Brasil • Expedição 2020: Belas Rotas • Guapimirim • Rio de Janeiro • Teresópolis
Parque Nacional da Serra dos Órgãos: Trilhas, Cachoeiras e Atrações em Guapimirim e Teresópolis – RJ
21 de Novembro, 2020Explore o PARNASO em Guapimirim e Teresópolis, RJ. Descubra trilhas icônicas como a Suspensa e a Cartão Postal, cachoeiras deslumbrantes e a vista inesquecível do Mirante do Soberbo!
Aproveitamos o céu azul das primeiras horas do dia em Cachoeiras de Macacu para seguir com a Formosa até os municípios de Guapimirim e Teresópolis, RJ. Nosso objetivo era explorar algumas das principais trilhas ecológicas do Parque Nacional da Serra dos Órgãos (PARNASO), conhecer o famoso Mirante do Soberbo e apreciar a icônica formação rochosa do Dedo de Deus. Também incluímos em nosso roteiro uma caminhada pelo centro histórico de Teresópolis, conhecida como a “Capital Nacional do Montanhismo”.
No sábado, o dia amanheceu ensolarado em Cachoeiras de Macacu – Rio de Janeiro, um verdadeiro privilégio durante a Expedição 2020: Belas Rotas.
Empolgados com o sol e o céu azul, não perdemos tempo. Tomamos café da manhã cedo, vestimos nossas jaquetas de couro, colocamos os capacetes e partimos com a Formosa pela rodovia RJ-122 em direção a Guapimirim, rumo ao Parque Nacional da Serra dos Órgãos.
A estrada estadual, de pista simples e asfaltada, com um acostamento estreito, serpenteia por diversas propriedades rurais.
Com 36 quilômetros de extensão, a rodovia RJ-122 liga o bairro de Parada Modelo, em Guapimirim, ao bairro Setenta, em Cachoeiras de Macacu, servindo como a principal via de acesso à região de Subaio.
Cercados por belas paisagens e com trânsito fluindo tranquilamente, chegamos rapidamente ao município de Guapimirim, que abriga cerca de 60.000 habitantes e tem 70% de seu território em áreas de proteção ambiental.
Inclusive, um dos cartões postais do estado do Rio de Janeiro, o Pico Dedo de Deus, está localizado dentro do território de Guapimirim.
O nome Guapimirim origina-se do rio homônimo, por onde passavam as tropas que transportavam mercadorias para o sertão das Minas Gerais, de onde retornavam com ouro e pedras preciosas.
O termo Guapimirim tem origem no tupi (agûapé’ymirim) e significa “rio pequeno dos aguapés”.
Ao chegarmos no bairro de Parada Modelo, já em Guapimirim – RJ, fizemos uma breve parada para comprar água e, em seguida, deixamos a RJ-122 para seguir pela BR-116.
Após percorrer poucos quilômetros pela rodovia federal, o céu azul foi tomado por densas nuvens. Em seguida, chegamos à entrada da sede Guapimirim do Parque Nacional da Serra dos Órgãos.
Parque Nacional da Serra dos Órgãos – PARNASO | Sede Guapimirim – RJ
O Parque Nacional da Serra dos Órgãos – PARNASO é conhecido por possuir a maior rede de trilhas do Brasil, além de impressionantes cachoeiras. Com mais de 200 km de trilhas ecológicas que atendem a todos os níveis de dificuldade, o parque oferece desde a Trilha Suspensa, acessível para cadeirantes, até a desafiadora Travessia Petrópolis – Teresópolis, com cerca de 30 km de subidas e descidas pelas altas montanhas fluminenses.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar no Parque Nacional da Serra dos Órgãos – PARNASO | Sede Guapimirim – RJ partindo do centro do Rio de Janeiro – Rio de Janeiro – Brasil:
Contatos do Parque Nacional da Serra dos Órgãos – PARNASO | Sede Guapimirim – RJ
- Endereço: Rodovia BR-116, Km 100 | Guapimirim – Rio de Janeiro – Brasil
- Telefones: (21) 2152-1100 | (21) 2642-4072
- E-mail: sac.parnaso@icmbio.gov.br
Para obter informações mais detalhadas, visite o site oficial do Parque Nacional da Serra dos Órgãos – PARNASO.
Horários de Funcionamento
- Todos os dias: 8h00 às 16h00
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
*Não é permitida a entrada de animais.
