Aproveitamos o feriado prolongado de Páscoa para viajar até São Paulo – SP!
Na sexta-feira, antes mesmo do Sol nascer, tomamos o café da manhã e carregamos as bagagens na Formosa acompanhados pelo luar.
Partimos de Erechim – RS após a despedida da Lua e com o Sol nascendo no horizonte.
Acessamos a rodovia RS-135 e seguimos rumo ao sul.
Rumo ao sul? Calma, explico: como não dispomos do tempo necessário para ir rodando até a capital paulista, optamos por viajar até Porto Alegre e lá embarcar em um avião com destino à felicidade Terra da Garoa.
Durante o percurso até Passo Fundo passamos por alguns trechos fechados por uma densa cerração, outros iluminados pelo Sol e alguns encobertos pela sombra, onde sentimos um pouco de frio.
Com o passar das horas a temperatura foi subindo acompanhando o Sol, e o dia ficou perfeito para rodar de moto: céu azul e temperatura amena.
Contornamos a cidade de Passo Fundo e seguimos viagem pela rodovia BR-153.
Tão logo passamos por Soledade deixamos a Rodovia Transbrasiliana e acessamos a BR-386.
Poucos quilômetros adiante um alto fluxo de veículos começou a ganhar forma.
E a viagem, que até então seguia tranquila, passou a exigir atenção redobrada, principalmente pela enorme fila que se formava na faixa contrária à nossa.
Por sorte estávamos nos dirigindo ao sentido oposto ao congestionamento, onde, por vezes, os carros chegavam a parar na pista.
Após vários quilômetros a fila foi se dissipando e o movimento de veículos voltou ao que é habitual para a rodovia federal.
A paisagem ao redor da BR-386 nesta região é muito bonita, pena que o estado de conservação da estrada não condiz com o cenário.
Passamos por Fontoura Xavier, São José do Herval, Pouso Novo e logo chegamos em Marques de Souza, considerada a capital estadual dos campings.
Dali foram poucos minutos até passar pela ponte sobre o Rio Taquari, o qual delimita a divisa entre Lajeado e Estrela.
De Estrela até Canoas (região metropolitana de Porto Alegre) são aproximadamente 100km em pista duplicada, pela mesma BR-386, o que faz a viagem fluir com maior agilidade.
Em Canoas nos despedimos da BR-386 e passamos a rodar pela BR-448, que nos levou até a BR-290, conhecida como Rodovia Freeway.
E finalmente chegamos na capital gaúcha: Porto Alegre.
Como tínhamos algumas horas livres antes do voo, rodamos até o Boulevard Laçador, que fica ao lado do aeroporto e conta com algumas opções de lanchonetes e restaurantes.
Boulevard Laçador
Local: Avenida dos Estados, 111 | São João | Porto Alegre – RS
Telefone: (51) 3344-5547
E-mail: sac@boulevard.com.br
Site: https://boulevard.com.br/lacador/
Funcionamento: Todos os dias das 8h00 às 23h30
Ingresso: Gratuito
Tempo médio de visitação: 1 hora
Ali nos alimentamos e na sequência caminhamos pelo agradável local.
Vimos o Douglas DC-3, um avião construído em 1936 que fez parte da frota da Varig, considerado um dos primeiros aviões deste modelo fabricado no mundo.
Passamos ao lado da escultura Asa de Ícaro, de 1939.
A Asa de Ícaro é um símbolo que tem origem na mitologia grega e representa o sonho e a ousadia do ser humano em voar.
Bem próximo da escultura fica o Tiptank do Super Constellation, que começou a ser utilizado em 2 de agosto de 1955, data em que a Varig, nas asas do Super Constellation, passou a operar sua primeira linha internacional fora da América do Sul, com destino a Nova Iorque.
O Boulevard também abriga uma exposição de motores de aviões, mas infelizmente estava fechada.
Ao menos conseguimos ver o motor do avião Lockheed L-1049 G Super Constellation, que fica na área externa da sala de exposições.
O Boulevard leva o nome de Laçador por estar nas proximidades do Sítio do Laçador.
O monumento do Laçador, inaugurado no dia 20 de setembro de 1958, é tido como símbolo de Porto Alegre desde 1992. O artista Antônio Caringi contou com o folclorista Paixão Côrtes como modelo para a obra.
Como o horário do voo se aproximava, seguimos até o estacionamento do Aeroporto Internacional Salgado Filho.
Com a Formosa devidamente estacionada embarcamos no avião rumo à capital paulista.
Onde chegamos no fim da tarde e seguimos direto para o hotel.
