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Canoas, RS: Turismo na Capital do Avião, Parque Capão do Corvo e Viagem de Moto pela Rota Romântica
15 de Fevereiro, 2021
Conheça Canoas - RS em um roteiro que combina história, cultura e natureza: Praça do Avião, Parque dos Rosa, Casa das Artes Villa Mimosa e Parque Capão do Corvo. Depois, percorra a cênica Rota Romântica.
Hoje nos despedimos de Porto Alegre, capital gaúcha, e seguimos para Canoas, onde exploramos alguns de seus principais atrativos: a icônica Praça do Avião, a histórica Estação Ferroviária, o Parque dos Rosa (que abriga o Museu Municipal Hugo Simões Lagranha), a Casa Wittrock, a charmosa Casa das Artes Villa Mimosa, o Jardim do Lago e o belíssimo Parque Municipal Getúlio Vargas, o Capão do Corvo, onde desfrutamos de um agradável piquenique. Na parte da tarde, iniciamos a subida pela cênica Rota Romântica, que nos levou até a Serra Gaúcha, chegando ao anoitecer à cidade de Canela, RS.

Acordamos cedo na segunda-feira e, depois de um café da manhã reforçado, vestimos as roupas de viagem de moto e seguimos para a garagem do hotel em Porto Alegre, RS.

Lá, encontramos uma clássica Royal Enfield Bullet, com placa de São Paulo, estacionada ao lado da Formosa. Não resistimos e registramos algumas fotos dessa raridade, que parecia guardar histórias de muitas outras viagens.

Com as bagagens devidamente acomodadas na Formosa, deixamos a garagem do hotel e seguimos viagem.

O céu estava encoberto, com nuvens densas que davam um tom mais sóbrio ao início do trajeto. Cruzamos as ruas do centro histórico de Porto Alegre, passando em frente à Estação Rodoviária, ponto tradicional de embarque e desembarque da capital gaúcha, inaugurada em 1970 e que já testemunhou incontáveis chegadas e partidas.


Logo alcançamos a BR-290, uma das principais rodovias federais que cruza o estado gaúcho de leste a oeste. Para nossa surpresa, o movimento de veículos estava bastante tranquilo, possivelmente porque era segunda-feira, véspera do feriado de carnaval, quando muita gente já havia viajado no final de semana.

Alguns quilômetros adiante, percebemos um acúmulo incomum de veículos parados sobre um viaduto.

Logo identificamos o motivo: estávamos no trevo de conexão entre a BR-116 e a BR-290, e a tradicional Ponte Getúlio Vargas, popularmente conhecida como Ponte Móvel do Guaíba, estava com seu vão central elevado para permitir a passagem de embarcações pelo Rio Jacuí, curso d’água que, poucos quilômetros depois, deságua no imponente Lago Guaíba.

Inaugurada oficialmente em 1958, a Ponte Móvel do Guaíba foi projetada na Alemanha e é considerada uma das grandes obras de engenharia do Brasil da época. Com 1.100 metros de extensão, seu destaque é o vão móvel de 58 metros, pesando cerca de 400 toneladas, que pode ser erguido até 24 metros de altura para dar passagem a navios de grande porte. As torres de sustentação chegam a 43 metros e têm parte de sua estrutura submersa nas águas.

O processo de elevação é iniciado quando a embarcação se encontra a aproximadamente 1 km de distância, garantindo segurança e precisão. Em média, o vão permanece aberto por cerca de 25 minutos, num verdadeiro balé mecânico que harmoniza a vida urbana e a navegação comercial.

Apesar do nome popular, a ponte está situada sobre o Delta do Jacuí, um complexo natural formado pela união dos rios Jacuí, Caí, Sinos e Gravataí. Esse delta abriga um arquipélago de 16 ilhas, entre canais, áreas alagadas e pântanos, e é justamente ali que nasce o Lago Guaíba, um dos cartões-postais mais emblemáticos da região metropolitana de Porto Alegre, RS.

Poucos quilômetros adiante, avistamos a segunda travessia sobre o delta: a Nova Ponte do Guaíba, inaugurada em 2020.

Localizada na BR-290, sua estrutura imponente se eleva 40 metros acima do nível da água, dispensando qualquer mecanismo de elevação para a passagem de navios. Com um projeto moderno e eficiente, a ponte foi concebida para desafogar o trânsito da antiga Ponte Getúlio Vargas e garantir fluidez tanto para o tráfego rodoviário quanto para a navegação comercial, representando um marco na infraestrutura de transporte da região metropolitana de Porto Alegre.

