Expedição 2022: Uruguay • Maldonado • Piriápolis • Punta Colorada • Punta Negra • Uruguai
Descubra o Castillo de Piria em Piriápolis e as Maravilhosas Praias Punta Negra e Punta Colorada no Uruguai
4 de Setembro, 2022Surpreenda-se com a enigmática cidade balneária de Piriápolis, no Uruguai: explore o Parque La Cascada, o Castillo de Piria e as praias Punta Negra e Punta Colorada, e aproveite o pôr do sol no Río de la Plata.
No domingo, aproveitamos para explorar alguns dos principais atrativos turísticos de Piriápolis, uma encantadora cidade balneária localizada no departamento de Maldonado, Uruguai. Visitamos o Parque Municipal La Cascada, registramos a curiosa Iglesia de Piria, admiramos o imponente Castillo de Piria, nos deslumbramos com as praias naturais de Punta Negra e Punta Colorada, passeamos pela Playa del Centro, conhecemos a luxuosa escuna Doña Francisca no Puerto de Piriápolis e finalizamos o dia com um pôr do sol inesquecível às margens do Río de la Plata.
Após uma noite revigorante, acordamos cedo, preparamos um café da manhã reforçado, e partimos para explorar mais um pouco da encantadora e enigmática cidade uruguaia de Piriápolis.
A bordo da Formosa, percorremos algumas quadras até avistar o icônico Fiat 128 azul, ano 1983, conhecido como “El Pitufin” (Smurf), estacionado próximo ao histórico Argentino Hotel Casino & Resort.
Sem hesitar, estacionamos a moto ao lado dele, ansiosos por encontrar seus proprietários, os argentinos Jessi, Nico e Samy, do perfil Aventura de 3 por America. Infelizmente, eles não estavam presentes ou talvez estivessem descansando, já que as janelas do Pitufin estavam fechadas e cobertas por cortinas. Aproveitamos para deixar nosso adesivo no para-brisa do carro, registrar o momento com uma foto e seguir em frente com nosso passeio.
Acessamos a Avenida Artigas, cruzamos uma pequena ponte, que marca o início da Ruta 37 e, menos de um quilômetro depois, fizemos uma parada para conhecer o Parque Municipal La Cascada, um dos primeiros pontos turísticos planejados por Francisco Piria ao idealizar a cidade balneária de Piriápolis.
Parque Municipal La Cascada
Com uma queda d’água de aproximadamente 5 metros de altura, o Parque Municipal La Cascada de Piriápolis é cercado por uma área verde bem estruturada, que inclui churrasqueiras, bancos, parque infantil, um anfiteatro e banheiros, oferecendo um ambiente acolhedor para visitantes.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar no Parque Municipal La Cascada partindo do centro de Piriápolis – Maldonado – Uruguai:
Contatos do Parque Municipal La Cascada
- Endereço: Ruta 37, Km 1 | Piriápolis – Maldonado – Uruguai
- Telefones: +598 4432 3374
Horários de Funcionamento
- Todos os dias: 00h00 às 24h00
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 30 minutos
Com uma queda d’água de aproximadamente 5 metros de altura, o Parque Municipal La Cascada de Piriápolis impressiona por sua beleza natural. O local é cercado por uma área verde bem estruturada, que inclui churrasqueiras, bancos, parque infantil, um anfiteatro e banheiros, oferecendo um ambiente acolhedor para visitantes.
Durante nossa visita ao Parque Municipal La Cascada, a queda d’água que dá nome ao lugar estava praticamente seca. Ainda assim, o parque nos presenteou com uma agradável caminhada em um ambiente tranquilo e bem cuidado, ideal para relaxar e aproveitar a natureza.
No interior do Parque Municipal La Cascada de Piriápolis está o Museo de la Fauna, que exibe esculturas de animais e retrata os costumes e a vida da fauna local. O espaço tem como objetivo divulgar as espécies autóctones e conscientizar os visitantes sobre a importância de respeitar o meio ambiente. No parque também está localizado o Alternatus Uruguay, um centro educativo dedicado à criação e resgate de répteis.
Depois de explorar o Parque Municipal La Cascada, seguimos alguns metros pela Ruta 37 até chegar a outro ponto emblemático de Piriápolis: as ruínas da Iglesia Ortodoxa de la Dormición de la Virgen María, popularmente conhecida como Iglesia de Piria.