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 4 horas
Recursos para sua Visita
O Parque Nacional da Serra dos Órgãos (PARNASO) foi criado em 1939 com o objetivo de proteger a excepcional paisagem e a biodiversidade da Serra do Mar na região serrana do Rio de Janeiro.
É uma Unidade de Conservação Federal de Proteção Integral, subordinada ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), cujo objetivo maior é o de preservar amostras representativas dos ecossistemas nacionais.
O Parque Nacional da Serra dos Órgãos abrange uma área de 20.024 hectares nos municípios fluminenses de Teresópolis, Petrópolis, Magé e Guapimirim. Ele protege mais de 2.800 espécies de plantas catalogadas, 462 espécies de aves, 105 de mamíferos, 103 de anfíbios e 83 de répteis, incluindo 130 animais ameaçados de extinção e diversas espécies endêmicas, que só ocorrem nesta região.
É considerado um dos melhores locais do país para a prática de esportes de montanha, como escalada, caminhada e rapel. O parque também é conhecido por suas fantásticas cachoeiras e poços ideais para banhos.
O PARNASO possui a maior rede de trilhas ecológicas do Brasil, com mais de 200 quilômetros de extensão que atendem a todos os níveis de dificuldade. As trilhas variam desde percursos leves até a desafiadora Travessia Petrópolis – Teresópolis, com aproximadamente 30 km de subidas e descidas pela parte alta das montanhas em meio à exuberante Mata Atlântica.
Ao adentrarmos na sede Guapimirim do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, percorremos alguns metros por uma estreita e sinuosa estrada até chegar à primeira área de estacionamento. Lá, deixamos a Formosa repousando e partimos para explorar o local.
Próximo ao estacionamento estão os banheiros, a casa de administração e o Centro de Visitantes Von Martius. Este último funciona em um casarão do século XIX, que pertenceu à antiga Fazenda Barreira do Soberbo. Durante o Império, o casarão foi propriedade do médico Henrique José Dias.
O histórico casarão abriga um pequeno museu que exibe uma exposição permanente com fotos e informações sobre o parque, além de uma maquete completa da área do Parque Nacional da Serra dos Órgãos. O local também conta com uma interessante coleção de obras do botânico Von Martius, material especializado sobre meio ambiente, uma videoteca e um auditório para cursos, palestras e seminários.
A sede Guapimirim do PARNASO oferece diversas trilhas que atravessam a Mata Atlântica, com destaque para os poços formados ao longo do Rio Soberbo.
Decidimos começar a exploração do parque nacional pela Trilha do Poço Verde.
No entanto, poucos passos adiante, encontramos uma bifurcação e optamos por seguir pela Trilha do Poço da Preguiça.
Trilha do Poço da Preguiça | Parque Nacional da Serra dos Órgãos – PARNASO | Sede Guapimirim – RJ
Partindo do Centro de Visitantes do PARNASO em Guapimirim – RJ, a trilha para o Poço da Preguiça leva, em média, de 10 a 15 minutos para ser percorrida. O caminho se inicia junto ao da Trilha do Poço Verde, mas, em determinado ponto, há uma bifurcação que segue em direção ao Poço da Preguiça.
Informações da Trilha
Extensão, tempo e nível de dificuldade da trilha:
- Percurso: A trilha possui uma extensão de 330 metros.
- Duração: A média de tempo para completar a trilha é de 15 minutos.
- Nível de Dificuldade: O nível de dificuldade é considerado leve.
Devido às intensas chuvas que atingiram a região nos últimos dias, as trilhas estavam bastante úmidas e escorregadias.
No entanto, com um pouco mais de atenção e cuidado, conseguimos avançar e apreciar a beleza do percurso, mesmo com minhas botas de solado de sabão.
Em menos de 15 minutos de caminhada pelo bem demarcado percurso de aproximadamente 330 metros, chegamos ao Poço da Preguiça.
O Poço da Preguiça é, na verdade, uma série de pequenos poços ao longo do Rio Soberbo.
Esses poços são formados por pequenas quedas d’água, que transformam o local em um excelente ponto para banho, oferecendo uma hidromassagem natural.
As trilhas na sede Guapimirim estão abertas ao público, no entanto, devido à pandemia, os banhos nos poços e cachoeiras estão proibidos.
Nos contentamos em fotografar o local e aproveitar a natureza incrível do Poço da Preguiça, um lugar extremamente agradável e tranquilo.