Poucos minutos depois, deixamos a BR-290 para acessar a BR-116, principal eixo rodoviário do Rio Grande do Sul, que conecta importantes cidades do estado ao longo de seu trajeto.


Seguindo por essa via, chegamos à cidade de Canoas, município vizinho a Porto Alegre e integrante da Região Metropolitana, conhecido por sua forte vocação industrial e por abrigar um dos maiores polos de logística do sul do Brasil.


Canoas, no Rio Grande do Sul, é conhecida como a “Capital do Avião”, título que se deve à presença da ALA 3 da Força Aérea Brasileira, do Hospital de Aeronáutica de Canoas (HACO), de uma base aérea da FAB e também da refinaria de petróleo da Petrobras. Essa combinação de estruturas militares e industriais reforça o papel estratégico do município no cenário nacional, tanto na defesa quanto na economia.


Essa identidade aeronáutica está representada na Praça Santos Dumont, popularmente chamada de Praça do Avião. Inaugurada em 1968, ela exibe, em seu centro, um caça F-8 Gloster Meteor de fabricação inglesa, o primeiro jato a integrar a frota da Força Aérea Brasileira. A presença desse ícone reforça o vínculo histórico de Canoas com a aviação e serve como cartão-postal da cidade.


A origem de Canoas está ligada à construção da ferrovia que, em 1874, passou a conectar Porto Alegre a São Leopoldo. Na época, madeiras retiradas da então Fazenda de Gravataí (área que hoje pertence ao município) eram utilizadas para a construção de embarcações. Foi dessa atividade que surgiu o nome “Capão das Canoas”, posteriormente simplificado para Canoas.


A emancipação política ocorreu em 1939, e atualmente Canoas conta com cerca de 350 mil habitantes, sendo a terceira cidade mais populosa do estado.


Nosso passeio em Canoas começou justamente na Praça do Avião e seguiu até a Praça da Emancipação, localizada em frente à prefeitura. Este espaço é um ponto de encontro e símbolo da autonomia do município, abrigando eventos e momentos marcantes da história local.


Entre suas árvores e áreas de convivência, destaca-se o monumento “O Futuro”, obra que homenageia o trabalho e a perseverança da população, projetando a cidade como um polo de desenvolvimento.

Ainda na Praça da Emancipação, existe um espaço dedicado a um artefato de grande relevância histórica: o sino tocado pela Princesa Isabel durante uma visita à Fazenda Morretes, em 1885. Na ocasião, o toque serviu para reunir os escravizados, em um gesto que simbolizava esperança e liberdade, três anos antes da assinatura da Lei Áurea.

Embora o sino não esteja mais exposto no local, sua história permanece viva na memória coletiva, representando um capítulo importante da luta contra a escravidão no Brasil.


Após a visita à Praça da Emancipação, retomamos o passeio com a Formosa e seguimos em direção à Praça da Bandeira.


Ao chegar na Praça da Bandeira de Canoas, fomos recebidos por um espaço agradável e bem cuidado, com parque infantil, canteiros floridos, árvores frondosas e bancos que convidam ao descanso. Curiosamente, apesar do nome, não havia nenhuma bandeira hasteada no local, um detalhe que chamou nossa atenção.


A praça está localizada em frente à Paróquia São Luís Gonzaga, a Igreja Matriz de Canoas, formando um cenário harmonioso que combina o verde da praça com a imponência da arquitetura religiosa.


Paróquia São Luís Gonzaga – Igreja Matriz de Canoas
Inaugurada em 1931, a Paróquia São Luís Gonzaga – Igreja Matriz de Canoas se destaca com seus traços marcantes do estilo gótico.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar na Paróquia São Luís Gonzaga – Igreja Matriz de Canoas partindo do centro de Florianópolis – Santa Catarina – Brasil:
Contatos da Paróquia São Luís Gonzaga – Igreja Matriz de Canoas
- Endereço: Rua Cônego José Leão Hartmann, 82 – Centro | Canoas – Rio Grande do Sul – Brasil
- Telefone: (51) 3472-3075
- E-mail: saoluis.canoas@arquipoa.com
Para obter informações mais detalhadas, visite a página oficial da Paróquia São Luís Gonzaga – Igreja Matriz de Canoas no Instagram.
Horários de Funcionamento
- Segunda a sexta: das 8h às 12h e das 14h às 18h
- Sábado e domingo: das 8h às 12h
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 30 minutos


Inaugurada em 1931, a Igreja Matriz de Canoas apresenta traços marcantes do estilo gótico, com arcos e ogivas que ressaltam seu caráter histórico e artístico. Durante nossa passagem, infelizmente, o templo estava fechado, e não pudemos conhecer seu interior.