Iglesia Ortodoxa de la Dormición de la Virgen María – Iglesia de Piria
A construção da Iglesia Ortodoxa de la Dormición de la Virgen María – Iglesia de Piria começou em 1917, mas nunca foi concluída. Envolta em mistério e repleta de simbologia, o templo religioso é um marco intrigante de Piriápolis.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar na Iglesia Ortodoxa de la Dormición de la Virgen María – Iglesia de Piria partindo do centro de Punta del Este – Maldonado – Uruguai:
Contatos da Iglesia Ortodoxa de la Dormición de la Virgen María – Iglesia de Piria
- Endereço: Ruta 37, Km 2 | Piriápolis – Maldonado – Uruguai
- Telefones: +598 4432 3374
Horários de Funcionamento
- Todos os dias: 00h00 às 24h00
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 30 minutos
Em 1917, tiveram início as obras da Iglesia Ortodoxa de la Dormición de la Virgen María – Iglesia de Piria, que Francisco Piria planejava doar à Igreja Católica após sua conclusão. No entanto, a doação foi rejeitada ao identificarem elementos na construção que faziam referência à alquimia e supostamente pela afiliação maçônica de Piria, resultando com que a construção nunca fosse finalizada.
A fachada da Iglesia de Piria, construída com tijolos aparentes que formam sete arcos, foi orientada para o sol nascente, a leste, seguindo as antigas Leis das Índias. Esse detalhe arquitetônico, presente apenas em igrejas mais antigas da América do Sul, também é comum em lojas maçônicas e templos de cultos antigos.
A orientação da igreja foi feita de forma tão precisa que, durante o equinócio da primavera, um raio de luz entra pela rosácea e ilumina um ponto específico do altar, onde estavam outras referências à alquimia. Algumas histórias afirmam que Francisco Piria mandou construir a igreja com o objetivo de que sua filha celebrasse seu casamento ali.
Embora o acesso ao interior da Iglesia de Piria esteja restrito, é inegável que caminhar ao redor dela nos permite sentir uma forte energia, reforçada por sua rica história e impressionantes detalhes arquitetônicos.
Após explorar a igreja, seguimos pela Ruta 37 em direção ao nosso próximo destino: o imponente Castillo de Piria, uma das maiores joias arquitetônicas e históricas de Piriápolis.
Museo Castillo de Piria
A construção do imponente Castillo de Piria foi iniciada por Francisco Piria em 1894 e, após três anos de trabalho, foi inaugurado em 17 de agosto de 1897. Hoje, o castelo é considerado uma das maiores joias arquitetônicas e históricas de Piriápolis.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar no Museo Castillo de Piria partindo do centro de Porto Alegre – Rio Grande do Sul – Brasil:
Contatos da Museo Castillo de Piria
- Endereço: Ruta 37, Km 7 | Piriápolis – Maldonado – Uruguai
- Telefones: +598 4432 3374 | +598 4432 3268
Horários de Funcionamento
- Todos os dias: 8h00 às 20h00 – com visitas guiadas às 11h00, 14h00 e 17h00 | Temporada de verão
- Todos os dias: 9h00 às 17h00 | Demais períodos do ano
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 1 hora
O Castillo de Piria foi projetado pelo próprio Francisco Piria, com a construção supervisionada pelo arquiteto Aquiles Monzani. Iniciado em 1894 e concluído em 1897, o castelo serviu como residência de verão para Piria.
Nada ali foi feito por acaso: sua localização estratégica oferece uma vista privilegiada do Cerro Pan de Azúcar, da Iglesia de Piria, do Cerro del Toro, do Cerro San Antonio e do Rio da Prata. Essa disposição oferece um panorama único, que mescla a paisagem natural com os elementos simbólicos escolhidos por Piria para sua grande obra: o balneário de Piriápolis.
Com um estilo arquitetônico inspirado nas vilas italianas do século XIX, o Castillo de Piria carrega elementos que refletem o interesse de Piria pela alquimia. Embora muitos desses itens tenham sido saqueados ou destruídos após sua morte, ainda é possível observar símbolos de grande significado em diversos cantos da imponente construção.
Entre os elementos mais notáveis do Castillo de Piria, destacam-se: uma réplica de “Mercúrio em Repouso”, obra de Giovanni Di Bologna, que simboliza Hermes, o padroeiro dos alquimistas; estátuas que representam as sete estrelas do mundo antigo, associadas aos processos de transformação da alquimia; e uma grande fonte com a estátua de Netuno, deus do “Caminho Úmido” dos alquimistas, que simboliza a jornada de transformação na Grande Obra.
