Bom dia Rio de Janeiro!
Após o café da manhã fomos ao terraço do hotel onde estamos hospedados para apreciar a vista que o local proporciona.
Ali nos deparamos com um visual incrível do maravilhoso Pão de Açúcar.
E também do imponente Corcovado, com o Cristo Redentor abençoando a cidade de seu topo.
Feitas as fotos do terraço do hotel colocamos a mochila nas costas, descemos para o térreo e iniciamos uma caminhada pelo centro histórico da capital carioca.
Logo passamos pelo Passeio Público e pela Praça Mahatma Gandhi.
Na sequência vimos o Teatro Riachuelo que fica em uma edificação que abrigava o saudoso Cine Palácio.
Em suas proximidades está a Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
A qual é vizinha do Automóvel Club do Brasil.
Mesmo sendo as primeiras horas da manhã o calor já estava se fazendo presente com vontade.
Avançamos pela área central do Rio e confirmamos a informação que nos deram, de que o centro da cidade costuma ficar deserto nas primeiras horas das manhãs de domingo.
Cruzamos com poucas pessoas até chegar na Escadaria Selarón, no exato momento em que os vendedores de lembrancinhas se preparavam para expor seus produtos.
Escadaria Selarón
Local: Rua Joaquim Silva | Lapa | Rio de Janeiro – RJ
Funcionamento: Todos os dias
Ingresso: Gratuito
Tempo médio de visitação: 30 minutos
Os 250 degraus da colorida escadaria que liga o Bairro da Lapa com Santa Teresa foram decorados pelo artista plástico chileno Jorge Selarón, que declarou a obra como uma “homenagem ao povo brasileiro”.
Selarón iniciou a obra nos anos 1990 por iniciativa e com recursos próprios.
O local é conhecido mundialmente e dentre os mais de 2000 azulejos que compõem o gigantesco mosaico existem peças de mais de 60 países, em sua maioria presentes de turistas e fãs ao artista.
Da Escadaria Selarón foram poucos passos até chegarmos no Aqueduto Carioca, mais conhecido como Arcos da Lapa, que foi construído para distribuir as águas das nascentes do Rio Carioca à população local.
Sua inauguração ocorreu em 1727.
A construção de estilo romano possui 270 metros de extensão e conta com 42 arcos duplos de alvenaria.
É a maior obra arquitetônica realizada no Brasil durante o período colonial.
Atualmente a estrutura serve de viaduto para a passagem dos bondes que ligam a Estação da Carioca ao Bairro de Santa Teresa.
Seguimos a caminhada e em instantes chegamos na Catedral Metropolitana.
A Catedral de São Sebastião do Rio de Janeiro foi inaugurada em 1976, possui 75 metros de altura, 106 metros de diâmetro e tem capacidade para abrigar 5.000 pessoas sentadas ou 20.000 em pé.
Sua forma cônica tem inspiração em uma pirâmide maia e significa a equidistância e proximidade das pessoas em relação a Deus, lembrando um pouco também a mitra usada pelos bispos nas cerimônias mais solenes.
Deixamos a igreja antes mesmo do início da missa e voltamos a percorrer a área central do Rio.
A próxima parada foi em frente ao Theatro Municipal do Rio de Janeiro, considerado a principal casa de espetáculos do Brasil e uma das mais importantes da América do Sul.
A imponente edificação foi inaugurada em 1909.
Infelizmente a visita guiada por seu interior ocorre apenas de terça a sábado, e como hoje é domingo, ficamos chupando o dedo.
Mas não tem problema, é mais um bom motivo para retornamos à capital fluminense em uma próxima oportunidade.
A fachada do teatro impressiona pela quantidade de detalhes, com destaque para a águia colocada em seu topo, a qual pesa 350kg e conta com 8 mil folhas de ouro 23 quilates.
Em frente ao teatro municipal fica a Praça Floriano, que ostenta em seu centro um monumento em homenagem ao marechal Floriano Peixoto.
Nos arredores fica o Palácio Pedro Ernesto, inaugurado em 1923.
Atualmente a edificação abriga a Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
Mais adiante está o tradicional Bar Amarelinho da Cinelândia, fundado em 1921.
Da Cinelândia seguimos até o Largo da Carioca.
No alto do Largo da Carioca fica o Centro Cultural São Francisco da Penitência e o Santuário de Santo Antônio.
O conjunto do século XVIII que inclui convento e igrejas foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Artístico Nacional (Iphan).
