Brasil • Expedição 2020: Belas Rotas • Guapimirim • Rio de Janeiro • Teresópolis
Parque Nacional da Serra dos Órgãos: Trilhas, Cachoeiras e Atrações em Guapimirim e Teresópolis – RJ
21 de Novembro, 2020
Explore o Parque Nacional da Serra dos Órgãos em Guapimirim e Teresópolis, RJ. Descubra trilhas ecológicas incríveis, cachoeiras encantadoras e a inesquecível vista panorâmica do Mirante do Soberbo.
Aproveitamos o céu azul nas primeiras horas da manhã em Cachoeiras de Macacu para partir rumo aos municípios vizinhos de Guapimirim e Teresópolis, na região serrana do Rio de Janeiro. Lá, desbravamos algumas das principais trilhas ecológicas do Parque Nacional da Serra dos Órgãos (PARNASO), visitamos o famoso Mirante do Soberbo e contemplamos de perto a imponente formação rochosa do Dedo de Deus, um dos maiores ícones do montanhismo brasileiro. Para completar a experiência, incluímos no roteiro um passeio pelo centro histórico de Teresópolis, carinhosamente chamada de “Capital Nacional do Montanhismo”.

O sábado começou sob um céu azul deslumbrante no centro de Cachoeiras de Macacu, no interior do Rio de Janeiro, um cenário especial e raro durante a Moto Expedição 2020: Belas Rotas.

Apesar de Cachoeiras de Macacu contar com inúmeros atrativos naturais, a proximidade de apenas 40 quilômetros até Guapimirim nos motivou a aproveitar o céu limpo e finalmente realizar um antigo desejo: visitar o Parque Nacional da Serra dos Órgãos.

Com tudo decidido, tomamos um café da manhã rápido, vestimos nossas jaquetas de couro, deixamos as bagagens no quarto do hotel (já reservado para mais uma noite), colocamos os capacetes e seguimos com a Formosa pela rodovia estadual RJ-116.

Rodamos pouco mais de 8 quilômetros até alcançarmos um trevo, onde pegamos a rodovia RJ-122 em direção oeste.

A Rodovia Engenheiro Fernando Mac Dowell (RJ-122) tem apenas 36 quilômetros de extensão, conectando o bairro de Parada Modelo, em Guapimirim, ao bairro Setenta, em Cachoeiras de Macacu, sendo a principal via de acesso à região de Subaio.

A estrada estadual, de pista simples, asfaltada, sem pedágio e com acostamento estreito, serpenteia por entre diversas propriedades rurais, revelando a paisagem típica do interior fluminense.


Rodeados por belas paisagens e com o trânsito fluindo de forma tranquila, chegamos em pouco tempo ao município de Guapimirim, que abriga cerca de 60 mil habitantes e tem impressionantes 70% de seu território situado em áreas de proteção ambiental.


Inclusive, um dos mais emblemáticos cartões-postais do estado do Rio de Janeiro, o imponente Pico Dedo de Deus, está localizado dentro do território de Guapimirim.


O nome Guapimirim tem origem no rio homônimo, por onde antigamente transitavam as tropas que levavam mercadorias rumo ao sertão das Minas Gerais e retornavam carregadas de ouro e pedras preciosas.


Guapimirim deriva do termo tupi-guarani agûapé’ymirim, formado pela junção de agûapé (aguapé), ‘y (rio) e mirim (pequeno), significando “rio pequeno dos aguapés”.


Ao chegarmos ao bairro Parada Modelo, em Guapimirim, fizemos uma rápida parada para comprar água e, em seguida, deixamos a RJ-122 para seguir pela BR-116.


Após percorrer poucos quilômetros pela rodovia federal, o céu azul deu lugar a densas nuvens que se formaram repentinamente. Logo em seguida, chegamos à entrada do Parque Nacional da Serra dos Órgãos — sede Guapimirim, RJ.

Parque Nacional da Serra dos Órgãos – PARNASO | Sede Guapimirim – RJ
O Parque Nacional da Serra dos Órgãos – PARNASO é conhecido por possuir a maior rede de trilhas do Brasil, além de impressionantes cachoeiras. Com mais de 200 km de trilhas ecológicas que atendem a todos os níveis de dificuldade, o parque oferece desde a Trilha Suspensa, acessível para cadeirantes, até a desafiadora Travessia Petrópolis – Teresópolis, com cerca de 30 km de subidas e descidas pelas altas montanhas fluminenses.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar no Parque Nacional da Serra dos Órgãos – PARNASO | Sede Guapimirim – RJ partindo do centro do Rio de Janeiro – Rio de Janeiro – Brasil:
Contatos do Parque Nacional da Serra dos Órgãos – PARNASO | Sede Guapimirim – RJ
- Endereço: Rodovia BR-116, Km 100 | Guapimirim – Rio de Janeiro – Brasil
- Telefones: (21) 2152-1100 | (21) 2642-4072
- E-mail: sac.parnaso@icmbio.gov.br
Para obter informações mais detalhadas, visite o site oficial do Parque Nacional da Serra dos Órgãos – PARNASO.
Horários de Funcionamento
- Terça a domingo: das 7h às 16h
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
*Não é permitida a entrada de animais.
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 4 horas
Recursos para sua Visita

Criado em 1939, o Parque Nacional da Serra dos Órgãos (PARNASO) tem como objetivo proteger a paisagem exuberante e a rica biodiversidade da Serra do Mar, na região serrana do estado do Rio de Janeiro.