Ao lado da igreja, tombada como patrimônio histórico municipal em 2010, encontra-se a Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, um espaço de devoção e contemplação que complementa o conjunto arquitetônico e espiritual da área central de Canoas, RS.


Seguindo nosso passeio por Canoas, passamos pela Universidade LaSalle, uma das instituições de ensino superior que consolidam a cidade como o segundo maior polo universitário do Rio Grande do Sul. Essa forte presença acadêmica não só enriquece a vida cultural local, mas também atrai estudantes e profissionais de diferentes regiões, gerando conhecimento, inovação e impulsionando o desenvolvimento econômico do município.



Pouco depois, chegamos à Antiga Estação de Trem de Canoas, um importante marco histórico que preserva a memória do período em que as ferrovias desempenhavam papel central no crescimento urbano e econômico da região.

A estação original foi inaugurada em 1874, acompanhando a expansão da linha férrea entre Porto Alegre e São Leopoldo, e, em 1934, foi substituída pelo prédio atual.

Hoje, a Estação Ferroviária de Canoas é tombada como patrimônio municipal e cumpre uma nova função: transformou-se em um centro cultural dinâmico, que recebe eventos artísticos, oficinas, cursos e apresentações, mantendo o espaço vivo e integrado à comunidade.

Ao lado da estação, encontra-se a estátua em homenagem a Fioravante Milanez, construtor do edifício atual. Sua história chama atenção pela integridade: ao concluir a obra, devolveu ao governo estadual a parte do orçamento que não foi utilizada, um gesto raro, que se tornou símbolo de ética e responsabilidade na gestão pública.


No auge de seu funcionamento, especialmente no início do século XX, a estação era um ponto de efervescência social. Aos domingos, chegava a receber até oito trens, transportando, em grande parte, famílias de Porto Alegre que buscavam no então Capão das Canoas um destino de veraneio, aproveitando suas áreas verdes e a tranquilidade que contrastava com a vida na capital.


Praticamente em frente à Estação Ferroviária de Canoas, encontramos o Museu Municipal Parque dos Rosa, um oásis verde em meio ao cenário urbano. O espaço oferece um ambiente tranquilo, ideal para passeios ao ar livre, e se tornou um ponto de encontro para moradores e visitantes que buscam contato com a natureza sem sair do centro da cidade.

Parque dos Rosa | Museu Municipal Hugo Simões Lagranha
O Parque dos Rosa abriga um dos patrimônios históricos mais significativos de Canoas, a Casa dos Rosa. Esta edificação, que é a mais antiga da cidade, foi erguida no ano de 1903. Atualmente, ela serve como sede para o Museu Municipal Hugo Simões Lagranha, desempenhando um papel vital na conservação e na divulgação da história local.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar no Museu Municipal Parque dos Rosa partindo do centro de Porto Alegre – Rio Grande do Sul – Brasil:
Contatos do Museu Municipal Parque dos Rosa
- Endereço: Avenida Victor Barreto, 2.288 – Centro | Canoas – Rio Grande do Sul – Brasil
- Telefone: (51) 3236-1463
- E-mail: airan.aguiar@canoas.rs.gov.br
Para obter informações mais detalhadas, visite o site oficial do Museu Municipal Parque dos Rosa.
Horários de Funcionamento do Parque dos Rosa
- Segunda a sexta: das 9h às 20h
- Sábado e domingo: das 9h às 19h
Horários de Funcionamento do Museu Municipal Hugo Simões Lagranha
- Segunda a sexta: das 9h às 18h
- Sábado: das 14h às 18h
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 1 hora

O parque abriga a histórica Casa dos Rosa, construída em 1903 e considerada a edificação mais antiga de Canoas, RS. Tombada como patrimônio histórico, a casa foi cuidadosamente restaurada e hoje é sede do Museu Municipal Hugo Simões Lagranha.


O espaço cultural dispõe de salas multimídia para exposições temporárias, um acervo permanente que preserva a memória e a cultura local, além de um charmoso café que complementa a experiência dos visitantes.


