Expedição 2022: Uruguay • La Paloma • Rocha • Uruguai
La Paloma, Rocha (Uruguai): Praias de Águas Cristalinas, Avistamento de Baleias e o Farol do Cabo de Santa Maria
18 de Agosto, 2022
Encante-se com as belezas naturais de La Paloma, no departamento de Rocha, Uruguai. Aproveite suas praias de águas cristalinas e areias finas, visite o histórico Farol do Cabo de Santa Maria e vivencie o avistamento de baleias no Mirador Cola de Ballena.
Encantados pelas belezas naturais de La Paloma, no litoral do departamento de Rocha, Uruguai, decidimos prolongar nossa estadia para explorar com calma este balneário que é um dos destinos mais procurados do litoral uruguaio durante o verão. Além das praias de areias finas e águas cristalinas, La Paloma abriga o icônico Farol do Cabo de Santa Maria (Faro de La Paloma), inaugurado em 1874, e uma rica vida silvestre. Ao longo da viagem, visitamos as paradisíacas Playa Anaconda, Playa Los Botes, Playa El Cabito, Playa La Balconada, Playa Las Rocas e Playa del Faro, avistamos baleias a partir do Mirador Cola de Ballena, e observamos uma grande variedade de aves. Com sua natureza exuberante, história marcante e atmosfera acolhedora, La Paloma é daqueles lugares onde facilmente nos imaginamos vivendo, um verdadeiro paraíso no Uruguai.

A terça-feira amanheceu radiante em La Paloma, na bela costa de Rocha, Uruguai. Depois de saborearmos um café da manhã cheio de sabor na agradável Cabana Mexicana, hospedagem gentilmente cedida por nossa amiga Gisela, organizamos as mochilas e seguimos prontos para explorar os encantos desse destino fascinante, um verdadeiro tesouro natural uruguaio, ainda pouco conhecido entre os viajantes brasileiros.

Vestidos com calças e jaquetas para enfrentar o clima rigoroso, deixamos a cabana após uma queda brusca de temperatura durante a madrugada, que chegou a 0 °C. Era um contraste marcante em relação ao calor intenso do dia anterior, quando saímos da encantadora Punta del Diablo. Com o céu azul acompanhando nossos primeiros passos, uma breve caminhada nos levou ao ponto que marca o encontro entre a Playa Anaconda e a Playa Los Botes.

Ali, fomos recepcionados pelo Mirador Cristo de Lucho, uma das principais atrações turísticas de La Paloma. A obra que dá nome ao mirante foi criada pelo artista Alfredo Maurente, conhecido como Don Lucho.
A escultura de Cristo foi erguida de frente para o mar com o propósito de proteger os pescadores locais, posicionada exatamente no ponto de partida e retorno das embarcações artesanais. Com o tempo, tornou-se um símbolo icônico do balneário. Uma curiosidade é que o molde inicial da escultura foi feito quando Don Lucho se atirava na areia úmida para, manualmente, formar as primeiras linhas da obra, um gesto que reforça sua identidade singular.

O Mirante Cristo de Lucho possui um grande deck de madeira que se estende até a costa e três acessos diferentes, dois deles levando diretamente ao monumento e um vindo da praia. Do alto, a vista panorâmica revela de maneira espetacular toda a região costeira.


À direita, a agreste Playa Anaconda surge com suas águas cristalinas acariciando suavemente areias alvas e finas, cercadas por dunas cobertas por vegetação rasteira típica do local. À esquerda, estende-se a popular Playa Los Botes, muito frequentada no verão. Sua ponta rochosa funciona como porto natural de embarcações artesanais, o que explica a origem de seu nome.

No mirante, dois espaços que simulam as proas dos barcos dos pescadores locais convidam a sentar e apreciar a natureza costeira. A partir dessa posição privilegiada, é possível avistar baleias-francas-austrais que visitam as praias durante a temporada de migração, entre julho e outubro, além de admirar aves marinhas e as fortes ondas quebrando na Playa Los Botes.

O Cristo de Lucho integra um circuito de mirantes temáticos do departamento de Rocha, junto ao Mirador Cola de Ballena (Mirante Rabo de Baleia), também em La Paloma, e ao Mirador Pez (Mirante Peixe), em Punta del Diablo.

A Playa Los Botes é uma das praias mais concorridas de La Paloma no verão, ideal para caminhadas, esportes e prática da pesca artesanal. Esta praia também é ocasionalmente escolhida por surfistas que buscam aventurar-se em suas ondas mais desafiadoras. Ali, fizemos uma pausa para registrar a rica avifauna da costa uruguaia.

As aves movimentavam-se constantemente, buscando alimento entre rochas de formas peculiares que tornavam ainda mais impressionante a paisagem natural. Identificamos um grande número de piru-pirus (Haematopus palliatus), aves robustas e de porte baixo, com bicos vermelhos e plumagem marcada por contrastes de preto e branco, ocupadas na caça de moluscos.


Logo depois, uma elegante gaivota-maria-velha, espécie típica do sul da América do Sul, abrilhantou ainda mais o cenário.

Mais tarde, surgiu um chimango, facilmente reconhecível pelo canto intenso. Essa ave, com plumagem marrom em tons variados, voo ágil e barras finas no ventre, tornou a observação ainda mais interessante.


Prosseguimos pela costa e rapidamente alcançamos a paradisíaca Playa El Cabito, também chamada Playa La Caldera. Embora pequena, a menor praia de La Paloma, com cerca de 500 metros de extensão, é bastante procurada por famílias com crianças devido às piscinas naturais de águas cristalinas formadas pela disposição das rochas ao redor. Um cordão semicircular de pedras reduz a força das ondas, mantendo a profundidade média em torno de um metro, perfeita para quem busca segurança e tranquilidade.



Na Playa El Cabito, destaca-se o Mirador Cola de Ballena, batizado pelo formato semelhante ao rabo de uma baleia-franca-austral. Essa espécie marinha utiliza as águas do litoral de Rocha para reprodução entre julho e outubro, transformando o mirante em um ponto privilegiado para observação de baleias, especialmente em agosto (mês da nossa visita) período de maior frequência. Ficamos animados com os relatos de moradores sobre avistamentos quase diários nos últimos dias, o que aumentou nossa expectativa.




O Mirante Cola de Ballena é totalmente acessível, com bancos e infraestrutura adequada para que qualquer visitante possa desfrutar da vista com conforto, seja para observar baleias, golfinhos ou leões e lobos marinhos.



A Playa El Cabito nos conquistou no primeiro instante, um verdadeiro amor à primeira vista: o contraste entre as águas azul-turquesa, as areias finas e douradas e os charmosos guarda-sóis de palha criam um cenário perfeito para descanso, contemplação e piqueniques, ainda que o vento frio insistisse em soprar com força naquele dia.


Nossa caminhada seguiu até a famosa Playa La Balconada, uma das mais frequentadas do balneário. Ali, milhares de ovicápsulas de caramujos marinhos formavam um espetáculo natural impressionante. Antigamente, poucos se banhavam nessa praia, pois era comum avistar muitas aletas de tubarões em suas águas.




Por volta do meio-dia, deixamos La Balconada e fomos em direção ao centro de La Paloma em busca de almoço. Pelas ruas centrais da cidade, notamos muitos restaurantes fechados, possivelmente devido à combinação de baixa temporada e dia útil. Os poucos abertos estavam fora do nosso orçamento.

Foi na Avenida Nicolás Solari, uma das principais da cidade, que encontramos o que se tornou nosso verdadeiro oásis: o amplo El Dorado Supermercado (aparentemente uma das maiores redes do país) e, ao lado dele, uma pequena padaria que salvou nosso dia. Ali, compramos:
- empanada caseira de carne;
- empanada caseira de presunto e queijo;
- uma fatia de torta de peixe;
- e um pedaço de uma inusitada torta de presunto, queijo e maçã, surpreendentemente deliciosa.


Almoçamos em um banco de madeira em uma rotatória da florida Avenida Solari, embalados pela música clássica vinda do pátio da Escuela n.º 52 e pelo barulho constante das caturritas.

Após recarregar as energias, seguimos até a ampla Plaza España, onde estão a pista de skate e o letreiro com o nome da cidade, tendo à esquerda o maior símbolo de La Paloma, o Farol do Cabo Santa Maria (Faro de La Paloma), e, à direita, a Playa Las Rocas.


Em 1869, devido ao grande número de naufrágios na zona do Cabo de Santa Maria, decidiu-se construir um farol. O mais recente acidente, ocorrido em 19 de outubro de 1868, causou enorme comoção: tratava-se do brigue francês “Lise Amélie”, que resultou na morte de centenas de pessoas. A frequência dos naufrágios era tão alta que, nos anexos da torre, foi reservado um espaço para abrigar as vítimas desses acidentes.

A construção do Faro del Cabo de Santa María (Farol de La Paloma) teve início em 1870, utilizando materiais trazidos de Montevidéu por via marítima, já que não havia ferro ou pedra disponíveis nos arredores.

Em abril de 1872, quando a torre já havia alcançado 30 metros de altura e estava prestes a ser inaugurada, um desabamento durante um forte temporal resultou na morte de 15 trabalhadores. Com isso, a obra teve que ser recomeçada do zero. Finalmente, o Farol de La Paloma foi concluído e inaugurado em 1º de setembro de 1874, data que também marca a fundação oficial do balneário.

O primeiro faroleiro do Farol de La Paloma foi Don Ciro Pin, um imigrante italiano que teve participação ativa na elaboração técnica do projeto, fornecendo desenhos estruturais e cortes da torre. Após a conclusão da obra, pediu para permanecer no local com sua família, tornando-se um dos primeiros moradores da região.

Desde 1896, a concessão do farol pertence ao Estado. Inicialmente, a iluminação era feita por lâmpadas a querosene, até que, em 1936, o mecanismo foi eletrificado com a instalação de uma máquina rotativa sobre rodas de bronze, fabricada em Paris.


Hoje, o Faro de La Paloma é um Monumento Histórico Nacional do Uruguai e pode ser explorado internamente. Sua torre branca tem 29 metros de altura e seu feixe de luz alcança 42 metros acima do nível do mar, com uma luz que pisca uma vez por minuto. Seus 143 degraus em espiral oferecem uma vista panorâmica inesquecível. Infelizmente, durante nossa visita, o acesso a todos os faróis do Uruguai estava temporariamente suspenso devido a um acidente recente em outro farol do país.

Ao lado do imponente Farol de La Paloma fica a Playa del Faro, também chamada Playa Cabo Santa María. No canto esquerdo da praia, suas formações rochosas, esculpidas pela natureza, impressionam pela precisão e simetria, criando a ilusão de terem sido moldadas por mãos humanas.

Sentamos ali, admirando a vista, mesmo sem nosso tradicional mate, já que não encontramos água quente pelo caminho. Degustando suculentas bergamotas e refrescando-nos com água mineral, contemplamos o lugar com calma e gratidão. A Playa del Faro de La Paloma tem areia composta por pequenas conchas e dali é possível ver, ao longe, os restos da construção do farol original, destruído em 1872.

Quando o dia começou a despedir-se, avançamos até o mercado local para nos abastecer com frutas frescas, legumes, verduras e itens básicos. Depois retornamos à acolhedora Cabana Mexicana, encerrando um dia repleto de descobertas naturais.

Na quarta-feira, o amanhecer em La Paloma foi novamente lindo, com céu azul e temperaturas agradáveis. Aproveitamos para descansar um pouco mais na cabana. Tomamos chimarrão, organizamos equipamentos e editamos vídeos para o nosso canal no YouTube.

No início da tarde, recebemos uma mensagem emocionante de nossa amiga Mery, de Lago Merín: baleias-francas-austrais estavam sendo avistadas na Playa El Cabito naquele exato momento. Em poucos minutos, estávamos prontos, com câmeras, capacetes e a Formosa rumo à praia. Ao chegar, encontramos ventos extremamente fortes e gelados, mas a expectativa de ver as baleias nos manteve firmes.

Do Mirador Cola de Ballena, avistamos duas baleias deslizando pelo mar de La Paloma, no departamento de Rocha, Uruguai. O momento foi intenso, silencioso e mágico. Conseguimos alguns registros das ágeis baleias que avançavam rapidamente em direção ao norte, vídeos e fotos, mas depois descobrimos que todos haviam sido corrompidos no cartão de memória, causando grande frustração.

Com o vento cada vez mais cortante e a sensação térmica insuportável, desistimos de permanecer no local e retornamos à Cabana Mexicana buscando abrigo e calor depois dessa experiência inesquecível. Para celebrar o dia extraordinário, compramos uma pequena porção de camarões frescos, afinal, La Paloma é um dos maiores centros pesqueiros do mundo, ranking que lhe confere a tradição de receber ao entardecer embarcações artesanais carregadas de corvinas negras, sargos, linguados e até pequenos tubarões.

Inspirada por esse clima, Sayo preparou um jantar memorável: um suave purê de batata rosa com iogurte natural, camarões e ervilhas partidas refogadas com cebola. A sobremesa foi uma tortinha artesanal de fubá e erva-doce, recheada com dulce de leche repostero (uma versão mais espessa do tradicional doce de leite) e maçã verde marinada em limão-siciliano e especiarias, uma combinação equilibrada e surpreendente.

A quinta-feira foi dedicada às tarefas práticas: lavar roupas, botas e a barraca. Aproveitamos a estrutura da Cabana Mexicana para cozinhar com calma e criatividade. O café da manhã contou com cupcakes de banana e cacau 100%, feitos com farinha integral, ovos, azeite de oliva e leite.


No almoço, saboreamos uma quiche de mexilhões preparada pela Sayo, homenagem à tradição pesqueira de La Paloma. A base foi uma massa de farinha de grão-de-bico, leve e saborosa, enquanto o recheio combinava mexilhões frescos com alho-poró, iogurte natural e ricota caseira. O tempero, composto por ervas e especiarias selecionadas, tornou o prato marcante e alinhado aos sabores do litoral.




Para o lanche da tarde, fizemos bolinhos de cacau moldados no formato do icônico FredLee. A massa, nutritiva e saborosa, reunia farinha integral, cacau 100%, ovos, leite, manteiga, mel e nibs de cacau, resultando em uma combinação divertida e deliciosa.



No jantar, optamos por preparar pizzas artesanais no estilo uruguaio (formato retangular) e divididas em quatro variedades. A massa integral recebeu um molho branco caseiro sem creme de leite, mas rico em aromas. Por cima, queijo picado e coberturas variadas: tomate seco artesanal com rúcula fresca, camarões selecionados, cordeiro marinado em especiarias e presunto defumado. Cada sabor proporcionou uma vivência diferente, celebrando ingredientes locais e nossa paixão pela culinária artesanal.


A sobremesa foi preparada com maçãs verdes cozidas lentamente em vinho tinto seco, enriquecidas com suco e raspas de laranja. O prato foi servido com iogurte natural e finalizado com flores de alecrim, resultando em um contraste elegante e aromático.




A sexta-feira amanheceu gelada, mas com um sol acolhedor. Preparamos um café da manhã reforçado com um apetitoso bolinho de fubá que combinava banana, erva-doce, queijo colônia, raspas e suco de laranja. Cada pedaço oferecia aromas marcantes e aconchego, perfeito para a manhã fria.


O queijo colônia merece destaque à parte. Produzido no departamento de Colonia, é reconhecido como um dos melhores queijos do Uruguai, famoso por sua textura suave, sabor equilibrado e versatilidade culinária. Experimentá-lo é quase obrigatório para quem visita o país.


No almoço, Sayo preparou um suculento neck de cordeiro, selado cuidadosamente e cozido lentamente em um molho encorpado de vinho tinto. O prato foi acompanhado por uma polenta cremosa e pedaços de abóbora cabotiá assada. O contraste entre a doçura da abóbora e a robustez do cordeiro tornou a refeição impecável.

À tarde decidimos passear pelas ruas serenas de La Paloma, mergulhando em sua história, cultura e arquitetura singular. Localizada estrategicamente no Cabo de Santa Maria, a cidade se desenvolveu em uma região marcada por grandes formações rochosas que, historicamente, impuseram desafios aos navegadores.


Existem duas versões sobre a origem do nome “La Paloma”, que antes de receber essa denominação era conhecida como “Cabo de Santa María”. Segundo uma das versões, a costa vista do alto-mar lembra as asas de uma pomba (paloma) em voo. Já a outra teoria sugere que a espuma do mar, ao se quebrar nas rochas das praias locais, formaria imagens de pombas brancas. O primeiro núcleo urbano de La Paloma, conhecido como “Casco Viejo”, surgiu ao redor do farol erguido em 1874. Naquela época, a área era cercada por dunas e vastas extensões de praia, o que conferia um cenário natural único à região.

Em 1909, com a construção do porto, La Paloma ganhou relevância. O Porto de La Paloma tornou-se ponto de chegada de mercadorias vindas de Montevidéu, atraindo moradores, especialmente pescadores. Nos primeiros anos, a infraestrutura era precária: o correio só chegou em 1926 e, até a década de 1930, a cidade seguia isolada e pouco habitada.

A partir do aumento do turismo, La Paloma passou a atrair mais visitantes e investimentos. Suas praias, que se estendem por cerca de 20 quilômetros ao longo do Atlântico, são divididas em zonas:
- Zona Sul (da Laguna de Rocha até a Playa La Balconada): inclui praias tradicionais como La Serena, Solari, Anaconda, Los Botes e El Cabito. É famosa por mirantes, paisagens e pores do sol espetaculares.
- Zona Central (Bahía Grande e Bahía Chica): ideais para famílias, com mar calmo, aluguel de caiaques e atividades recreativas.
- Zona Norte (La Aguada, Costa Azul, Antoniópolis e Arachania): regiões mais tranquilas, também muito buscadas por famílias.
Essas praias permitem uma variedade grande de atividades: caminhadas, piqueniques, pesca artesanal, surfe e passeios de barco até a Isla La Tuna, localizada na Baía Grande.

O centro comercial, especialmente na Avenida Nicolás Solari, reúne restaurantes, lojas e artesanato. Na temporada de verão, La Paloma oferece apresentações culturais, atividades infantis e feiras. Para os amantes de esportes, o Clube de Golfe em Santa María de Rocha é uma opção interessante.

Um detalhe curioso dos primeiros anos do balneário de La Paloma é o sistema usado pelos moradores para pedir ajuda: cada casa mantinha um longo mastro com um pano vermelho na ponta. Em caso de problema, bastava erguer o pano para alertar os vizinhos. Outro costume peculiar é que, durante muito tempo, as mulheres não frequentavam a praia, realidade que só começou a mudar ao longo das décadas.



Atualmente, La Paloma conta com cerca de 5 mil habitantes na baixa temporada, número que pode ultrapassar os 40 mil durante o verão. Mesmo fora desse período, muitos restaurantes permanecem abertos, e o Farol de La Paloma pode ser visitado ao longo de todo o ano. A pesca segue como uma atividade fundamental, contribuindo para o charme pitoresco da Playa Los Botes.

Caminhar pelas ruas pacatas da cidade é como explorar um cenário em que belas casas construídas em madeira e adobe (barro), com telhados de palha, reforçam um clima quase de conto. Outro costume charmoso do Uruguai, presente em cidades como Lago Merín, Treinta y Tres e Punta del Diablo, é batizar as residências com nomes criativos, prática também muito comum em La Paloma.


Nossa hospedagem seguia essa tradição: ficamos na confortável Cabana Mexicana, parte de um conjunto de três aconchegantes casas que inclui também a Cabana Uruguaia e a Cabana da Casa. Infelizmente, enfrentamos um revés técnico que resultou na perda total das imagens registradas das cabanas, devido à corrupção dos arquivos no cartão de memória, uma frustração que só percebemos dias após deixarmos La Paloma.


Se você planeja visitar o balneário de La Paloma, essas cabanas são uma excelente opção. Além do ótimo custo-benefício, estão próximas à praia onde avistamos baleias, de mercados, padarias, açougues, farmácias e do centro da cidade. As acomodações se destacam pela limpeza, hospitalidade, privacidade e tranquilidade. Informações e reservas pelos whats: +598 099 315 456 e +598 098 284 624.


Na calada da noite, transformamos a sobra da polenta cremosa do almoço em canapés criativos: uma camada de espinafre, seguida da polenta, coberta com guacamole e queijo.


Depois, preparamos pães caseiros integrais com azeite de oliva, nozes pecan e azeitonas, criando uma receita rica em texturas e sabor.


Aproveitamos também as sobras do almoço para fazer hambúrgueres artesanais de pescoço de cordeiro (neck), temperados com ervas frescas, especiarias e sementes nutritivas. Os hambúrgueres foram servidos nos pães integrais, acompanhados de tomate seco, molho de iogurte natural com ervas frescas, alho e gengibre, alface crocante e queijo colônia. Era a refeição perfeita para o dia seguinte, o qual planejamos dedicar à exploração das redondezas de La Paloma, conhecendo praias vizinhas e aproveitando ainda mais a beleza natural regional.


Queremos registrar nosso agradecimento especial a Gisela e sua família pela acolhida na Cabana Mexicana. Foram onze dias de descanso, contato com a beleza natural, ajustes em nossos equipamentos, cuidados com nossa querida Formosa (que até ganhou um banho) e pequenas explorações por cidades vizinhas, incluindo o Parque Nacional Cabo Polonio. ¡Muchas gracias, Gisela y familia!

Oba! Já são 2 comentários nesta postagem!
“a boca fica salivando” lendo uma postagem dessas, a Sayo judia da gente …..
Sensacional esses bolinhos de cacau no formato do Fredlee, aliás, tudo maravilhoso.
Sds.,
Fernando.
Olá Fernando! Realmente, apenas ao relembrar dessas deliciosas iguarias, é impossível não ficar com água na boca.
Os bolinhos temáticos do Fredlee se destacaram não apenas pela criatividade visual, mas também por seu sabor inigualável.
Forte abraço.
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