O destino escolhido para a viagem durante o feriado prolongado do dia 21 de abril foi São Paulo – SP.
Com as malas devidamente arrumadas chamamos um Uber e com ele seguimos até o Aeroporto Internacional de Florianópolis.
Já no aeroporto bastou aguardar alguns minutos até embarcarmos na aeronave.
Desta forma deixamos a capital catarinense na cinzenta manhã de sexta-feira.
E voamos sentido norte rumo à capital paulista.
Aproximadamente 1 hora após partir de Floripa nos aproximamos do Aeroporto de São Paulo – Congonhas.
São Paulo é o principal centro financeiro do país, possui aproximadamente 12.000.000 de habitantes e é a 7ª cidade mais populosa do planeta.
A metrópole foi fundada em 1554 e se tornou a capital do estado, ou melhor, da Capitania de São Paulo, em 1709, ocupando o espaço antes preenchido pela litorânea São Vicente.
Sampa, como é carinhosamente chamada a capital paulista, é o maior destino turístico do país, recebendo cerca de 13 milhões de visitantes anualmente.
Tão logo pisamos em terras paulistanas fomos recebidos pelo querido amigo Rodrigo, que nos levou até sua casa a bordo da Valentina, uma impecável Volkswagen Kombi Standard 1975.
Após o delicioso almoço na casa do casal de amigos Fernanda e Rodrigo, caminhamos até a Estação Tatuapé, onde pegamos o primeiro metrô do dia, com destino à Estação Sé.
Assim que saímos da Estação da Sé avistamos o Palácio da Justiça de São Paulo, o qual passa por reformas.
A construção do belo edifício que abriga o Palácio da Justiça iniciou em 1920 e sua conclusão ocorreu em 1933.
Sua fachada foi inspirada no Palácio da Justiça de Roma, recebendo acabamentos luxuosos e ornamentos de figuras, cariátides e símbolos do judiciário.
O Palácio da Justiça de São Paulo é considerado um monumento histórico de valor arquitetônico e interesse cultural, inclusive foi tombado pelo CONDEPHAAT em dezembro de 1981.
Bem próximo do palácio fica a imponente Catedral Metropolitana de São Paulo, mais conhecida como Catedral da Sé.
A pedra fundamental da Catedral da Sé foi lançada em 1913 e sua inauguração ocorreu no dia 25 de janeiro de 1954, quando a cidade completava seu quarto centenário.
As torres principais do templo religioso tiveram sua construção iniciada somente no ano de 1956 e a demora se deu principalmente pelas duas guerras mundiais, que retardaram a importação de grande parte da matéria prima oriunda da Europa.
Com 111 metros de comprimento e 46 de largura, a Catedral Metropolitana de São Paulo é um dos cinco maiores templos neogóticos do mundo, e o arquiteto responsável pela obra foi o alemão Maximilian Emil Hehl.
Fechada em 1999 para restauro, a catedral reabriu suas portas no dia 29 de setembro de 2002, quando finalmente foi concluída, sendo coroada com 14 novas torres previstas no projeto original.
Elementos tropicais foram adicionados na arquitetura neogótica, com o intuito de valorizar os recursos naturais do Brasil.
No topo das colunas das naves laterais foram esculpidos animais como o tatu, lagarto, garça e tucano.
A igreja também abriga o maior órgão de tubos da América Latina, o qual foi fabricado na Itália e possui 5 teclados manuais e cerca de 12.000 tubos com relevos entalhados à mão, no melhor estilo neogótico.
A catedral é dedicada à Nossa Senhora da Assunção e em seu interior foram erguidos 3 altares: o altar-mor, o altar de Sant’Ana e o altar de São Paulo Apóstolo.
Os mosaicos dos altares laterais foram produzidos por artistas do Vaticano.
A igreja conta com dezenas de esculturas e baixos relevos de artistas brasileiros e europeus.
Abaixo do altar-mor existe uma cripta, a qual foi inaugurada em 1919 e pode ser conhecida através de uma visita guiada.
Cripta da Catedral Metropolitana de São Paulo
Local: Praça da Sé | Centro | São Paulo – SP
Telefone: (11) 3107-6832
E-mail: catedraldasesp@gmail.com
Funcionamento: Segunda a sexta das 8h00 às 17h00 | Sábado das 8h00 às 12h00 e das 13h00 às 16h30 | Domingo das 8h00 às 13h00 e das 14h00 às 16h30
Ingresso: R$ 10,00
Tempo médio de visitação: 1 hora
Não titubeamos e fomos conhecer o local.
A cripta da Catedral da Sé tem sete metros de altura e 619 metros quadrados.
Seu teto é todo revestido por tijolinhos e segue o mesmo formato e estilo do da catedral.
Ao redor das diversas colunas e arestas subterrâneas estão localizadas 30 câmaras mortuárias que abrigam os restos mortais de bispos e arcebispos de São Paulo, além de importantes personagens da história paulista, como o Cacique Tibiriçá, Regente Feijó e Bartolomeu Lourenço de Gusmão.
Cada câmara mortuária possui o brasão e identificação correspondentes aos restos mortais da pessoa ali sepultada.
Na cripta também estão expostas algumas réplicas de objetos da época de Jesus.
Entre eles a réplica do Santo Sudário, da coroa de espinhos e dos pregos utilizados na época.
O item de maior destaque na exposição é uma moeda autêntica do tempo de Cristo, a Festus, que data de 59 a 62 a.C.
No interior da cripta também figura uma estátua de São Jerônimo, assinada por Francisco Leopoldo.