O local também abriga um museu, o qual estava fechado, assim como a Igreja de São Francisco da Penitência, considerada uma joia rara do barroco, com paredes de cedro revestidas por 400 quilos de entalhes de ouro.
No Largo da Carioca avistamos o antigo relógio de 1909, que segue em pleno funcionamento.
Avançamos o passeio em meio a tranquilidade de um domingo de manhã nas ruas centrais do Rio de Janeiro.
E chegamos na Igreja São José, inaugurada em 1842.
O interior do templo religioso é decorado com talha de estilo rococó de autoria de Simeão de Nazaré, discípulo do mestre Valentim.
Ao lado da igreja fica o Palácio Tiradentes, onde funcionou o Congresso Nacional entre os anos de 1926 e 1960.
Atualmente o local abriga a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ).
A construção do Palácio Tiradentes iniciou em 1922 e sua conclusão ocorreu em 1926.
Bem próximo do palácio ficam duas igrejas que, curiosamente, são vizinhas de parede.
A igreja do lado esquerdo é a Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé, que foi catedral do Rio de Janeiro até a década de 1970.
Ela foi também a Capela Imperial na época de Dom Pedro I e Dom Pedro II.
O templo foi sagrado no dia 22 de julho de 1770 e sua fachada foi completada apenas por volta de 1822 pelo arquiteto português Pedro Alexandre Cavroé, que deu ao edifício um frontão elevado em estilo clássico.
Seu interior é de grande beleza, principalmente pela talha dourada em estilo rococó, realizada pelo mestre Inácio Ferreira Pinto a partir de 1785.
A igreja ao lado é a Igreja da Venerável e Arquiepiscopal Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo.
Sua fachada contém vários ornamentos e um belo portal em lioz português.
A construção da igreja iniciou no ano de 1755 e as obras se estenderam até 1770.
As torres atuais com cúpulas bulbosas cobertas de azulejos foram construídas entre 1847 a 1850.
Ao redor das igrejas vários casarios de época compõem o cenário.
Como a igreja estava fechada aguardamos o bonde passar e cruzamos a via para visitar a Praça Quinze de Novembro.
No centro da praça fica uma bela estátua do General Osório, sendo este o primeiro monumento da república.
A escultura foi inaugurada em 1894 e possui oito metros de altura.
Da Praça Quinze de Novembro seguimos caminhando e logo passamos pelo Tribunal Marítimo.
Quando percebemos estávamos em frente ao Espaço Cultural da Marinha, que abriga o Submarino Museu Riachuelo, o Contratorpedeiro Museu Bauru, o Helicóptero Museu Sea King, a Nau dos Descobrimentos e o carro de combate Cascavel.
Dali também partem dois passeios náuticos, um pela Baía de Guanabara e outro para a Ilha Fiscal.
Como havia uma fila muito grande para entrar no local, sob um Sol escaldante, decidimos deixar para conhecer o Espaço Cultural da Marinha em outra viagem.
E passamos a procurar um local para almoçar, pois os ponteiros do relógio já se aproximavam do meio-dia.
Cruzamos a Estação Praça XV, onde fica o ornamentado terminal hidroviário construído entre os anos de 1904 e 1912.
Avistamos a enorme Ponte Rio-Niterói em meio à Baía de Guanabara.
Fotografamos a torre do extinto Mercado Municipal, fundado em 1933.
E nos deparamos com um grande e carregado cacaueiro.
Em instantes chegamos na Praça Expedicionários.
Onde existe um obelisco com a estátua de Barão do Rio Branco, inaugurado em setembro de 1943.
Ao seu lado fica a Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ).
E outros belos edifícios históricos.
Pois bem, além das ruas estarem praticamente desertas, todos os comércios estavam fechados, o que dificultava nossa busca por um local para almoçar.
Andamos, andamos, andamos e acabamos voltando ao Palácio Tiradentes, onde estávamos antes.
Até que próximo da Praça Quinze de Novembro, mais precisamente na Rua do Ouvidor, vimos alguns restaurantes abertos, ufa!
Como estamos no centro histórico da Cidade Maravilhosa nada melhor que almoçar em plena calçada harmonizando o prato com uma gelada cerveja Colorado Appia.
