fila.
Até que ela chegou ao fim, mas o movimento seguia alto.
A paisagem ao redor da rodovia federal BR-386 é muito bonita, pena que o estado de conservação da estrada não condiz com o cenário.
Passamos por Fontoura Xavier, São José do Herval, Pouso Novo e logo chegamos em Marques de Souza, considerada a capital estadual dos campings.
Ponte sobre o rio Fão:
Dali foram alguns minutos até passar pela ponte sobre o rio Taquari, o qual delimita a divisa entre Lajeado e Estrela.
De Estrela até Porto Alegre são aproximadamente 100km em pista duplicada, pela mesma BR-386, o que faz a viagem fluir com maior agilidade.
Tranquilamente seguimos até Canoas, onde deixamos a BR-386 e passamos a rodar pela BR-448, que nos levou até a BR-290, conhecida como Rodovia Freeway.
E finalmente chegamos na capital gaúcha: Porto Alegre.
Passamos ao lado da Arena do Grêmio.
E seguimos até o aeroporto.
Como tínhamos algumas horas livres antes do voo, rodamos até o Boulevard Laçador, que fica ao lado do aeroporto e conta com algumas opções de lanchonetes e restaurantes.
Boulevard Laçador
Local: Avenida dos Estados, 111 | São João | Porto Alegre – RS
Telefone: (51) 3344-5547
Site: www.boulevard.com.br/lacador
Funcionamento: Todos os dias das 8h00 às 23h30
Após nos alimentar caminhamos pelo Boulevard.
E fomos conhecer de perto o avião em exposição, o Douglas DC-3.
Construído em 1936, é considerado um dos primeiros aviões DC-3 fabricados no mundo e fez parte da frota da Varig.
Escultura Asa de Ícaro, de 1939:
A Asa de Ícaro é um símbolo que tem origem na lenda da mitologia grega e representa o sonho e a ousadia do ser humano em voar.
Tiptank do Super Constellation:
O Tiptank começou a ser utilizado em 2 de agosto de 1955, data em que a Varig, nas asas do Super Constellation, passou a operar sua primeira linha internacional fora da América do Sul, com destino a Nova Iorque.
O Boulevard também abriga a exposição Motores de Aviões, que infelizmente estava fechada.
Ao menos conseguimos conhecer o motor do avião Lockheed L-1049 G Super Constellation, que fica na área externa.
O Boulevard leva o nome de Laçador por estar nas proximidades do Sítio do Laçador.
O monumento do Laçador, inaugurado no dia 20 de setembro de 1958, é tido como símbolo de Porto Alegre desde 1992. O artista Antônio Caringi contou com o folclorista Paixão Côrtes como modelo para a obra.
Com o horário do voo se aproximando, seguimos até o estacionamento do Aeroporto Internacional Salgado Filho.
Com a moto devidamente estacionada embarcamos no avião rumo a Sampa.
Chegamos em São Paulo no fim da tarde, seguimos direto ao hotel e na sequência fizemos um lanche.
Hot Pork
Local: Rua Epitácio Pessoa, 94 | República | São Paulo – SP
Telefone: (11) 3129-8735
Funcionamento: Todos os dias das 12h00 às 23h00
O Hot Pork oferece dois tipos de cachorro-quente, ambos artesanais: o Hot Pork (pão de batata, cebola roxa e pepino caipira curtidos, salsicha feita com carne suína, sem qualquer conservante, ketchup de maçã, maionese de limão e mostarda com tucupi) e o Not Pork (mesmos ingredientes, porém, a salsicha é vegetariana à base de mix de cogumelos e tofu/soja).
Sim, o lanche estava delicioso! Depois fomos até o Ginásio do Ibirapuera, para assistir o espetáculo OVO, do Cirque du Soleil.
Já tivemos o privilégio de assistir outros espetáculos do circo (Varekai, Corteo e Amaluna) e agora chegou a vez de conferir o show criado, dirigido e coreografado pela brasileira Deborah Colker, que foi a primeira mulher a atuar como diretora de shows da companhia canadense.
OVO teve sua estreia em 2009 e já foi visto por mais de 5 milhões de pessoas de todo o mundo.
O espetáculo dispensa qualquer comentário, e a inspiração na cultura brasileira torna o show ainda mais emocionante, não somente por retratar a rica flora e fauna brasileira, mas também por incluir em sua trilha musical ritmos como a bossa nova, samba, xaxado e o funk.
Após nos encantar com o Cirque du Soleil, voltamos ao hotel para descansar.
O sábado amanheceu ensolarado e logo cedo partimos para uma caminhada pelas ruas centrais da capital paulista.