Passamos alguns minutos aproveitando toda a energia do Poço da Preguiça antes de nos despedirmos. Retornamos pelo mesmo trajeto até a bifurcação, onde avançamos pela Trilha do Poço Verde.
Trilha do Poço Verde | Parque Nacional da Serra dos Órgãos – PARNASO | Sede Guapimirim – RJ
A Trilha do Poço Verde é uma das aventuras mais renomadas do Parque Nacional da Serra dos Órgãos. O Poço Verde é o maior e mais profundo poço na sede de Guapimirim do PARNASO, além de possuir uma série de quedas d’água imponentes.
Informações da Trilha
Extensão, tempo e nível de dificuldade da trilha:
- Percurso: A trilha possui uma extensão de 900 metros.
- Duração: A média de tempo para completar a trilha é de 30 minutos.
- Nível de Dificuldade: O nível de dificuldade é considerado leve.
Poucos metros adiante, chegamos nas proximidades do Poço Verde, onde é possível novamente admirar o pedregoso Rio Soberbo.
O Rio Soberbo tem sua nascente dentro do Parque Nacional da Serra dos Órgãos e desagua no Rio Macacu.
Devido à sua nascente no alto da montanha, é comum ocorrer o fenômeno de tromba d’água, também conhecido como cabeça d’água. Nesse fenômeno, as chuvas nas áreas mais altas da serra causam um aumento rápido e significativo no volume de água do rio.
Por isso, é crucial, ao entrar nos poços e cachoeiras do Rio Soberbo, observar atentamente as condições meteorológicas e monitorar as nuvens ao redor do alto da serra.
Finalmente, chegamos ao principal atrativo natural da sede Guapimirim do Parque Nacional da Serra dos Órgãos: o Poço Verde.
O Poço Verde é acessado por meio de uma espécie de gruta formada por duas enormes rochas.
De águas profundas, geladas e esverdeadas (sob luz solar), o local conta também com um conjunto de cachoeiras, corredeiras e poços artificiais e naturais do Rio Soberbo, perfeito para um refrescante banho.
Como estávamos impedidos de adentrar na água, apreciamos a beleza local por alguns instantes e, em seguida, retornamos ao estacionamento, onde a Formosa nos aguardava pacientemente.
No estacionamento, nas proximidades do Centro de Visitantes Von Martius, começamos a trilha que leva ao poço chamado Mãe D’Água.
Seguimos por esta trilha, avançando pela densa floresta da Mata Atlântica, até chegarmos ao segundo estacionamento.
Sim, o Parque Nacional da Serra dos Órgãos, na sede Guapimirim – RJ, possui vários estacionamentos espalhados ao longo da estreita estrada asfaltada que atravessa parte do parque. Essa infraestrutura facilita a locomoção de visitantes que desejam conhecer alguns dos atrativos sem precisar percorrer toda a área a pé.
Inclusive, para quem optar por explorar o parque a pé, é necessário percorrer a estrada em alguns trechos, pois ela conecta o fim de uma trilha ao início de outra.
Após a Trilha do Poço da Mãe D’Água, percorremos a curta Trilha do Poço da Caninana.
Trilha do Poço da Caninana | Parque Nacional da Serra dos Órgãos – PARNASO | Sede Guapimirim – RJ
A Trilha do Poço da Caninana, com cerca de 130 metros de percurso, leva a um poço formado em um riacho paralelo ao Rio Soberbo.
Informações da Trilha
Extensão, tempo e nível de dificuldade da trilha:
- Percurso: A trilha possui uma extensão de 130 metros.
- Duração: A média de tempo para completar a trilha é de 10 minutos.
- Nível de Dificuldade: O nível de dificuldade é considerado leve.
A Trilha do Poço da Caninana, com aproximadamente 130 metros de percurso, leva até um poço formado em um riacho paralelo ao Rio Soberbo.
Por fim, adentramos na Trilha do Poço da Capela.
Trilha do Poço da Capela | Parque Nacional da Serra dos Órgãos – PARNASO | Sede Guapimirim – RJ
Próximo à histórica Capela de Nossa Senhora da Conceição do Soberbo, é possível desfrutar de um revigorante banho neste poço com cachoeira.
Informações da Trilha
Extensão, tempo e nível de dificuldade da trilha:
- Percurso: A trilha possui uma extensão de 230 metros.
- Duração: A média de tempo para completar a trilha é de 20 minutos.
- Nível de Dificuldade: O nível de dificuldade é considerado leve.