Outro elemento curioso do Castillo de Piria são as estátuas de galgos (lebreiros) que flanqueiam a entrada principal. Esses cães simbolizam a matéria-prima da alquimia e representam a conquista de sua fixação durante o processo de transformação.
O interior do Castillo de Piria foi restaurado e decorado com peças históricas do antigo Argentino Hotel (que fotografamos sexta-feira), também construído por Piria. Embora nenhuma decoração original do Castelo de Piria tenha permanecido, o mobiliário de época confere um charme único ao local, transportando os visitantes para uma época distante.
Em 1975, a propriedade foi vendida para a família Comas Amaro e transformada em um local de dança chamado “La Boite de los Espectros”, sob a direção do renomado artista plástico uruguaio Carlos Páez Vilaró, criador da Casapueblo.
O Castillo de Piria também foi destinado a ser residência presidencial, embora nunca tenha cumprido essa função. Em 1980, passou para o município de Maldonado, tornando-se um museu municipal com visitas guiadas e entrada gratuita. Desde 1984, é reconhecido como Monumento Histórico Nacional.
Após nos fascinar com a história do Castillo de Piria, subimos na Formosa e continuamos nosso passeio de moto até o Parque Pan de Azúcar, com a intenção de percorrer a trilha até o topo do Cerro Pan de Azúcar. No entanto, devido às chuvas dos últimos dias, a trilha ecológica estava interditada.
Decidimos então seguir com a Formosa sem destino definido. Continuamos pela Ruta 37 até o entroncamento com a duplicada Ruta 10. Lá, viramos à direita e seguimos até alcançar a Avenida Américas Unidas, que nos levou até Barra de Portezuelo, onde voltamos a encontrar o mar, ou melhor, o Rio da Prata e suas magníficas praias de areias douradas e fabulosas formações rochosas.
Ao passar por Punta Negra, a fome apertou, e o cenário deslumbrante nos fez parar para saborear os sanduíches com pão integral preparados por quem vos escreve, Nico.
Enquanto almoçávamos, sob a companhia da brilhante lua que se destacava no céu azul, tivemos a sorte de avistar uma baleia e um leão marinho bem à nossa frente, no vasto Río de la Plata.
Com sua ampla extensão, a Playa Punta Negra oferece um ambiente marcado pelo sol, vento forte e agitadas águas, perfeito para quem busca tranquilidade e aprecia a imensidão da paisagem litorânea. É o refúgio ideal para os amantes da paz e do silêncio, onde o único som é o das ondas e do vento. Um destino que preserva seu encanto natural, praticamente intocado, sendo um verdadeiro paraíso para quem deseja escapar da agitação e se conectar profundamente com a natureza.
O nome da praia e do costão rochoso, Punta Negra, vem da coloração escura das enormes pedras que se destacam na paisagem, conferindo ao local uma característica única.
Passamos algumas horas nos beneficiando com a energia do local, admirando a impressionante beleza natural e degustando um mate uruguaio na companhia de suculentas frutas morgotes (um híbrido entre a tangerina e a laranja), aproveitando o sol para “lagartear”, como se diz no Rio Grande do Sul.
Em seguida, continuamos a percorrer a cênica Avenida Américas Unidas, que, aliás, é uma das estradas mais belas que tivemos o prazer de percorrer com a Formosa até hoje.
Com temperatura amena, céu azul e asfalto impecável, seguimos pela via sinuosa e estreita, cercados por uma paisagem natural deslumbrante, repleta de aves, animais marinhos e a sensação de liberdade que só um passeio de moto pode proporcionar. Sentindo o vento no rosto, o cheiro do asfalto e os sons ao nosso redor, vivenciamos cada momento com os sentidos aguçados, explorando o Uruguay Natural, que, sinceramente, nos conquista mais a cada dia.
Após Punta Negra, fomos surpreendidos por Punta Colorada, outro balneário pitoresco e charmoso da região de Piriápolis, no departamento de Maldonado. Conhecida pela ponta rochosa e elevada, com coloração vibrante avermelhada, que se projeta para o Mar del Plata, essa formação geográfica única não só deu origem ao seu nome, mas também oferece às casas nas proximidades uma vista privilegiada sobre o Río de la Plata, além da oportunidade de apreciar espetaculares pores do sol.