Trata-se de uma Unidade de Conservação Federal de Proteção Integral, administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), com a missão principal de preservar amostras representativas dos ecossistemas brasileiros.

O Parque Nacional da Serra dos Órgãos ocupa uma área de 20.024 hectares, distribuída pelos municípios fluminenses de Teresópolis, Petrópolis, Magé e Guapimirim. A unidade conserva mais de 2.800 espécies de plantas catalogadas, 462 espécies de aves, 105 de mamíferos, 103 de anfíbios e 83 de répteis, incluindo 130 animais ameaçados de extinção e diversas espécies endêmicas, exclusivas dessa região.

Reconhecido como um dos melhores destinos do país para a prática de esportes de montanha, o parque atrai adeptos da escalada, caminhada e rapel. Além disso, é famoso por suas cachoeiras deslumbrantes e poços cristalinos, perfeitos para um banho revigorante em meio à natureza.

O Parque Nacional da Serra dos Órgãos (PARNASO) abriga a maior rede de trilhas ecológicas do Brasil, somando mais de 200 quilômetros de caminhos que atendem a todos os níveis de dificuldade. As opções vão desde trilhas leves e acessíveis até a icônica e desafiadora Travessia Petrópolis–Teresópolis, com cerca de 30 quilômetros de subidas e descidas pelas altitudes da Serra do Mar, em meio à exuberante Mata Atlântica.

Ao ingressarmos na sede Guapimirim do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, seguimos por alguns metros em uma estrada estreita e sinuosa até alcançarmos a primeira área de estacionamento. Lá, deixamos a Formosa em repouso e nos preparamos para explorar as belezas naturais do parque.

Próximo ao estacionamento ficam os banheiros, a casa de administração e o Centro de Visitantes Von Martius. Este centro funciona em um charmoso casarão do século XIX, que originalmente pertenceu à antiga Fazenda Barreira do Soberbo. Durante o período imperial, o imóvel foi propriedade do médico Henrique José Dias.

O histórico casarão abriga hoje um pequeno museu com uma exposição permanente de fotos e informações sobre o parque, além de uma maquete detalhada de toda a área do Parque Nacional da Serra dos Órgãos. O espaço também conta com uma valiosa coleção de obras do botânico Von Martius, material especializado sobre meio ambiente, uma videoteca e um auditório destinado à realização de cursos, palestras e seminários.

A sede Guapimirim do PARNASO oferece diversas trilhas que cruzam trechos preservados da Mata Atlântica, com destaque para os belos poços de águas cristalinas formados ao longo do Rio Soberbo.

Optamos por iniciar a exploração do parque pela Trilha do Poço Verde.

Porém, poucos passos adiante, chegamos a uma bifurcação e decidimos seguir pela Trilha do Poço da Preguiça.

Trilha do Poço da Preguiça | Parque Nacional da Serra dos Órgãos – PARNASO | Sede Guapimirim – RJ
Partindo do Centro de Visitantes do PARNASO em Guapimirim – RJ, a trilha para o Poço da Preguiça leva, em média, de 10 a 15 minutos para ser percorrida. O caminho se inicia junto ao da Trilha do Poço Verde, mas, em determinado ponto, há uma bifurcação que segue em direção ao Poço da Preguiça.
Informações da Trilha
Extensão, tempo e nível de dificuldade da trilha:
- Percurso: A trilha possui uma extensão de 330 metros.
- Duração: A média de tempo para completar a trilha é de 15 minutos.
- Nível de Dificuldade: O nível de dificuldade é considerado leve.

Por conta das intensas chuvas que atingiram a região nos dias anteriores, as trilhas estavam bastante úmidas e escorregadias.

Com um pouco mais de atenção e cuidado, conseguimos avançar e aproveitar a beleza do trajeto, mesmo eu enfrentando o desafio das botas com solado escorregadio, batizadas por nós de “solado de sabão”.

Em menos de 15 minutos de caminhada pela trilha bem sinalizada, que tem cerca de 330 metros, chegamos ao Poço da Preguiça.