A trilha se estende por aproximadamente 230 metros, levando até o belo Poço da Capela.
O poço fica ao lado de uma histórica e importante capela.
Trata-se da Capela de Nossa Senhora da Conceição do Soberbo.
A charmosa capela, datada de 1713, está situada em uma pequena ilha entre dois braços do Rio Soberbo.
Os primeiros batismos da família real e da corte portuguesa teriam ocorrido no pequeno templo, localizado no antigo leito da estrada de ferro que ligava o Porto de Piedade, em Magé, a Teresópolis.
Construída em estilo barroco, a Capela de Nossa Senhora da Conceição do Soberbo é tombada pelo INEPAC e representa um importante remanescente histórico do período de ocupação colonial do recôncavo da Guanabara.
A capela é coberta por telhas francesas e precedida por um terreno ladeado por muros de arrimo.
Após conhecer a histórica capela, dirigimo-nos ao Poço da Capela.
Foi ali que comprei meu primeiro terreno em terras fluminenses, dentro do Parque Nacional da Serra dos Órgãos.
Como caí em um local repleto de pedras, ao menos pude atestar a eficácia da calça de motociclista confeccionada em cordura, com protetores homologados, que me protegeu de dores e roxos maiores, especialmente na região do quadril e nádegas.
Como a câmera fotográfica estava comigo, infelizmente o glorioso momento não foi eternizado em fotos.
Com o terreno devidamente comprado, registrado e reconhecido, levantei, sacudi a calça, xinguei a fabricante da bota que estava usando e dei os últimos passos até o belíssimo Poço da Capela.
As águas do Rio Soberbo se dividem em um aglomerado rochoso no leito do rio, formando duas pequenas cachoeiras. Elas se reencontram aos pés das quedas, criando o pequeno poço.
Claro que as pedras ao redor do local são extremamente lisas, especialmente por estarem molhadas, o que me fez chegar ali engatinhando. Pelo menos consegui ficar em pé para registrar o momento em uma foto.
Com isso, nossa caminhada pelo Parque Nacional da Serra dos Órgãos, sede Guapimirim, chegou ao fim. Ao retornar para resgatar a Formosa, fomos presenteados mais uma vez com a presença de um ágil caxinguelê, também conhecido como esquilo brasileiro, entre a vegetação.
Como agora somos proprietários de um terreno no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, sede Guapimirim, pretendemos retornar mais vezes, preferencialmente em períodos de sol.
Desta forma, nos despedimos do Parque Nacional da Serra dos Órgãos – Sede Guapimirim e retomamos a viagem pela rodovia BR-116.
Como é de se imaginar, a rodovia federal atravessa parte do PARNASO, proporcionando uma paisagem ao redor da estrada verdadeiramente esplêndida.
Isso tudo em um cenário composto por uma estrada sinuosa em meio à Serra do Mar, com a exuberante Mata Atlântica ao redor, repleta de curvas fechadas e acentuado desnível.
Um verdadeiro paraíso para os motociclistas!
Após várias curvas, paramos em uma área de escape ao lado da rodovia, onde está a Santinha da Serra de Guapimirim.
O singelo altar, situado às margens de uma queda d’água do Rio Iconha e que abriga a Santinha da Serra de Guapimirim, foi inaugurado juntamente com a rodovia, no dia 1º de agosto de 1959. A homenagem foi feita aos trabalhadores que perderam a vida em acidentes durante a execução do projeto, além de expressar agradecimento pela conclusão das obras.
Dali, é possível avistar o icônico Dedo de Deus, um pico com 1.692 metros de altitude. Em dias claros (o que não era o caso), pode-se apreciar seu contorno que se assemelha a uma mão apontando o dedo indicador para o céu.
A curiosa formação rochosa é tão significativa que está presente nas bandeiras do estado do Rio de Janeiro e dos municípios de Guapimirim, Magé e Teresópolis, além de ser um símbolo do alpinismo brasileiro.
Após a breve pausa, avançamos poucos quilômetros até chegar ao Mirante do Soberbo, já no alto da serra.
O belvedere, também conhecido como Mirante da Vista Soberba, oferece uma vista privilegiada do Pico do Escalavrado (1.406 m), Dedo de Nossa Senhora (1.320 m), Dedo de Deus (1.692 m), Cabeça de Peixe (1.680 m) e outros pontos da Serra dos Órgãos.
