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Santa Maria – RS a Pelotas – RS
29 de Dezembro, 2017Bom dia Santa Maria! Após o café da manhã fomos arrumar as bagagens na Formosa e nos deparamos com três motos estacionadas na garagem do hotel.
Ao conferir as placas, a surpresa: uma da Bolívia e duas do Chile. Não nos encontramos com os motociclistas, mas desejamos suerte aos hermanos.
Após as fotos das motos gringas caminhamos até a Formosa e percebemos que havíamos sido surrupiados, uma vez que as bandanas que deixamos nela haviam desaparecido.
Pois bem, sem as bandanas tratamos de passar mais protetor solar, já que utilizamos as bandanas principalmente como proteção solar no pescoço e nos pulsos, e seguimos até o Monumento da Locomotiva, onde está exposta uma máquina fabricada em 1909 como forma de homenagear a história ferroviária do município.
Dali fomos até a Vila Belga, um Patrimônio Histórico Cultural do Rio Grande do Sul.
O local foi projetado para abrigar os operários que trabalharam na construção da ferrovia que foi de responsabilidade da companhia belga Compagnie Auxiliare des Chamins de Fer au Brésil no início do século XX.
Inaugurado em 1903, é tido como o primeiro conjunto habitacional construído no estado gaúcho.
Ao todo são 84 residências em estilo belle époque, que seguem os moldes das cidades operárias belgas e francesas.
Na sequência passamos em frente à Igreja Santa Catarina.
E logo chegamos no Santuário Tabor, também conhecido como Santuário Schoenstatt.
O Santuário Tabor é o primeiro Santuário da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt no Brasil.
Conhecido o santuário abastecemos a Formosa e partimos de Santa Maria pela rodovia BR-392 sentido sul.
Poucos quilômetros após passar por São Sepé chegamos no entroncamento com a rodovia BR-290, mas continuamos na mesma estrada.
Passamos por Caçapava do Sul e na sequência voltamos a rodar pela rodovia BR-153, que está em ótimo estado de conservação neste trecho.
A BR-153, também conhecida como Rodovia Transbrasiliana, liga o município gaúcho de Aceguá à cidade paraense de Marabá, em um percurso total de 3.585 quilômetros, sendo a quinta maior estrada brasileira.
Nesta região dos pampas gaúchos as cidades são bem distantes umas das outras e muitas vezes percorremos vários quilômetros sem encontrar nenhum restaurante, lanchonete ou posto de combustível, por isso o ideal é manter o tanque sempre abastecido para evitar uma pane seca.
Desta forma avançamos, rodeados pelos extensos pampas gaúchos, percorrendo um asfalto em bom estado de conservação, debaixo de um céu azul, que maravilha!
Pouco após o meio-dia chegamos em Bagé, cidade que abriga atualmente cerca de 120.000 habitantes, é conhecida como “A Rainha da Fronteira” e tem na pecuária e agricultura sua principal fonte de renda.
O município gaúcho foi palco da Batalha do Seival, onde as tropas comandadas pelo general Antônio de Souza Neto derrotaram as forças legalistas e, no dia seguinte, proclamaram a República Riograndense.
Decidimos adentrar no centro de Bagé por um acesso secundário, visando passar em frente ao Centro Histórico Vila de Santa Thereza e pelo Parque do Gaúcho, onde fica a cidade cenográfica de Santa Fé, local de filmagem do filme “O Tempo e o Vento”.
Rodamos aproximadamente 15km contornando a cidade e não passamos por nenhuma placa indicando o Centro Histórico Vila de Santa Thereza ou o Parque do Gaúcho, então no trevo de interseção com a rodovia BR-473 acessamos o perímetro urbano de Bagé.
Em instantes estávamos percorrendo algumas ruas de calçamento rodeadas por edificações de época, pois bem, estamos no centro histórico de Bagé.
Em meio ao casario as duas altas torres da Catedral de São Sebastião se destacam, e tendo elas como ponto de referência facilmente nos guiamos até o templo religioso.
A atual igreja matriz da cidade começou a ser construída em 1862 e foi concluída em 1878.
Em 1893, durante a Revolução Federalista, a catedral e a praça em sua frente foram palco do Sítio de Bagé, quando forças revolucionárias pretendendo tomar a cidade obrigaram os legalistas-republicanos, comandados pelo Coronel Carlos Maria da Silva Telles, a armar a defesa da praça.
O templo religioso se transformou em hospital de sangue, enquanto junto às paredes laterais se sepultavam os mortos.
A igreja ficou com suas paredes cravejadas de balas durante os dias de conflito, ironicamente apenas a imagem que simboliza a esperança, em sua fachada principal, não recebeu nenhum projétil.
A Praça Carlos Telles, também conhecida como Praça da Redenção, em frente à igreja matriz, foi também o centro do acampamento militar deixado por Dom Diogo de Souza em 17 de julho de 1811, o qual teria dado início à formação da cidade de Bagé.
Dali fomos ao Museu Dom Diogo de Souza, que infelizmente estava fechado.
Passamos em frente ao Quartel General da 3ª Brigada de Cavalaria Mecanizada.
Bagé destaca-se no cenário internacional por sua atividade primária, produzindo uma das melhores carnes bovinas do mundo.
Durante nossa viagem de Santa Maria a Bagé cogitamos almoçar um tradicional churrasco gaúcho, mas fato é que o forte calor nos fez desistir completamente da ideia, e nos contentamos com um lanche acompanhado por muita água.
Alimentados, e com o tanque da Formosa cheio, retornamos à estrada, agora na rodovia BR-293 sentido Pelotas.
Seguimos viagem cercados por extensas áreas de criação de gado e quilômetros depois passamos por uma ampla área de plantio de uvas.
Passamos pelos municípios de Candiota e Pinheiro Machado.
E após longas e tediosas retas chegamos em Pelotas.
Acessamos as ruas centrais da importante cidade gaúcha, buscamos um hotel e rodamos direto até ele, pois o calor estava castigando.
Trajeto percorrido no dia:
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