Eu devorei um contrafilé e a Sayo saboreou um prato com linguiça mineira, a qual estava deliciosa! Fizemos questão de elogiar os pratos para o garçom, que nos apresentou o proprietário e cozinheiro do restaurante. Ele nos contou que a linguiça é feita por sua mãe, de forma artesanal, em uma cidade no interior de Minas Gerais, ou seja, é uma linguiça mineira autêntica!
Para nossa surpresa, enquanto nos preparávamos para deixar o local ele nos presenteou com três linguiças mineiras e garantiu nosso jantar. Gratidão!
Com o estômago forrado e o presente na mochila seguimos a caminhada pelas ruas centrais da capital fluminense e logo chegamos no Museu Histórico Nacional, no momento em que os portões eram abertos.
Museu Histórico Nacional
Local: Praça Marechal Âncora | Centro | Rio de Janeiro – RJ
Telefone: (21) 3299-0324
E-mail: contato@catarataspni.com.br
Site: http://mhn.museus.gov.br/
Funcionamento: Terça a sexta das 10h00 às 17h30 | Sábado, domingo e feriados das 13h00 às 17h00
Ingresso: R$ 10,00 | Entrada gratuita aos domingos
Tempo médio de visitação: 4 horas
Não poderíamos deixar o Rio de Janeiro sem antes passar no Museu Histórico Nacional.
Com o voo de retorno a Florianópolis marcado para às 16h00, conseguimos dar uma passada geral pelo museu, embora o mesmo exija um tempo maior para uma visita mais rica e detalhada.
O Museu Histórico Nacional fica em um conjunto arquitetônico que formava a antiga Fortaleza de Santiago, construída em 1603.
O museu reúne um acervo com cerca de 258 mil itens entre objetos, documentos e livros, sendo considerado o mais importante museu de história do país.
O teto da Galeria Jenny Dreyfus, logo na entrada do museu, é lindamente decorado com afrescos que retratam um conjunto de alegorias representando os códigos de leis de diferentes épocas, oferecendo uma leitura da história nacional do direito que integra, simbolicamente, o Brasil na tradição da antiguidade clássica como herança ibérica, outra pintura representa o Código Filipino, uma do Código Afonsino, a qual destaca as embarcações em mar agitado, rememorando a época das grandes navegações portuguesas, e outra simbolizando o Código Civil Brasileiro, onde as figuras de um homem com uma tocha de fogo e uma mulher que traz um livro acompanham uma figura feminina central, que empunha a bandeira republicana do Brasil e pisa num capacete.
A próxima seção do museu se chama “Oreretama” e nela existe uma reprodução da caverna do Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí, com desenhos rupestres representando animais, além de diversos itens encontrados em sítios arqueológicos.
A próxima sala é dedicada exclusivamente aos nativos, onde estão expostas várias peças, dentre elas panelas do século XXI da tribo Waura e uma pá de virar beiju do século XX do povo Karib.
Adornos corporais (que entre os povos indígenas são definidores da condição de gênero, faixa etária, social e étnica) e brinquedos são exibidos neste mesmo ambiente.
Ali também está a borduna de madeira e palha do século XVI, que consta ter pertencido ao índio Tibiriçá.
Na sequência adentramos na seção “Portugueses no Brasil”.
E ali nos deparamos com alguns itens retirados da região dos Sete Povos das Missões, da qual o Sítio Arqueológico de São Miguel Arcanjo, em São Miguel das Missões – RS, faz parte. Visitamos o local durante a Expedição 2015: Missões – Yucumã.
Depois passamos por uma área com artigos das presenças francesas e holandesas no Brasil.
Vimos uma reconstituição da tradicional Farmácia Homeopática Teixeira Novaes, que funcionou de 1847 a 1983 no centro do Rio de Janeiro.
E apreciamos pequenas esculturas que representam os vendedores ambulantes que circulavam pelas cidades brasileiras até as primeiras décadas do século XX.
Depois conhecemos um Altar de Oxalá, dedicado ao “Grande Orixá” ou “O Rei do Pano Branco”, “Pai de Todos”, também chamado de “Obatalá”, que é considerado o mais importante e mais elevado dos deuses iorubas.
Próximo do altar estava um pequeno barco de origem chinesa do século XVIII, o qual pertenceu a Dom Pedro I.
Dali adentramos na seção “A Construção do Estado Nacional”.
Onde conferimos uma réplica de 6.400 Réis, peça da Coroação Ouro, de 1922.
E nos encantamos com várias telas, como a que representa a abordagem da Fragata Imperatriz pelos navios argentinos durante a Guerra da Cisplatina (óleo sobre tela de 1875, autoria de Edoardo de Martino).