O nome Serra dos Órgãos foi dado pelos portugueses, que, ao avistarem a magnífica formação rochosa, associaram as formas de seus picos aos tubos de órgãos de igrejas.
Além da Serra dos Órgãos, o Mirante do Soberbo oferece uma vista da Baía da Guanabara, parte da Baixada Fluminense, cidade do Rio de Janeiro e Grande Rio.
O lugar é, de fato, soberbo, digno de uma pausa para apreciação sem pressa, mesmo em um dia nublado como o de hoje.
Após passar vários minutos admirando tamanha maravilha e torcendo (em vão) para que as nuvens no alto da Serra dos Órgãos se dissipassem, seguimos para o centro da cidade de Teresópolis, RJ.
Teresópolis é considerada a “Capital Nacional do Montanhismo”, possui cerca de 180.000 habitantes e é a cidade mais alta do Rio de Janeiro, situada a 871 metros acima do nível do mar, o que a torna uma das mais frias da região.
A região onde hoje está Teresópolis era habitada no século XVI por índios timbiras e, posteriormente, passou a abrigar escravos fugitivos das plantações de cana-de-açúcar da Baixada Fluminense, que formaram o Quilombo da Serra.
Em 1821, o português de origem inglesa George March adquiriu uma grande gleba de terra e transformou-a em uma fazenda-modelo, com sua sede localizada onde atualmente se encontra o Bairro do Alto.
A fazenda, chamada Fazenda Santo Antônio ou Fazenda Sant’Ana do Paquequer, deu origem ao primeiro povoado significativo ao longo do caminho que ligava a corte à província das Minas Gerais, promovendo o desenvolvimento considerável da agricultura, pecuária e do turismo na região.
Turismo, aliás, muito apreciado pela Família Imperial, que encantou-se profundamente pelas belezas naturais e o clima da região serrana.
No dia 6 de julho de 1891, o então governador do estado, Francisco Portella, elevou a freguesia à condição de município, emancipando-a de Magé e nomeando-a Teresópolis em homenagem à imperatriz Teresa Cristina, que havia falecido dois anos antes.
O nome do município é formado pela junção do antropônimo “Teresa” com o termo de origem grega “Pólis” (cidade), resultando em Teresópolis, que significa “Cidade de Teresa”.
Uma vez no centro de Teresópolis, fomos almoçar.
Na sequência, partimos para explorar algumas trilhas ecológicas do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, desta vez na sede Teresópolis, RJ.
Parque Nacional da Serra dos Órgãos – PARNASO | Sede Teresópolis – RJ
A entrada principal do Parque Nacional da Serra dos Órgãos (PARNASO) fica na área urbana de Teresópolis, ao lado da ponte sobre o Rio Paquequer, próximo ao Mirante do Soberbo.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar no Parque Nacional da Serra dos Órgãos – PARNASO | Sede Teresópolis – RJ partindo do centro de Petrópolis – Rio de Janeiro – Brasil:
Contatos do Parque Nacional da Serra dos Órgãos – PARNASO | Sede Teresópolis – RJ
- Endereço: Avenida Rotariana – Soberbo | Teresópolis – Rio de Janeiro – Brasil
- Telefones: (21) 2152-1100 | (21) 2642-4072
- E-mail: sac.parnaso@icmbio.gov.br
Para obter informações mais detalhadas, visite o site oficial do Parque Nacional da Serra dos Órgãos – PARNASO.
Horários de Funcionamento
- Todos os dias: 7h00 às 16h00
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
*Não é permitida a entrada de animais.
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 9 horas
Recursos para sua Visita
Assim como na sede Guapimirim, em Teresópolis o Parque Nacional da Serra dos Órgãos oferece uma extensa rede de trilhas, proporcionando aos visitantes diversas opções para explorar a exuberante Mata Atlântica e apreciar as belezas naturais da região.
Assim que entramos no parque, nos dirigimos diretamente ao Centro de Visitantes para obter informações sobre as trilhas e atrações que poderíamos explorar, considerando o horário avançado de nossa chegada.
Com as informações em mãos, seguimos com a Formosa até o final da estreita e sinuosa estrada que atravessa boa parte do parque, em um percurso de aproximadamente 3 km.
No final da estrada, encontramos um estacionamento próximo à Praça da Barragem, um importante ponto de captação de água que abastece a cidade de Teresópolis, RJ.