Cercada por rochas, Punta Colorada oferece condições ideais para ser um dos principais pontos de pesca da região, atraindo tanto pescadores experientes quanto amadores.
A Playa Punta Colorada proporciona duas experiências distintas: ao leste, a praia é bastante agreste, com areia abundante e águas mais profundas, rodeada por dunas e campos, criando um ambiente selvagem e natural, perfeito para quem busca uma conexão mais íntima com a natureza.
Para o oeste, a Playa Punta Colorada vai se estreitando timidamente, onde surgem luxuosas construções ladeadas por enormes pedras coloradas que se destacam na paisagem.
Com o fim do dia se aproximando, seguimos o passeio de moto, avançamos pela Rambla Costanera, que passa ao lado da Playa San Francisco, destino que rende homenagem ao fundador da cidade, Don Francisco Piria, e acessamos a Rambla de los Ingleses. Por ela, retornamos ao centro de Piriápolis, já na Rambla de los Argentinos.
De volta ao hostel, deixamos a Formosa descansando, vestimos roupas mais leves, preparamos um novo chimarrão e saímos para explorar o charmoso centrinho de Piriápolis a pé.
Logo passamos em frente ao Hotel Colón, outro emblemático e histórico hotel de Piriápolis, cuja história remonta à época em que Francisco Piria iniciou a construção da cidade.
Inaugurado em 1910, o Hotel Colón de Piriápolis se destaca não apenas por sua localização privilegiada, em frente à Rambla de los Argentinos e ao Río de la Plata, mas também por sua arquitetura em estilo art nouveau, que lhe confere um ar elegante e distinto.
Do Hotel Colón, bastou atravessar a avenida para chegar à Playa del Centro, a praia mais movimentada e vibrante de Piriápolis.
Além de sua extensa faixa de areia dourada e macia, a Playa del Centro de Piriápolis oferece uma área exclusiva para esportes náuticos, onde os visitantes podem praticar windsurf, jet ski, esqui aquático e se divertir em animados passeios de banana boat. A praia também dispõe de quadras esportivas para vôlei e futebol, garantindo opções de lazer para todos os gostos.
Outra característica interessante da Playa del Centro é a presença de quebra-mares que dividem a costa. Essas estruturas foram construídas para proteger a areia do balneário da erosão causada pelo mar.
Além de acrescentarem um elemento visual único à paisagem, os quebra-mares criam pequenas seções de praia que proporcionam diferentes níveis de tranquilidade, agradando a diversos perfis de visitantes.
Da Playa del Centro de Piriápolis, seguimos caminhando pela Rambla de los Ingleses, onde fizemos algumas fotos no Mirador Suipacha antes de continuar até o movimentado Puerto de Piriápolis.
Localizado no coração da cidade, às margens do Río de la Plata, o Porto de Piriápolis destaca-se por suas modernas instalações náuticas desde sua reabertura em dezembro de 1997. Com uma infraestrutura bem planejada, o porto oferece segurança e fácil acesso para barcos de amarração, sendo uma parada estratégica para navegantes que exploram a região.
Cercados por coloridos barcos de pescadores artesanais, modernos iates e imponentes veleiros, notamos uma movimentação na água. Logo identificamos os responsáveis pela agitação: ágeis mamíferos marinhos, possivelmente lobos-marinhos ou leões-marinhos, nadando a poucos metros de onde estávamos.
Que maravilha da natureza! Um pouco mais adiante, um enorme veleiro chamava a atenção entre as demais embarcações atracadas no porto.
Aproximamo-nos e pudemos ler seu nome: Doña Francisca, uma impressionante embarcação de aproximadamente 52 metros, que se destacava pela sua elegância e porte majestoso.
Construída no estaleiro uruguaio Buquebus e inaugurada em 2014, a luxuosa escuna Doña Francisca foi projetada pelo renomado arquiteto naval Javier Soto Acebal. Além de se destacar pelo tamanho imponente e pelo luxo, a embarcação chama a atenção pela inovação: sua estrutura incorpora fibra de carbono em praticamente todo o barco, tornando-a única em sua categoria.
Seu interior foi inspirado em um navio britânico do início do século XX, combinando o mogno dos móveis com a madeira de castanho do chão. A Doña Francisca conta com sete cabines, acomodando até quatorze pessoas, além de salões, lavanderia e um escritório. Ela é capaz de cruzar o Oceano Atlântico em menos de um mês, demonstrando toda sua capacidade e sofisticação.