Vimos também o luxuoso Trono do Supremo Tribunal de Justiça Militar utilizado por Dom Pedro II.
O estudo da obra representando a Coroação de Dom Pedro II (óleo sobre tela da década de 1840, autoria de Manuel de Araújo).
O óleo sobre tela de Edoardo de Martino, obra de 1872 representando a chegada da Fragata Constituição ao Rio de Janeiro, a qual trazia a princesa do Reino das Duas Sicílias, Dona Teresa Cristina.
Passamos por uma área onde pudemos avistar do alto o Pátio dos Canhões.
Até chegarmos em um local repleto de móveis e utensílios do século XIX.
Dentre eles se destacava uma linda secretária de madeira e metal que pertenceu a princesa Isabel.
Depois entramos em uma sala com diversos quadros enormes e muito bem elaborados.
Vimos alguns trajes militares de época.
E também a Pena – Caneta da Lei Áurea com a inscrição “A D. Isabel, a Redentora, O Povo Brasileiro”, que foi oferecida à princesa, por subscrição pública, pela assinatura da Lei Áurea em 13 de maio de 1888.
A próxima seção foi “A Cidadania em Construção”.
Por fim chegamos na “Exposição Do Móvel ao Automóvel – Transitando pela História”.
Como é de se imaginar, neste ambiente estão diversos veículos elegantes e raros, que são de encher os olhos.
Ali está o Protos, que pertenceu ao Barão do Rio Branco.
O carro a Daumont, usado apenas em recepções e cortejos oficiais.
Uma Vitória, de origem inglesa e que carrega este nome em homenagem à rainha Vitória, e uma Traquitana, viatura de meia caixa com espaço interno para duas pessoas e que podia ser atrelada a um ou dois animais.
Uma caleça que serviu para uso diário de Dom Pedro II. Com capota reversível, seu nome deriva de caleche, viatura construída na França ainda no século XVII.
Uma viatura que conta com o brasão da Família Imperial nas portas e foi utilizada para transportar a imperatriz Dona Teresa Cristina.
Uma carruagem com espaço interno para quatro ou seis pessoas, lanternas e boleia alta, tendo nas portas o brasão da Família Imperial, a qual foi utilizada por Dom Pedro II.
E diversas berlindas doadas por Joaquim Ferreira Alvez, proprietário de uma casa funerária em Lisboa.
As pinturas que decoram as berlindas são alusivas ao uso em cortejos fúnebres.
Com espaço interno para quatro ou seis pessoas, portas laterais e estribos para facilitar o acesso, uma berlinda podia ser atrelada a dois, quatro ou mesmo seis animais, os quais eram conduzidos por um cocheiro.
O Brasil só conheceu a berlinda a partir da segunda metade do século XVIII, mas apenas o vice-rei, os funcionários mais graduados da Justiça e da Fazenda, e um ou outro proprietário rural abastado podiam dar-se ao luxo de adquirir e manter um veículo tão dispendioso e de circulação tão restrita, devido ao tipo de ruas, estreitas e de calçamento irregular.
Muita coisa mudou dessa época para os dias atuais, mas a parte do calçamento irregular me parece bastante atual.
Após contemplar os veículos antigos visitamos o Pátio dos Canhões.
Depois passamos para outra área com exposição de telas, onde haviam várias obras de Edoardo de Martino.
Com destaque à tela Combate Naval do Riachuelo, óleo sobre tela de 1870.
Após uma verdadeira imersão cultural deixamos o Museu Histórico Nacional e retornamos para a Praça XV, onde vimos um skate gigante.
E também o Antigo Chafariz Colonial, também chamado de Chafariz da Pirâmide, inaugurado em 1779.
Na sequência embarcamos em um táxi e seguimos até o Aeroporto Internacional Tom Jobim – Galeão.
E com um visual sensacional nos despedimos do Rio de Janeiro!
Assistimos o pôr do Sol nas alturas.
E as linguiças mineiras?
Pois bem, como foi um presente carioca de origem mineira, decidimos fazer um dogxx uai, e o trêm ficou bão mexmo, mermão!
Valeu Cidade Maravilhosa, até uma próxima oportunidade!
Oba! Já são 2 comentários nesta postagem!
Legal, e como sempre ótimas fotos… Parabéns…
Valeu! O passeio foi muito legal.
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