Ao longo dessa estrada encontram-se os acessos a todas as trilhas do Parque Nacional da Serra dos Órgãos – Sede Teresópolis, além de várias áreas de estacionamento, facilitando o deslocamento para quem deseja explorar os diferentes atrativos do parque.
Ainda na Praça da Barragem encontra-se o início da Trilha Suspensa.
Trilha Suspensa | Parque Nacional da Serra dos Órgãos – PARNASO | Sede Teresópolis – RJ
Uma das grandes atrações do PARNASO, a Trilha Suspensa começa na Praça da Barragem. Com piso de madeira e corrimão, a trilha é acessível até para cadeirantes, permitindo que todos possam desfrutar da beleza da Mata Atlântica.
Informações da Trilha
Extensão, tempo e nível de dificuldade da trilha:
- Percurso: A trilha possui uma extensão de 1.300 metros.
- Duração: A média de tempo para completar a trilha é de 30 minutos.
- Nível de Dificuldade: O nível de dificuldade é considerado leve.
A Trilha Suspensa, uma das grandes atrações do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, se estende por um percurso de 1.300 metros e foi construída sobre um aqueduto do início do século XX.
Esta trilha corta um lindo trecho de Mata Atlântica, elevada em relação ao terreno, permitindo uma observação próxima da copa das árvores.
Seguimos pelo percurso, que possui piso de madeira e corrimão, tornando a trilha ecológica acessível para cadeirantes, mas estava bastante escorregadio na ocasião. Chegamos a um ponto onde o acesso estava interditado.
Retornamos então à Praça da Barragem e acessamos outra trilha, esta mais curta e com piso natural, que leva até o Poço do Beija-Flor.
O pequeno Poço do Beija-Flor leva o nome do rio que o forma. Devido à pandemia, os banhos nos poços naturais também estavam proibidos na sede Teresópolis do PARNASO.
Conhecido o Poço do Beija-Flor, retornamos ao estacionamento, embarcamos na Formosa e seguimos pela estrada de paralelepípedo que corta parte do parque nacional.
Paramos a Formosa no segundo estacionamento e de lá partimos para mais uma trilha.
Caminhamos alguns metros pela estrada até cruzarmos a ponte sobre o Rio Paquequer.
Entramos na saída da Trilha Suspensa, que é circular. Embora a trilha completa estivesse interditada em parte para manutenção, fizemos o percurso desde o início até a área interditada e agora seguimos para completar a seção final da trilha até encontrar outro ponto interditado.
Subimos e descemos diversos degraus, e cerca de 500 metros depois chegamos à encantadora Cachoeira Ceci e Peri, que marca o início da área interditada da trilha.
Apreciamos a beleza da Cachoeira Ceci e Peri e, em seguida, retornamos à estrada. Caminhamos até o início da Trilha Cartão Postal, nossa próxima aventura.
Trilha Cartão Postal | Parque Nacional da Serra dos Órgãos – PARNASO | Sede Teresópolis – RJ
A Trilha Cartão Postal é uma excelente escolha para quem deseja apreciar vistas deslumbrantes da Serra dos Órgãos. Este percurso ecológico atravessa áreas de floresta e leva a um mirante com uma vista espetacular do Pico Dedo de Deus, oferecendo uma das melhores perspectivas da cadeia de montanhas.
Informações da Trilha
Extensão, tempo e nível de dificuldade da trilha:
- Percurso: A trilha possui uma extensão de 1.200 metros.
- Duração: A média de tempo para completar a trilha é de 50 minutos.
- Nível de Dificuldade: O nível de dificuldade é considerado moderado.
Mesmo com o tempo encoberto e a fina garoa, a caminhada pela densa floresta proporcionou uma experiência imersiva na natureza. O ambiente umedecido pela chuva trouxe uma atmosfera mágica e tranquila ao percurso.
Passamos ao lado de diversas árvores imensas, incluindo um jequitibá imponente, com seu tronco esbelto e majestoso.
Cerca de 50 minutos após iniciar a trilha, com a maior parte do percurso sendo uma íngreme subida, chegamos ao famoso Mirante do Cartão Postal.
A vista do local é espetacular, oferecendo uma visão panorâmica da cadeia de montanhas da Serra dos Órgãos, com destaque para o icônico Pico Dedo de Deus.
No Mirante do Cartão Postal, é possível avistar com perfeição o Pico do Escalavrado, Dedo de Nossa Senhora, Dedo de Deus, Cabeça de Peixe, Santo Antônio, São João, São Pedro, Capucho do Frade e Nariz do Frade. A vista abrangente permite admirar a grandiosidade da Serra dos Órgãos em toda a sua esplendor.