O Poço da Preguiça é, na verdade, uma sequência de pequenos reservatórios naturais criados ao longo do fabuloso Rio Soberbo.


Esses poços surgem em meio a pequenas quedas d’água, que proporcionam uma verdadeira hidromassagem natural, transformando o local em um ponto perfeito para banhos refrescantes.


As trilhas na sede Guapimirim estão abertas ao público, porém, em função da atual situação da pandemia, os banhos nos poços e cachoeiras encontram-se temporariamente proibidos.


Nos contentamos em registrar o local em fotografias e aproveitar a natureza incrível do Poço da Preguiça, um espaço extremamente agradável e tranquilo.


Passamos alguns minutos absorvendo a energia do Poço da Preguiça antes de nos despedirmos. Retornamos pelo mesmo caminho até a bifurcação, onde seguimos pela Trilha do Poço Verde.


Trilha do Poço Verde | Parque Nacional da Serra dos Órgãos – PARNASO | Sede Guapimirim – RJ
A Trilha do Poço Verde é uma das aventuras mais renomadas do Parque Nacional da Serra dos Órgãos. O Poço Verde é o maior e mais profundo poço na sede de Guapimirim do PARNASO, além de possuir uma série de quedas d’água imponentes.
Informações da Trilha
Extensão, tempo e nível de dificuldade da trilha:
- Percurso: A trilha possui uma extensão de 900 metros.
- Duração: A média de tempo para completar a trilha é de 30 minutos.
- Nível de Dificuldade: O nível de dificuldade é considerado leve.


Poucos metros à frente, chegamos às proximidades do Poço Verde, onde podemos novamente admirar as águas cristalinas do pedregoso Rio Soberbo.


O Rio Soberbo nasce dentro do Parque Nacional da Serra dos Órgãos e deságua no Rio Macacu.


Por nascer no alto da montanha, o Rio Soberbo frequentemente sofre o fenômeno conhecido como tromba d’água, ou cabeça d’água. Nesse processo, as chuvas nas regiões elevadas da serra provocam um aumento rápido e intenso no volume das águas do rio.


Por isso, ao adentrar os poços e cachoeiras do Rio Soberbo, é fundamental observar cuidadosamente as condições meteorológicas e ficar atento às nuvens que se formam no alto da serra.


Finalmente, alcançamos o principal atrativo natural da sede Guapimirim do Parque Nacional da Serra dos Órgãos: o Poço Verde.


O acesso ao Poço Verde se dá por uma espécie de gruta natural formada entre duas enormes rochas.


De águas profundas, geladas e esverdeadas sob a luz do sol, o local reúne um conjunto de cachoeiras, corredeiras e poços (naturais e artificiais) do Rio Soberbo, tornando-se um cenário perfeito para um banho revigorante.


Como não era permitido entrar na água, desfrutamos da beleza do local por alguns instantes e, logo depois, retornamos ao estacionamento, onde a Formosa nos esperava pacientemente.


No estacionamento, próximo ao Centro de Visitantes Von Martius, iniciamos a caminhada pela trilha que conduz ao poço conhecido como Mãe D’Água.


Seguimos pela trilha, adentrando a densa Mata Atlântica, até alcançarmos o segundo estacionamento.


O Parque Nacional da Serra dos Órgãos, na sede Guapimirim – RJ, conta com vários estacionamentos distribuídos ao longo da estreita estrada asfaltada que corta o parque. Essa infraestrutura facilita o acesso dos visitantes aos principais atrativos, evitando que precisem percorrer longas distâncias a pé.


Inclusive, para quem escolhe explorar o parque a pé (como fizemos) é comum caminhar por trechos da estrada, que serve de ligação entre o término de uma trilha e o início de outra.


Depois da Trilha do Poço da Mãe D’Água, seguimos pela curta Trilha do Poço da Caninana.


Trilha do Poço da Caninana | Parque Nacional da Serra dos Órgãos – PARNASO | Sede Guapimirim – RJ
A Trilha do Poço da Caninana, com cerca de 130 metros de percurso, leva a um poço formado em um riacho paralelo ao Rio Soberbo.
Informações da Trilha
Extensão, tempo e nível de dificuldade da trilha:
- Percurso: A trilha possui uma extensão de 130 metros.
- Duração: A média de tempo para completar a trilha é de 10 minutos.
- Nível de Dificuldade: O nível de dificuldade é considerado leve.


A Trilha do Poço da Caninana, com cerca de 130 metros de extensão, conduz até um poço formado em um riacho que corre paralelo ao Rio Soberbo.


Por fim, iniciamos a Trilha do Poço da Capela.