Conhecida a cripta subimos as escadas e retornamos ao interior da igreja.
Então nos despedimos da Catedral Metropolitana de São Paulo.
Bastaram alguns passos pela Praça da Sé para a chuva dar o ar da graça.
Acompanhados pela fina chuva, típica da cidade que é tida como a “Terra da Garoa”, passamos em frente ao monumento em homenagem ao Padre José de Anchieta.
E rapidamente cruzamos toda a praça, depois passamos em frente à Caixa Cultural.
Uma quadra adiante chegamos no Pateo do Collegio.
Foi no Pátio do Colégio que São Paulo nasceu a partir da construção de uma pequena cabana onde se reuniam 13 jesuítas, entre eles José de Anchieta e Manoel da Nóbrega, empenhados em catequizar os nativos.
Na época, localizado no alto de uma colina e cercado pelos rios Tamanduateí e Anhangabaú, o lugar era uma opção estratégica de segurança e foi batizado de Vila São Paulo de Piratininga.
A cerimônia oficial de fundação da cidade ocorreu no dia 25 de janeiro de 1554. Vinte e cinco de janeiro é também a data da conversão do apóstolo Paulo, o que explica o nome escolhido para a capital.
O Largo do Colégio é um local carregado de história e cercado por imponentes construções de época, como o edifício do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
Em seu centro fica o Monumento Glória Imortal aos Fundadores de São Paulo.
Outras belas construções nos arredores da nostálgica praça são os dois prédios que abrigam a Secretaria da Justiça.
Um foi inaugurado em 1891 e outro em 1896.
Ambos foram projetados pelo célebre arquiteto paulista Ramos de Azevedo.
Praticamente vizinha à Secretaria da Justiça, a Casa da Imagem de São Paulo é uma instituição voltada à memória fotográfica da cidade.
E ao seu lado está o Solar da Marquesa de Santos, que atualmente abriga o Museu da Cidade de São Paulo.
Solar da Marquesa de Santos – Museu da Cidade de São Paulo
Local: Rua Roberto Simonsen, 136 | Centro | São Paulo – SP
Telefone: (11) 3241-1081
E-mail: museudacidade@prefeitura.sp.gov.br
Site: https://www.museudacidade.prefeitura.sp.gov.br/
Funcionamento: Terça a sexta das 10h00 às 16h00 | Sábado e domingo das 10h00 às 17h00
Ingresso: Gratuito
Tempo médio de visitação: 1 hora
Não existem dados precisos sobre a data de construção da edificação, mas em 1802 ela foi dada como pagamento de dívidas ao Brigadeiro José Joaquim Pinto de Morais Leme, primeiro proprietário documentalmente comprovado.
Dona Maria Domitila de Castro e Mello, mais conhecida como Marquesa de Santos, entrou para a história do Brasil como amante do imperador Dom Pedro I e para a história de São Paulo em 1834 ao comprar este grande sobrado aristocrata no coração da cidade.
Ao visitar o Solar da Marquesa de Santos é possível apreciar utensílios domésticos, parte do mobiliário original e até mesmo a banheira utilizada pela marquesa.
O local conta também com um vasto acervo iconográfico, com negativos e fotografias da São Paulo antiga.
Visto o museu seguimos a caminhada pelas ruas centrais da capital paulista.
Caminhamos pela Rua Boa Vista e alguns minutos depois passamos pelo Mosteiro de São Bento.
Infelizmente o local estava fechado, mas não tem problema, amanhã voltamos.
O centro histórico de São Paulo é repleto de antigas e ornamentadas edificações e caminhar por suas estreitas ruas nos faz voltar no tempo.
Como nossa ideia era chegar no Mercado Municipal a tempo de experimentar o famoso sanduíche de mortadela, apertamos o passo.
A estratégia não deu muito certo, pois chegamos no Mercado Municipal às 16h30 e suas portas já estavam fechadas, já que em feriados o local fecha às 16h00.
Nos contentamos em fazer algumas fotos da fachada do Mercadão e adiamos a degustação do sanduíche para o dia seguinte.
Regressamos à Praça da Sé pela conhecida Rua 25 de Março, onde poucas lojas ainda estavam abertas.
Com o avançado horário no deparamos com uma rua praticamente deserta, um cenário pouco comum em uma das vias mais movimentadas do país.
Logo chegamos na Praça Fernando Costa, onde fotografamos o Monumento Amizade Sírio-Libanesa.
Na sequência passamos pelo Terminal Mercado e vimos um ônibus elétrico circulando tranquilamente.
Dali foi um pulo até a Estação da Sé.
Já nas dependências da estação de metrô fizemos uma paradinha rápida para saborear uma coxinha de queijo, uma das comidas típicas paulistanas.
E com a barriga cheia avançamos pela enorme Estação Sé até a plataforma onde embarcamos no metrô de volta ao Tatuapé.
No aconchego do apartamento de nossos amigos fechamos o dia com uma pizza, afinal, estamos em São Paulo! Sim, ela estava deliciosa.
Assim encerramos nosso primeiro dia de Sampa, amanhã tem mais =)
Oba! Já são 2 comentários nesta postagem!
Como sempre as fotos ficaram muito boas, parabéns, muitos destes lugares eu já conhecia… vejo que estão bem cuidados e as pichações estão sendo combatidas pela nova administração municipal…
Valeu :) São Paulo é muito bonita e, de fato, a quantidade de pichações no centro reduziu consideravelmente comparado com outras vezes em que estivemos na cidade. Vale destacar também os diversos locais que estão em reforma e o grande número de policiais e guardas municipais que vimos pelas ruas. Abraços…
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