No início da noite fizemos um lanche e partimos até o Ginásio do Ibirapuera, para assistir o espetáculo OVO, do Cirque du Soleil.
Já tivemos o privilégio de assistir outros espetáculos do circo (Varekai, Corteo e Amaluna) e agora chegou a vez de conferir o show criado, dirigido e coreografado pela brasileira Deborah Colker, que foi a primeira mulher a atuar como diretora de shows da companhia canadense.
OVO teve sua estreia em 2009 e já foi visto por mais de 5 milhões de pessoas de todo o mundo.
O espetáculo dispensa qualquer comentário, e a inspiração na cultura brasileira torna o show ainda mais emocionante, não somente por retratar a rica flora e fauna brasileira, mas também por incluir em sua trilha musical ritmos como a bossa nova, samba e o xaxado.
Após nos encantar com o Cirque du Soleil, voltamos ao hotel para descansar.
O sábado amanheceu ensolarado e logo cedo partimos para uma caminhada pelas ruas centrais da capital paulista.
O primeiro local que paramos para fotografar e apreciar foi a Igreja de Nossa Senhora da Consolação.
A atual igreja foi construída em 1909 e seu projeto foi assinado por Maximilian Emil Hehl, o mesmo arquiteto responsável pela obra da Catedral Metropolitana de São Paulo, mais conhecida como Catedral da Sé, a qual visitamos em 2017 (relembre aqui).
Uma pena a igreja estar fechada no momento em que estivemos no local, pois seu interior deve ser tão belo quanto sua fachada.
Seguimos caminhando e passamos em frente ao icônico Edifício Copan.
Que fica bem próximo do Circolo Italiano, mais conhecido como Edifício Itália.
O prédio com 165 metros de altura foi inaugurado em 1965 e é atualmente o segundo mais alto da cidade de São Paulo.
O Circolo Italiano fica praticamente em frente à Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.
Que fica ao lado da Praça da República.
Seguimos o passeio pela Avenida Ipiranga até chegar na Avenida São João, a qual passamos a percorrer e caminhamos até o Largo do Paissandu, onde fica a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos.
A igreja começou a ser construída em 1903 e em 1906 foi consagrada.
Ao lado da igreja fica a estátua da Mãe Preta, que sintetiza a tradicional figura da mãe preta que servia como ama-de-leite para os filhos de sua dona ou patroa, no período colonial.
Em frente ao Largo do Paissandu fica a Galeria do Rock.
Galeria do Rock
Local: Avenida São João, 439 | República | São Paulo – SP
Telefone: (11) 3331-1530
E-mail: contato@galeriadorock.com.br
Site: https://www.galeriadorock.com.br/
Funcionamento: Segunda a sexta das 10h00 às 19h30 | Sábado das 10h00 às 18h00
Ingresso: Gratuito
Tempo médio de visitação: 1 hora
A Galeria do Rock fica no Centro Comercial Grandes Galerias, projetado pelo arquiteto Alfredo Mathias e inaugurado em 1963, sendo considerado até hoje uma referência arquitetônica.
O tradicional espaço do rock n’roll e da cultura alternativa de São Paulo conta com mais de 450 lojas, sendo um verdadeiro templo para os amantes do rock.
Após caminhar pelos sete andares da Galeria do Rock e comprar novos bottons para o FredLee, voltamos a circular pelas ruas da capital paulista.
Fotografamos outro ícone da cidade, o Edifício Altino Arantes, mais conhecido como Torre do Banespa.
E avançamos pelo centro histórico de São Paulo, que nos encanta, principalmente por suas construções de época.
Passamos ao lado do antigo Palácio dos Correios.
E chegamos ao Vale do Anhangabaú.
Dali foram poucos passos até a Praça Ramos de Azevedo.
Praça que nasceu em 1911, juntamente com o Theatro Municipal, porém, foi inaugurada apenas em 1928.
O nome da praça é uma homenagem ao arquiteto Francisco de Paula Ramos de Azevedo, responsável pela construção de diversos edifícios históricos da cidade, incluindo o Theatro Municipal.
Teatro, este, que fica ao lado da bela e arborizada praça.
O majestoso e imponente teatro possui estilo arquitetônico semelhante aos mais importantes teatros do mundo e foi inspirado na Ópera de Paris.
Do teatro seguimos pelo Viaduto do Chá.
E passamos pelo famoso Edifício Matarazzo, que abriga a prefeitura municipal.
Os ponteiros do relógio já passavam do meio-dia, a temperatura estava elevada, mas seguimos nossa caminhada, cruzamos o Largo de São Bento e descemos na movimentada Rua 25 de Março.
