O passeio de hoje teve como destino duas cidades catarinenses: Seara e Concórdia.
Partimos de Erechim – RS na manhã ensolarada de sábado pela rodovia BR-153 sentido norte.
Rodamos cerca de 50km até cruzar pela ponte sobre as águas do Rio Uruguai, que delimita a divisa com Santa Catarina.
Já em terras catarinenses seguimos 10km pela Rodovia Transbrasiliana até acessar a estrada SC-390, que nos levou ao centro de Concórdia.
Manhã de sábado é sempre com muito trânsito, independente do tamanho da cidade.
Em meio a um alto fluxo de veículos percorremos algumas ruas centrais de Concórdia e na sequência acessamos a rodovia SC-283.
Pela rodovia estadual passamos ao lado da primeira unidade da Sadia S. A., fundada em 1944.
Em 2009 a Sadia S.A. juntou as ações com a Perdigão S.A. (que nasceu em Videira – SC) e atualmente as marcas pertencem à BRF S.A., uma das maiores companhias de alimentos do mundo.
Seguimos viagem pela rodovia SC-283 e após 40km de muitas curvas, subidas, descidas e mais curvas, chegamos em Seara.
Onde fizemos uma breve pausa em frente ao pórtico da cidade e continuamos rodando até chegar ao primeiro atrativo do dia, o Museu Entomológico Fritz Plaumann, que fica no distrito de Nova Teutônia.
Museu Entomológico Fritz Plaumann
Local: Rodovia SC-382, Km 54.6 | Nova Teutônia | Seara – SC
Telefone: (49) 3452-3761
Site: http://www.museufritzplaumann.ufsc.br/
Funcionamento: Terça a sexta das 8h30 às 17h00 | Sábado das 9h00 às 16h00
Ingresso: R$ 3,00
Tempo médio de visitação: 1 hora
Ali assistimos um vídeo no qual é retratada a vida e obra de Fritz Plaumann, na sequência visitamos o rico acervo do local, começando por algumas salas que expõem objetos pessoais e materiais utilizados na coleta e preparação dos insetos, e então as salas onde estão expostos os insetos.
O museu abriga a maior coleção de insetos da América Latina, com aproximadamente 80.000 exemplares.
Fritz Plaumann nasceu na Prússia Oriental em 1902 e desembarcou no porto de Rio Grande – RS em 1924, juntamente com seus pais Friedrich e Hulda Plaumann.
Em terras tupiniquins a família Plaumann adquiriu um lote colonial em Nova Teutônia, atraídos pelo nome que significava Nova Alemanha.
Claro que o local não era tudo aquilo que eles imaginavam, mas, uma vez instalados, Fritz iniciou junto com seus pais a atividade de agricultor, depois foi fotógrafo, professor e montou uma pequena casa de comércio.
O pensamento de construir uma coleção particular de insetos acompanhava Fritz Plaumann desde a infância, ainda na Alemanha.
Sozinho e sem recursos, Plaumann começou com muitas dificuldades a coleta de insetos, dedicando 70 anos de sua vida a um paciente e apaixonado estudo de insetos, reunindo uma fabulosa coleção.
Os mais de 80.000 exemplares de 17.000 espécies diferentes foram coletados pelo entomólogo, sendo 1.500 descobertos pelo próprio Plaumann e, destes, 150 batizados com o seu nome e derivados.
Além de coletar insetos na região de Nova Teutônia (Seara – SC), Plaumann realizou incursões pelo Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul.
O rico acervo do museu é preservado em condições ideais de umidade e temperatura.
O museu foi inaugurado em 1988, 6 anos após a prefeitura de Seara adquirir a coleção entomológica do pesquisador.
O trabalho do entomólogo autodidata foi reconhecido por cientistas de todo o mundo e Plaumann recebeu honrarias importantes como a Grã-Cruz do Mérito Científico da Alemanha, além de ser considerado pela Californian Academy of Science como o maior colecionador de insetos da América Latina no século XX.
Fritz faleceu no dia 22 de setembro de 1994 e está sepultado ao lado do museu.
Deixou como legado uma obra única e incomparável, sendo que a maior parte dos insetos catalogados e expostos no museu não existem mais na fauna brasileira.
Do terceiro pavimento do museu conseguimos avistar a casa onde Fritz Plaumann morava, o local deve se transformar em outro museu futuramente.
Maravilhados com a visita nos despedimos do Museu Entomológico Fritz Plaumann e registramos aqui o trecho de uma mensagem especial elaborada pelo próprio Plaumann, em 1988:
“Neste mundo, seja na superfície da terra, seja acima dela, ou no seu interior: tudo está cheio de segredos; mas tudo está subordinado a uma ordenação disciplina e reconhecível nas leis da natureza.