O primeiro local que paramos para fotografar e apreciar foi a Igreja de Nossa Senhora da Consolação.
Igreja de Nossa Senhora da Consolação
Local: Rua da Consolação, 585 | Consolação | São Paulo – SP
Telefone: (11) 3256-5356
E-mail: con.solacao@hotmail.com
Missas: Segunda a sexta às 7h00, 12h05, 18h00 e 19h00 | Sábado às 8h00, 12h00 e 18h00 | Domingo às 10h00, 12h00, 18h00 e 20h00
A atual igreja foi construída em 1909 e seu projeto foi assinado por Maximilian Emil Hehl, o mesmo arquiteto responsável pela obra da Catedral Metropolitana de São Paulo, mais conhecida como Catedral da Sé, a qual visitamos em 2017 (relembre aqui).
Uma pena a igreja estar fechada no momento em que estivemos no local. Seguimos caminhando e passamos pelo Edifício Copan.
Que fica bem próximo do Circolo Italiano, mais conhecido como Edifício Itália.
O prédio com 165 metros de altura foi inaugurado em 1965 e é atualmente o segundo mais alto da cidade de São Paulo.
O Circolo Italiano fica praticamente em frente à Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.
Que fica ao lado da Praça da República.
Seguimos o passeio pela avenida Ipiranga até chegar na avenida São João, a qual passamos a percorrer e caminhamos até o Largo do Paissandu, onde fica a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos.
Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos
Local: Largo do Paissandu | Centro | São Paulo – SP
Telefone: (11) 3223-3611
E-mail: irmandade@terra.com.br
Missas: Segunda a sexta às 7h30, 8h30 e 18h00 | Domingo às 7h30, 9h00 e 10h30
A igreja começou a ser construída em 1903 e em 1906 foi consagrada.
Ao lado da igreja fica a estátua da Mãe Preta, que sintetiza a tradicional figura da mãe preta que servia como ama-de-leite para os filhos de sua dona ou patroa, no período colonial.
Em frente ao Largo do Paissandu fica a Galeria do Rock.
Galeria do Rock
Local: Avenida São João, 439 | República | São Paulo – SP
Telefone: (11) 3337-2361
Site: www.galeriadorock.com.br
Funcionamento: Segunda a sexta das 10h00 às 19h30 | Sábado das 10h00 às 18h00
A Galeria do Rock fica no Centro Comercial Grandes Galerias, projetado pelo arquiteto Alfredo Mathias e inaugurado em 1963, sendo considerado até hoje uma referência arquitetônica.
O tradicional espaço do Rock N’Roll e da cultura alternativa de São Paulo conta com mais de 450 lojas, sendo um verdadeiro templo para os amantes do rock.
Após caminhar pelos sete andares da Galeria do Rock e comprar novos bottons para o FredLee, voltamos a circular pelas ruas da capital paulista.
Edifício Altino Arantes, mais conhecido como Torre do Banespa:
O centro histórico de São Paulo nos encanta, em especial por suas construções de época.
Antigo Palácio dos Correios:
Praça das Artes:
Praça Ramos de Azevedo:
Aos fundos é possível avistar a lateral do Teatro Municipal de São Paulo.
Estátua de Rui Barbosa:
A praça nasceu em 1911, juntamente com o Theatro Municipal, porém, teve sua inauguração apenas em 1928.
O nome da praça homenageia o arquiteto Francisco de Paula Ramos de Azevedo, responsável pela construção de diversos edifícios históricos da cidade, incluindo o Theatro Municipal.
FredLee fazendo seu pedido na Fonte dos Desejos:
Estátua de Antonio Carlos Gomes, o mais importante compositor brasileiro de ópera:
Bandeiras tremulando no topo do edifício que abriga a Secretaria de Agricultura e Abastecimento, ao lado da praça Ramos de Azevedo:
Frente do Theatro Municipal de São Paulo:
O majestoso e imponente teatro foi inaugurado em 1911.
Vale do Anhangabaú:
Prefeitura municipal de São Paulo:
A construção que abriga a prefeitura é o famoso Edifício Matarazzo.
Os ponteiros do relógio já passavam do meio dia, a temperatura estava elevada, mas seguimos nossa caminhada, cruzamos o Largo de São Bento e descemos na movimentada rua 25 de Março.
Em meio a uma verdadeira multidão caminhamos até o Mercado Municipal, mais conhecido como Mercadão.
Com fome e cansados, procuramos a Linguiçaria e Choperia Di Callani, onde, em nossa passagem pela capital paulista em 2017, nos deliciamos com o tradicional sanduíche de mortadela.