Em meio a uma verdadeira multidão caminhamos até o Mercado Municipal, mais conhecido como Mercadão.
Mercado Municipal – Mercadão de São Paulo
Local: Rua Cantareira, 306 | Centro | São Paulo – SP
Telefone: (11) 3313-3365
Site: https://portaldomercadao.com.br/
Funcionamento: Segunda a sábado das 6h00 às 18h00 | Domingo e feriados das 6h00 às 16h00
Ingresso: Gratuito
Tempo médio de visitação: 2 horas
Cansados e com fome, não titubeamos, e fomos direto devorar um sanduíche de pernil.
E outro de carne seca.
Com as energias renovadas, e alguns quilos mais pesados, seguimos pelos box do Mercadão.
Além das lanchonetes e restaurantes, no maior ícone gastronômico do Brasil é possível encontrar uma variedade incrível de frutas, legumes e verduras que parecem ser de plástico, tamanha perfeição dos alimentos.
Também são oferecidas diversas especiarias, temperos e produtos importados.
Ah, tem também inúmeros queijos, salames e outras guloseimas.
Além de peixes, frutos do mar, carnes, aves, massas e doces.
Enfim, tem de tudo!
Deixamos o Mercadão, passamos pela ponte sobre o Rio Tamanduateí e chegamos no Museu Catavento Cultural e Educacional.
O Catavento é um museu interativo que foi inaugurado em 2009.
O espaço de 4.000 metros quadrados é dividido em 4 seções: Universo, Vida, Engenho e Sociedade, que abrigam cerca de 250 instalações.
O local estava repleto de pessoas, e a fila para comprar os ingressos estava enorme… ficamos cerca de 45 minutos na fila, e como já eram praticamente 15h30 (e o museu fecharia às 17h00), decidimos adiar nossa visita para uma próxima oportunidade.
De qualquer forma, só a edificação que abriga o museu já é uma atração à parte.
Trata-se do Palácio das Indústrias, inaugurado em 1924.
Na área externa do museu estão expostos alguns itens.
Dentre eles algumas máquinas a vapor.
E um curioso conjunto de limpeza urbana dos anos de 1870.
Onde a carroça pipa jogava água para baixar a poeira, a varredeira juntava o lixo e a coletora armazenava detritos em sua caçamba.
Ali também está exposta uma locomotiva fabricada na Inglaterra em 1926.
E um avião modelo DC-3 fabricado em 1936 (sim, o mesmo modelo que fotografamos ontem em Porto Alegre).
Após a caminhada regressamos ao hotel, mas, durante o percurso, mais precisamente no Sesc Parque Dom Pedro II, tivemos que parar para assistir a uma acirrada disputa de xadrez.
De volta ao hotel descansamos, lanchamos e mais tarde fomos até o Teatro Renault, antigo Teatro Paramount, assistir o espetáculo O Fantasma da Ópera, de Andrew Lloyd Webber, baseado no romance homônimo de Gaston Leroux.
Inaugurado em 1929, o Teatro Paramount (um dos epicentros culturais da cidade de São Paulo) foi durante muitos anos um modelo para outros teatros, exibiu o primeiro filme de cinema falado, sediou grandiosos bailes de carnaval nos anos 1950 e famosos festivais de música popular nos anos 1960.
O Fantasma da Ópera é a história do misterioso fantasma que assombra a Ópera de Paris. Apaixonado pela cantora Christine Daaé, ele forma o ambicioso plano de transformá-la na fabulosa prima-dona do seu teatro e, nem mesmo Raoul, o grande amor de Christine, pode impedi-lo.
O espetáculo é fabuloso, não à toa é o musical há mais tempo em cartaz na Broadway (30 anos de sucesso absoluto). A produção já passou por 160 cidades, 35 países e já foi traduzido para 15 idiomas.
Após nos maravilhar com o maior musical de todos os tempos regressamos ao hotel.
Domingo pela manhã embarcamos no Aeroporto de Congonhas e próximo ao meio-dia desembarcamos em Porto Alegre, onde a Formosa nos aguardava ansiosa para rodar pelas estradas gaúchas.
Após um caloroso abraço e desejo de Feliz Páscoa à Formosa, deixamos o estacionamento do aeroporto debaixo de chuva, que nos acompanhou durante boa parte do trajeto de volta até Erechim, onde chegamos no fim de domingo.
Estamos ansiosos para ler tudo aquilo que tu tem para dizer! É chegado o momento de abrir este coração e compartilhar tua opinião, crítica (exceto algo desfavorável à imagem da Formosa), elogio, filosofar a respeito da vida ou apenas sinalizar que chegou até aqui ;)
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