Após fotografarmos a imponente escuna, encontramos um lugar agradável para nos sentar e degustar os deliciosos pães de queijo preparados pela Sayo, feitos com cacau em pó 100%, especiarias e recheados com uma generosa quantidade do irresistível doce de leite uruguaio Los Nietitos.
O doce de leite é uma das iguarias mais tradicionais do Uruguai. Aliás, desde 1998, ele possui um dia especial, comemorado anualmente em 11 de outubro, quando se celebra o Dia Mundial do Doce de Leite.
Como não poderia deixar de ser, existe uma grande discussão sobre a origem do doce de leite: seria ele uruguaio ou argentino? Juntamente com o nascimento de Carlos Gardel e a criação do tango, a origem do doce de leite é um dos temas mais controversos entre os dois países vizinhos.
Dentre as várias versões argentinas sobre a origem do doce de leite, a mais curiosa remonta a 11 de outubro de 1829 (curiosa coincidência com a data escolhida comemorar o Dia Mundial do Doce de Leite). Naquela data, o político e militar argentino Juan Manuel Rosas recebeu seu opositor, o general Juan Lavalle, em sua estância chamada La Caledonia, com o objetivo de assinar um acordo de paz no conflito entre os unitários e os federais.
Segundo reza a lenda, uma das cozinheiras estava preparando a famosa lechada, uma receita que consistia em aquecer leite com açúcar. Ao se distrair, ela esqueceu a panela no fogo, o que resultou em um cozimento excessivo. O “acidente” culinário deu origem a uma mistura semelhante ao caramelo, que, ao ser experimentada, encantou a todos.
Esta versão, embora muito criativa e romântica, contrasta com outras versões dentro da própria República Argentina. Existem relatos que indicam que, em 1814, já havia cartas solicitando o envio de doce de leite de Buenos Aires para Córdoba. Além disso, há indícios de que, em 1817, o general Lavalle promoveu um jantar para seu exército, no qual todos se deliciaram com esse doce.
Já no lado da República Oriental do Uruguai, a versão mais amplamente defendida afirma que a iguaria foi criada no século XVIII pelas freiras do convento de Santa Clara, em Montevidéu. Estando próximas de uma fazenda com vacas, elas combinaram leite com açúcar para inventar um novo produto. Outras fontes uruguaias relatam que o doce de leite surgiu durante a época colonial, criado pelos escravos como uma forma de aproveitar o leite e o açúcar disponíveis.
No entanto, em 2003, para evitar um conflito entre os dois países, o Ministério da Educação e Cultura do Uruguai e a Secretaria de Cultura da República Argentina chegaram a um acordo.
Eles registraram que o doce de leite é uma iguaria nativa de ambas as nações, mais precisamente da região do Río de la Plata, sendo, inclusive, declarado Patrimônio Gastronômico pela UNESCO.
Disputas à parte, após nos deliciarmos com os saborosos pães de queijo recheados com doce de leite, o entardecer se aproximava. Buscamos, então, um local privilegiado para apreciar mais uma vez um dos espetáculos mais belos da natureza: o pôr do sol.
Sentados em uma das inúmeras e enormes pedras da Punta Escollera de Piriápolis, tivemos o privilégio de assistir mais uma despedida do Astro Rei, diretamente da cidade balneária de Piriápolis, desta vez, do Puerto de Piriápolis.
A enorme bola brilhante foi lentamente desaparecendo no horizonte, sendo engolida pelas águas do majestoso Rio da Prata. O céu, até então de um azul celeste invejável, foi se transformando, ganhando uma infinidade de tonalidades, refletindo suas vibrantes cores nas águas logo à nossa frente.
Que espetáculo da natureza! Nos despedimos deste domingo com mais um inesquecível pôr do sol em terras uruguaias.
Com a noite caindo, acompanhada por um gelado vento, deixamos para trás o Puerto de Piriápolis e caminhamos pelas ruas centrais da charmosa cidade balneária até o hostel, onde finalmente fomos descansar.
Abaixo, o mapa com o trajeto percorrido no dia, partindo do centro de Piriápolis, no departamento de Maldonado, Uruguai, passando por Punta Negra e Punta Colorada.
Estamos ansiosos para ler tudo aquilo que tu tem para dizer! É chegado o momento de abrir este coração e compartilhar tua opinião, crítica (exceto algo desfavorável à imagem da Formosa), elogio, filosofar a respeito da vida ou apenas sinalizar que chegou até aqui ;)
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