Aparecida • Brasil • Cunha • Expedição 2020: Belas Rotas • Paraty • Rio de Janeiro • São Paulo
Cachoeira do Tobogã e Poço do Tarzan na Estrada Parque Paraty-Cunha
12 de Novembro, 2020Estrada Parque Paraty-Cunha: visite a Cachoeira do Tobogã, o Poço do Tarzan, a Cachoeira do Mato Limpo, caminhe pelo centro histórico de Cunha e conheça um atelier de cerâmica com forno Noborigama.
Chegou o dia de nos despedirmos do centro histórico de Paraty – RJ. Pretendemos partir pela rodovia RJ-165, conhecer a famosa Cachoeira do Tobogã e o Poço do Tarzan, e avançar pela cênica Estrada Parque Paraty-Cunha, situada no Parque Nacional da Serra da Bocaina.
O dia amanheceu com uma temperatura agradável. Após um reforçado café da manhã, carregamos a Formosa e, nas primeiras horas da manhã, deixamos o centro histórico de Paraty – RJ.
Partimos pela Rodovia Rio-Santos em direção ao norte, com o objetivo de conhecer a Cachoeira do Iriri, ainda dentro do município fluminense de Paraty.
Rodamos cerca de 30 quilômetros pela rodovia federal até chegar na entrada da Aldeia Indígena Pataxó, onde está localizada a cachoeira.
Infelizmente, a entrada da Aldeia Indígena Pataxó estava fechada por uma corrente. Como não encontramos ninguém por ali, fizemos o retorno e voltamos pelo mesmo trajeto da ida.
De volta ao trevo principal de Paraty, deixamos a rodovia BR-101 e acessamos a RJ-165 em direção ao oeste.
Percorremos menos de 8 km pela estreita via estadual até chegar ao estacionamento que dá acesso à Cachoeira do Tobogã e ao Poço do Tarzan.
Em frente ao estacionamento dos dois famosos atrativos turísticos, encontra-se a Igreja Nossa Senhora da Penha.
Com a Formosa devidamente estacionada, caminhamos até a pequena capela, construída sobre uma grande pedra, que guarda a entrada da trilha.
Após visitar a igreja, seguimos pela breve trilha ecológica em meio à Mata Atlântica e logo chegamos à Cachoeira do Tobogã, também conhecida como Cachoeira da Penha ou ainda Cachoeira do Escorrega.
Cachoeira do Tobogã | Cachoeira da Penha
A Cachoeira do Tobogã é uma das atrações mais populares de Paraty – RJ. Seu principal destaque é uma grande pedra lisa por onde corre o fluxo de água, formando um tobogã natural, onde os visitantes podem escorregar até caírem em uma refrescante piscina natural.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar na Cachoeira do Tobogã partindo do centro de Paraty – Rio de Janeiro – Brasil:
Contatos da Cachoeira do Tobogã
- Endereço: Rodovia RJ-165 (Estrada Paraty-Cunha), Km 8 – Penha | Paraty – Rio de Janeiro – Brasil
- Telefones: (24) 3371-1222 | (24) 3371-2899
- E-mail: turismoparatyrj@gmail.com
Horários de Funcionamento
- Todos os dias: 00h00 às 24h00
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 2 horas
No local, várias pessoas se divertiam escorregando pela lisa rocha, que tem aproximadamente 20 metros de altura e pela qual a água desce rapidamente, formando um tobogã natural que dá nome à cachoeira. Ao final do tobogã, os visitantes atingem uma bela piscina natural aos seus pés.
A Cachoeira do Tobogã é tão famosa que chega a sediar campeonatos de surfe na pedra em determinadas épocas do ano.
A ideia de nos aventurarmos pelo escorregador natural da Cachoeira do Tobogã passou pela cabeça, até nos darmos conta de que mal conseguíamos ficar em pé no calçamento pé-de-moleque do centro histórico de Paraty – RJ, imagine em uma rocha lisa e molhada.
Nos contentamos em apreciar a paisagem e aproveitar a energia revigorante da Cachoeira do Tobogã, ou Cachoeira da Penha.
Após alguns minutos, avançamos pela trilha que acompanha a Cachoeira do Tobogã em Paraty, RJ.
Na parte alta, conseguimos avistar o rio que segue pelas pedras, criando vários poços e pequenas quedas d’água, antes de formar o tobogã natural da conhecida Cachoeira do Tobogã.