Aguardamos alguns minutos na fila até vagar uma mesa, e então pudemos, com muita calma, saborear um sanduíche de pernil…
e um sanduíche de carne seca. Assim como o sanduíche de mortadela, estes também são deliciosos!
Com as energias renovadas seguimos pelos box do Mercadão.
Além das lanchonetes e restaurantes, no maior ícone gastronômico do Brasil é possível encontrar uma variedade incrível de frutas, legumes e verduras que mais parecem de plástico, tamanha perfeição dos alimentos.
Mercado Municipal – Mercadão
Local: Rua Cantareira, 306 | Centro | São Paulo – SP
Telefone: (11) 3313-3365
Site: www.oportaldomercadao.com.br
Funcionamento: Segunda a sábado das 6h00 às 18h00 | Domingo e feriados das 6h00 às 16h00
Também são oferecidas diversas especiarias, temperos e produtos importados.
Ah, tem também inúmeros queijos, salames e outras guloseimas.
Além de peixes, frutos do mar, carnes, aves, massas e doces.
Deixamos o Mercadão, passamos pela ponte sobre o rio Tamanduateí e chegamos no Museu Catavento Cultural e Educacional.
Museu Catavento Cultural e Educacional
Local: Avenida Mercúrio – Parque Dom Pedro II | Centro | São Paulo – SP
Telefone: (11) 3315-0051
E-mail: faleconosco@cataventocultural.org.br
Site: www.cataventocultural.org.br
Funcionamento: Terça a domingo das 9h00 às 17h00
Ingresso: R$ 10,00 | Gratuito nas terças-feiras
O Catavento é um museu interativo que foi inaugurado em 2009.
O espaço de 4.000 metros quadrados é dividido em 4 seções: Universo, Vida, Engenho e Sociedade, as quais abrigam cerca de 250 instalações.
O local estava repleto de pessoas, e a fila para comprar os ingressos estava enorme… ficamos cerca de 45 minutos na fila, e como já eram praticamente 15h30 (e o museu fecharia às 17h00), decidimos adiar nossa visita para uma próxima oportunidade.
De qualquer forma, apenas a edificação que abriga o museu já é uma atração à parte.
Trata-se do Palácio das Indústrias, inaugurado em 1924.
Estátua de carro de bois, de Nicola Rollo, denominada O Progresso:
Na área externa do museu estão expostos alguns itens.
Dentre eles, algumas máquinas a vapor.
E este curioso conjunto de limpeza urbana, dos anos de 1870.
A carroça pipa jogava água para baixar a poeira, a varredeira juntava o lixo e a coletora armazenava detritos em sua caçamba.
Locomotiva fabricada na Inglaterra em 1926:
Avião modelo DC-3, fabricado em 1936 (sim, o mesmo modelo que fotografamos ontem em Porto Alegre):
Após a caminhada regressamos para o hotel, mas, durante o percurso, mais precisamente no Sesc Parque Dom Pedro II, tivemos que parar para assistir a uma acirrada disputa de xadrez.
Após acompanhar os minutos finais do jogo, retornamos ao hotel. Descansamos, lanchamos e mais tarde fomos até o Teatro Renault, antigo Teatro Paramount, assistir ao espetáculo O Fantasma da Ópera, de Andrew Lloyd Webber, baseado no romance homônimo de Gaston Leroux.
Inaugurado em 1929, o Teatro Paramount (um dos epicentros culturais da cidade de São Paulo) foi durante muitos anos um modelo para outros teatros, exibiu o primeiro filme de cinema falado, sediou grandiosos bailes de carnaval nos anos 1950 e famosos festivais de música popular nos anos 1960.
O Fantasma da Ópera é a história do misterioso Fantasma que assombra a Ópera de Paris. Apaixonado pela cantora Christine Daaé, ele forma o ambicioso plano de transformá-la na fabulosa prima-dona do seu teatro e, nem mesmo Raoul, o grande amor de Christine, pode impedi-lo.
O espetáculo é fabuloso, não à toa é o musical há mais tempo em cartaz na Broadway (30 anos de sucesso absoluto). A produção já passou por 160 cidades, 35 países e já foi traduzido para 15 idiomas.
Após nos maravilhar com o maior musical de todos os tempos regressamos ao hotel.
Domingo pela manhã embarcamos no Aeroporto de Congonhas e próximo ao meio dia desembarcamos em Porto Alegre, onde a Formosa nos aguardava ansiosa para rodar pelas estradas gauchas.
Feliz Páscoa, Formosa:
Assim que deixamos o estacionamento do aeroporto a chuva veio ao nosso encontro e ela nos acompanhou durante boa parte do trajeto de volta até Erechim, onde chegamos no fim de domingo.
Trajeto percorrido de moto: