Neste sábado fomos conhecer a terceira localidade mais antiga do Brasil: São Francisco do Sul – SC, cidade carinhosamente chamada de São Chico.
São Francisco do Sul é uma ilha costeira com muitas praias e mar navegável, cercada por outras 24 ilhas. Fica a 200km de Florianópolis, possui uma população de aproximadamente 43.000 habitantes e está localizada às margens da Baía da Babitonga.
Deixamos a Ilha da Magia com céu encoberto, rodamos com um fluxo intenso pela rodovia BR-101 sentido norte e chegamos em São Chico aproximadamente 11h30.
O trajeto entre a BR-101 e a cidade de São Francisco do Sul é feito pela rodovia BR-280, neste trecho a pista é simples e bastante movimentada, em especial pelo porto.
Contornamos o centro histórico da cidade e seguimos em direção a Enseada. Mesmo sendo sábado tinham várias carretas trafegando e outras estacionadas às margens da rodovia.
Passamos ao lado do Morro do Pão de Açúcar, também conhecido como Morro da Cruz, que é o ponto mais alto da cidade, com 150 metros de altitude.
Acessamos a Estrada do Forte, a qual é estreita, sem acostamento e com muitos reparos e ondulações.
Os ponteiros do relógio se aproximavam do meio dia quando paramos para almoçar.
Após forrar o estômago seguimos até a Praia do Forte.
O acesso à praia fica ao lado do Forte Marechal Luz.
Forte Marechal Luz
Local: Estrada Geral do Forte | Praia do Forte | São Francisco do Sul – SC
Telefone: (47) 3442-2131
Funcionamento: Todos os dias das 8h00 às 17h00
Ingresso: R$ 2,00
Tempo médio de visitação: 2 horas
O Forte Marechal Luz é controlado pelo exército. Após acessar a área, pode-se subir até o forte por uma trilha a pé, ou seguir por uma estrada de terra até o topo do morro. Optamos pela segunda opção, e no meio do caminho paramos para fazer algumas fotos.
Praia do Forte aos fundos:
Uma das 24 ilhas que rodeiam São Francisco do Sul:
A vista do local é muito bonita.
Subimos na Formosa e seguimos até o forte.
O Forte Marechal Luz começou a ser construído em 1909 e foi inaugurado no dia 21 de dezembro de 1915.
E olha quem estava nos observando:
Uma linda gralha azul.
Mesmo tentando fazer o menor barulho possível, ela acabou voando… então caminhamos até o posto elevado de sinalização.
Lugar apertadinho!
Mas que proporciona uma bela vista do mar.
Retornamos pela trilha e exploramos um pouco mais o forte.
No alto do morro do forte estão os quatro canhões comprados do Reino Unido, dois de 120mm e os outros de 152,4mm.
FredLee treinando sua mira:
Os canhões nunca foram usados para ataques a embarcações, apenas para exercícios de tiro que eram realizados a alvos móveis no mar.
Canhões Armstrong:
Junto ao forte fica um museu, inaugurado em 1999, o qual conta com objetos bélicos, mapas, documentos, equipamentos rudimentares de comunicação e outros artefatos utilizados na época.
Era bom ler esse livro de capa vermelha, o Manual do Canhão:
Extintor antigo, feito em Nova Iorque:
Foto oficial ao lado do museu:
FredLee e um dos quatro principais canhões do forte:
Vista da Baía da Babitonga:
Em 1977 o Exército Brasileiro passou a investir em outras fortificações com material bélico mais avançado e desativou o Forte Marechal Luz.
Dali é possível ver a Ilha da Paz, a maior do Arquipélago das Graças. Nela foi construído um farol com uma torre de 16 metros de altura, no ano de 1905.
Após visitar o forte retornamos ao nível do mar, onde ficam os dormitórios, um restaurante terceirizado e mais alguns canhões.
Também tem uma pequena trilha que leva até a capela, a cela e uma grutinha.
Grutinha:
Capela:
Cela:
FredLee descansando após a caminhada pelo local:
Do forte rodamos até o centro histórico de São Francisco do Sul.
Deixamos a Formosa no estacionamento do Mercado Municipal e iniciamos uma caminhada pelo centro da cidade.
No momento que chegamos, aproximadamente 15h00, o barco pirata Corsário Negro se preparava para um passeio, optamos por caminhar pela cidade e adiamos o passeio de barco para uma próxima oportunidade.
No acesso ao trapiche tem algumas casinhas que vendem peças do artesanato local.
O centro histórico da cidade conta com 150 prédios tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, os quais são uma preciosidade arquitetônica.
Consulado da República do Chile:
Chegamos então no Museu Nacional do Mar.
Museu Nacional do Mar
Local: Rua Manoel Lourenço de Andrade, 133 | Centro | São Francisco do Sul – SC
Telefone: (47) 3481-2155
E-mail: faleconoscomnm@fcc.sc.gov.br
Site: www.fcc.sc.gov.br/museudomar/
Funcionamento: Terça a sexta das 9h00 às 18h00 | Sábado e domingo das 10h00 às 18h00
Ingresso: R$ 5,00
Tempo médio de visitação: 2 horas
Anexo ao Museu Nacional do Mar fica a Praça Manfredo Cominese, da qual é possível ver o porto da cidade.
O local é muito bacana e conta com algumas cadeiras e mesinhas que convidam a parar por alguns minutos e apreciar o lugar.
Vista do outro lado:
Acessamos o museu e iniciamos nossa visita ao local.
Em 5 de janeiro de 1504 o navegador francês Binot Palmier de Gonneville lançou âncoras na Baía da Babitonga e a consagrou como a terceira localidade mais antiga do país.
Réplica da L’Espoir, nau utilizada por Binot Palmier de Gonneville:
O Museu Nacional do Mar é o único museu de embarcações brasileiras, conta com uma área de 10.000m² e reúne um acervo com centenas de peças oriundas de todo o país.
O local é de suma importância e significado no contexto da preservação da memória do patrimônio naval brasileiro e das culturas ribeirinhas e litorâneas.
São aproximadamente 15 salas temáticas que expõem diversos tipos de embarcações e retratam a vida do homem do mar, com seus costumes e tradições expressados por meio de vídeos e réplicas do cotidiano destes pescadores.
Em determinado momento da visita deixamos o galpão, atravessamos a rua e acessamos o segundo casarão com mais peças expostas.
Representação da caça à baleia, atividade que, infelizmente, fez parte de nossa cultura por muitos anos:
“Hoje entendo bem meu pai… Um homem precisa viajar por sua conta, não por meio de histórias… Precisa viajar por sim… Conhecer o frio para desfrutar o calor… Sentir a distância.” Amyr Klink
O Museu Nacional do Mar também conta com biblioteca, auditório e loja de souvenirs.
Ao lado da loja fica uma cafeteria, o Café do Museu, um lugar aconchegante e que serve um ótimo café e deliciosas tortas.
Após nos saborear com um lanche no Café do Museu, retornamos ao centro histórico de São Francisco do Sul.
O Mercado Municipal foi inaugurado no dia 20 de janeiro de 1900, sendo o principal centro de comercialização de produtos agrícolas e artesanais da cidade.
Hoje o local abriga mercearias, peixarias, lojas de artesanatos e restaurantes.
Em ocasiões especiais acontecem apresentações folclóricas, como boi de mamão e a dança do vilão.
Centro histórico de São Francisco do Sul:
Igreja matriz Nossa Senhora da Graça, finalizada em 1665:
Igreja Nossa Senhora da Graça
Local: Praça Getúlio Vargas, 180 | Centro | São Francisco do Sul – SC
Telefone: (47) 3444-5093
E-mail: pnsg.sfs@gmail.com
Missas: Quarta e sábado às 19h00 | Domingo às 08h00, 10h00 e 19h00
Em estilo veneziano, para sua construção foi utilizada mão de obra escrava e os materiais convencionais da época, como pedras e uma argamassa feita de areia, conchas e óleo de baleia.
Casarão antigo aos fundos da igreja:
Praça Getúlio Vargas:
Igreja Presbiteriana:
Prefeitura municipal de São Francisco do Sul:
Retornamos ao Mercado Municipal e dali contemplamos o pôr do sol.
Nos despedimos da cidade pelo acesso principal, onde paramos para uma foto em frente ao pórtico.
Após colocar as jaquetas e luvas regressamos pela rodovia BR-101 até Florianópolis, parando para esticar as pernas na praça de pedágio de Porto Belo – SC.
Oba! Já são 2 comentários nesta postagem!
Estava procurando informações sobre São Francisco do Sul . Obrigada! Valeu assistir aos seus comentários.
Olá Beatriz!
Que legal, ficamos muito felizes em saber que o blog foi útil em suas buscas.
Obrigado por interagir conosco. Abraços…
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