Aos fundos, encontra-se outro atrativo turístico muito famoso na região: o Poço do Tarzan, uma piscina natural formada por uma pequena, mas bela, cascata.
Poço do Tarzan
O Poço do Tarzan é uma piscina natural formada entre as pedras, um pouco acima da Cachoeira do Tobogã. É um local excelente para desfrutar de um banho refrescante e restaurador.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar no Poço do Tarzan partindo do centro do Rio de Janeiro – Rio de Janeiro – Brasil:
Contatos do Poço do Tarzan
- Endereço: Rodovia RJ-165 (Estrada Paraty-Cunha), Km 8 – Penha | Paraty – Rio de Janeiro – Brasil
- Telefones: (24) 3371-1222 | (24) 3371-2899
- E-mail: turismoparatyrj@gmail.com
Horários de Funcionamento
- Todos os dias: 00h00 às 24h00
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 2 horas
Nas proximidades do Poço do Tarzan, uma pequena ponte pênsil atravessa o rio, levando ao outro lado, onde há um barzinho rústico que fica aberto apenas em épocas de grande visitação.
Após conhecer a famosa Cachoeira do Tobogã e o paradisíaco Poço do Tarzan, retornamos ao estacionamento onde a Formosa nos aguardava pacientemente. Com ela, retomamos nossa jornada pela RJ-165 em direção ao oeste.
A estrada estadual gradualmente se tornava mais estreita, sinuosa e íngreme, uma verdadeira maravilha para os viajantes de moto!
Em meio à densa e exuberante floresta de Mata Atlântica que envolve a Serra do Mar, o pavimento da rodovia repentinamente deixou de ser asfaltado e passou a ser de paralelepípedo.
Indicando nossa entrada na cênica Estrada Parque Paraty-Cunha, uma das estradas mais bonitas do Brasil, que atravessa parte do Parque Nacional da Serra da Bocaina.
Por ser uma estrada parque, há restrição de horário de circulação, sendo permitida apenas das 7h00 às 17h00.
Ao ganharmos altitude pela sinuosa Estrada Parque Paraty-Cunha, uma densa neblina começava a envolver nosso caminho.
Com a atenção redobrada devido à baixa visibilidade, seguimos pela estrada que foi a única ligação terrestre de Paraty – RJ a outros municípios até a construção da Estrada Rio-Santos, na década de 1970.
Em boa parte do percurso, a rodovia RJ-165 segue o traçado original da antiga Estrada Real do Caminho do Ouro (Caminho Velho), que conectava as lavras auríferas mineiras ao Porto de Paraty, o único liberado para a saída desse produto pela coroa portuguesa na época.
Em questão de minutos, vencemos os aproximados 10 quilômetros maravilhosos da RJ-165 que compõem a Estrada Parque Paraty-Cunha.
E ao atingirmos o topo da Serra do Mar, a uma altitude superior a 1.515 metros acima do nível do mar, a neblina ficou para trás e o azul do céu começou a aparecer timidamente entre as densas nuvens.
Exatamente no final da Estrada Parque Paraty-Cunha encontra-se a divisa entre os estados do Rio de Janeiro e São Paulo.
Após uma breve pausa para fotografar a Formosa ao lado da placa indicando a divisa de estados, voltamos a rodar pela Estrada Paraty-Cunha, que no estado paulista volta a ser asfaltada e recebe o nome de Rodovia Vice-Prefeito Salvador Pacetti, ou simplesmente SP-171.
Achamos curioso (ou seria ironia do destino) o fato de uma rodovia que leva o número 171 ser em homenagem a um político.
Enfim, poucos quilômetros após entrarmos no estado paulista, passamos ao lado da Cachoeira do Mato Limpo.
A bela e alta queda d’água da Cachoeira do Mato Limpo forma um pequeno poço perfeito para banho aos seus pés.
A Cachoeira do Mato Limpo fica às margens da rodovia SP-171, de frente para um dos inúmeros marcos da Estrada Real.
Na sequência, continuamos nossa viagem pela Estrada Paraty-Cunha. Neste trecho, a estrada não é mais tão íngreme quanto no percurso da estrada parque, mas ainda é bastante sinuosa e cercada por uma linda paisagem.
Aos poucos, as cinzentas nuvens foram tomando conta do céu.
Até que diversos pontos de chuva surgiram no horizonte.