Trilha do Poço da Capela | Parque Nacional da Serra dos Órgãos – PARNASO | Sede Guapimirim – RJ
Próximo à histórica Capela de Nossa Senhora da Conceição do Soberbo, é possível desfrutar de um revigorante banho neste poço com cachoeira.
Informações da Trilha
Extensão, tempo e nível de dificuldade da trilha:
- Percurso: A trilha possui uma extensão de 230 metros.
- Duração: A média de tempo para completar a trilha é de 20 minutos.
- Nível de Dificuldade: O nível de dificuldade é considerado leve.


A trilha se estende por cerca de 230 metros, conduzindo até o encantador Poço da Capela.


O poço está localizado ao lado de uma capela histórica e de grande importância, que dá nome ao local.


Trata-se da Capela de Nossa Senhora da Conceição do Soberbo.


A charmosa capela, datada de 1713, está situada em uma pequena ilha formada por dois braços do Rio Soberbo.


De acordo com alguns registros históricos, os primeiros batismos da família real e da corte portuguesa teriam sido realizados nesse pequeno templo, situado no antigo leito da estrada de ferro que ligava o Porto de Piedade, em Magé, à cidade de Teresópolis, RJ.


Erguida em estilo barroco, a Capela de Nossa Senhora da Conceição do Soberbo é tombada pelo INEPAC e representa um valioso remanescente histórico do período de ocupação colonial no recôncavo da Guanabara.


A capela é coberta por telhas francesas e antecedida por um terreno delimitado por muros de arrimo.


Após conhecer a histórica capela, seguimos em direção ao Poço da Capela.


Foi ali que comprei meu primeiro terreno em terras fluminenses: um cantinho especial dentro do Parque Nacional da Serra dos Órgãos — sede Guapimirim.


Como acabei caindo em uma área repleta de pedras, ao menos pude comprovar a eficiência da calça de motociclista feita em cordura, com protetores homologados, que me poupou de dores e hematomas mais sérios, especialmente na região do quadril e das nádegas.


Como a câmera fotográfica estava comigo no momento da queda, infelizmente (ou felizmente) esse glorioso episódio não pôde ser eternizado em imagens.


Com o terreno devidamente comprado, registrado e reconhecido, levantei, sacudi a calça, lancei alguns impropérios à fabricante da bota que usava e dei os últimos passos até o belíssimo Poço da Capela.


As águas do Rio Soberbo se dividem ao encontrar um aglomerado rochoso no leito do rio, formando duas pequenas cachoeiras que se unem novamente aos pés das quedas, dando origem ao belo Poço da Capela.


As pedras ao redor do local são extremamente lisas, especialmente por estarem molhadas, o que me obrigou a chegar ali engatinhando. Pelo menos consegui me manter em pé para registrar o momento em uma foto.


Assim, nossa caminhada pelo Parque Nacional da Serra dos Órgãos – sede Guapimirim chegou ao fim. Ao retornarmos para resgatar a Formosa, fomos agraciados mais uma vez com a presença de um ágil caxinguelê, também conhecido como esquilo brasileiro, entre a vegetação.


Agora que somos proprietários simbólicos de um “terreno” no Parque Nacional da Serra dos Órgãos – sede Guapimirim, pretendemos retornar mais vezes, preferencialmente em dias de sol.


Dessa forma, nos despedimos do Parque Nacional da Serra dos Órgãos — sede Guapimirim, e retomamos a viagem pela rodovia BR-116.


Como era de se esperar, esse trecho da rodovia federal atravessa uma parte do PARNASO, oferecendo uma paisagem ao redor da estrada simplesmente deslumbrante.


Tudo isso emoldurado por uma estrada asfaltada e sinuosa, que corta a Serra do Mar em meio à exuberante Mata Atlântica, repleta de curvas fechadas e trechos com acentuado desnível.


Um verdadeiro paraíso para os amantes do motociclismo!



A rodovia BR-116 tem início em Fortaleza, no estado do Ceará, e termina em Jaguarão, no Rio Grande do Sul, na fronteira com o Uruguai. Junto à BR-101, é um dos principais eixos rodoviários do país, sendo também a maior rodovia totalmente pavimentada do Brasil, com pouco mais de 4.700 quilômetros de extensão.


Ao longo de seu extenso percurso, a rodovia federal BR-116 recebe diferentes denominações. Entre elas, destaca-se o nome Rodovia Santos Dumont, utilizado do quilômetro zero em Fortaleza até o entroncamento com a BR-040, no estado do Rio de Janeiro.


Após vencer diversas curvas durante a subida da Serra Guapimirim – Teresópolis, fizemos uma pausa em uma área de escape à beira da rodovia, onde está localizada a Santa da Serra de Guapimirim.


O singelo altar, localizado ao lado de uma queda d’água do Rio Iconha e que abriga a Santinha da Serra de Guapimirim, foi inaugurado em 1º de agosto de 1959, juntamente com a abertura da rodovia. A homenagem presta tributo aos trabalhadores que perderam a vida em acidentes durante a execução do projeto, além de simbolizar o agradecimento pela conclusão das obras.