Isso, é claro, quando o tempo colabora, o que não aconteceu hoje.
Envoltos por uma densa neblina e acompanhados por uma fina garoa, nossa visão do mirante se limitou a poucos metros.
De qualquer forma, registramos nossa passagem pelo local, com a placa que ilustrava a vista pretendida e nossa visão real. Assim, o Mirante Cartão Postal do Parque Nacional da Serra dos Órgãos segue em nossa lista de locais a serem revisitados, preferencialmente em um dia de céu azul.
Com os ponteiros do relógio se aproximando das 17h00, tratamos de retornar pela trilha a passos largos, sem mesmo parar para fazer fotos. A escuridão que se abatia sobre a mata fechada durante o entardecer brusco era impressionante.
Ao chegar no estacionamento, reencontramos a Formosa e nos despedimos da sede Teresópolis do Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Em seguida, seguimos para o centro da cidade.
Onde fomos conhecer a Casa da Memória Arthur Dalmasso, sede da Secretaria de Cultura de Teresópolis.
Tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC) em 2004, a charmosa Casa da Memória Arthur Dalmasso foi construída na década de 1920 pelo então prefeito José Lino de Oliveira Leite em homenagem à sua esposa Cecília da Silva Leite.
A construção é uma combinação de vários estilos arquitetônicos, incluindo o normando, neoclássico e art-nouveau, e é enriquecida com belos ladrilhos portugueses, além de metais e vidros franceses.
Seu nome atual é uma homenagem ao médico, pintor, poeta e deputado Arthur Dalmasso, que foi membro fundador da Academia Teresópolitana de Letras, da SOARTES e da Faculdade de Medicina de Teresópolis, hoje conhecida como UNIFESO.
Como a Casa da Memória Arthur Dalmasso estava fechada, passamos pela movimentada Calçada da Fama.
E, na sequência, fomos explorar a Praça Baltazar da Silveira.
A praça fica de frente para a Igreja de Santa Teresa d’Ávila.
A Igreja de Santa Teresa d’Ávila, Matriz de Teresópolis, apresenta estilo neogótico e destaca-se pela volumetria imponente de sua torre na fachada principal.
Suas laterais são adornadas com contrafortes intercalados por vitrais tchecos de verga ogival, que exibem cenas bíblicas em cores vibrantes.
Os vitrais ajudavam os fiéis analfabetos a interpretar textos bíblicos por meio de suas ilustrações.
Da igreja matriz, seguimos até a Prefeitura Municipal de Teresópolis.
Na sequência, fomos conhecer outro templo religioso de Teresópolis: a Paróquia de Santo Antônio de Paquequer.
Consagrada no ano de 1934, a pequena igreja possui um estilo nórdico com arco ogival.
O fundo do altar da Paróquia de Santo Antônio de Paquequer é decorado com um belo painel de autoria de Max Grossmann.
Com o aumento do número de devotos ao longo dos anos, foi necessário construir um novo templo religioso ao lado da antiga Paróquia de Santo Antônio de Paquequer.
À medida que a noite caía, rodamos até a Fonte Judite.
A pitoresca fonte de água mineral, também conhecida como Fonte Judith, data de 1920.
Já era noite quando nos despedimos de Teresópolis e voltamos a percorrer a rodovia BR-116 com destino a Cachoeiras de Macacu, onde estamos hospedados.
Tão logo iniciamos a descida da serra pela rodovia federal, um verdadeiro temporal nos atingiu, sem ao menos nos dar tempo de parar e colocar as capas. Rodamos meros 5 quilômetros até chegar no Posto Garrafão.
Já molhados, vestimos as capas e, debaixo de chuva intensa, rodamos até o hotel.
Lá, penduramos as capas e as roupas de viagem em varais improvisados, torcendo para que estivessem secas no dia seguinte.
Acima o mapa com o trajeto percorrido no dia entre Cachoeiras de Macacu e Teresópolis, passando por Guapimirim – RJ.
Estamos ansiosos para ler tudo aquilo que tu tem para dizer! É chegado o momento de abrir este coração e compartilhar tua opinião, crítica (exceto algo desfavorável à imagem da Formosa), elogio, filosofar a respeito da vida ou apenas sinalizar que chegou até aqui ;)
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