Após nos deliciarmos com a pilotagem da Formosa em uma sequência de curvas fechadas, e torcendo sempre para que a próxima curva fosse para o lado oposto de onde chovia, chegamos em Cunha – SP (antes da chuva).
Acessamos o a cidade paulista de Cunha, que recebe o título de “Estância Climática”, estacionamos a Formosa nos arredores da Praça Cônego Siqueira e partimos para caminhar pelo seu centro histórico.
O primeiro atrativo turístico que visitamos em Cunha, foi a Igreja de Nossa Senhora da Conceição.
A Igreja Matriz de Cunha foi construída em 1731 e passou por diversas reformas ao longo dos anos.
Um episódio marcante na história da Igreja de Nossa Senhora da Conceição ocorreu em 1932, durante a Revolução Constitucionalista, quando a cidade de Cunha tornou-se palco de batalha e a igreja foi completamente alvejada.
A Igreja de Nossa Senhora da Conceição, um templo religioso que é um belo exemplo do barroco paulista, é tombada como Patrimônio Histórico e Cultural.
Atualmente, o interior da Igreja Matriz de Cunha, composto por altares e imagens talhados em madeira, está passando por reformas.
Bem pertinho da Igreja de Nossa Senhora da Conceição fica o Mercado Municipal de Cunha, SP.
Mercado Municipal de Cunha
O Mercado Municipal de Cunha é uma edificação histórica de 1913, tombada como bem cultural de interesse arquitetônico e histórico. O local oferece diversos produtos cultivados e produzidos na região, como cachaças, doces, temperos, artesanatos, botas, entre outros.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar no Mercado Municipal de Cunha partindo do centro de São Paulo – São Paulo – Brasil:
Contatos do Mercado Municipal de Cunha
- Endereço: Rua Dom Lino, 118 – Centro | Cunha – São Paulo – Brasil
- Telefone: (12) 3111-2630
- E-mail: turismoecultura@cunha.sp.gov.br
Horários de Funcionamento
- Segunda a sábado: 07h30 às 17h30
- Domingo: 07h30 às 12h00
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 30 minutos
Construído em 1913, o popular Mercado Municipal de Cunha dispõe de diversos produtos regionais à venda, que vão desde frutas, doces e pimentas até botas, chapéus e aguardentes.
Com algumas balas de coco no bolso e mordiscando uma cocada, deixamos o local.
Poucos passos depois, passamos pela Prefeitura Municipal de Cunha.
E na sequência, pelo Casarão Osmar Felipe.
O imponente Casarão Osmar Felipe, um antigo casarão colonial com as cores azul e branco, lindas varandas e belos janelões, ostenta diversos abacaxis adornando sua fachada.
Vimos o mesmo adorno em algumas edificações de Paraty – RJ, e, curiosos, questionamos o significado da exposição de tal fruta na fachada destas antigas construções.
Eis a explicação: No período colonial, os abacaxis eram um símbolo de riqueza e prosperidade, indicando que naquela casa morava alguém da nobreza, pois a fruta é amarela como o ouro e tem uma coroa como um rei.
Cunha – SP, tem atualmente cerca de 20.000 habitantes e está localizada em uma ferradura formada pelas Serras do Mar, Bocaina e Quebra-Cangalha.
Cunha – SP, é conhecida como a “Capital Brasileira do Fusca”, contando com mais de 1.300 exemplares do veículo licenciados no município.
Caminhando pelas estreitas ruas do centro histórico da cidade de Cunha, repletas de fusquinhas, seguimos até a Igreja do Rosário e São Benedito.
Tombada como Patrimônio Histórico e Cultural, a Igreja do Rosário e São Benedito foi construída para os escravos e brancos pobres em 1793.
Como a Igreja do Rosário e São Benedito só é aberta ao público em dias de festas, o que não era o caso hoje, suas portas estavam fechadas.
Ao lado da Igreja do Rosário e São Benedito fica a Praça do Rosário.
A Praça do Rosário conta com um pequeno mirante que oferece uma vista privilegiada da região.
E abriga uma estátua em homenagem ao poeta e compositor da cidade, Benedito José Monteiro.
Na sequência, fomos ao encontro da Formosa, com a qual voltamos a percorrer a área central de Cunha, SP.
Passamos pela Casa do Artesão.
E rodamos até o Atelier de Cerâmica Suenaga & Jardineiro. Afinal, a cidade não é apenas a “Capital Nacional do Fusca”, mas também a “Capital Nacional da Cerâmica Artística”, e não poderíamos passar por Cunha – SP sem visitar ao menos um atelier de cerâmica.
Atelier de Cerâmica Suenaga & Jardineiro
O Atelier de Cerâmica Suenaga & Jardineiro é um dos mais tradicionais espaços deste tipo em Cunha, SP. A exposição das peças está aos pés do formidável forno Noborigama, um dos únicos ainda em atividade no município paulista.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar no Atelier de Cerâmica Suenaga & Jardineiro partindo do centro de Cunha – São Paulo – Brasil:
Contatos do Atelier de Cerâmica Suenaga & Jardineiro
- Endereço: Rua Doutor Paulo Jarbas da Silva, 150 – Mantiqueira | Cunha – São Paulo – Brasil
- Telefone: (12) 99719-1472
- E-mail: lojaonline@ateliesj.com.br
Para obter informações mais detalhadas, visite o site oficial do Atelier de Cerâmica Suenaga & Jardineiro.
Horários de Funcionamento
- Todos os dias: 10h00 às 17h00
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 30 minutos
O casal nipo-brasileiro Kimiko Suenaga e Gilberto Jardineiro montou seu próprio ateliê de cerâmica de alta temperatura com forno Noborigama à lenha no ano de 1985.
Trazido do Japão, o forno Noborigama foi introduzido em Cunha – SP no ano de 1975, com a chegada de artistas japoneses e portugueses.
Noborigama é uma técnica de produção de cerâmica feita através de forno a lenha com câmaras interligadas, capazes de atingir temperaturas superiores a 1.300 graus Celsius.
O nome Noborigama significa “Forno que sobe” (nobori = rampa e gama = forno), o que explica seu formato de escada.
Através da técnica Noborigama, a queima com lenha resinosa de eucalipto reflorestado pode levar até 27 horas seguidas, com fogo de lenha grossa no aquecimento inicial, lenha média para aumentar a temperatura na fornalha e lenha fina para atingir o ponto de fusão dos esmaltes nas câmaras.
O controle do nível da brasa e o ritmo de alimentação do forno afetam a oxidação ou redução da atmosfera de queima, incorporando elementos aleatórios na cristalização e definição surpreendente das tonalidades dos esmaltes, que são diferentes a cada queima.
A abertura da fornada é um momento culminante da retirada das cerâmicas das câmaras após a queima e o esfriamento lento de 3 dias, sempre coroada de surpresas, júbilo e encantamento compartilhado.
Entre os mais de vinte fornos Noborigama espalhados pelo país, seis estão em plena atividade no município de Cunha – SP.
Atualmente, Cunha – SP é um polo de cerâmica no Brasil e na América do Sul. Sua produção mescla influências orientais, portuguesas e indígenas, com peças de alta e baixa temperatura.
As peças de cerâmica, que se misturam entre decoração e objetos para uso geral, são incrivelmente belas.
Após a incrível visita ao Atelier Suenaga & Jardineiro, a chuva resolveu dar o ar da graça. Vestimos então as discretas capas de chuva, subimos na Formosa e partimos de Cunha pela SP-171.
Após percorrer aproximadamente 50 quilômetros pela sinuosa rodovia estadual, chegamos em Guaratinguetá – SP, onde acessamos a BR-116.
Rodamos poucos quilômetros pela movimentada Rodovia Presidente Dutra, também chamada de Via Dutra, até chegar em Aparecida – SP.
Debaixo de chuva, acessamos a cidade que é popularmente chamada de Aparecida do Norte, em razão da construção da Estrada de Ferro do Norte (Estrada de Ferro São Paulo e Rio de Janeiro).
Com o fim do dia se aproximando, partimos em busca de um hotel para descansar em Aparecida – SP.
Molhados e cansados, o Google Maps decidiu nos pregar uma peça e nos fez percorrer praticamente todo o centro da cidade paulista de Aparecida em zigue-zague.
Após o inesperado tour, finalmente chegamos ao local de pernoite, de onde conseguimos ter uma bela vista do local que vamos conhecer amanhã: o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida.
Abaixo o mapa com o trajeto percorrido no dia entre Paraty – RJ e Aparecida – SP:
Estamos ansiosos para ler tudo aquilo que tu tem para dizer! É chegado o momento de abrir este coração e compartilhar tua opinião, crítica (exceto algo desfavorável à imagem da Formosa), elogio, filosofar a respeito da vida ou apenas sinalizar que chegou até aqui ;)
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