Deste ponto, é possível avistar o icônico Dedo de Deus, um pico com 1.692 metros de altitude. Em dias claros (o que infelizmente não era o caso), seu contorno se destaca no horizonte, lembrando uma mão com o dedo indicador apontado para o céu.


A curiosa formação rochosa é tão emblemática que figura nas bandeiras do estado do Rio de Janeiro e dos municípios de Guapimirim, Magé e Teresópolis, sendo também reconhecida como um dos maiores símbolos do alpinismo brasileiro.


Após a breve parada, percorremos mais alguns quilômetros pela BR-116 até alcançarmos o Mirante do Soberbo, já no alto da serra.


O belvedere, também chamado de Mirante da Vista Soberba, proporciona uma vista espetacular de alguns dos principais picos da Serra dos Órgãos, como o Escalavrado (1.406 m), o Dedo de Nossa Senhora (1.320 m), o imponente Dedo de Deus (1.692 m), a Cabeça de Peixe (1.680 m), entre outras formações impressionantes.


O nome Serra dos Órgãos foi atribuído pelos colonizadores portugueses, que, ao se depararem com a impressionante cadeia de montanhas, associaram o formato alongado de seus picos aos tubos dos antigos órgãos utilizados nas igrejas.


Além da imponente Serra dos Órgãos, o Mirante do Soberbo proporciona uma vista panorâmica da Baía de Guanabara, de trechos da Baixada Fluminense, da cidade do Rio de Janeiro e de outras áreas que compõem a região metropolitana do Grande Rio.



O lugar é, de fato, soberbo – daqueles que exigem uma pausa desacelerada, um respiro profundo e um olhar atento, mesmo sob um céu nublado como o de hoje.



Após longos minutos de contemplação e uma torcida — infelizmente em vão — para que as nuvens se afastassem do cume da Serra dos Órgãos, retomamos a viagem rumo ao centro da encantadora cidade serrana de Teresópolis, RJ.


Teresópolis, reconhecida como a “Capital Nacional do Montanhismo”, abriga aproximadamente 165 mil habitantes e ostenta o título de cidade mais alta do estado do Rio de Janeiro. Localizada a 871 metros acima do nível do mar, essa altitude contribui para seu clima ameno e a consolida como uma das cidades mais frias da região.

A área onde atualmente se encontra Teresópolis era originalmente habitada pelos índios timbiras no século XVI. Com o passar do tempo, tornou-se refúgio para escravizados fugitivos das plantações de cana-de-açúcar da Baixada Fluminense, que estabeleceram o Quilombo da Serra, uma importante comunidade de resistência no interior da Serra do Mar.


Em 1821, o português de origem inglesa George March adquiriu uma vasta gleba de terra, que transformou em uma fazenda-modelo. A sede dessa propriedade ficava onde hoje está o Bairro do Alto, marco histórico na formação da região.


A Fazenda Santo Antônio, também conhecida como Fazenda Sant’Ana do Paquequer, deu origem ao primeiro povoado expressivo ao longo da rota que ligava a corte à província das Minas Gerais. Essa fazenda impulsionou o crescimento da agricultura, pecuária e do turismo, pilares essenciais para o desenvolvimento regional.


O turismo, aliás, era especialmente valorizado pela Família Imperial, que se encantou profundamente pelas belezas naturais e pelo clima ameno da região serrana fluminense.


Em 6 de julho de 1891, o governador do estado, Francisco Portella, elevou a freguesia à condição de município, desmembrando-a de Magé e batizando-a como Teresópolis, em homenagem à imperatriz Teresa Cristina, que havia falecido dois anos antes.


O nome do município resulta da combinação do antropônimo “Teresa” com o termo grego Pólis (cidade), formando Teresópolis, que significa literalmente “Cidade de Teresa”.


Chegando ao centro de Teresópolis, paramos para almoçar.



Logo depois, partimos para conhecer algumas trilhas ecológicas do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, desta vez na sede Teresópolis, RJ.

Parque Nacional da Serra dos Órgãos – PARNASO | Sede Teresópolis – RJ
A entrada principal do Parque Nacional da Serra dos Órgãos (PARNASO) fica na área urbana de Teresópolis, ao lado da ponte sobre o Rio Paquequer, próximo ao Mirante do Soberbo.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar no Parque Nacional da Serra dos Órgãos – PARNASO | Sede Teresópolis – RJ partindo do centro de Petrópolis – Rio de Janeiro – Brasil:
Contatos do Parque Nacional da Serra dos Órgãos – PARNASO | Sede Teresópolis – RJ
- Endereço: Avenida Rotariana – Soberbo | Teresópolis – Rio de Janeiro – Brasil
- Telefones: (21) 2152-1100 | (21) 2642-4072
- E-mail: sac.parnaso@icmbio.gov.br
Para obter informações mais detalhadas, visite o site oficial do Parque Nacional da Serra dos Órgãos – PARNASO.
Horários de Funcionamento
- Terça a domingo: das 7h às 16h
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
*Não é permitida a entrada de animais.
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 9 horas
Recursos para sua Visita

Assim como na sede Guapimirim, em Teresópolis o Parque Nacional da Serra dos Órgãos oferece uma ampla variedade de trilhas, ideais para quem deseja explorar a rica biodiversidade da Mata Atlântica e desfrutar das paisagens naturais preservadas deste trecho serrano fluminense.

Logo ao ingressarmos no parque, seguimos diretamente para o Centro de Visitantes, em busca de orientações sobre as trilhas e atrativos disponíveis, levando em conta o horário já avançado da nossa chegada.


Munidos das informações obtidas, seguimos com a Formosa até o final da estreita e sinuosa estrada que percorre grande parte do parque, em um trajeto de cerca de 3 quilômetros.


Ao final da estrada, encontramos um estacionamento nas proximidades da Praça da Barragem, local que abriga um importante sistema de captação de água responsável pelo abastecimento da cidade de Teresópolis, RJ.


Ao longo da estreita estrada que corta a sede Teresópolis do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, estão distribuídos os acessos às principais trilhas, além de diversas áreas de estacionamento que tornam mais prático o deslocamento entre os atrativos naturais do parque.


Ainda na Praça da Barragem, está localizado o ponto de partida da Trilha Suspensa.

Trilha Suspensa | Parque Nacional da Serra dos Órgãos – PARNASO | Sede Teresópolis – RJ
Uma das grandes atrações do PARNASO, a Trilha Suspensa começa na Praça da Barragem. Com piso de madeira e corrimão, a trilha é acessível até para cadeirantes, permitindo que todos possam desfrutar da beleza da Mata Atlântica.
Informações da Trilha
Extensão, tempo e nível de dificuldade da trilha:
- Percurso: A trilha possui uma extensão de 1.300 metros.
- Duração: A média de tempo para completar a trilha é de 30 minutos.
- Nível de Dificuldade: O nível de dificuldade é considerado leve.

A Trilha Suspensa, um dos destaques da sede Teresópolis do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, possui 1.300 metros de extensão e foi construída sobre um antigo aqueduto datado do início do século XX.

Elevada em relação ao solo, a Trilha Suspensa atravessa um belíssimo trecho preservado da Mata Atlântica, oferecendo uma perspectiva privilegiada da vegetação e permitindo a observação próxima da copa das árvores.

Avançamos pela passarela de madeira com corrimão, que torna a trilha acessível para cadeirantes, embora estivesse bastante escorregadia naquele dia. Após alguns minutos de caminhada, encontramos um trecho interditado, o que nos impediu de completar o percurso.


Voltamos à Praça da Barragem e optamos por uma trilha mais curta, com piso natural, que conduz ao Poço do Beija-Flor.


O Poço do Beija-Flor, formado pelo rio homônimo, destaca-se pela sua beleza singular. Em razão da pandemia, o banho nas águas naturais da sede Teresópolis do PARNASO também estava proibido.


Após conhecer o Poço do Beija-Flor, retornamos ao estacionamento, embarcamos na Formosa e continuamos pela estrada de paralelepípedo que atravessa uma área do parque nacional.


Estacionamos a Formosa no segundo estacionamento e iniciamos mais uma caminhada pelas trilhas do parque.


Percorremos alguns metros pela estrada, que em certos trechos é compartilhada por pedestres e veículos, até alcançarmos a ponte que atravessa o Rio Paquequer.


Ali demos de cara com a saída da Trilha Suspensa, que possui formato circular. Apesar de parte do percurso estar interditada para manutenção, avançamos desde o começo da trilha até a área bloqueada e, agora, decidimos fazer o mesmo no sentido oposto, caminhando do final da trilha até encontrar o outro ponto interditado.


Após subir e descer vários degraus, percorremos aproximadamente 500 metros até alcançar a encantadora Cachoeira Ceci e Peri, que sinaliza o início (ou fim) da área interditada da trilha.


Encantados com a beleza da Cachoeira Ceci e Peri, retornamos à estrada e seguimos até o ponto de partida da Trilha Cartão Postal, que seria nossa próxima aventura.

Trilha Cartão Postal | Parque Nacional da Serra dos Órgãos – PARNASO | Sede Teresópolis – RJ
A Trilha Cartão Postal é uma excelente escolha para quem deseja apreciar vistas deslumbrantes da Serra dos Órgãos. Este percurso ecológico atravessa áreas de floresta e leva a um mirante com uma vista espetacular do Pico Dedo de Deus, oferecendo uma das melhores perspectivas da cadeia de montanhas.
Informações da Trilha
Extensão, tempo e nível de dificuldade da trilha:
- Percurso: A trilha possui uma extensão de 1.200 metros.
- Duração: A média de tempo para completar a trilha é de 50 minutos.
- Nível de Dificuldade: O nível de dificuldade é considerado moderado.

Apesar do céu nublado e da garoa fina, a caminhada pela mata densa ofereceu uma imersão completa na natureza, onde o ar úmido e o frescor da chuva criaram uma atmosfera encantadora ao longo do trajeto.


Ao percorrer a Trilha do Cartão Postal, caminhamos ao lado de árvores gigantescas, destacando-se um jequitibá imponente, com seu tronco esguio e majestoso que impressiona pela grandiosidade.


Após cerca de 50 minutos de caminhada, enfrentando uma íngreme subida na maior parte do trajeto, alcançamos o renomado Mirante do Cartão Postal.


O mirante oferece uma vista espetacular e panorâmica da cadeia montanhosa da Serra dos Órgãos, com destaque para o emblemático Pico Dedo de Deus.



Do Mirante do Cartão Postal, avistam-se com clareza o Pico do Escalavrado, Dedo de Nossa Senhora, Dedo de Deus, Cabeça de Peixe, Santo Antônio, São João, São Pedro, Capucho do Frade e Nariz do Frade. Essa visão abrangente revela toda a grandiosidade e beleza da Serra dos Órgãos em seu esplendor máximo.


Isso, naturalmente, quando o clima ajuda, algo que, infelizmente, não foi o caso em nossa visita.

Envoltos por uma neblina densa e sob uma leve garoa, nossa visão no mirante ficou restrita a poucos metros.

Mesmo assim, registramos nossa passagem com uma foto da placa que mostrava a vista esperada ao lado da paisagem real que encontramos. Dessa forma, o Mirante do Cartão Postal no Parque Nacional da Serra dos Órgãos permanece na nossa lista de locais a serem revisitados, de preferência em um dia de céu azul.

Com o relógio marcando perto das 17h, aceleramos o passo na trilha, sem sequer parar para fotografar. A escuridão que caía rapidamente sobre a mata fechada no entardecer foi surpreendente.

De volta ao estacionamento, reencontramos a Formosa e nos despedimos da sede Teresópolis do Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Logo após, seguimos para um passeio pelo centro da cidade.

Passamos pela Casa da Memória Arthur Dalmasso, que atualmente abriga a Secretaria de Cultura de Teresópolis, um espaço dedicado à preservação da história e das tradições locais.

Tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC) em 2004, a charmosa Casa da Memória Arthur Dalmasso foi erguida na década de 1920 pelo prefeito José Lino de Oliveira Leite em homenagem à sua esposa, Cecília da Silva Leite.

A edificação reúne diferentes estilos arquitetônicos, como o normando, neoclássico e art-nouveau, e destaca-se pelos belos ladrilhos portugueses, além dos metais e vidros importados da França.

O nome atual da casa presta homenagem a Arthur Dalmasso, médico, pintor, poeta e deputado, que também foi um dos fundadores da Academia Teresópolitana de Letras, da SOARTES e da Faculdade de Medicina de Teresópolis, hoje UNIFESO.

Como a Casa da Memória Arthur Dalmasso estava fechada, seguimos pela animada Calçada da Fama, ponto de encontro vibrante no centro de Teresópolis, RJ.

Na sequência, dirigimo-nos à Praça Baltazar da Silveira, que encantava com sua decoração natalina, criando um clima festivo e acolhedor.

A praça está situada defronte à Igreja de Santa Teresa d’Ávila, reforçando o charme histórico e cultural do local.


Paróquia de Santa Teresa d’Ávila – Igreja Matriz de Teresópolis
A Paróquia de Santa Teresa d’Ávila – Igreja Matriz de Teresópolis, exibe arquitetura neogótica e sobressai-se pela imponente volumetria da torre em sua fachada principal.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar na Paróquia de Santa Teresa d’Ávila – Igreja Matriz de Teresópolis partindo do centro de São Paulo – São Paulo – Brasil:
Contatos da Paróquia de Santa Teresa d’Ávila – Igreja Matriz de Teresópolis
- Endereço: Praça Baltazar da Silveira, 65 – Centro | Teresópolis – Rio de Janeiro – Brasil
- Telefone: (21) 2742-2963
- E-mail: psteresa.tere@gmail.com
Para obter informações mais detalhadas, visite a página oficial da Paróquia de Santa Teresa d’Ávila – Igreja Matriz de Teresópolis no Instagram.
Horários de Funcionamento
- Segunda a sábado: das 9h às 12h e das 14h às 18h
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 30 minutos


A Paróquia de Santa Teresa d’Ávila – Igreja Matriz de Teresópolis, exibe arquitetura neogótica e sobressai-se pela imponente volumetria da torre em sua fachada principal.


As laterais da igreja são realçadas por contrafortes, intercalados por vitrais tchecos com verga ogival, que retratam cenas bíblicas em cores vibrantes.


Na época da construção do templo, os vitrais desempenhavam um papel essencial ao auxiliar os fiéis analfabetos na compreensão dos textos bíblicos através de suas ilustrações.


Da igreja matriz, seguimos a caminhada até a Prefeitura Municipal de Teresópolis.


Na sequência, deixamos o centro da cidade e seguimos até outro importante templo religioso de Teresópolis: a Paróquia de Santo Antônio de Paquequer.


Igreja de Santo Antônio de Paquequer
Consagrada em 1934, a charmosa Igreja de Santo Antônio de Paquequer apresenta estilo arquitetônico nórdico, com destaque para seu arco ogival na entrada, que confere ao templo um aspecto singular e acolhedor.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar na Igreja de Santo Antônio de Paquequer partindo do centro de Florianópolis – Santa Catarina – Brasil:
Contatos da Igreja de Santo Antônio de Paquequer
- Endereço: Avenida Oliveira Botelho, 620 – Alto | Teresópolis – Rio de Janeiro – Brasil
- Telefone: (21) 98495-1877
- E-mail: psat@diocesepetropolis.org.br
Para obter informações mais detalhadas, visite a página oficial da Igreja de Santo Antônio de Paquequer no Instagram.
Horários de Funcionamento
- Segunda a sábado: das 9h às 18h
- Domingo: das 19h às 21h
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 30 minutos


Consagrada em 1934, a charmosa Igreja de Santo Antônio de Paquequer apresenta estilo arquitetônico nórdico, com destaque para seu arco ogival na entrada, que confere ao templo um aspecto singular e acolhedor.


O fundo do altar da Igreja de Santo Antônio de Paquequer é adornado por um belíssimo painel assinado pelo artista Max Grossmann, cuja obra contribui para a atmosfera serena e artística do pequeno templo.


Com o crescimento do número de fiéis ao longo dos anos, tornou-se necessária a construção de um novo templo ao lado da antiga Igreja de Santo Antônio de Paquequer. A nova edificação, mais ampla e moderna, contrasta visivelmente com a arquitetura original, destacando ainda mais o valor histórico da construção antiga.


À medida que a noite se aproximava, deixamos a igreja para trás e seguimos até a Fonte Judite, um dos marcos tradicionais de Teresópolis, RJ.

A pitoresca fonte de água mineral, conhecida como Fonte Judite — ou Judith —, data da década de 1920. Conta-se que, naquele ano, um comerciante do Rio de Janeiro que mantinha uma casa de veraneio em Teresópolis descobriu que sua filha, Judite, sofria de problemas estomacais. Para auxiliar na recuperação, mãe e filha passaram a fazer caminhadas diárias pela Rua Melo Franco até uma nascente de onde brotava uma água cristalina da montanha. Ali, além de se refrescarem e beberem da água, faziam suas preces a Nossa Senhora de Lourdes, santa de sua devoção.

Com o passar do tempo, a saúde de Judite melhorou consideravelmente, atribuída às propriedades medicinais da água da nascente. Seu pai, então, decidiu construir uma fonte no local. Anos depois, o senhor Luiz de Oliveira vendeu as terras ao empresário Arnaldo Guinle, que manteve a construção original, preservou o nome da fonte e a embelezou com pinhas e azulejos portugueses.
Também foi instalada no topo uma imagem de Nossa Senhora de Lourdes, além das célebres trovas, um gradil de ferro e as iniciais “AG” (de Arnaldo Guinle), o novo proprietário. Até hoje, a água da Fonte Judite é periodicamente analisada pela Secretaria de Saúde de Teresópolis, e já nas primeiras análises foi identificado o elemento químico radônio, substância que teria contribuído para a recuperação da menina Judite.

Já era noite quando nos despedimos de Teresópolis e retomamos a BR-116 rumo a Cachoeiras de Macacu, onde estávamos hospedados. Assim que iniciamos a descida da serra, fomos surpreendidos por um forte temporal, que chegou sem aviso e não nos deu sequer tempo para vestir as capas de chuva.

Rodamos apenas cinco quilômetros até o tradicional Posto Garrafão, percurso suficiente para chegarmos completamente encharcados. Já molhados, colocamos as capas de chuva e seguimos sob o aguaceiro até o hotel, onde chegamos com frio e improvisamos varais no quarto para pendurar as roupas e capas, na esperança de que estivessem secas até o dia seguinte.

Acima o mapa com o trajeto percorrido no dia entre Cachoeiras de Macacu e Teresópolis, passando por Guapimirim – RJ.


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