Por isso não consigo crer numa criação do acaso.
O homem agride sem consideração: a fauna e a flora autócnes sucumbem. Terra, água e ar são envenenados ou contaminados. Porém, a terra, na qual toda a vida se fundamenta, há de vingar-se, como em parte já está acontecendo. Pense, pois, homem, sobre o que poderá advir…
Que meu trabalho entomológico possa contribuir para incentivar a admiração e o amor à natureza e estimular a reflexão sobre a mesma…”
Pelo mesmo trajeto da ida, retornamos ao centro de Seara.
Como o relógio marcava 13h00, fizemos uma pausa para o almoço e na sequência fomos explorar um pouquinho do centro da cidade.
Passamos ao lado da Seara Alimentos, fundada em 1956, que passou a ser administrada pelo Grupo Marfrig em 2009 e em 2013 foi comprada pela JBS S.A..
É curioso o fato de quatro dos principais frigoríficos brasileiros terem sido fundados nesta região, em um raio de aproximadamente 200km, sendo eles: Aurora Alimentos (Chapecó – SC), Seara Alimentos (Seara – SC), Sadia S.A. (Concórdia – SC) e Perdigão S.A. (Videira – SC).
Na sequência passamos em frente à Casa da Cultura Biágio Aurelio Paludo, que fica no prédio do antigo moinho de trigo da Seara.
E paramos em frente à prefeitura municipal de Seara.
Que fica bem pertinho da Paróquia São Daniel.
Fundada em 1954 e atualmente com cerca de 17.000 habitantes, Seara recebe o título de “Cidade das Borboletas” (o motivo é óbvio) e o animal símbolo da cidade é encontrado em diversos locais.
Como em placas indicativas com o nome das ruas e também nas paradas de ônibus.
Nos despedimos de Seara e voltamos a rodar pela sinuosa SC-283.
Logo estávamos em Concórdia novamente.
Uma vez no centro de Concórdia, seguimos direto até o Memorial Attilio Fontana.
Memorial Attilio Fontana
Local: Rua Romano Ancelmo Fontana, 675 | Centro | Concórdia – SC
Telefone: (49) 3444-0314
E-mail: memorial@memorialattiliofontana.com.br
Site: http://www.memorialattiliofontana.com.br/
Funcionamento: Terça a sábado das 14h00 às 19h00
Ingresso: Gratuito
Tempo médio de visitação: 30 minutos
O Memorial Attilio Fontana é um espaço cultural localizado na antiga residência de Attilio Fontana, fundador da Sadia S.A., senador da república e destacado como um dos principais empreendedores do século XX.
O local abriga os ícones mais representativos da vida e trajetória de Attilio Fontana, um acervo museológico sobre a empresa Sadia S.A. com máquinas antigas usadas nas primeiras produções da década de 1940, além de espaço para exposições temporárias de arte.
Infelizmente não é permitido fotografar em seu interior, o que explica a ausência de fotos.
Após a visita ao memorial voltamos a percorrer o centro de Concórdia.
Estacionamos a Formosa em uma sombra ao lado do Quiosque do Calçadão.
Que fica de frente para a icônica Rua Coberta.
Que por sua vez, está ao lado da Praça Dogello Goss.
Embalados pelo som de um fangando gaúcho que ecoava pela área pública, caminhamos pela arborizada praça.
Até chegar ao seu centro, onde fica um chafariz de águas dançantes, de onde partia o som. Infelizmente o chafariz estava desligado.
Ainda na praça existe um monumento em homenagem ao Transportador.
E em seus arredores fica a Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário.
Mais alguns passos e passamos pelo Centro Cultural Concórdia.
Colonizada majoritariamente por descendentes de italianos e alemães, Concórdia foi emancipada em 1934, abriga atualmente cerca de 75.000 pessoas, foi eleita a cidade com melhor índice de desenvolvimento do estado de Santa Catarina no ano de 2017 e é considerada a “Capital Catarinense da Suinocultura”.
Do centro da cidade voltamos a rodar com a Formosa e logo chegamos no Santuário Nossa Senhora da Salete.
O santuário, construído em 1964, fica a 3km do centro da cidade, na Linha Salete.
Além da igreja com capacidade para abrigar 500 pessoas, o local conta com um centro comunitário e diversas churrasqueiras.
Em agosto ocorre a tradicional romaria de Nossa Senhora da Salete, quando o santuário recebe centenas de fiéis de várias regiões.
Conhecido o santuário fomos até o pórtico de Concórdia, onde registramos uma foto na entrada da cidade e dali retornamos a Erechim.
Trajeto percorrido no dia:
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