Durante nossa passagem, o museu estava temporariamente fechado devido à pandemia, impedindo-nos de explorar seu interior.


Ainda assim, foi possível aproveitar o passeio pelo parque e contemplar duas esculturas do renomado artista Pedro Girardello, que enriquecem o espaço e oferecem uma experiência cultural a céu aberto.


Nas proximidades, está a Casa Wittrock, outro marco histórico da cidade. No passado, o local abrigou uma importante fábrica de móveis conhecida nacionalmente, destacando-se pela produção de peças singulares, como as cadeiras especiais para lava-pés, um item comum até o início do século XX, especialmente em residências que ainda não possuíam água encanada.



Após conhecer o Parque dos Rosa e a Casa Wittrock, seguimos para a Casa das Artes Villa Mimosa.



Erguida em 1904 como residência e comércio de Guilherme Frederico Ludwig e sua esposa, Arminda Genuína Kessler (carinhosamente chamada de Dona Mimosa), a casa mantém vivo o afeto de sua história no próprio nome.



Atualmente, o local funciona como um dos principais centros culturais de Canoas, oferecendo programação artística diversificada e reafirmando o compromisso da cidade em preservar seu patrimônio histórico enquanto promove o acesso à arte e à cultura.


Da Casa das Artes Villa Mimosa, seguimos com a Formosa pela BR-116, prontos para deixar Canoas, quando uma placa à beira da rodovia chamou nossa atenção: indicava a direção do Parque Municipal Getúlio Vargas. O convite inesperado nos fez reconsiderar a rota e decidir por mais uma parada antes de seguir viagem.


Desviamos da rodovia e, no caminho, acabamos nos perdendo, mas a mudança de trajeto trouxe uma boa surpresa: passamos pelo Jardim do Lago, um espaço arborizado e agradável que, mesmo visto rapidamente, já transmitia tranquilidade.


Com a ajuda do GPS, reencontramos o caminho e, poucos minutos depois, estávamos na entrada do Parque Getúlio Vargas.

Parque Municipal Getúlio Vargas | Parque Capão do Corvo
Conhecido também como Capão do Corvo, o Parque Municipal Getúlio Vargas é um dos espaços verdes mais emblemáticos e apreciados por moradores e visitantes, proporcionando uma excelente oportunidade para contato com a natureza e momentos de lazer ao ar livre em Canoas, RS.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar no Parque Municipal Getúlio Vargas partindo do centro de Gramado – Rio Grande do Sul – Brasil:
Contatos do Parque Municipal Getúlio Vargas
- Endereço: Avenida Doutor Sezefredo Azambuja Vieira, 700 – Bairro Marechal Rondon | Canoas – Rio Grande do Sul – Brasil
- Telefone: (51) 3236-1800
Para obter informações mais detalhadas, visite o site oficial do Parque Municipal Getúlio Vargas.
Horários de Funcionamento do Parque Municipal Getúlio Vargas
- Todos os dias: das 6h às 22h
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 4 horas

Inaugurado em 1980 e carinhosamente chamado de Capão do Corvo, o parque é um dos maiores e mais queridos espaços de lazer de Canoas, recebendo cerca de 40 mil visitantes por mês.


Com ampla infraestrutura, oferece campos de futebol, quadras poliesportivas, pistas de patinação e atletismo, áreas de recreação infantil, ciclovias e trilhas para caminhadas. Há ainda canchas de bocha, academia ao ar livre, salas para atividades físicas, espaços de alongamento e um minizoológico que atrai especialmente as famílias.



A estrutura inclui estacionamento próprio, áreas com churrasqueira, banheiros, lanchonetes e um orquidário que encanta pela variedade de espécies. Para eventos culturais, o anfiteatro comporta até 400 pessoas, enquanto o grande lago artificial de 7.000 m², com decks e esplanada, se torna um ponto central para contemplação e relaxamento.



Encontramos um bom espaço à sombra para estacionar a moto e começamos a explorar o parque. Logo percebemos que o Capão do Corvo é um lugar muito bem cuidado, seguro e acolhedor.



Ao atravessar a área do lago, notamos o ParkShopping Canoas do outro lado da avenida e, motivados pela fome, decidimos ir até lá.



Dentro do shopping, descobrimos um mercado, onde compramos lanches e água gelada para preparar um tereré. Voltamos ao parque e encontramos uma mesa sombreada, ideal para nosso piquenique.



