Navegantes – SC

Finalmente resolvemos colocar a Formosa na estrada e aproveitamos para rodar até a cidade que abriga a maior empresa pesqueira da América Latina: Navegantes – SC.

Logo na entrada da cidade passamos pelo Porto de Navegantes, um dos terminais portuários tecnologicamente mais bem aparelhados do Brasil.

O porto fica na margem esquerda do Rio Itajaí-Açu, divisa natural entre Navegantes e Itajaí, município que visitamos ano passado.

Navegantes abriga nos dias atuais cerca de 70.000 habitantes, conta com aeroporto internacional e tem diversos estaleiros que aliam a tradição artesanal com técnicas modernas na construção de embarcações de variados tamanhos e funções, inclusive iates de luxo.

Assim que deixamos o porto avançamos para o centro da cidade, onde passamos em frente a uma curiosa igreja em formato de navio.

Dali foram poucos metros, e muito tráfego, até atingir a Praia Central da cidade.

Navegantes tem aproximadamente 12 quilômetros de orla e conta com 4 praias: Praia do Pontal, Praia Central, Meia Praia e Gravatá.

Seguimos pela avenida que margeia a Praia Central até atingir a Praia do Pontal, onde fica o molhe norte da entrada do Porto de Navegantes e do Píer Turístico de Itajaí.

Ali estacionamos a Formosa e caminhamos por alguns instantes pelo local, a ideia era acessar o molhe para conhecer o famoso farol que fica em sua ponta, mas como o molhe está passando por reformas, seu acesso está bloqueado.

Caminhamos até a Praia do Pontal, a qual, assim como as demais do município catarinense, preserva sua restinga, atualmente caracterizadas como Área de Preservação Permanente – APA.

Toda a área de restinga das praias do município está equipada com calçadão suspenso em madeira, passarelas para acesso às areias das praias, mirantes, ciclovias e estacionamentos.

Após fotografar o “Monumento em Homenagem ao Pescador”, do artista plástico Ricardo Batista, seguimos até a prefeitura municipal.

Em frente à prefeitura, que fica às margens do Rio Itajaí-Açu, fica uma pequena praça com coreto e parque infantil, bem do ladinho do Ferry-Boat que faz a travessia de veículos e pedestres entre Navegantes e Itajaí.

Na sequência fomos almoçar, pois os ponteiros do relógio já avançavam do meio-dia, e na primeira hora da tarde decidimos conhecer melhor as duas igrejas centrais que ficam lado a lado, uma em formato de navio e outra em estilo mais tradicional.

Ao chegar no templo religioso vimos que a bateria da câmera fotográfica havia chego ao fim (eita, negligenciei a carga da bateria na noite anterior), e então improvisamos as foto com o uso do celular, que como é notável, não é dos melhores no quesito qualidade de imagens.

Pois bem, as duas construções compõem o Santuário Nossa Senhora dos Navegantes e a igreja mais tradicional teve sua construção iniciada no fim da década de 1950, sendo inaugurada em 1962.

Já a outra igreja, em forma de barco de pesca, foi construída ao lado da igreja matriz para homenagear a padroeira do município, Nossa Senhora dos Navegantes, protetora dos pescadores e navegadores.

Do santuário voltamos a percorrer as ruas de Navegantes e logo chegamos na Meia Praia.

Toda a Orla de Navegantes é muito bonita, principalmente por manter suas dunas cobertas por vegetação nativa, preservada em praticamente toda a sua extensão.

Por fim chegamos na Praia do Gravatá, onde fica a Pedra da Miraguaia, um viveiro natural de mariscos.

A Praia do Gravatá é uma das mais conhecidas e frequentadas de Navegantes, dela pode-se avistar praticamente toda a orla de Navegantes, além de parte de Itajaí e Balneário Camboriú.

No meio da tarde passamos pelo pórtico de Navegantes e acessamos o município vizinho, Penha.

Após passar em frente ao parque Beto Carrero World retornamos à capital catarinense pela rodovia BR-101.

Assim que cruzamos a divisa entre Biguaçu e Florianópolis uma pipa caiu sobre a rodovia. Tudo aconteceu muito rápido, senti algo em meus braços e quando percebemos a linha estava sendo arrastada pela Formosa.

Como no local não tem acostamento, tampouco uma área segura para estacionar, nos bastou reduzir a velocidade, tentar romper a linha de alguma forma e contar com a sorte, que estava ao nosso lado, haja visto que a linha da pipa caiu entre o farol e o para-brisa (windshield, também conhecido como bolha) da moto, cortou parte do para-brisa e finalmente se rompeu, sendo que rodamos alguns metros com parte da linha com cerol grudada na Formosa.

Mesmo estando com as duas antenas corta pipa levantadas, acredito que elas não ajudariam muito neste caso, pois a linha da pipa caiu exatamente sobre a moto, e por questão de segundos (ou segundo), a linha não cai sobre nós.

Enfim, fica o registro e alerta a todos que acompanham o blog. Aliás, as antenas corta pipa não colaboram muito com o visual da moto, e podem não ser a garantia total contra linhas de pipa, mas quando exigidas elas cumprem muito bem sua função e ajudam a evitar, ou reduzir, muitos casos de acidentes.

Trajeto percorrido no dia: