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O Que Fazer em São Paulo em um Domingo de Sol: Parque Ibirapuera, Avenida Paulista e Parque Trianon
8 de Novembro, 2020
Em um domingo de sol em São Paulo, explore três dos pontos turísticos mais icônicos da capital paulista: o amplo e verdejante Parque Ibirapuera, a vibrante Avenida Paulista e o histórico Parque Trianon (Parque Tenente Siqueira Campos).
Em um domingo de céu azul e sol radiante, aproveitamos o clima perfeito para explorar São Paulo, a vibrante capital paulista que nunca para. Nosso roteiro passou por três dos destinos mais emblemáticos da cidade: o Parque Ibirapuera, com sua natureza exuberante e patrimônio arquitetônico, a icônica Avenida Paulista, símbolo da modernidade e da vida cultural paulistana, e o histórico Parque Trianon, um refúgio verde em meio aos arranha-céus. Um passeio que combina arte, história, lazer e boas energias, perfeito para quem busca o que fazer em São Paulo em um dia ensolarado.

Assim que despertamos, abrimos as cortinas da pousada em São Paulo e fomos recebidos por um céu azul intenso, uma vista que fazia jus ao nome do bairro em que estávamos: Paraíso.

Ah, São Paulo… como um céu azul te faz bem! Realça ainda mais a beleza dessa metrópole vibrante e multifacetada!

Após um café da manhã reforçado, carregamos nossos equipamentos na Formosa, vestimos as jaquetas de couro e partimos sem destino definido pelas ruas centrais da capital paulista.

Seguimos pela movimentada Avenida 23 de Maio, que, surpreendentemente, em pleno domingo de manhã, exibia um cenário quase deserto. Essa via, uma das mais importantes ligações entre as zonas Sul e Central, é normalmente tomada por um fluxo intenso de carros, mas naquele dia parecia ter pausado seu ritmo frenético.


Ao chegarmos à Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, uma das mais modernas e elegantes de São Paulo, relembramos o verdadeiro motivo da nossa vinda: trocar o pneu traseiro da Formosa.

Paramos em um posto de combustíveis e, com o celular em mãos, começamos a procurar por lojas de pneus de moto abertas naquele domingo.

Encontramos algumas opções e ligamos para cerca de meia dúzia de estabelecimentos. Para nossa surpresa, apenas uma loja tinha o pneu disponível, porém, sem a desejada faixa branca.

Além do preço elevado, a ideia de rodar com pneus desiguais, o dianteiro com faixa branca e o traseiro sem, claramente não agradou à Formosa. Assim, decidimos adiar a troca para o dia seguinte, uma segunda-feira útil, na esperança de encontrar mais opções e melhores condições.

Logo localizamos um hotel com facilidade e seguimos para lá, deixando a Formosa descansar à sombra da garagem enquanto trocávamos de roupa para aproveitar o domingão de sol e céu azul em Sampa, a querida “Terra da Garoa”.

Com o hotel mapeado, seguimos o trajeto indicado pelo Google Maps, mas logo nos vimos em um verdadeiro jogo de gato e rato.


Sentíamo-nos como o gato Tom tentando, em vão, alcançar o rato Jerry, já que praticamente todas as ruas do percurso estavam bloqueadas para veículos automotores e liberadas apenas para ciclistas e pedestres.

Com os termômetros marcando 33 °C, o calor do motor da Formosa se intensificava a cada parada no semáforo, subindo pelas nossas pernas. Enquanto isso, o Google Maps recalculava rotas impacientemente a cada desvio. Após contornar boa parte da cidade, finalmente conseguimos cruzar uma avenida e alcançar nosso destino.

Com gritos de vitória por finalmente termos chegado ao hotel, algo que parecia impossível minutos antes, trocamos de roupa e seguimos em direção ao Parque Ibirapuera. Esse ícone paulistano, um dos parques urbanos mais famosos do Brasil, guarda não apenas áreas verdes e espaços culturais, mas também muitas lembranças nossas. A primeira vez que o visitamos foi em uma chuvosa tarde de abril de 2017, e voltar ali trouxe uma boa dose de nostalgia.

Ao chegarmos ao Parque Ibirapuera, tombado como Patrimônio Histórico de São Paulo, passamos em frente ao Obelisco Mausoléu aos Heróis de 1932, também conhecido como Obelisco do Ibirapuera, monumento que homenageia os combatentes da Revolução Constitucionalista, e ao lado do imponente Auditório Ibirapuera, projetado por Oscar Niemeyer.

Parque Ibirapuera
O Parque Ibirapuera, fundado durante as comemorações do IV Centenário de São Paulo, em 1954, é um ícone da capital paulista. Em 2017, foi o parque mais visitado em toda a América Latina e é um dos locais mais fotografados do mundo.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar no Parque Ibirapuera partindo do centro de São Paulo – São Paulo – Brasil:
Contatos do Parque Ibirapuera
- Endereço: Avenida Pedro Álvares Cabral – Vila Mariana | São Paulo – São Paulo – Brasil
- Telefone: (11) 3889-3000
- E-mail: faleconosco@urbiaparques.com.br
Para obter informações mais detalhadas, visite o site oficial do Parque Ibirapuera.
Horários de Funcionamento
- Todos os dias: das 5h às 24h
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 4 horas
Recursos para sua Visita

Em seguida, avistamos outro ícone do parque: a Oca do Ibirapuera, uma das construções mais emblemáticas projetadas por Oscar Niemeyer. Com sua arquitetura singular e formas curvas, a Oca impressiona por dentro e por fora, abrigando exposições temporárias de arte, cultura e design que fazem dela um verdadeiro símbolo da modernidade brasileira.


Poucos metros adiante, chegamos ao MAM – Museu de Arte Moderna de São Paulo, um dos principais polos culturais do parque. Fundado em 1948, o MAM tem um acervo com mais de 5 mil obras, incluindo peças de artistas como Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti e Alfredo Volpi, além de promover exposições, oficinas e atividades educativas.

A partir daí, seguimos por um dos inúmeros caminhos do mais importante parque urbano da metrópole paulistana, imersos na tranquilidade e beleza do local. O canto dos pássaros, o som suave das bicicletas e o verde das árvores criavam uma atmosfera que fazia esquecer, por alguns instantes, que estávamos no coração da maior cidade da América do Sul.

Inaugurado em 21 de agosto de 1954, o Parque Ibirapuera foi criado em comemoração ao IV Centenário de São Paulo e se consolidou como um dos maiores e mais emblemáticos espaços públicos do país.

O projeto do Parque Ibirapuera foi idealizado por uma equipe de renomados profissionais: os arquitetos Oscar Niemeyer, Ulhôa Cavalcanti, Zenon Lotufo, Eduardo Kneese de Mello e Ícaro de Castro Mello, com paisagismo de Augusto Teixeira Mendes. O resultado é um espaço que une natureza, arte e urbanismo, sendo um marco da arquitetura moderna brasileira.

Durante o período colonial, a área onde hoje se encontra o Parque Ibirapuera era uma região alagadiça, habitada por povos indígenas. O nome “Ibirapuera” vem do tupi-guarani ypy-ra-ouêra, que significa “pau podre”, uma referência à vegetação úmida e aos troncos em decomposição que predominavam ali.


Atualmente, o Parque Ibirapuera ocupa cerca de 130 hectares e é considerado um dos maiores e mais importantes espaços verdes de São Paulo.

Após alguns minutos caminhando por seus amplos gramados, decidimos nos sentar à sombra de uma árvore e nos refrescar com uma água de coco bem gelada.

É possível encontrar diversos quiosques espalhados pelo parque, oferecendo lanches, bebidas e até açaí, além de banheiros públicos e bebedouros, uma estrutura que garante conforto aos visitantes.

Graças à sua vegetação abundante, infraestrutura esportiva e relevância cultural, o Parque Ibirapuera foi reconhecido em 2015 por um colunista do jornal britânico The Guardian como um dos melhores parques urbanos do mundo.

Entre suas trilhas e ciclovias, o visitante encontra quadras, pistas de corrida, áreas de descanso e uma variedade de museus e centros culturais, tornando o passeio uma experiência completa.

Após a breve pausa, retomamos a caminhada e logo chegamos a um dos espaços mais curiosos do Ibirapuera: a Praça do Porquinho.


A Praça do Porquinho abriga uma divertida escultura criada por Ricardo Cipicchia na década de 1950. A obra retrata duas crianças tentando capturar um porco untado de sebo, remetendo às tradicionais brincadeiras populares da época. Com o tempo, tornou-se uma das esculturas mais queridas e fotografadas do parque.

A serenidade e a sensação de relaxamento que o Parque Ibirapuera proporciona são realmente únicas. Estar cercado de tanto verde e silêncio em meio a uma metrópole de mais de 11 milhões de habitantes é uma experiência surpreendente.

Essa tranquilidade só era interrompida quando nos aproximávamos da ciclovia, onde o movimento de ciclistas, patinadores e skatistas dava um toque de energia e dinamismo ao cenário.


Entre os atrativos naturais, o Parque Ibirapuera abriga um conjunto de lagos artificiais interligados, formados pelas águas dos córregos Caaguaçu e Sapateiro. Esses espelhos d’água refletem o verde das árvores e os arranha-céus ao redor, criando paisagens dignas de cartão-postal.



Ainda dentro do Ibirapuera, destaca-se o Planetário Professor Aristóteles Orsini, inaugurado em 1957 e pioneiro no país. O espaço oferece sessões educativas que exploram astronomia e ciências do espaço, encantando crianças e adultos com projeções que simulam o céu noturno.


Ao lado do planetário, um moderno relógio solar desperta a curiosidade dos visitantes, complementando o ambiente educativo e científico da área.


Poucos metros adiante, encontra-se o Museu Afro Brasil, uma instituição fundamental para a preservação e valorização da história, arte e cultura afro-brasileira. Seu acervo, com mais de 6 mil peças, conta parte essencial da formação da identidade do país.

Com o fim do dia se aproximando, nos despedimos do encantador Parque Ibirapuera, levando conosco as lembranças de um dia tranquilo, enriquecedor e repleto de descobertas no coração da capital paulista.

Saímos pelo Portão 10, onde, ao lado, se ergue o imponente monumento a Pedro Álvares Cabral, uma escultura que celebra o descobridor do Brasil e reforça o caráter histórico e simbólico desse espaço tão especial de São Paulo.


Do Parque Ibirapuera, seguimos a bordo de um ônibus urbano em direção à tradicional e histórica Avenida Paulista, um dos principais cartões-postais de São Paulo e símbolo da modernidade brasileira.

Inaugurada em 1891, a Avenida Paulista foi a primeira via pública asfaltada do estado de São Paulo, marcando o início de uma nova era na infraestrutura urbana da cidade. Ao longo das décadas, transformou-se em um dos endereços mais importantes do país, abrigando sedes de grandes empresas, consulados, centros culturais e um intenso movimento de pessoas todos os dias.

Logo após sua inauguração, diversas mansões e palacetes começaram a surgir ao longo dos seus três quilômetros de extensão. Essas construções, erguidas por famílias influentes da elite cafeeira, seguiam regras de implantação específicas e mesclavam elementos da arquitetura eclética com influências de estilos europeus e norte-americanos, enriquecendo ainda mais o cenário urbano.

Infelizmente, restam poucos exemplares em pé dessa primeira fase residencial da Avenida Paulista, que vai de 1891 a 1937. Um dos raros sobreviventes é o Palacete Joaquim Franco de Mello, construído em 1905. Com suas janelas em arco, colunas ornamentadas e detalhes neoclássicos, o edifício se destaca entre os arranha-céus modernos da avenida, funcionando como um verdadeiro testemunho da história arquitetônica de São Paulo.


Outro importante vestígio dos primórdios da Avenida Paulista é o Parque Tenente Siqueira Campos, mais conhecido como Parque Trianon. Um verdadeiro oásis verde em meio ao concreto, o parque é um dos espaços públicos mais antigos e queridos da cidade.


Parque Tenente Siqueira Campos | Parque do Trianon
O Parque Trianon representa uma área de 48,6 mil m² de vegetação remanescente da Mata Atlântica, em plena Avenida Paulista, proporcionando um refúgio tranquilo e natural no centro urbano de São Paulo.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar no Parque do Trianon partindo do centro do Rio de Janeiro – Rio de Janeiro – Brasil:
Contatos do Parque do Trianon
- Endereço: Avenida Paulista, 1.500 – Jardim Paulista | São Paulo – São Paulo – Brasil
- Telefones: (11) 3253-4973 | (11) 3289-2160
Horários de Funcionamento
- Todos os dias: das 6h às 18h
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 1 hora

Projetado pelo paisagista francês Paul Villon e inaugurado em 3 de abril de 1892 pelo urbanista inglês Barry Parker, o Parque Trianon ocupa cerca de 48,6 mil metros quadrados cobertos por vegetação remanescente da Mata Atlântica. Suas trilhas sombreadas, compostas por pedras portuguesas, e o ar fresco proporcionam uma agradável pausa no ritmo acelerado da Avenida Paulista.


O nome oficial do parque homenageia o tenente Siqueira Campos, figura importante na história do Brasil e protagonista da Revolta Tenentista de 1924. Já o apelido “Trianon” vem do antigo Belvedere Trianon, uma construção que ficava em frente ao parque e oferecia uma vista panorâmica do Vale do Riacho Saracura, uma das nascentes que deram origem ao bairro da Bela Vista.


O Belvedere Trianon foi, por muito tempo, um dos principais pontos de encontro da elite paulistana. Ali funcionava o elegante Restaurante Trianon, inaugurado em 1916 pelo imigrante italiano Vicente Rosatti, que se tornou um dos locais mais sofisticados da cidade nas primeiras décadas do século XX.

Hoje, o espaço onde ficava o Belvedere Trianon abriga o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), o primeiro museu moderno do Brasil. Projetado por Lina Bo Bardi e inaugurado em 1968, o MASP é mundialmente reconhecido por seu vão livre de 74 metros e por um dos acervos mais importantes da América Latina, que inclui obras de Van Gogh, Renoir, Portinari e Anita Malfatti.


Com suas trilhas arborizadas, áreas de recreação infantil, aparelhos de ginástica, sanitários públicos e centro administrativo, o Parque Trianon é uma excelente opção de lazer e descanso, oferecendo uma rara sensação de tranquilidade em meio à agitação da Avenida Paulista.

Enquanto caminhávamos pelo parque, o som dos apitos dos monitores avisava que o relógio se aproximava das 18h, hora do fechamento dos portões, e sinalizava o fim de mais um dia de atividades.


Nos despedimos do Parque Trianon e voltamos à movimentada Avenida Paulista, agora envoltos novamente pelo ritmo vibrante da cidade. O contraste entre o verde silencioso do parque e o pulsar urbano da avenida é uma das experiências mais marcantes de São Paulo.


Antes de encerrar o dia, aproveitamos para tirar algumas fotos em frente ao MASP, registrando a grandiosidade do museu e seu icônico painel de concreto suspenso.

Foi nesse momento que encontramos o fotógrafo Jeff Barros, que gentilmente nos abordou e fez dois registros profissionais nosso em plena Avenida Paulista, uma lembrança que ficará eternizada nas belas fotografias. Obrigado Jeff!

Assim, concluímos o dia explorando alguns dos principais atrativos turísticos da fascinante São Paulo: o vasto e inspirador Parque Ibirapuera, a pulsante Avenida Paulista e o acolhedor Parque Trianon. Três lugares distintos, mas igualmente marcantes, que traduzem a essência da metrópole: arte, natureza, história e movimento.

Amanhã, nossa missão será encontrar um novo pneu traseiro para a Formosa e seguir com segurança pelas estradas que ainda nos aguardam na Moto Expedição 2020: Belas Rotas.


Oba! Já são 2 comentários nesta postagem!
Valeu conhecer a região do parque Ibirapuera é muito bonito principalmente com sol…kkk
Sim, lugar sensacional e ainda tivemos o privilégio de contar com a companhia do Sol durante o dia todo, algo que tem sido raro durante a Expedição 2020: Belas Rotas hahaha abraços…
Estamos ansiosos para ler tudo aquilo que tu tem para dizer! É chegado o momento de abrir este coração e compartilhar tua opinião, crítica (exceto algo desfavorável à imagem da Formosa), elogio, filosofar a respeito da vida ou apenas sinalizar que chegou até aqui ;)
Mas atenção, os campos marcados com * são de preenchimento obrigatório, pois assim mantemos (ou tentamos manter) o blog bonitinho, livre de robôs indevidos.
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