Entre conversas e o clima agradável, aproveitamos a refeição de forma simples e prazerosa, cercados pela natureza.



Passamos algumas horas relaxando até que, no meio da tarde, chegou a hora de nos despedir, não apenas do Parque Capão do Corvo, mas também de Canoas, levando conosco a impressão de uma cidade rica em história, cultura e qualidade de vida.



De volta à estrada, seguimos pela BR-116 em direção ao norte.



Desde Porto Alegre, o trecho é duplicado, passando por Esteio, Sapucaia do Sul e São Leopoldo, até chegar a Novo Hamburgo. A partir daí, a rodovia se torna pista simples, marcando o início da subida rumo à Serra Gaúcha.




Com o calor intenso e o tráfego carregado, iniciamos a ascensão pela encantadora Rota Romântica, um dos trajetos mais belos do Rio Grande do Sul.



Não era nossa primeira vez por aqui, nossa última passagem foi no quarto dia da Moto Expedição 2020: Belas Rotas, mas o encanto permanece. As curvas sinuosas, margeadas por túneis de árvores que em alguns trechos parecem abraçar a estrada, oferecem um espetáculo único que nunca deixa de nos surpreender.



Conforme subíamos, a temperatura se tornava mais amena e o fluxo de veículos diminuía, transformando a viagem em uma experiência cada vez mais agradável. Sem pressa e sem destino definido para o dia, deixamos que o agradável ronco do motor V-Twin Harley-Davidson da Formosa e sua suave inclinação, que mais parecia um bailar, nas curvas guiassem nosso ritmo, revelando a cada quilômetro novas paisagens da Rota Romântica Gaúcha.



Inspirada na famosa Romantische Straße alemã, a versão gaúcha da Rota Romântica surgiu nos anos 1990 como homenagem ao legado cultural germânico no estado. O percurso conecta 14 municípios onde as tradições alemãs se mantêm vivas na arquitetura enxaimel, nos cafés coloniais e nas festas típicas.



A rota completa inclui trechos da BR-116, VRS-865, RS-235, VRS-873 e Rua 25 de Julho, passando por São Leopoldo, Novo Hamburgo, Estância Velha, Ivoti, Dois Irmãos, Morro Reuter, Santa Maria do Herval, Presidente Lucena, Linha Nova, Picada Café, Nova Petrópolis, Gramado, Canela e São Francisco de Paula.



Considerada uma das estradas mais bonitas do Brasil, a Rota Romântica nos levou por Ivoti, Dois Irmãos, Morro Reuter e Picada Café.



Entre Picada Café e Nova Petrópolis, vencemos mais de 500 metros de altitude em menos de 6 quilômetros, por um trecho estreito, sem acostamento e com uma vista deslumbrante a cada curva.




Em Nova Petrópolis, após uma breve pausa para nos reabastecermos com água, decidimos seguir pela RS-235 rumo a Gramado e Canela.




O trajeto entre Nova Petrópolis e Gramado é de apenas 35 km, mas suficiente para ganharmos mais 300 metros de altitude.




No fim da tarde, chegamos ao emblemático Pórtico de Gramado, onde fizemos uma breve parada para fotos.




Ao atravessar o centro de Gramado, notamos que, apesar de ser segunda-feira de Carnaval, o movimento era surpreendentemente tranquilo, permitindo um deslocamento rápido.




Seguimos pela florida Avenida das Hortênsias até Canela, onde encontramos um hotel confortável para passar a noite. Amanhã, será dia de explorar com calma duas das cidades mais icônicas da Serra Gaúcha: Gramado e Canela.




Acima o mapa com o trajeto percorrido no dia entre Porto Alegre – RS e Gramado – RS.


Oba! Já são 2 comentários nesta postagem!
Voltando a Canela para matar a SAUDADES… legal
Aproveitando para rever Gramado, Canela e fugir do calor da região metropolitana de Porto Alegre para curtir um friozinho na Serra Gaúcha hahaha abraços…
Estamos ansiosos para ler tudo aquilo que tu tem para dizer! É chegado o momento de abrir este coração e compartilhar tua opinião, crítica (exceto algo desfavorável à imagem da Formosa), elogio, filosofar a respeito da vida ou apenas sinalizar que chegou até aqui ;)
Mas atenção, os campos marcados com * são de preenchimento obrigatório, pois assim mantemos (ou tentamos manter) o blog bonitinho, livre de robôs indevidos.
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